CONTAGEM REGRESSIVA PARA
A LISTA DE RODRIGO JANOT
O clima político em Brasília nestes primeiros dias da
Quaresma nos remete à lembrança da eleição de um novo Papa, quando as atenções do
Mundo se voltam para Roma, à espera da fumaça branca da chaminé da Capela
Sistina, que anuncia: Habemus Papa. No pós Carnaval no Brasil e também no
exterior, é muito grande a expectativa com
relação ao relatório que o Procurador Geral da República Rodrigo Janot entregará
no Supremo, oferecendo denúncia para abertura de Ação Penal ou pedindo a
abertura de Inquérito para apurar indícios de envolvimento de políticos com
foro privilegiado (ministros, governadores, deputados e senadores), além de
pedidos de desmembramento e encaminhamento dos autos para a Justiça Federal nos
estados (1º Grau) para os sem mandato e
sem foro privilegiado.
Nos principais corredores da Capital, a estimativa é de que
o Procurador abra pelo menos 42 processos para investigar os envolvidos nos
desvios investigados na Petrobrás pela Operação Lava Jato. A lista completa de
"agentes políticos" chegaria a 70 nomes, quando inclui políticos que,
desistiram da reeleição ou não conseguiram provar aos seus eleitores que eram “Ficha
Limpa”.
Janot sabe que qualquer descuido na redação das denúncias
que irá oferecer abria uma “avenida” para a atuação dos advogados dos
envolvidos, sejam empregados ou ex empregados da Petrobrás, sejam donos ou
executivos de empreiteiras.
A espera pela lista de Janot vem deixando congressistas com
os nervos tensos, alimentando a tensão e também as especulações. A tensão é
maior nos partidos da base governista, cujo bloco é puxado por PMDB, seguido
por PT e PP, mas, devido à dança das cadeiras nas últimas eleições, é possível
que políticos de outros partidos, inclusive da oposição, estejam na tão
esperada Lista de Janot.
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