sexta-feira, 27 de abril de 2007

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

REPROVADAS PELO MEC
AS ESCOLAS DA BAIXADA
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica ( IDEB), desenvolvido pelo Ministério da Educação para avaliar a qualidade do ensino fundamental no País (de 1ª a 8ª Séries), de responsabilidade das Prefeituras, reprovou as escolas da Baixada, que ficaram com os índices mais baixos do País, Dos 4.350 municípios avaliados pelo MEC, nada menos de 4.101 cidades, equivalente a 94% do total, tiveram nota inferior a 5, numa escala de 0 a 10, As piores notas foram dadas para Campos e Paty do Alferes (2,9), seguidas por Guapimirim e Nilópolis (3,0), Seropédica e Japeri (3,2), Duque de Caxias e Magé (3,3) e Belford Roxo (3,5). Embora seja o segundo PIB do País, só perdendo para a cidade de São Paulo, Duque de Caxias não consegue melhorar o padrão de ensino oferecido tanto pela rede municipal, como pela estadual pela precariedade das escolas, a falta de equipamentos básicos e os baixos salários oferecidos. Um professor do Estado, com mais de 20 anos de atividade, não consegue uma remuneração mensal superior R$ l mil reais. Na quarta-feira, professores de todo o País fizeram um “Dia de Protesto” para exigir que o Governo Federal estabeleça um piso nacional para o Ensino Fundamental, mas a proposta do MEC em fase de consulta ás bases aliadas propõe um piso de R$ 800 reais por 40 horas semanais (horário integral), valor que a maioria dos Estados e Municípios não tem condições de pagar sem o repasse de recursos do FUNDEB, o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básico, que o Governo Federal vem acenando como solução mágica para melhorar a qualidade do ensino oferecido do Pré-Escolar até a 8ª Série do Ensino Fundamental.

■ A divulgação dos dados do IDEB ocorreu justamente quando a nova direção da FEUDUC, a primeira Universidade da Baixada, criada em 1968, divulga Nota Oficial, reconhecendo o quadro de insolvência da instituição que mantém uma Faculdade de Letras (Português, Literatura e Inglês) e outra de História no seu campus de São Bento.
■ Criada no primeiro Governo Moacyr do Carmo, a Fundação Universidade de Duque de Caxias é objeto de desejo de empresários do ensino privado, principalmente pela extensa área que a instituição conquistou do INCRA no antigo Núcleo Colonial de São Bento, criado pelo Presidente Getúlio Vargas na década de 30 para recolonizar a região, que havia sido devastada no final do Século XIX pela febre amarela e a libertação dos escravos
■ Segundo a Nota distribuída entre os alunos e assinada pelo seu novo presidente, o jornalista Ruyter Poubel, um dos fundadores da instituição ao lado do professor e cirurgião-dentista Ely Guimarães e do advogado Antonio Ticon, que integram a atual diretoria, a dívida da FEUDUC já supera R$ 1,5 milhão e cresce cerca de R$ 50 mil a cada mês. Por isso mesmo, a diretoria está fazendo um apelo aos alunos para que voltem a pagar as suas mensalidades, inferiores às cobradas por outras faculdades da região, para que a FEUDUC possa honrar seus compromissos..
■ Segundo circula no campus de S. Bento, uma das primeiras medidas de contenção de despesas a ser anunciada nas próximas horas será o corte de pessoal, além de maior controle na despesa de material de consumo.
■ Enquanto a direção da FEUDUC luta para mantê-la funcionando e preparando professores para o Ensino Médio, o Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, o deputado Alexandre Cardoso, lidera uma campanha para transformar o campus de S. Bento numa Escola Técnica de 2º Grau, vinculada ao Governo do Estado, para a implantação de um Centro de Inclusão Digital, de olho nos cerca de R$ 4 bilhões do FUST - Fundo de Universalização das Telecomunicações – formado por uma contribuição paga pelas empresas de telefonias, contribuição esta repassada nas tarifas pagas pelo consumidor.

■ Os camelôs de Duque de Caxias não estão com muita sorte no atual Governo. Além da redução para apenas 400 dos cerca de 3 mil camelôs que atulhavam praças e ruas da cidade em 2006, eles são obrigados a pagar “contribuição” para uma ONG, dirigida por um amigo do Prefeito e que se apresenta como administrador do “Centro de Comércio Popular”, uma obra que custou R$ 2,5 milhões á prefeitura e construída em frente ao Centro Cultural Oscar Niemeyer, na Praça do Pacificador.
■ A “contribuição” baixou para R$ 30 (para quinquilharias de baixo valor) a R$ 80 por semana (para CDs, DVDs e programas de computado contrabandeados ou piratas) depois que o deputado Zito fez um comício em frente ao camelódromo, ameaçando entrar na Justiça contra a cobrança de tais “contribuições”;
■ Há pouco mais de um mês, a Delegacia contra a Pirataria fez uma “visita” ao camelódromo e apreendeu milhares de CDs, DVDs e programas de computadores piratas. Por último, na noite de domingo (22/04), um incêndio provocou a interdição do camelódromo, que só deverá reabrir depois de 1º de maio. Haja galho de arruda e sal grosso para desanuviar o ambiente no camelódromo!
■ Aproveitando o “Dia do Trabalho’”, o PDT está promovendo uma campanha por rádio e TV, lembrando que o partido apóia o trabalhador e que a CLT, a Carteira de Trabalho e o 13º são conquistas dos trabalhistas. O presidente Carlos Lupi coloca Getúlio Vargas e Leonel Brizola como as principais lideranças do trabalhismo, mas não cita o nome do ex-presidente João Goulart, cunhado de Brizola que preferiu fugir para o Uruguai em 64 a comandar a resistência ao golpe militar e provocar o derramamento de sangue. Talvez não seja oportuno para Carlos Lupi, em ‘Lua de Mel” com o Governo Lula, lembrar a campanha de Brizola em 63, como governador do Rio Grande do Sul, com o slogan “CUNHADO NÃO É PARENTE, BRIZOLA PARA PRESIDENTE”
■ O Ministro César Peluzo, do STF, violou a Constituição Federal ao mandar soltar os desembargadores, juízes e procuradores da Fazenda, presos pela “Operação Furacão’, mantendo presos porém “fichinhas” como os banqueiros do jogo-do-bicho Capitão Guimarães, Anízio da Beija Flor e “Turcão’, este dono de um luxuoso Hotel na região oceânica de Niterói, onde a quadrilha se reunia. Afinal, a Constituição proclama que todos são iguais perante a Lei. Com a decisão do Ministro Peluzo, os juízes e desembargadores são “mais iguais”.