terça-feira, 22 de novembro de 2011

BAIXADA URGENTE

MPF QUER AMPLIAÇÃO
DO TESTE DO PEZINHO

O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo recomendou ao Ministério da Saúde a conclusão de estudos sobre a ampliação do teste do pezinho. A pasta está fazendo estudos para adicionar o diagnóstico de mais duas doenças no teste: a hiperplasia adrenal congênita, também conhecida como HAC (grupo de doenças hereditárias decorrentes da deficiência de uma das enzimas necessárias para a produção de hormônios suprarrenais) e a deficiência de biotinidase (doença metabólica na qual o organismo não consegue obter a vitamina biotina de maneira adequada). As glândulas suprarrenais têm a função de regular o metabolismo do sódio, do potássio, da água, dos carboidratos e de regular as reações do corpo humano ao estresse. Já a biotina funciona no metabolismo de proteínas e carboidratos.
O teste do pezinho oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) detecta apenas quatro doenças: hipotireoidismo congênito (doença que impossibilita o organismo de gerar o hormônio tireoidiano T4, impedindo o crescimento e desenvolvimento do recém-nascido), fenilcetonúria (doença genética caracterizada pelo defeito ou ausência da enzima fenilalanina hidroxilase, envolvida na síntese da melanina, que dá pigmentação à pele, olhos e cabelos), hemoglobinopatias (gama de doenças ocasionadas por defeitos na proteína hemoglobina) e fibrose cística (doença genética causada por um distúrbio nas secreções de algumas glândulas. Nos pacientes afetados, as glândulas exócrinas produzem uma secreção muito mais espessa do que nas crianças normais).
No entanto, já existe uma versão ampliada do teste, que permite identificar mais de 30 doenças antes que seus sintomas se manifestem, disponível apenas no sistema privado de saúde.
A procuradoria deu um prazo de 60 dias para que o Ministério da Saúde envie o relatório final dos estudos realizados sobre a inclusão da HAC e da deficiência de biotinidase no teste. Além disso, solicitou pareceres sobre o início da pesquisa para a inclusão da G6PD e da toxoplasmose congênita no programa, no mesmo prazo.
Segundo o MPF, dados fornecidos pela Secretaria de Saúde de Santa Catarina mostram que, atualmente, são atendidas 160 crianças com HAC no estado, e que o diagnóstico precoce, provavelmente, tenha salvado a vida de parte dos pacientes. As crianças diagnosticadas não tinham qualquer suspeita clínica da doença. Em Santa Catarina, além do diagnóstico das quatro doenças congênitas, também são feitos, no teste do pezinho, adicionalmente, os exames para detecção da HAC, da galactose e da deficiência de biotinidase.

PROCESSOS CONTRA JUIZES
SERÃO SIGILOSOS NO CNJ

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Cezar Peluso, determinou que o conselho retire da internet as iniciais de nomes de juízes que estão sendo investigados. A divulgação dos processos começou no início de novembro e foi amplamente divulgada por Peluso como forma de dar mais transparência ao trabalho das corregedorias na apuração de processos contra magistrados.
A suspensão da publicação das iniciais foi em resposta a um pedido da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que entendeu que a abreviação dos nomes constrangiam os investigados, uma vez que, em alguns casos, eles podiam ser facilmente identificados. A entidade é a mesma que questiona no STF os poderes de investigação do CNJ.
A decisão de publicar os processos envolvendo juízes no site do CNJ surgiu justamente após a polêmica provocada por uma série de eventos relacionados à ação da AMB para limitar a atuação do CNJ. Na véspera do julgamento do caso no STF, a corregedora-geral da Justiça, ministra Eliana Calmon, disse que a redução do poder correicional do CNJ permitiria que "bandidos se escondam atrás da toga".
A declaração da corregedora provocou uma série de debates sobre o papel do CNJ e a ineficiência das corregedorias locais em punir juízes devido à proximidade com os investigados. Na época, Peluso defendeu que o correto é que as corregedorias locais funcionem antes dos processos irem para o CNJ.
A publicação dos cerca de 1.300 processos contra os juízes foi uma das medidas adotadas por Peluso para impulsionar o trabalho das corregedorias locais e permitir a fiscalização da sociedade.

SEPE CONVOCA GREVE
DE 24 HORAS EM CAXIAS

Alegando que as anunciadas 16 mil novas vagas na rede escolar do município será feita mediante a superlotação das salas de aula disponíveis, pois o ritmo de construção de novas escolas não acompanha a demanda, como é o caso de um CIEP municipalizado que está abrigando turmas de outras duas escolas, inclusive uma do Estado que ruiu no início do ano. Para discutir esses e outros problemas na área da Educação em Duque de Caxias,  o SEPE convocou uma paralisação de 24 horas na rede municipal para esta quarta-feira (23), quando a categoria vai discutir diversas propostas de ação, inclusive a de ingressar na Justiça contra os poderes Executivo e Legislativo por supostos desvios de recursos do FUNDEB.
Outra proposta será o encaminhamento de uma denúncia aos Ministérios Públicos estadual e federal com relação à distribuição de brinquedos que o prefeito tem feito para alunos da rede municipal. Para o SEPE, o Governo precisa explicar de onde saiu o dinheiro para a compra desses brinquedos, pois na verba da Educação (Fundeb) não há rubrica contemplando o rapasse de verbas para nenhum Papai Noel.
O SEPE marcou para as 13 horas, em frente à Secretaria de Educação, um ato público cobrando respostas da adestração sobre as denúncias que vem fazendo desde o início do ano.

RÁPIDAS

O vazamento simulado de gás na empresa Nacional Gás Butano, em Duque de Caxias, no sábado (19), mobilizou cerca de 3 mil pessoas, entre voluntários e profissionais. Este foi o décimo simulado de treinamento do Processo Apell, realizado para avaliar o sistema de resposta para emergência no Pólo Industrial de Campos Elíseos.  
•  “É muito importante ter uma população preparada para situações de emergência. O município se preocupa, acima de tudo, com a segurança da coletividade”, ressaltou o secretário municipal de Integração, Segurança Pública e Defesa Civil, Francisco Alves.
“É a coroação de um treinamento que é realizado ao longo do ano. Preparamos a comunidade para lidar com situações de emergência e hoje, estamos realizando uma espécie de “ensaio” para testar a eficiência do processo”, explicou o Diretor de Defesa Civil do município, Luís Cláudio.
O secretário de Defesa Civil do Estado, Sergio Simões, esteve presente na simulação e afirmou que o treinamento realizado em Duque de Caxias é visto como modelo de referência no estado. “Nós viemos para aprender com vocês. Aqui nós presenciamos um modelo de comunidade organizada e como Defesa Civil, nós temos interesse em replicar esse modelo e levá-lo para outros municípios”, destacou
Na simulação, que envolveu dois helicópteros, seis ambulâncias, viaturas e equipamentos do Corpo de Bombeiros, do GSE (Grupamento de Salvamento e Emergência) e da Cruz Vermelha, os voluntários e profissionais saíam da Reduc para conter o vazamento de gás na empresa Nacional Gás Butano, enquanto equipes de resgate se espalhavam pelas ruas próximas à empresa, procurando vítimas do acidente ocorrido.
Em situação de fratura e asfixia, os “feridos” eram levados de ambulância ou helicóptero para os hospitais Adão Pereira Nunes (estadual) e Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo (municipal). A Escola Estadual Hélio Rangel, em Jardim Primavera, foi o local escolhido para a emergência de acolhimento. Lá, as vítimas eram atendidas pelos voluntários, enquanto atividades de entretenimento envolvendo música e dança, eram realizadas na quadra.
Além de stands, que prestavam serviços de informação sobre o funcionamento do gás industrial e de cozinha, sorteio de cestas básicas e distribuição de lanches, também fizeram parte das atividades realizadas na escola Hélio Rangel. O simulado, que durou toda a manhã de sábado, envolveu, além de voluntários e profissionais, cerca de 4 mil moradores de Campos Elíseos.
Enquanto a simulação na Reduc era um sucesso, na vida real, na Bacia de Campos, o vazamento não foi contido, apesar das informações camaradas da ANP. No Rio, as autoridades dão declarações bombásticas, como a de proibir a Chevron, sócia da Petrobrás,  de continuar explorando petróleo no Brasil.
Em Brasília, o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, guarda um obsequioso silêncio sobre o problema, fingindo que não é com ele.. Segundo alguns políticos, Lobão estaria apenas cumprindo ordens da Presidente Dilma Rousseff, que pediu aos seus ministros mais ação e menos blá-blá-blás. Essa recomendação tem sido solenemente contestada pelo imexível Carlos Lupi.
A Defensoria Pública da União no Rio abriu procedimento administrativo para cobrar indenização da petroleira Chevron pelos danos causados ao meio ambiente em função do vazamento de óleo na Bacia de Campos, no norte do estado.
De acordo com o defensor público federal André Ordacgy, o valor da indenização, no entanto, só será definido após a interrupção completa do vazamento, para que seja possível avaliar todos os prejuízos. Ele explicou que esse procedimento faz parte de uma fase pré-processual, que pode resultar em ação civil pública.
•  “Vamos esperar o término do vazamento para ver qual foi a área atingida e todos os danos causados e aí, com base na oitiva de especialistas, vamos definir um valor. A idéia é promover um TAC [Termo de Ajustamento de Conduta] para que a companhia pague essa indenização voluntariamente, sem a necessidade do desgaste da via judicial”, explicou.
Ordagcy informou que vai recomendar ao Ministério do Meio Ambiente que conclua e implemente, em um prazo de 90 dias, o Plano Nacional de Contingência (PNC) de derramamento de óleo. Caso o prazo não seja cumprido, o defensor disse que moverá uma ação civil pública com pedido de liminar e previsão de multa diária de R$ 100 mil até que o plano seja concluído.
•  “Não podemos admitir que após cerca de 11 anos da lei que determinou que fosse instituído pelo Poder Público o plano, até hoje ele não tenha sido implementado. No caso da Chevron, a abrangência não é nacional, não trouxe consequência para outros estados. Mas se fosse, qual seria a solução, já que não temos o plano? É uma lacuna que precisa ser preenchida com urgência”, disse.
 O Ministério do Meio Ambiente informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que a primeira versão do plano de contingência já foi concluída e enviada aos demais órgãos competentes. Ainda segundo a assessoria, o projeto deve sofrer alterações em outros ministérios, enviado ao setor jurídico para avaliação e, em seguida, submetido à aprovação da presidenta Dilma Rousseff.
Nesta quarta (23), o delegado da Polícia Federal Fábio Scliar, que comanda as investigações sobre o vazamento, começa a ouvir os depoimentos de funcionários da Chevron.
• Terminam nesta sexta-feira (25) as inscrições para a formação do novo Conselho Municipal de Cultura de Duque de Caxias para o biênico 2012/2013, que será eleito na IV Conferência Municipal de Cultura. As incrições são feitas junto à Assessoria de Projetos Especiais da Secretaria de Cultura, mediante a apresentação de uma série de documentos que comprovem a existência de uma organização voltada para projetos culturais.
• Cada instituição só poderá pleitear uma cadeira, diretamente ligada à sua área de atuação, que deverá ser definida no ato de sua inscrição, indicando um(a) candidato(a) titular e um suplente, ambos sem direito a voto, tendo o direito de indicar 1 (um) fiscal com direito a voz e voto e 10 (dez) delegados com direito a voto.
O Instituto Histórico da Câmara de Duque de Caxias promove na próxima quarta-feira (29) a abertura da EXPOntânea VII, uma coletiva de artistas da Galeria Arte e Fato.  O evento acontecerá a partir das 17 h, no Salão de Exposições do Instituto, no préido da Câmara, na Rua Paulo Lins, 41, centro.  A entrada é franca.
• O Ministério Público Federal acredita que o relatório do Código Florestal lido ontem (21) no Senado ainda precisa de ajustes. De acordo com o subprocurador-geral Mário Gisi, caso os temas mais sensíveis não sejam atendidos, existe o risco de o Ministério Público entrar com ações para cobrar a preservação do meio ambiente por via judicial.
•  “O projeto da Câmara dos Deputados saiu com inúmeras imperfeições e no Senado já teve uma melhora, mas, todavia, vemos como insuficiente para atender àquele delineamento que a Constituição estabelece em relação ao meio ambiente”, disse Gisi, ao comentar o parecer apresentado pelo senador Jorge Viana (PT-AC) na Comissão de Meio Ambiente do Senado.
• Nesta segunda (21) o procurador presidiu uma audiência pública para tratar do assunto na Procuradoria-Geral da República (PGR). A ideia é enviar sugestões para emendas ao projeto. De acordo com Mário Gisi, a abertura para debate no Senado tem sido melhor que na Câmara.
• Uma questão que merece reparos, segundo ele, é a tolerância para o desmatamento em reservas legais, como a anistia de multas para quem atuou irregularmente. Outro ponto criticado foi a liberação das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e turismo rural em áreas rurais consolidadas até 2008 dentro de áreas de preservação permanente (APPs).
• Em uma série de observações contrárias ao texto, o procurador Rodrigo Lines, do Rio de Janeiro, refutou o tratamento privilegiado que o documento dá a proprietários de terrenos com até quatro módulos rurais na recuperação de desmatamentos ilegais. Ele acredita que a dispensa de recomposição tem base em critério “que não tem nenhum sentido”. “Nem todos aqueles que têm propriedades até quatro módulos terão característica de agricultura familiar para justificar a isenção.”
• Lines criticou ainda a manutenção da regra que permite consolidação de ocupação em áreas de preservação dentro do limite urbano. Também se mostrou contrário à ideia de que os conselhos estaduais de meio ambiente deem definição para atividades de baixo impacto, o que justifica a intervenção em áreas de proteção, pois cada conselho pode ter uma interpretação.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação direta de inconstitucionalidade contra a Medida Provisória (MP) 542/2011, que diminui o tamanho de três unidades de conservação (UCs) na Amazônia: o Parque Nacional da Amazônia, no oeste do Pará, o Parque Nacional dos Campos Amazônicos e o Parque Nacional Mapinguari, em Rondônia.
A MP alterou as limitações das UCs para permitir a instalação de usinas hidrelétricas, autorizar atividades de mineração e destinar terras para regularização fundiária. Gurgel fez um pedido de liminar para que os efeitos da MP sejam suspensos imediatamente. O procurador argumenta que as unidades de conservação afetadas pela decisão do Executivo só poderiam ser alteradas por lei, e não por medida provisória.
Na ação, Gurgel também contesta a urgência das construções de lagos para aproveitamento hidrelétrico na região dos parques. No caso do Parque Nacional da Amazônia, por exemplo, a mudança nos limites foi feita para permitir a construção do lago artificial da Usina Hidrelétrica Tabajara, no Rio Tapajós, que teve o processo de licenciamento ambiental suspenso e não está contabilizada no Plano Decenal de Expansão de Energia 2020, divulgado em junho deste ano.
A redução nos gastos da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) em 2011 ocorre principalmente por causa da não liberação de emendas parlamentares. Em comunicado enviado à Agência Brasil, o órgão admitiu restrições econômicas na execução do orçamento deste ano, mas informou que as despesas não originárias de emendas estão sendo bem menos afetadas pelo bloqueio de verbas.
De acordo com a SPM, do orçamento de R$ 109,026 milhões previsto para este ano (R$ 109.026.448,00), foram liberados R$ 59,852 milhões. A liberação é a etapa anterior à execução do orçamento, quando o dinheiro é efetivamente gasto. Os cerca de R$ 50 milhões restantes vêm de emendas parlamentares, que estão retidas e, segundo a própria secretaria, financiam parte dos gastos do programa de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes
Do montante liberado, a SPM informou ter executado 67%, o que equivale a cerca de R$ 40 milhões. O valor está próximo aos R$ 39,9 milhões revelados pela Agência Brasil no último domingo (20). A diferença deve-se à execução da verba entre o fim da semana passada.
A SPM ressaltou ainda que os gastos devem aumentar em dezembro, com a formalização de convênios e a realização de eventos previstos, entre os quais a 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que ocorrerá no próximo mês.
No domingo (20), a Agência Brasil publicou levantamento que mostra as restrições que as secretarias especiais voltadas para as mulheres e os negros enfrentam neste ano. No acumulado de 2011, a Seppir gastou R$ 16,8 milhões, contra R$ 24,6 milhões registrados de janeiro a novembro do ano passado. A diminuição corresponde a 31,6%. As despesas da SPM caíram 51,5%, de R$ 82,4 milhões nos 11 primeiros meses de 2010 para R$ 39,9 milhões no acumulado do ano até o fim da semana passada.

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