BAIXADA URGENTE

GOVERNADOR COMANDA REUNIÃO PARA
DISCUTIR MUTIRÃO CONTRA ENCHENTES

O governador Sérgio Cabral deu uma prova do seu compromisso com os prefeitos ao comandar, nesta quarta-feira, no Gabinete do prefeito Washington Reis, em Jardim Primavera, uma reunião com os prefeitos da Baixada para discutirem medidas de emergência para enfrentar a temporada de chuva deste verão. A presença do governador deu um novo ânimo aos prefeitos da região, mesmo os que não o apoiaram nas eleições do ano passado, pois demonstrou que as promessas de campanha – governar com os prefeitos – serão cumpridas. Cortada por diversos cursos d’água, que foram as primeiras estradas vicinais da região entre a Serra de Petrópolis e a baia de Guanabara na época do descobrimento e da colonização, os principais rios da Baixada estão assoreados, transformados em simples canais para escoamento de esgotos, como o Sarapuí, o Meriti e o Iguaçu, cujas margens, ao longo das últimas três décadas foram ocupadas por barracos e até casas de alvenaria. Com as chuvas de verão, de maior intensidade, como ocorreu no final do ano passado, os rios transbordam, provocando desabamentos e mortes. Outro fator importante será a reestruturação da Superintendência de Rios e Lagoas – SERLA – um órgão praticamente extinto nos últimos 10 anos. À SERLA caberá comandar a dragagem dos rios, enquanto as prefeituras ficarão encarregadas de removerem, para local seguro, as famílias que insistem, por falta de opção ou até por resignação, em morar nas margens dos rios ou barrancos.

● A reunião do governador ocorreu justamente quando o comércio do centro de Duque de Caxias sofre as conseqüências da lentidão com que a Secretaria de Obras vem enfrentando o assoreamento das principais galerias da cidade, como a que escoa as águas e esgotos da Vila Meriti, um morro atrás da Catedral de Santo Antonio e primeiro núcleo populacional do Município ainda no final do Século XIX.
● Durante as chuvas do final do ano, as águas chegaram a mais de um metro na Av. Presidente Kennedy, entre a Praça do Pacificador e o viaduto da Câmara, por onde passa a galeria de esgotos que começa na Av. Nilo Peçanha e deságua no rio Meriti, um dos trechos mais valorizados do centro comercial e onde se situam dois grandes supermercados, além de grandes lojas de departamento e eletrodomésticos e agências bancárias, inclusive do Banco do Brasil..
● A Dragagem dos principais rios que cortam a Baixada, bem como a remoção de moradias construídas nas margens de rios e canais, ou locais considerados de risco, como encostas de morros, foram determinadas pelo governador Sérgio Cabral durante a reunião realizada nesta quarta-feira (03/01), no Gabinete do prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, e a participação dos prefeitos dos demais municípios da região. O objetivo do encontro foi discutir formas para prevenir inundações, deslizamentos e prejuízos à população. As ações devem começar nas próximas semanas, com a parceria de todas as prefeituras.
● Na reunião, ficou acertado a realização de um mutirão dia 20, entre todos os prefeitos, para limpar os rios e lagoas. “Eu mesmo estarei participando com todos os prefeitos”, garantiu Cabral. Washington Reis, que também é presidente da Associação de Prefeitos da Baixada, disse que há 10 mil pessoas morando em áreas consideradas de risco em Duque de Caxias, subindo para 60 mil em toda a Baixada.
● Na próxima semana, será realizada uma reunião entre o governador e todos os secretários de obras da Baixada, na sede da Serla, para que seja traçada uma estratégia que atenda às necessidades da região. Na ocasião, os secretários deverão levar para o encontro uma lista dos principais problemas com relação aos rios e encostas e um inventário de equipamentos necessários para que seja discutido e acertado um plano de ação.
● Sérgio Cabral deixou claro que o governo do estado concentrará esforços na prevenção das enchentes, inclusive destinando recursos de publicidade para a realização de campanhas úteis à população. Todos os anúncios publicitários vão ser voltados para utilidade pública – afirmou o governador, que chegou ao local da reunião logo após vistoriar o hospital Albert Schweitzer, em Realengo, Zona Oeste do Rio.
● O secretário de Meio Ambiente, Carlos Minc, disse no encontro que o estado conta com apenas 24 máquinas de dragagem, que serão utilizadas em sistema de rodízio para maximizar as ações. Além de Minc, também participaram do encontro o secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, o comandante do Corpo de Bombeiros e subsecretário de Defesa Civil, coronel Pedro Machado e os prefeitos de Seropédica, Gedeon Antunes; de Itaguaí, Carlos Busatto Júnior; de Nilópolis, Farid Abrão David; de São João de Meriti, Uzias Mocotó; de Guapimirim, Nélson do Posto; e de Belford Roxo, Maria Lúcia, além de um representante da prefeitura de Mesquita
● Na próxima quinta-feira (10/01), técnicos da Secretaria Estadual e do Ministério da Saúde também vão se reunir para traçar estratégias de combate à dengue. No dia 11, está prevista outra reunião, desta vez com os Secretários Municipais de Saúde.
● Rosa Maria Aparecida César, de 40 anos, diarista que trabalhava há dois anos na casa do governador Sérgio Cabral Filho, faleceu terça-feira (02/01) no Hospital Municipal Souza Aguiar, vítima de enfarte. Segundo o marido, José Inácio Mendes, biscateiro, Rosa só recebeu tratamento intensivo seis horas depois de chegar à unidade, onde foi abandonada numa maca, apesar de sentir forte dor no peito e dormência no braço. Mendes contou que a mulher só recebeu glicose e soro - Rosa chegou com quadro de hipoglicemia - e que seu estado não foi considerado grave pelos médicos até que viesse a primeira de três paradas cardíacas. A direção do Souza Aguiar negou que tenha havido qualquer negligência.
● O governador afirmou que a diarista foi mais uma vítima do caos da saúde pública. “As pessoas estão morrendo nos hospitais. Foi o que aconteceu com a Rosa. O marido acreditou no atendimento do Souza Aguiar, mas não diagnosticaram e ela faleceu. É uma verdadeira roleta-russa o que acontece nos hospitais públicos do Rio.”
● As câmeras do 15º Batalhão da PM, localizadas na cabeceira do viaduto Francisco Correia, em frente à Câmara de Vereadores, não filmaram o ataque de marginais ao Legislativo de Duque de Caxias, na madrugada do último domingo. Segundo o comando da unidade, a causa foi falha técnica.
● É por estas e outras que a população se sente insegura. Se o equipamento instalado no ano passado pela Secretaria de Segurança, com central de controle no quartel da PM, não funciona em condições de dar garantia ao cidadão comum, como esperar que o povo confie na Polícia.
● Depois da porta arrombada, coloca-se tranca. Esse parece ser o espírito dos nossos vereadores. Apesar do recesso, eles se reúnem nesta sexta-feira para discutir a forma legal de instalar câmeras na parte externa do prédio do Legislativo. Se não para inibir, pelo menos para registrar qualquer novo ataque.
● Aliás, a adesão da família Reis ao casal Garotinho parece nublar a visão do vereador Junior Reis, irmão do prefeito Washington Reis e reeleito presidente da Câmara..
● Apesar de todas as evidências e dos 14 tiros que atingiram o prédio do Legislativo, Júnior Reis insiste em dizer que o ataque foi um ato isolado, nada tendo a ver com a granada atirada contra um quiosque ao lado do viaduto do Centenário, no bairro Itatiaia, nem os 13 tiros que perfuraram as vidraças do imponente prédio da Biblioteca Municipal Leonel Brizola, na Praça do Pacificador, a poucos metros da Câmara.
● Nem a condenação a mais de 300 anos de reclusão do trio que ateou fogo a um ônibus na Penha, parece assustar os bandidos. Eles perderam o medo natural da Polícia! Também, com as milícias agindo livremente, os marginais não têm mais nada a perder, a não ser a própria vida. Até durante o dia é possível ver cabistas instalando rede da “Gato-Net” nas ruas do Parque Lafaiete, nas proximidades da Igreja de Santa Terezinha e a poucos quilômetros do quartel do 15º BPM.
● A posse do deputado Chistino Áureo, do PMN, na Secretaria Estadual de Agricultura, abriu vaga para o suplente Geraldo Moreira (PMN), de Duque de Caxias, que continuará na ALERJ.