sexta-feira, 1 de junho de 2007

BAIXADA URGENTE

UM PROGRAMA BEM FAMÍLIA
PARA O SEU FIM DE SEMANA

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

NEM MESMO OS MORTOS
ESCAPAM DA VIOLÊNCIA


Por insegurança, Delegacias de Polícia e capelas mortuárias continuam fechando as portas durante a noite (Foto: Beto Dias)


Em conseqüência do clima de violência em que vive o Estado do Rio nos últimos 10 anos, até os mortos estão na berlinda. Há poucos dia, um internauta, que participava do velório de um parente no Cemitério do Corte Oito, ficou surpreendido quando um funcionário da Funerária Duque de Caxias informou que as capelas seriam fechadas a partir das 19 horas, por medida de segurança, só reabrindo pela manhã. Ao comentar o fato com um amigo, o internauta ficou sabendo que também no Cemitério do Tanque do Anil, no Parque Beira Mar, as capelas fecham durante a noite, mesmo tendo a vizinhança do IML - o Instituto Médico Legal, que deveria funcionar às 24 horas do dia para receber os corpos que precisem de necropsia. Segundo funcionários da Funerária, empresa que, mesmo sem contrato, continua explorado os cemitérios de Duque de Caxias, essa medida extrema foi a única para garantir a segurança dos parentes dos mortos. Pelo menos no Estão do Rio, capelas mortuárias fecham á noite por medida de segurança. Ainda recentemente, uma bala perdida atingiu um corpo que estava sendo velado durante o dia no Cemitério de Irajá, Zona Norte do Rio de Janeiro. Se a FNM ainda fabricasse carros blindados, seria a recuperação da FNM e a redenção de Xerém.

● A partir desta sexta-feira (01/06), os servidores ativos e inativos de Duque de Caxias recebem os salários de maio com um reajuste de 3,5%, além da incorporação de 50% do abono. Com isso, os aumentos reais variam entre 12% e 67%. Os médicos e fiscais da Prefeitura não foram contemplados com a incorporação, mas também tiveram 3,5% de aumento, superior ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) de 2,9% no período
● Depois de demoradas negociações, a prefeitura fechou um novo acordo com os herdeiros de Genach Chadryck pela desapropriação, no início dos anos 60, de duas áreas do Parque Beira Mar para a instalação do Cemitério do Tanque do Anil. O valor da indenização era de R$ 33 milhões, conforme carta precatória expedida pelo Tribunal de Justiça, mas a família do antigo proprietário da área concordou em baixá-lo, desde que a prefeitura pague em dia 36 prestações mensais de pouco mais de R$ 700 mil. Se cumprir o acordo, a dívida será reduzida para apenas R$ 27 milhões.
● Apesar da resistência de alguns vereadores, a Câmara aprovou o acordo e, agora, a dívida relativa ao terreno do cemitério sai da lista de precatórios. Com isso, quem entrou na fila logo depois, será beneficiado. Isto é, receberá seus créditos com um atraso de 40 anos.
● Agora, fica faltando resolver o problema da administração dos cemitérios, onde a Funerária Duque de Caxias continua vendendo sepulturas e cobrando pelos sepultamentos, apesar da concessão, dada em 1972 e por apenas 25 anos, já haver terminado. Além de administrar os cemitérios, de propriedade do município, a Funerária continua com o monopólio na venda de caixões e nos sepultamentos, apesar do prefeito haver anunciado a criação de uma Funerária Popular, para fornecer sepultamentos e caixões de graças para famílias de baixa renda.
● Após ouvir os líderes de partidos, o deputado Jorge Picciani (PMDB), presidente da ALERJ, decidiu que só após o recesso parlamentar de julho irá colocar em votação os pedidos de instalação de Comissões para investigar a gestão financeira da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), possíveis irregularidades nos medidores de consumo instalados pela Ampla, e a precariedade do serviço prestado pela Barcas SA.
● A CPI da Ampla foi solicitada pelo deputado Marco Figueiredo (PSC). Para ele, a Ampla, "ao promover a instalação indiscriminada de medidores de energia do tipo aéreo, além de usurpar o direito inalienável do consumidor de acompanhar o seu próprio consumo, infringe, segundo o próprio Inmetro, diversas normas técnicas de aferição de consumo residencial".
● Com entrada franca, o Espaço Cultural da Alerj abre nesta sexta-feira (01/06) a exposição "Entre amigos e amores – os espaços de socialização GLS do Rio", trabalho inédito do fotógrafo e jornalista Pedro Stephan. A exposição, que faz parte da Mostra FotoRio2007, será inaugurada às 18h, e trará 100 fotos que retratam imagens da vida GLS carioca. "Inaugurar mais um espaço cultural na cidade com minha primeira participação na Mostra FotoRio, uma das mais importantes do mundo e a maior do Brasil, é uma oportunidade ímpar", comemora Stephan. A exposição poderá ser conferida até o dia 31 de junho, das 11h às 18h, na Rua da Alfândega, nº 8, Centro.
● A partir deste fim de semana, todos os sábados e domingos de junho e dia 1º de julho, às 16 horas, estará em cartaz no Teatro Raul Cortez, na Praça do Pacificador, o espetáculo infantil ”Rapunzel”, com ingressos a R$ 10 e R$ 5 (Meia entrada). Nos dias 8,9,10,15,16 e 17, (sextas e sábados às 20h e domingos às 19h) será a vez de “Os segredos que só os homens têm”, com direção de Evandro Mesquita. Ingressos a R$ 20 e R$ 10 (Meia);
● Mais de 30 casais participa domingo (02/06), a partir das 17h, da semifinal e final do concurso de dança de forró pé-de-serra, promovido pela Secretaria de Cultura de Duque de Caxias. A disputa faz parte das comemorações dos nove anos do projeto Forró na Feira. Os três melhores casais receberão prêmios em dinheiro e troféus. Sucesso na Baixada Fluminense, o Forró na Feira acontece aos sábados e domingos na Praça Roberto Silveira, no Centro, e recebe mais de cinco mil pessoas nos finais de semana. O projeto também dá espaço a novos artistas que podem mostrar seus trabalhos.
● Aos sábados, o forró começa com música ao vivo às 22h e, aos domingos às 13h. Nas barracas instaladas na praça, os visitantes encontram comidas típicas das regiões Norte-Nordeste, como buchada de bode, carne-de-sol na chapa ou na brasa com aipim, cabrito, sarapatel e queijo de coalho, acompanhados de manteiga de garrafa.
● O Instituto Brasileiro de Educação Moral - IBEM, organização educacional não governamental, realiza no dia 23 de junho, sábado, o Seminário A Pedagogia da Sensibilidade e Sua Aplicação no Ensino Fundamental, em Duque de Caxias, contando com a coordenação dos Profs. Marcus De Mario e Ronaldo Gomes. Serão duas turmas, cada uma com 50 vagas: de manhã, uma turma das 08h30 às 12h00, e na parte da tarde outra turma, das 13h00 às 16h30.
● O seminário ocupará a Sala de Cursos (3° andar) da Papelaria Itatiaia, Av. Dr. Plínio Casado, em frente à estação. As inscrições, gratuitas, devem ser feitas antecipadamente (até o limite de vagas em cada turma) através do telefone (21)2671-0201 ramal 206. Será excelente oportunidade para conhecer a teoria e a prática de uma educação de valores, de ética para construção do ser. O seminário é aberto a professores e educadores em geral. Mais informações em
www.educacaomoral.org.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

ESTUDANTES ENVIAM SOS
AO CONSELHO TUTELAR

As cameras de TV instaladas pelo 15º BPM para melhorar a segurnça nas ruas, não gravaram o ataque de bandidos à Câmara Municipal

Diante da inoperância das autoridades da Segurança Pública (59ª DP-Centro, 15º BPM e Guarda Municipal), os estudantes dos colégios
vizinhos à Praça do Pacificador estão dispostos a fazerem uma mobilização para obrigar o Conselho Tutelar de Duque de Caxias a atuar no sentido de protegê-los das gangues de crianças e adolescentes, que hoje controlam a área em torno do Palácio da Cultura. Além de cheirar cola e praticar jogos valendo dinheiro embaixo da Biblioteca Leonel Brizola, essas gangues estão assaltando nos acessos às passarelas sobre a via férrea. No início da tarde de sábado, (26/05) dois adolescentes, que saiam da aula de Educação Física, foram assaltados por dois rapazes, na faixa dos 15 anos, quando se dirigiam à passarela do Mercado Municipal. As vítimas conseguiram convencer os bandidos-mirins que usavam mochilas de camelô, compradas no “Shopping do Paraguai”, pertencente à Prefeitura. Outro colega não teve a mesma sorte e precisou “negociar” com o assaltante, entregando os R$ 10 reais que tinha no bolso para não perder a mochila. A ação do Conselho Tutelar deve ser feita em dois sentidos: apreensão das crianças e adolescentes que vivem na Praça, e encaminhá-los para abrigos ou centros de custódia sob supervisão do Juizado da Infância e da Juventude, e repressão à jogatina e ao consumo de drogas na Praça do Pacificado. Antes que suja um novo Fernandinho Beira Mar, com quem a Polícia Federal gasta cerca de R$ 45 mil cada vez que o traficante tem uma audiência na Justiça do Rio.

● A Secretária de Cultura de Duque de Caxias, Dalva Lazzaroni, prestigiou, segunda-feira, a inauguração da Exposição que resgata a História de Xerém. A iniciativa foi da Secretária de Educação, Selma da Silva, e a mostra de fotos, documentos e objetos, inclusive da extinta FNM, podem ser vistos na Igrejinha de Nossa Senhora das Graças.
● Aliás, Dalva Lazzaroni resolveu “passar o rodo” no Conselho Municipal de Cultura, escolhido no ano passado numa eleição de cartas marcadas. Com a dissolução do colegiado, ela desmontou as “igrejinhas’ que se organizaram na Secretaria para usufruir os recursos do Orçamento da Secretaria e das empresas que resolverem investir em projetos culturais. Tem muita gente chiando, pois perdeu uma formidável ‘boquinha”
● Na terça-feira (29/05), o governador Sérgio Cabral assinou um protocolo de compromisso com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o secretário de Meio Ambiente de Minas Gerais, José Carlos Carvalho, e o síndico da massa falida da Ingá, Jarbas Barssanti. Ficou acertado que a massa falida da empresa arcará com os custos da primeira etapa do projeto de recuperação, estimados em R$ 900 mil, que incluirão o tratamento e a retirada da água contaminada. Os recursos para a segunda etapa virão do dinheiro arrecadado pelo leilão do terreno, ainda sem data a ser realizado.
● A CPI da ALERJ que investiga o processo de venda da Varig ouvirá nesta quinta-feira (31/05), às 12h30, o advogado Roberto Teixeira, cujo escritório atuou na venda da Varig para a Gol em 2006. O presidente da CPI, deputado Paulo Ramos (PDT), anunciou na última quinta-feira (24/05), que pedirá ajuda ao juiz para ouvir os sócios representantes do grupo Volo do Brasil, Marco Antônio Audi, Eduardo Gallo, Marcos Haftel e Lap Wai Chan. “A Procuradoria da Alerj encaminhou um ofício ao juiz para que seja expedido um mandado de comparecimento das partes sob força policial”, disse o deputado. O interventor do fundo de pensão Aerus, Erno Brentano, também será convocado para depor ainda em data a ser definida
● A CPI da ALELRJ que apura os crimes ambientais cometidos no estado durante os oito anos de governo do casal Garotinho, estranhou a diferença entre o valor de R$ 900 mil, que será gasto na primeira fase de despoluição emergencial do terreno onde está localizada a Ingá Mercantil, e os R$ 3,5 milhões gastos na reparação do dique de contenção da empresa, ocorrida no Governo anterior.
● ”Temos que investigar o porquê de tamanha diferença. Não é possível que a massa falida agora precise gastar apenas R$ 900 mil quando já se gastaram tantos milhões e nada foi resolvido”, explicou André do PV. A suspeita foi levantada durante reunião realizada pela CPI nesta quarta-feira (30/05), quando foram ouvidos o perito judicial responsável pelo local, João Alfredo Medeiros, o engenheiro responsável pelo projeto de tratamento e retirada da água, Antonio Roberto de Oliveira, e o assessor técnico de gabinete da prefeitura de Itaguaí, Alex Lara, que apresentaram os projetos de cada um dos órgãos para solucionar a questão do passivo ambiental da Ingá, que contamina a Baía de Sepetiba com metais pesados há 20 anos.
● O perito judicial João Alfredo Medeiros discordou do projeto do engenheiro Antonio Roberto de Oliveira. Segundo ele, a empresa é responsável por um dos maiores crimes ambientais já ocorridos no estado e a situação só piorou com a falência da fábrica, em 1998.
● Ainda de acordo com João Alfredo Medeiros, o que restou foi sendo absorvido pelo solo e levado para rios, mangues e para a Baía de Sepetiba. “Durante os seis anos posteriores ao fechamento da fábrica, a baía recebeu 6 mil toneladas de resíduos tóxicos, como zinco, cádmio e arsênio. Ainda hoje há contaminação, mas em nível muito inferior. O maior problema ainda está no amontoado de dejetos de cerca de três milhões de toneladas que continua contaminando os solos e os rios da região a cada chuva”, disse Medeiros. Para ele é preciso descontaminar e armazenar todo esse material.
● “Vamos convocar o ex-presidente da Superintendência Estadual de Rios e Lagos (Serla), a empresa responsável pela obra, Tecnosolo, e a ex-presidente da Feema – Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente () para saber o porquê desse valor tão alto gasto na reparação do dique”, afirmou André do PV.
● O prefeito Lindberg Faria, do PT, passou o rolo compressor na CPI que pretendia investigar a contratação sem licitação, de uma empresa para fornecer todo o material gráfico da prefeitura e a compra de uniformes escolares. O alcaide iguaçuano, lulista de carteirinha, pretende, agora, fazer o mesmo com os que se aventurarem a disputar a prefeitura em 2008. Lindberg é um fã ardoroso de Hugo Chaves.
● Faltando menos de um mês para encerrar o primeiro semestre do ano letivo, o Ministério Público da Infância e da Juventude de Duque de Caxias resolveu investigar, através de uma Ação Civil Pública, a falta de professores na rede estadual, onde os alunos estão recebendo os boletins sem as notas das matérias não estudadas por falta de professor. Enquanto isso, o Secretário de Educação, Nelson Maculan, continua empurrando o problema com a barriga.
● Outro órgão a pegar carona na crise é o SEPE, que vai ingressar na Justiça com uma representação contra o Conselho Estadual de Educação (?), um órgão inoperante que deveria discutir a politica de Educação para o Estado.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

BAIXADA URGENTE

EXPOSIÇÃO RESGATA
A HISTÓRIA DE XERÉM

O presidente do Estado do Rio, Comandante Amaral Peixoto, e a Primeira Dama, Alzira Vargas, apoiavam a produção de motores no início dos anos 40 (Foto: Arquivo da FNM))

Numa feliz iniciativa da Secretaria de Educação de Duque de Caxias, foi inaugurada, nesta terça-feira (29/05), na restaurada Igreja de Nossa Senhora das Graças, em Xerém, uma exposição, de caráter permanente, que pretende facilitar a vida dos pesquisadores da História da Baixada Fluminense e resgatar a História de Xerém, o mais extenso Distrito e última porção de terras desmembrada de Nova Iguaçu, em agosto de 1945, para compensar a emancipação do Distrito de São João de Meriti, que, por mero açodamento dos emancipacionistas oficiais, fazia parte de Duque de Caxias desde 31 de dezembro de 1943. Os trabalhos de pesquisa e organização de documentos, fotos e objetos foram coordenados pela historiadora Marlúcia Santos de Souza e realizado, durante nove meses, pelo Centro de Pesquisa, Memória e História da Educação da Baixada e a exposição também vai ajudar a contar a história da industrialização da Baixada, com a instalação da FNM para a produção de motores de avião no auge da II Guerra Mundial. O Tratado de Yalta, assinado pelas grandes potências e que dividiu a Alemanha e o Mundo em duas áreas de influência, acabou provocando a morte prematura da incipiente indústria aeronáutica nacional, pois, de repente, o governo americano se viu às voltas com um invendável estoque de aeronaves. Como havia um saldo comercial apreciável a favor do Brasil, o Departamento de Estado dos EUA resolveu vender, a “preços de ocasião”, centenas de aviões, o que tornou inviável a produção local. Como alternativa para evitar o fechamento da FNM, seus dirigentes passaram a trabalhar em outros ramos, como a produção de geladeiras, veículos militares, terminando esse esforço de sobrevivência com a produção de caminhões, o famoso “João Bobo”, e automóveis, como o luxuoso JK com bancos de couro. No final dos anos 60, sucateada por administrações desastrosas e tecnologia superada, a FNM acabou vendida para a Fiat, que logo fechou as instalações de Xerém e se transferiu para Belo Horizonte, onde o Governo do Estado ofereceu, além dos terrenos, a construção de galpões e até capital para ajudar a multinacional italiana.

● Duque de Caxias continua vivendo na ilegalidade. Tem um Boletim Oficial de “fundo de quintal”, sem expediente que indique o servidor responsável pela publicação, nem circulação definida, inclusive a sua venda em bancas de jornal. Por estas e outras, o Banco do Brasil não aceita, até hoje, a publicação de portarias de aposentadoria de servidor municipal, para efeito de liberação do PIS/PASEP. O BB exige uma Certidão da Secretaria de Administração. Também tem shopping da Prefeitura vendendo CDs, DVDs e programas piratas de computado, conforme já comprovou a Delegacia Anti-Pirataria.
● Agora, na campanha eleitoral extemporânea, a turma do prefeito resolveu criar um blog, no endereço novaduquedecaxias.blogspot.com/, para publicar matérias pró-Washington Reis e contra Garotinho, Zito e Cia. O perfil do blog só diz que seu autor é do sexo masculino, tem 29 anos e é do signo de Leão.
● O blog do prefeito desancou recentemente o vereador Cidinho, que cobrou providências do presidente da Câmara, Júnior Reis (irmão do prefeito) com relação às denúncias que o edil recebeu a propósito da Fundec, dirigida por um cunhado do prefeito.
● O blog abriu espaço para a briga particular entre Garotinho e Zito, desta vez a propósito do contrato com a construtora Gautama para as obras de urbanização da Favela do Lixão. Os redatores do blog omitiram uma informação fundamental: quem excluiu a Prefeitura do projeto da Favela do Lixão, orçado na época em R$ 8 milhões, foi o Secretário de Recursos Hídricos do Estado, Alexandre Cardoso, recém-nomeado por Garotinho, que ficou encarregado de rever o projeto. Em pouco tempo, Alexandre Cardoso bateu o martelo: a urbanização da Favela do Lixão ficaria em R$ 16 milhões.
● Segundo o jornal “O Globo”, a obra está paralisada desde 2006 por ordem do Tribunal de Contas da União e Garotinho já pagou R$ 41,8 milhões, boa parte com o carimbo de “urgente”.
● Será que a turma do blog do prefeito resolveu proteger o Secretário de Ciência e Tecnologia, em troca da promessa de Alexandre Cardoso, de deixar de lado essa história de disputar a prefeitura de Caxias em 2008?
● Aliás, o projeto de urbanização da Favela do Lixão – que abriga cerca de 12 mil pessoas vivendo sobre um antigo monturo de lixo – era a menina dos olhos não só do então prefeito Zito, mas também do seu Secretário de Habitação, Aroldo Brito, a quem, o ex-governador Marcelo Alencar costuma chamar, quando está de bom humor, de “destrambelhado”.
● No Governo do Estado havia muita resistência à entrega da execução do projeto, com um inegável potencial eleitoral, nas mãos de Aroldo Brito, que tinha sonhos próprios em matéria de candidaturas. Por isso, e só por isso, a Prefeitura, autora do projeto aprovado pela Caixa, só entrou no circuito no apagar das luzes do governo Marcelo Alencar, quando Zito fez valer a sua autoridade como prefeito de uma das maiores cidades do País e fiel defensor do governador e do PSDB.
● Como o contrato de financiamento entre o Governo Federal e o Estado, sem o nome da Prefeitura, já estava pronto em Brasília, a saída “jurídico-política” foi a assinatura de um decreto, onde o Governador transferia para a Prefeitura o papel de fiscal das obras, isto é, sem a assinatura de Zito, a Caixa não pagaria uma só fatura..
● Tão logo assumiu a Secretaria de Recursos Hídricos, que incluía a Cedae e o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara, Alexandre Cardoso convenceu Anthony Garotinho a revogar o decreto, tirando Zito do papel de “fiscal das obras do Lixão’. Com isso, o Estado ficou à vontade para gastar o dinheiro que já estava liberado pela Caixa. Foi aí que entrou em cena a construtora Gautama, que hoje freqüenta o noticiário policial de todo o País por conta da “Operação Navalha”, da Polícia Federal.
● A esta altura dos acontecimentos, D. Mauro Morelli, Bispo Emérito de Duque de Caxias, deve estar de joelhos, agradecendo ao Pai por Brasília haver recusado o projeto original de urbanização da Favela do Lixão, patrocinado pela Igreja. Para os aristocratas de Brasília, seria um desperdício o Governo Federal gastar R$ 25 milhões de reais com meia dúzia de moradores de uma favela da Baixada Fluminense!
● Cansados de reclamarem com a Secretaria de Serviços Públicos sobre um vazadouro de lixo na Rua Barão de Tefé, a poucos metros do Hospital Mário Lioni, os moradores do local apelaram para a TV-Globo. Cerca de uma hora depois de gravada a reportagem, a Secretaria mandou retirar o lixo que ocupava boa parte de um terreno baldio na esquina com a Rua Barão do Triunfo, a dois quarteirões da residência do Secretário Antonio de Freitas. Da varanda do seu apartamento, ele podia ver o monturo de lixo que encheu um caminhão mas só agiu sob pressão da Imprensa
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segunda-feira, 28 de maio de 2007

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

GAROTINHO PAGOU MILHÕES
PELO PINICÃO DA GAUTAMA


A Gautama levou mais de R$ 41 milhões de Garotinho, deixando para traz um autêntico piscinão de esgotos na entrada de Duque de Caxias (Foto: Arquivo).

Demorou mas a Polícia Federal chegou no ex-governador Anthony Garotinho, conseqüência lógica das investigações da “Operação Navalha” sobre a empresa-quadrilha Gautama, cuja atuação está abalando os melhores endereços de Brasília. Trata-se das obras de urbanização da Favela do Lixão, rebatizada pelo governado de “Vila Nova”, na entrada de Duque de Caxias, onde a empreiteira baiana deixou uma enorme piscina de esgotos. O projeto original, elaborado por um grupo de estudantes de uma Universidade Pública do Rio de Janeiro, foi encampado pela Igreja, tendo o então Bispo de Duque de Caxias, D. Mauro Morelli, ido a Brasília dezenas de vezes no Governo FHC para discutir o assunto em diversos gabinetes. O Ministério do Planejamento acabou recusando o projeto pelo seu custo, estimado em R$ 25 milhões. O prefeito Zito e o deputado Doutor Heleno, vice-líder do Governo, resolveram assumir o projeto, que foi refeito.
Depois de idas e vindas à Brasília dos Secretários Municipais de Planejamento, Raslan Abbas, e de Habitação, Aroldo Brito, o custo do projeto foi reduzido, numa primeira versão, para R$ 16 milhões, mas só aceito depois de reduzido para R$ 8 milhões, sendo aprovado pela Caixa nos instantes finais do Governo Marcelo Alencar, sem a Prefeitura no contrato. Diante da reação indignada de Zito, o governador Marcello Alencar resolveu baixar um Decreto, transferindo para a Prefeitura a fiscalização das obras. Quando Garotinho assumiu, nomeou para a recém-criada Secretaria de Recursos Hídricos o deputado Alexandre Cardoso, que propôs de imediato duas modificações: a exclusão da Prefeitura e uma revisão do projeto. Numa só tacada, a dupla Alexandre-Garotinho tirou Zito do projeto e dobrou o seu custo para R$ 16 milhões. Na reportagem publicada sexta-feira (24/05) pelo jornal “O Globo”, o custo das obras pulou para R$ 41,8 milhões, isto é, cinco vezes mais que o projeto original, aprovado no Governo FHC. E as obras estão paralisadas desde 2005 por ordem do Tribunal de Contas da União, que está revendo todos os contratos firmados pela Gautama com governos estaduais e prefeituras, onde esteja envolvido dinheiro da União.

SEM TETO ABUSADO BOTA
SUPERMERCADO NO CHÃO

O fim de semana foi muito movimentado no centro de Duque de Caxias. Dezenas de pessoas, dizendo-se sem teto, invadiram e saquearam o galpão do antigo supermercado Rainha, na Av. Plínio Casado, em frente à estação ferroviária. O saque continuou nesta segunda-feira, com os invasores carregando tudo que podiam, inclusive vigas de ferro do telhado aparelhos de ar condicionado, extintores, portas, janelas, etc. etc. etc. A polícia não apareceu e tudo está sendo feito em plena luz do dia, conforme mostra a foto de Fênix. O supermercado foi comprado pelo grupo francês Carrefour, que se arrependeu e tenta, agora, desfazer o negócio. Algumas lojas foram devolvidas aos antigos donos, que montaram uma nova rede de supermercados, já tendo aberto duas lojas em Caxias.

● O Ministro da Agricultura do Japão, acusado de malversação (roubo) de dinheiro público, suicidou-se para não envolver o nome da família no escândalo, como é da tradição japonesa. Ainda bem que tanto Brasília, quanto Maranhão e Alagoas não ficam no Japão! Não haveria cemitérios para receber tantos corpos de corruptos!
● Será nesta terça-feira (29/05) que o deputado Carlos Minc, do PT, vai rasgar em público a sua carteirinha de ecologista, tornando-se um defensor perpétuo da degradação da Mata Atlântica. A partir das 16 horas, os deputados estarão votando (e aprovando, claro) o projeto de lei nº. 383/2007, elaborado pelo Secretário Carlos Minc, de Meio Ambiente, e enviado à ALERJ pelo governador Sergio Cabal, liberando a monocultura em áreas degradadas da Mata Atlântica.
● O projeto é uma saída encontrada por Carlos Minc para atender a multinacional Aracruz Celulose, que hoje enfrenta sérios problemas no Espírito Santo depois que resolveu plantar eucaliptos, para a produção e exportação de papel, em terras indígenas, sem antes negociar o projeto com os seculares ocupantes da área.
● No portfolio, aliás, de muito bom gosto, que fez para promover o luxuoso conjunto residencial que vai construir onde era a mansão do empresário Getúlio Gonçalves, ocupando metade do quarteirão em frente ao Hospital Mário Lioni, no 25 de Agosto, a construtora Gafisa utilizou uma fotografia aérea, que mostra, em detalhes, um vazadouro de lixo num terreno baldio na esquina das ruas Barão de Tefé com Barão do Triunfo, bem nos fundos da Faculdade de Medicina da Unigranrio. Será que a clientela VIP da Barra vai investir num conjunto com piscina e área de lazer bem ao lado de uma lixeira?
● Novo golpe na praça. Se você está acostumado a realizar transações com cartões de débito automático, muito cuidado! Os meliantes estão recrutando balconistas para um novo golpe. Ao efetuar pagamento via débito automático, o operador-bandidp passa o cartão, não registra nenhum valor e pede que você digite a senha. A seguir. o vendedor diz que houve erro e pede novamente o cartão, passa-o novamente, registra o valor e pede que você digite a senha. Agora ele já possui o número do cartão, a senha e o os dados do seu banco. Com essas informações, o seu cartão é clonado e os bandidos efetuam compras em seu nome. Cuidado, pois, ao passar o cartão! Não digite a senha sem antes conferir o valor da compra no display da maquininha. Só depois de conferir o valor é que você deve digitar a senha.
● Chegou a sete o número de veículos apreendidos semana passada pela Prefeitura de Duque de Caxias, com a operação deflagrada para coibir ações irregulares das concessionárias de energia elétrica no município. Segundo o secretário de Transportes, Abdul Haikal, as empresas burlam o Código Brasileiro de Trânsito ao utilizar veículos com placas cinzas, quando deveriam usar as vermelhas. Isso desrespeita o artigo 95 da lei no 9.503. “Nenhum dos veículos terceirizados que prestam serviços com placas cinzas são regulares. Nós iremos cumprir a lei multando e apreendendo estes veículos se for necessário”, afirmou Haikal.
● O diretor superintendente da Rio Polímeros S.A., Eduardo Karrer, e o diretor-geral da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Augusto Franco Alencar, devem prestar depoimentos nesta terça-feira (29/05) à CPI da Infraestrutura dos Pólos da ALERJ. Para o presidente da comissão, deputado Luiz Paulo (PSDB), os depoimentos serão fundamentais para definir responsabilidades do estado e da União na instalação dos complexos petroquímicos de Itaboraí, gás-químico de Duque de Caxias e siderúrgico de Santa Cruz.
● A intenção é, segundo o parlamentar, garantir a qualidade de vida e um melhor aproveitamento dos investimentos de US$ 16,7 bilhões. Através desse trabalho, a comissão vai verificar, antecipadamente, se as diversas esferas do poder público federal, estadual e dos municípios envolvidos estão articulados para formular o planejamento necessário a garantir a qualidade de vida da população que vive em torno desses projetos.
● A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da ALERJ que apura as perdas de arrecadação no estado no Governo Rosinha, principalmente do ICMS e da Dívida Ativa, convocou, para esta terça-feira (29/05), o ex-chefe da Procuradoria da Dívida Ativa do estado, José Carlos Sarmento, e um dos sócios da Inca Distribuidora de Combustíveis Ltda., Ricardo Magro.
● "Precisamos saber o que uma distribuidora, que acumula uma dívida de R$ 600 milhões e teve o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) cassado no Estado de São Paulo, teve de participação no comércio de combustíveis no nosso estado", comentou o presidente da comissão, deputado Luiz Paulo (PSDB). Na semana passada, o fiscal da Secretaria estadual de Fazenda, Francisco Roberto da Cunha Gomes, não compareceu a mais uma convocação para depor. A CPI aguarda que ele também esteja na reunião desta terça-feira. "Ele faltou ao depoimento por razões médicas, segundo seu advogado, mas, até a data da próxima reunião, esperamos que esteja bem", disse o parlamentar.