segunda-feira, 18 de maio de 2009

BAIXADA URGENTE

CPI DA PETROBRÁS
PODE AJUDAR LULA

A CPI da Petrobras, que em tese parece prejudicar o Governo Lula, pode facilitar uma de suas maiores armações financeiras. A revelação é do blog “Alerta Total”, do jornalista Jorge Ferrão postada nesta segunda-feira (18). Segundo a análise do J. Serra, a crise pode servir de desculpa psicológica para fazer baixar as cotações das ações da empresa para, em seguida, viabilizar uma operação de aumento de capital - só subscrita pela sócia União que aumentaria sua participação no capital social da “estatal”. O alerta é de um grande guru do mercado financeiro que jamais investe em papeis do governo porque tem juízo e conhece o risco de manobras de conveniência como estas.
“A jogada fica facilitada porque só o sócio governo federal detém informação privilegiada sobre o verdadeiro valor e a real dimensão das novas reservas de óleo e gás do pré-sal – que são o grande trunfo da Petrobrás. Qualquer manobra acionária fica facilitada, sem que o mercado possa se defender, porque o governo sabe que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nada pode contra ele. Mas como a Petrobrás tem ações negociadas na Bolsa de NovaYork seria bom ficar esperto com a fiscalização rigorosa da SEC (Securities and Exchange Commission) – órgão regulador dos EUA”.

VEREADOR DESABAFA: “CANSEI
DE SER ROUBADO PEL AMPLA!”

Numa reunião que durou quase duas horas, a Câmara de Duque de Caxias abriu seus microfones para que os consumidores pudessem denunciar os abusos da Ampla, distribuidora de energia elétrica que tem o monopólio no interior do Estado e também nos Segundo e Terceiro Distritos de Duque de Caxias. Um dos mais exaltados foi o vereador Maninho do Posto (foto), em seu primeiro mandato. Dono de três postos de gasolina na área da Ampla, ele denunciou que, embora a conta estivesse paga, funcionários da empresa cortaram a rede da sua residência às 19 horas de um sábado, no momento em que o vereador comemorava o sexto aniversário de seu filho. Embora tenha ingressado na Justiça com ação contra a empresa, três anos depois a Ampla não explicou porque mandou cortar a energia de um cliente em dia.
Ao final do seu discurso, Maninho do Posto se solidarizou com milhares de clientes da Ampla e desabafou:
“Chega! A Ampla acusa o consumidor de fazer “gato”, mas ela inventou um perigoso “tigre”. Cansei de ser roubado pela Ampla. Agora é guerra e a Câmara vai apoiar os consumidores lesados pela empresa.
Controlada por capitais espanhóis através da “holding” Endesa, a Ampla está à venda e a CEMIG, controlada pelo Governo mineiro, é a principal interessada. Os problemas dos consumidores da espanhola começaram quando ela foi autorizada pelo Inmetro a instalar medidores eletrônicos para um teste de campo. Seriam 1.200 clientes escolhidos por amostragem, que manteriam os medidores mecânicos ao lado dos novos. Depois do teste, o Inmetro avaliaria a margem de erro nas duas leituras para, só então, liberar, ou não, a utilização dos medidores com chips. Mesmo sem aprovação do Inmetro, como constatou a CPI da Alerj, a empresa começou a espalhar os novos medidores por todo o Estado, causando prejuízos aos consumidores, que não contam com a proteção da ANEEL, omissa diante da criminosa atuação da Ampla.

RÁPIDAS

● Os depoimentos dos consumidores atendidos pela Ampla revelam que os marcadores com chips não são confiáveis, como já declarou o Inmetro em documento enviado à CPI da Ampla, criada pela Alerj a pedido do deputado Marcos Figueiredo, de Duque de Caxias.
● Para quitar uma dívida de quase R$ 7 mil, por exemplo, Mário Rodrigues, morador de Santa Cruz da Serra teve que vender uma igreja. “A minha conta era de R$ 24. Com a implantação do novo sistema, ela pulou para R$ 630. A única alternativa foi vender a congregação depois de alguns meses”, resignou-se.
● Dona Antônia Cardoso Leal, moradora de Vila Sapê, em Imbariê, reclamou que precisaria de um binóculo para fazer a leitura no alto do posto. Com os equipamentos aéreos, a sua conta passou de R$ 30 para R$ 200. Ela pediu a revisão de tensão e o tributo voltou ao preço antigo. “Não existe critério, a empresa faz o que quer”, denunciou Antônia.
● Ao encerrar a sessão pública sobre a Ampla desta segunda-feira, que contou com a presença do prefeito e diversos secretários, o presidente da Câmara, Mazinho, convidou os presentes a comparecerem não só à Audiência Pública da próxima segunda-feira (25), a partir das 9 horas, mas também às sessões deliberativas do Legislativo, todas as terças e quintas-feiras, a partir das 17 horas.
● Líder do Governo na Câmara, a vereadora Fátima Pereira, a Fatinha, garante que já tem as assinaturas necessárias para a criação de uma CPI para investigar as trapalhadas da Ampla com os medidores eletrônicos, que
não têm aprovação do Inmetro. Ela só está esperando a Audiência Pública da próxima segunda-feira (25) para ver como a empresa de capitais espanhóis vai se comportar.
● Se a Ampla insistir em utilizar os medidores com chips, que só erram na medição a favor da empresa, Fatinha promete protocar o requerimento e pagar para ver. O deputado Paulo Ramos, relator da CPI da Alerj que investigou a empresa, virá a Audiência para ler o seu relatório em público.
● Além da Ampla, outra concessionária que “está se lixando para a Opinião Pública” é a Oi/Telemar, da família Jereissati, que há décadas controla o poder no Ceará. Os problemas da Câmara com a empresa de telefonia se referem ao sistema de banda larga, que a OI/Telemar praticamente monopoliza na transmissão de dados via telefone fixo.
● A Oi/Telemar comprou, na bacia das almas, a antiga Telerj e mais 15 outras operadoras estaduais, mantendo o monopólio virtual na área da banda larga. Além de não oferecer o serviço a todos os assinantes por “limitações técnicas”, a Oi não oferece o serviço na velocidade contratada. Como o regulamento da ANATEL considera normal a velocidade mínima de 10% do fator contratado, sobra para a operadora uma margem de 90%, que ela cobra, mas não atende.
● O comportamento da OI/Telemar se assemelha à situação de um comerciante que fosse autorizado pelo inmetro a entregar 100 gramas a um cliente que comprasse um quilo de mercadoria.
● Só para lembrar: a OI/Telemar é aquela empresa que entrou com R$ 15 milhões na sociedade com o filho de Lula. Rapaz experto, Lulinha tinha um capital de apenas R$ 2 mil, mas como a OI/Telemar precisa estar perto do poder, não teve dúvidas em injetar R$ 15 milhões na micro-empresa de Lulinha, que agora é grane empresário e sócio da Rede Bandeirantes, onde ocupa cargo de direção.
● O vereador Mazinho marcou para o próximo dia 28 a sessão solene da Câmara de Vereadores, em que será comemorado o “Dia da Baixada”. Como em 30 de abril todos os municípios realizam eventos em torno da data, a Câmara de Duque de Caxias prefere deixar o tempo passar para realizar a sua comemoração.
● A novidade este ano é que, finalmente, Duque de Caxias vai comemorar o a
niversário da chegada da Estrada de Ferro Leopoldina e à inauguração da estação de Vila Meriti, em 23 de abril de 1886, que deu origem a Duque de Caxias, uma cidade que em 65 anos de existência se transformou num dos municípios mais importantes do Estado e do País.
● O 30 de abril é aniversário da inauguração (1854) da primeira ferrovia do País, que ligava o porto de Guia de Pacobaíba (hoje conhecido como Praia de Mauá), em Magé, a Petrópolis. A cerimônia contou com a presença de Dr. Pedro II e da Família Imperial, já que o monarca era amigo pessoal do empresário e visionário Irineu Evangelista de Souza, mais tarde homenageado com o título de “Barão de Mauá”, concessionário da estrada de ferro.
● Nada menos que 30 quilos de maconha prensada ou em trouxinhas foram apreendidas nesta segunda-feira (18), na Favela Vila Ideal, em Duque de Caxias, escondidos em uma laje entre duas casas, em um beco da comunidade. Durante a operação policial, desencadeada para localizar e prender ladrões de cargas, agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) apreenderam ainda um fuzil calibre 762, radiotransmissores, uma espada com brasão do Exército brasileiro, carregadores para pistola e fuzil, roupas camufladas, cintos de munição, uma faca e material para endolação.

TRÊS PREFEITOS DA PESADA



A foto reunindo os prefeitos de Duque de Caxias, São João de Meriti e Nova Iguaçu, embora feita num sábado esportivo, simboliza uma inesperada união em torno do conceito de Choque de Ordem. Enquanto Zito proíbe estacionamento nas ruas e praças centrais do Município, Lindberg Faria decide proibir a circulação de veículos de carga na Rodovia Presidente Dutra, que corta Nova Iguaçu, entre 5 e 10 horas da manhã, a pretexto de facilitar o movimento de veículos naquela rodovia federal. Já Sandro Matos foi mais criativo e proibiu o tráfego de carroças em São João de Meriti, onde é quase impossível andar de automóvel, tal a quantidade de buracos nas principais vias de circulação do município. Com isso, os carroceiros, ex-colegas de profissão de Zito, resolveram estacionar suas “viaturas” nas divisas do município com as cidades vizinhas, como ocorre na Covanca, no Parque Tietê e no Bar dos Cavaleiros bairros de Duque de Caxias na fronteira com o antigo Distrito do Município (entre 1943 e 1945).

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