quarta-feira, 9 de novembro de 2011

BAIXADA URGENTE

CARLOS LUPI DIZ QUE VAI
CONTINUAR NO GOVERNO
Ao comentar as denúncias de pagamento de propina no Ministério do Trabalho, o ministro Carlos Lupi disse ontem (9) que o assunto está superado e que todos os esclarecimentos já foram prestados ao seu partido, o PDT, e à imprensa.
“A gente já deu as respostas que tinha que dar, apresentou os documentos, o procurador-geral da República já se pronunciou. Agora, estou aqui para trabalhar”, explicou, na abertura do encontro sobre estratégia de inclusão produtiva urbana do Programa Brasil sem Miséria.
Lupi reafirmou que a equipe que trabalha com ele não cobra propina em nome do partido, mas lembrou que o ministério conta com cerca de 10 mil funcionários. “Não posso impedir que alguém do vigésimo escalão, na ponta, tenha feito alguma coisa errada. Se tiver feito, cadeia para o corrupto e para o corruptor”, disse.
O ministro voltou a classificar a denúncia como vazia e irresponsável e pediu que sejam apresentadas provas relacionadas a supostos pagamentos de propina que envolvam o seu nome. “É um instrumento dos covardes, que se escondem atrás do anonimato. Gostaria de desafiá-los a apresentar.”
Sobre o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou a existência de contratos sem fiscalização no ministério, Lupi argumentou que 186 deles, na realidade, não foram disponibilizados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi).
“O Brasil está dando certo. Muita gente não se conforma com isso e quer inventar muita coisa. Mas estamos com a consciência tranquila”, disse. Perguntado se poderia ser a bola da vez, diante da sucessão de demissões de ministros nos últimos meses, Lupi respondeu: “Só se for a bola sete, que é a bola que dá a vitória”.
PARA PROMOTOR, JUÍZA
SABIA QUE IRIA MORRER
A juíza Patrícia Acioli tinha informações de que o coronel da Polícia Militar Cláudio Luiz Silva de Oliveira, ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, planejava matá-la, garantiu ontem (9). A afirmação foi feita ontem (9) pelo promotor de Justiça Paulo Roberto Cunha durante audiência na 3ª Vara Criminal de Niterói.  Ele trabalhava na mesma vara que a juíza, a 4ª Criminal de São Gonçalo.
 Segundo o promotor, a juíza disse a ele que as informações sobre o suposto plano para matá-la haviam chegada por intermédio de um inspetor da Polícia Civil, de um inspetor penitenciário e por comentários feitos dentro do próprio Batalhão da PM em São Gonçalo.
 De acordo com Cunha, a juíza temia por sua vida, mas resolveu não comunicar as ameaças ao Tribunal de Justiça porque não tinha nenhuma prova concreta. O representante do MP confirmou que o coronel Cláudio Luiz  tinha tido uma briga com a juíza há 20 anos, durante uma partida de futebol no Maracanâ, época em que Patrícia Acioli era Defensroa Pública. Talvez por conta desse incidente o coronel não colaborava com a iniciativa do Ministério Público de reduzir as mortes cometidas pela polícia, os chamados auto de resistência. Patricia Acioli era conhecida por condenar policiais acusados de homicídio em São Gonçalo.
O promotor foi a primeira das testemunhas de acusação a serem ouvidas nas audiências sobre a execução da juíza, iniciadas ontem (9) e que devem prosseguir nos próximos dias.
CABRAL USA O PMDB PARA
ATACAR O GOVERNO DILMA
Os órgãos de comunicação ligados ao Governo do Estado estão distribuindo um baner com o convite do PMDB para o showmício desta quinta-feira (10), na Cinelândia para protestar contra as mudanças na legislação sobre os royalties do petróleo. Sérgio Cabral pretende transferir par ao partido o ônus de enfrentar Dilma Rousseff num assunto explosivo, como o repasse de recursos federais para os governos estaduais. Desde que o Governo Lula enviou o projeto do marco regulatório da exploração do petróleo no pré sal, o governador vem tentando monopolizar os movimentos contra o projeto do Governo, mesmo sabendo que apenas tres Estados (Rio, S. Paulo e Espírito Santo), eram beneficiados pela legislação anterior. Em momento algum Sérgio Cabral, que tanto gosta de viajar, procurou os estados produtores de minério, que também recebem royalties, de que poderia ser as próximas vítimas dessa desastrada reforma tributária, em que o Governo Central não abre mão de suas receitas, mas pretende distribuir entre estados e municípos a renda extra do pré sal. Com essa partilha da miséria, os estados produtores de petróleo perdrão receita, enquanto estados e municípios não produtores passarão a ter uma pequena fatia dos royalties, cuja distriuição não equâneme seria feita pelo Fundo de Participação de Estados e Municípios, onde o grande beneficiário é o Maranhão, feudo intocável da família Sarney.
Querendo posar de D. Quixote, Cabral acabou encenando uma ópera bufa, em que os estados produtores (RJ, SP E ES) saem perdendo, sem que isso signifique muita coisa em favor dos demais estados e municípios.
Só há uma certeza: qualquer que seja o impacto do showmício desta quinta-feira, Sérgio Cabral não será o fice de Zilma (ou de Lula) em 2014.
RÁPIDAS
•  A Prefeitura deve retirar cerca de 300 toneladas de detritos de um trecho de 600 metros do canal que corta o bairro São Bento, no segundo distrito. O serviço começou a ser executado nesta terça-feira (8) e terminar no final da semana.  Para limpeza do canal, que deságua no Rio Iguaçu, está sendo usada uma escavadeira S-90.
 Nos dois primeiros dias, foram retiradas cerca de 100 toneladas de lixo, muito mato, areia e utensílios domésticos, além de grande quantidade de material plástico, como garrafas pet. No mesmo bairro, a Secretaria de Obras está instalando num trecho da Avenida Governador Leonel de Moura Brizola (antiga Presidente Kennedy), uma rede de 30 metros de manilhas para facilitar o escoamento das águas das chuvas até o canal que está sendo dragado.
•  No ano passado, S. Bento, que é cortado pelo rio Iguaçu, e o bairro vizinho de Pilar sofrem com as enchentes, tendo a prefeitura aberto um canal extravasor para permitir o escoamento das águas represadas no local em direção ao rio Iguaçu.
•  Será realizado na próxima semana a VII Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Queu de Caxias. Será promovido pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente no auditório da Unigranrio  O objetivo é mobilizar representantes governamentais e da sociedade civil para a implementação e monitoramento da Política Nacional e do Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes. 
•  O evento será pautado sobre cinco eixos: “Promoção dos Direitos de Crianças e Adolescentes”; “Proteção e Defesa dos Direitos”; “Protagonismo e participação de crianças e Adolescentes”; “Controle Social da Efetivação dos Direitos”; e “Gestão da Política Nacional dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes”, através dos quais serão debatidas as questões.
Dirigir sob efeito de qualquer nível de concentração de álcool ou outra substância psicoativa no sangue poderá ser considerado crime. A comprovação do estado de embriaguez do motorista também poderá ser feita por outros meios, além do uso do bafômetro, como ocorre hoje. Essas medidas constam do PLS 48/11, do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), aprovado em decisão terminativa nesta quarta-feira (9) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
De acordo com a proposta, a caracterização do crime poderá ser obtida por meio de testes de alcoolemia (nível de álcool no sangue), exames clínicos, perícia ou outras formas que permitam certificar, técnica e cientificamente, se o condutor está ou não sóbrio. O uso de prova testemunhal, de imagens e vídeos também será admitido para comprovação de um eventual estado de embriaguez.
Ao defender o projeto, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) considerou que o país vive uma “epidemia” de violência no trânsito. Conforme ressaltou, o consumo de álcool é responsável por 40% dos acidentes de trânsito registrados no país.
- É preciso refletir se esse não é o momento de evoluir para a tolerância zero contra esse tipo de atitude – ponderou.
Indicado relator ad hoc , o senador Pedro Taques (PDT-MT) defendeu a aprovação da proposta e comentou que a comissão de juristas encarregada pelo Senado de propor novo texto para o Código Penal também já estaria atenta a formas de restringir a associação entre álcool e volante.
Taques acolheu emendas do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) para melhor especificar a punição dos infratores envolvidos em acidentes de trânsito que resultem em lesão corporal grave (reclusão de 3 a 8 anos); gravíssima (reclusão de 6 a 12 anos) e morte (reclusão de 8 a 16 anos). Multas e suspensão ou proibição da permissão para dirigir serão outras penas aplicáveis nas infrações de trânsito por embriaguez.
Após audiência pública conjunta das comissões de Seguridade Social e Família e de Finanças e Tributação da Câmara, a deputada federal Andreia Zito (PSDB-RJ) reafirmou sua posição contrária ao projeto de lei 1992/07, do Poder Executivo, que regulamenta a previdência complementar dos servidores públicos.
“Ficou muito claro que o PL 1992 contém graves inconsistências jurídicas, além da ausência de parâmetros importantes, como por exemplo, a taxa de administração e a garantia sobre alguns direitos dos servidores públicos, como o amparo no caso de invalidez”, disse a parlamentar.
Andreia Zito insiste que o projeto precisa ser mais amplamente discutido e não entende por que o Governo tem tanta pressa em votar o PL. Ela sugeriu a criação de um grupo de trabalho composto por parlamentares e representantes dos servidores e do governo.
 “Ainda temos muito trabalho pela frente. Não podemos permitir que esse projeto seja aprovado do jeito que está”, afirmou a deputada. Com relação à criação da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp), a parlamentar acredita que, “como o maior fundo de previdência da América Latina, o Funpresp nada mais será do que o atendimento a um desejo enorme do mercado financeiro”.
A Vila Olímpica de Duque de Caxias será palco nesta quinta-feira (10) de novembro, da festa de encerramento da Olimpíada de Integração Escolar 2011, que reuniu cerca de 70 mil alunos das 174 escolas da rede municipal na disputa por várias modalidades esportivas. O evento, terá início às 11h. A Olimpíada de Integração Escolar foi promovida através de parceria entre as Secretarias de Educação e de Esporte e Lazer, com as competições realizadas desde abril.
Foram disputadas as modalidades de atletismo, vôlei, handbol, futsal, lançamento de peso, salto em distância, judô, karatê, queimado, e xadrez, entre outras, além de esportes adaptados para portadores de necessidades especiais. Os jogos contaram, também, com a participação de alunos da Educação Especial, Educação Infantil e Educação de Jovens e Adultos. A expectativa é de a cerimônia de encerramento dos jogos reúna cerca de 1.200 alunos, além de grande número de familiares, professores e amigos dos jovens esportistas. A Vila Olímpica fica na Rua Garibaldi, s/n, no bairro 25 de Agosto.
Nos últimos meses, as ONGs, entidades privadas sem fins lucrativos, ganharam as páginas dos jornais, por conta de uma série de denúncias e irregularidades que derrubaram Orlando Silva (Esportes) e Pedro Novais (Turismo). O alvo agora são os convênios firmados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), supostamente envolvidos em esquemas de corrupção. Desde 2007, quando Carlos Lupi (PDT) assumiu o ministério, a Pasta já firmou R$ 1,55 bilhão em convênios, dos quais quase um terço (R$ 448,8 milhões) abasteceu instituições privadas sem fins lucrativos.
Segundo levantamento feito pelo Contas Abertas junto ao Portal da Transparência, desde 1996, a Pasta já assinou 1.742 convênios que, ao todo, envolveram a cifra de R$ 6,3 bilhões. Do montante total previsto nos contratos, 87,3% já foram liberados para as respectivas ações, o equivalente a R$ 5,5 bilhões. O levantamento revelou ainda que, entre os convênios do MTE, apenas 53 constam em situação de inadimplência. Esses contratos somavam a previsão de R$ 243,3 milhões e chegaram a receber R$ 226,5 milhões.
O baixo número de convênios declaradamente em situação irregular pode significar falhas no gerenciamento do próprio ministério. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), a Pasta analisa precariamente a prestação de contas dos parceiros públicos e privados. A situação foi exposta no acórdão aprovado pelo plenário no último dia 19 de outubro, o qual revelou que mais de 500 relatórios de prestação de contas apresentados por entidades que receberam dinheiro público não foram analisados e metade deles corre o risco de ficar sem análise por mais de cinco anos.
Antes mesmo da presidente Dilma Rousseff determinar a suspensão de todos os convênios federais com ONGs, semana passada, o TCU já recomendava, em outubro, que o Trabalho não firmasse novos contratos por 60 dias. O TCU solicitou que "a Casa Civil e o Ministério do Planejamento sejam informados da situação crítica vivida pelo ministério".
No novo parecer, o TCU cobra mais eficácia do ministério. "Deve o MTE enfrentar a questão com mais intensidade, tanto em razão do dever e da inexorável necessidade de avaliar a eficiência das transferências realizadas e de zelar pelo adequado uso dos recursos públicos, quanto da obrigação de observar os prazos prescritos para apreciação das prestações de contas (90 dias)", explica o documento.
O relatório do ministro Weder de Oliveira, ressaltou outras irregularidades já apontadas pelo Tribunal. "Razões específicas e contingências também recomendam celeridade e acuidade no exame das prestações de contas em estoque. Reiteradas auditorias realizadas por este tribunal apontaram irregularidades na aplicação de recursos transferidos pelo MTE e falhas na gestão dos convênios, e novos casos estão sendo denunciados e publicizados pelos veículos de comunicação".
No domingo (6), O Globo mostrou que as irregularidades em convênios do MTE com entidades em Sergipe já resultaram em 20 inquéritos na Polícia Federal. Ao todo, a Controladoria-Geral da União (CGU) aponta irregularidades em convênios com 26 organizações, em vários estados. Os desvios levaram o ministro Carlos Lupi a afastar do cargo o coordenador-geral de Qualificação Profissional, Anderson Alexandre dos Santos, filiado ao PDT no Rio.
A reportagem da revista "Veja" desta semana, afirmou que Anderson teria envolvimento em suposto esquema de cobrança de propina das ONGs com problemas, com a promessa de resolvê-los. Ele coordenava uma das ações nas quais as irregularidades prosperam com mais vigor: o Plano Setorial de Qualificação (PlanSeq), vinculado à Secretaria de Políticas Públicas de Emprego (SPPE).
Relatório da CGU, finalizado em 2010, faz ressalvas ao trabalho dos dirigentes da SPPE/MTE ao apontar "acompanhamento intempestivo dos convênios do PlanSeq, falta de providências por parte do MTE para sanar falhas detectadas em supervisões e permanência das pendências em inaserções/aprovações de planos de trabalho no PlanSeq".
A CGU afirma que foram observadas falhas no processo de seleção das ONGs, por meio das chamadas públicas no âmbito do Planseq, alertando que podem resultar na baixa qualidade dos cursos e em desvio de recursos públicos. O relatório da CGU lista os problemas encontrados, entre eles, "a falta de habilitação legal e pedagógica; a aprovação de entidades com situação patrimonial negativa; sem corpo docente qualificado e sem estrutura física compatível com as ações de qualificação acordadas".

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