quarta-feira, 12 de março de 2008

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

OS FORA DA LEI (II)
Não são apenas as autoridades que cuidam do trânsito que estão agindo ao arrepio da lei. As empresas de ônibus, ante a omissão do Poder Público, exploram literalmente os passageiros como bem lhe aprouverem, desde a falta de respeito pelo horário, passando pela falta de conforto e segurança dos veículos, até a cobrança de tarifa abusiva. Como as tarifas locais continuam fixadas em R$ 1,90, as empresas que também tem concessão do Detro, órgão do Estado, resolveram acabar com a tarifa local e passaram a cobrar, descaradamente, R$ 2,00 pela seção nas linhas municipais que passam pela Rodovia Washington Luis. Assim, aos poucos, elas “arredondam” a receita em R$ 0,10 centavos em cada passagem, ao arrepio da lei e num debochado desafio ao prefeito. Afinal, WR anda muito ocupado tratando da sua reeleição para perder tempo discutindo tarifas de ônibus! Em tempo: o Secretário de Serviços Públicos, ex-dono de empresa de ônibus, é candidato a vereador em outubro!

CPI QUER PROIBIR A AMPLA
DE USAR CHIPS ELETRÔNICOS

A suspensão do uso de chips eletrônicos pela concessionária Ampla no Rio de Janeiro foi uma das principais recomendações que constam do relatório final aprovado, nesta terça-feira (11/03), pela CPI da Assembléia Legislativa que investigou as denúncias de irregularidades nos medidores de energia da empresa. O relator da CPI, deputado Paulo Ramos (PDT), sugeriu encaminhamento de ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica solicitando a revogação de três resoluções que tratam da utilização dos chamados chips de medição. “Esse sistema não é encontrado em nenhuma parte do mundo para baixa tensão. Ele é falho, não atende a seus propósitos e serve de instrumento para o enriquecimento da empresa, em detrimento do direito que tem qualquer consumidor de pagar o correspondente àquilo que é consumido”, detalhou o pedetista. Só numa padaria de Saracuruna, em Duque de Caxias, o chip elevou o consumo mensal em mais de 50%, conforme análise feita pelo Inmetro a pedido da CPI.
O relator ressaltou ainda que todos os envolvidos são cúmplices. “Omissões e sigilos estiveram e estão presentes na ação do Inmetro, que deveria ter a função de policiar. Já a Aneel, prorrogando o prazo de uso do sistema de medição, sob o silêncio do Inmetro, deixou de cumprir com sua obrigação legal e atestou sua associação a interesses escusos da Ampla”, avaliou. O pedetista lembrou ainda que, por uma exigência da Aneel, a Ampla ficou obrigada a informar na conta emitida e encaminhada ao consumidor para pagamento, a evolução do consumo diário. “A análise dos gráficos representa uma confissão da Ampla sobre a imprestabilidade do sistema de medição eletrônica, que vem sendo abusivamente instalado, com apoio e cumplicidade da Aneel e do Inmetro”, declarou o deputado, explicando que a intenção da comissão não é ir contra o avanço tecnológico e, sim, proteger os direitos do consumidor. O relatório será submetido a votação pelo plenário da Alerj antes de ser enviado às autoridades do setor.


• Depois da blitz da Polícia e do Ministério Público Federal em Campos, com o afastamento do prefeito Alexander Mocaiber, do PSB, e a prisão de 14 pessoas, inclusive o Procurador Geral do Município e o Secretario de Obras, pelo desvio de R$ 240 milhões através do superfaturamento na terceirização e na promoção de shows na cidade, os prefeitos da Baixada estão naturalmente ressabiados.
• O envolvimento da Cruz Vermelha de Nova Iguaçu no esquema fraudulento de Campos certamente terá desdobramentos nos próximos dias, tal e qual a prisão de diversos secretários da prefeita Núbia Cozzolino, de Magé repercutiu em outras cidades. São ramificações de quadrilhas, organizadas exclusivamente para desviar dinheiro dos impostos para bolsos particulares.
• Só o esquema de fraudes da Bolsa Escola, com recurso sendo desviados da Assembléia Legislativa para o bolso de alguns deputados e assessores, já supera a caba dos R$ dois milhões até agora.
• A derrota de sábado, inclusive com o pênalti repetido de Edmundo, são provas mais do que suficiente de que o tapetão da Federação de Futebol do Rio de Janeiro continua funcionando no esquema idealizado pelo saudoso (para os cartolas) Caixa D’Água.
• O pastor Paulo Freijolli, sempre atento, manda e-mail, reclamando que os carros do “fumacê” não circulam em Xerém. E ele aponta os locais onde existe maior risco de proliferação do mosquito da Dengue, que são Vila Canaã, Jardim Olimpo (cuja igreja foi assalta há poucos dias), Vila Bonança e Vila Boa Serra, aonde vem aumentando o número de casos da doença. Ele lembra que a ultima vez que o “fumacê” esteve em Xerém foi antes do recente rodeio, mas só circulou na área da festa.
• A propósito das interferências de Eurico Miranda na escalação e administração do time de Caxias, um grande jornal está levantando quanto a Prefeitura já investiu no clube de Xerém, que “herdou” o terreno do antigo Tamoio F.C. Pelo visto, vem chumbo grosso por aí.
• Além de moradores de Xerém, vereadores da oposição também estão sendo entrevistados pelos repórteres encarregados de vasculhar a meteórica carreira do jovem time do Duque de Caxias, que está impedido de vencer o Vasco da Gama, por ordem de Eurico Miranda, que o vascaíno Washington Reis tão pressurosamente obedece. Só para lembrar: o CFZ, de Zico – adversário histórico do cartola vascaíno – ainda não conseguiu uma vaga na primeira divisão. O Duque de Caxias entrou pela janela com um campinho em que só cabem 4 mil pagantes!
• Por isso, o tricolor Melquisedec Nascimento, presidente da AMAE – entidade que reúne PMs e Bombeiros Militares – aguarda para as próximas horas a adesão do deputado e vascaíno Roberto Dinamite à proposta de criação de uma CPI para investigar as bandalheiras no futebol do Rio de Janeiro, inclusive no clube de São Januário, cujos dirigentes conseguiram a proeza de trocar numa eqüina qualquer de uma grande cidade européia um cheque de mais de US$ dois milhões de dólares!
• A idéia original era investigar o enriquecimento instantâneo de algumas figuras ligadas aos atuais dirigentes do Fluminense, inclusive a atuação como empresários de parentes dos diretores do Clube, em especial a garotada que participa da escolinha de futebol de Xerém, aonde o clube vem investindo pesado e garotos de 13 e 14 anos, que demonstrem certa intimidade com a bola, logo são procurados por esses “empresários”.
• Vindos de famílias humildes, os garotos são “sensibilizados” com promessas de jogarem no exterior, ganhando em Euros. Com isso, os pais acabam atrelando o futuro dos seus filhos aos interesses pecuniários desses “empresários” com sobrenomes conhecidos.
• Agora, com a revelação de que Eurico Miranda, presidente interino do Vasco da Gama, manda (e é obedecido cegamente) na administração do Duque de Caxias, inclusive impedindo a escalação dos jogadores cedidos, por empréstimo, pelo próprio Vasco da Gama, o tema da CPI deve se ampliar para ver por quê, enquanto os clubes dependem da Timemania para zerar suas dívidas, os dirigentes ficam cada vez mais ricos!
• O pedido de CPI da Amae já provocou a reação irada do governador vascaíno Sergio Cabral, que procura uma brecha no regulamento disciplinar da PM para, finalmente, colocar na cadeia o tenente Melquisedec Nascimento, que ousou pedir a CPI para investigar as trapalhadas no Fluminense. É que a CPI poderá ser ampliada, incluindo outros clubes que têm contas as prestar, pois também usufruem policiamento feito por PMs e Bombeiros em seus estádios.
• O valente Melquisedec poderia aproveitar o tema e incluir o Duque de Caxias, clube patrocinado pela Prefeitura, cujo estádio pertencia ao Tamoio F. C., mas foi reformado pelo DER/RJ, que não consegue concluir as obras de duplicação da Av. Presidente Kennedy, iniciadas no Governo Rosinha Garotinho. O estádio “Romarinho” só comporta quatro mil pagantes nas arquibancadas e não atende aos preceitos do Estatuto do Torcedor.

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