domingo, 25 de março de 2012

TESTE  DO TSE PROVOU QUE
AS URNAS SÃO VIOLÁVEIS

O resultado do teste promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral, com a participação de alunos da Universidade de Brasília, que conseguiram violar o sistema de votação, não mereceu nenhuma avaliação de quem tem tanto interesse no tema quanto o eleitor: os parlamentares. Até agora, os ministros que compõem o TSE blindaram o sistema de aprovação eletrônica com afirmações empíricas de que nossas urnas são seguras e que o sistema é inviolável. Como teremos eleições gerais em2014, está passando da hora do Congresso promover uma completa reforma do Código Eleitoral feito para votação em urnas de papel. Um dos entraves á efetiva fiscalização é que o eleitor não pode interferir na votação, ficando a fiscalização a cargo dos partidos. Como o TSE resiste à inclusão de uma impressora que emita um voto impresso para que instruir possível impugnação do resultado, nenhum candidato poderá contestar o mapa emitido ao final da votação, pois não terá nenhum indício de fraude.
Além do mais, os prazos do Código Eleitoral são exíguos. Com a confirmação da Lei da Ficha Limpa para as eleições deste ano, a preocupação no Ministério Público Eleitoral é com o prazo de apenas 5 dias para impugnar os candidatos, que serão centenas em cada município. Como a impugnação será feita para cada candidato, o trabalho do MPE será quintuplicado, o que poderá resultar no registro de candidatos com extensa folha penal por falta de tempo para colher as provas necessárias à impugnação.
Como exemplo da fragilidade do sistema eleitoral temos o município de Magé, na Baixada Fluminense. A prefeita Nubia Cozzolino (foto) e seu vice. Rozam Gomes da Siva, só foram cassados por crimes eleitorais nas  eleições de 2008 em meado de 2011, a poucos peses de novas eleições, isto é, exerceram livremente seus mandatos por mais de dois anos.

CAMINHÃO DE LIXO INVADE
BOTEQUIM DE DEPUTADO
 Um grave acidente na manhã de sexta-feira ((23)  levou pânico aos frequentadores de um shopping e aos alunos da Universidade do Grande Rio, em pleno centro de Duque de Caxias. O motorista de um caminhão da empresa Locanty, que recolhia lixo na Rua José de Souza Herdy, perdeu o controle quando descia uma pequena ladeira, ao lado da 59ª DP/Caxias e invadiu o bar que funciona no térreo de um edifício de propriedade do deputado federal Alexandre Cardoso, presidente do PSB/RJ e atual secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, que controla a Faetec, um dos órgãos oficiais que mantém contrato de prestação de serviços (R$ 78 milhões) com a Locanty.
 Localizado na movimentada esquina das Ruas Major Frazão com José de Souza Herdy (uma homenagem do município ao fundador da Unigranrio, morto em um acidente de carro na Av. Brasil) pela calçada do bar passam milhares de pessoas todos os dias, principalmente os alunos da Unigranrio, cuja principal entrada fica em frente ao referido prédio, onde também funcionam alguns setores da Universidade.
Este é o segundo acidente com um caminhão da empresa acusada, em ação civil pública movida pelo MP estadual,  de fraudar uma concorrência realizada pela Prefeitura em 1997, processo que se encontra na 4ª Vara Cível (Fazenda) de Duque de Caxias. A cerca de 15 dias, um outro caminhão da empresa tombou em movimentada rua da cidade mas, como desta vez, sem fazer vítimas, apenas provocando susto.
Para quem viu o acidente, foi um verdadeiro milagre que nenhum dos milhares de frequentadores do shopping, do bar ou alunos da Unigranrio tenha sido atingido pelo veículo desgovernado.

SERVIDORES DO MP QUEREM POR FIM
NOS SALÁRIOS EXTRAS NO CONGRESSO

A Associação dos Servidores do Ministério Público Federal protocolou sexta-feria (23) no Supremo Tribunal Federal uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra o pagamento de 14º e 15º salários a senadores e deputados federais. A entidade pediu ainda liminar para que os salários extras sejam suspensos imediatamente.
“Do ponto de vista moral, tal prática é um absurdo. Do ponto de vista legal, há fortes indícios de descumprimento da Constituição Federal e do princípio da isonomia”, disse o presidente da ASMPF, Marcos Ronaldo de Araújo.
De acordo com Araújo, não há lei federal que preveja o pagamento desse tipo de subsídio a parlamentares. Além disso, nenhuma outra autoridade ou agente público federal recebe tal benefício. “É muito mais uma benesse do que um direito”, completou Araújo.
Autorizado por meio de decreto legislativo de 1995, os benefícios costumam ser pagos a servidores públicos obrigados a mudar de cidade em função do trabalho, mas uma única vez, para custear a transferência. Acabou sendo estendido aos deputados e senadores a título de ajuda de custo para moradia e transporte, apesar dos parlamentares já receberem auxílio-moradia e uma cota para o exercício da atividade parlamentar.
O pagamento dos extras também ocorre em algumas unidades da federação, como no Distrito Federal. No mês passado, a Câmara Legislativa da capital aprovou a extinção dos benefícios que eram pagos aos deputados distritais.
No Senado, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deveria ter votado, na última terça-feira (20), um projeto que acaba com o pagamento do décimo quarto e décimo quinto salários, mas um pedido de vista do senador Ivo Cassol (PP-RO) adiou a votação para esta semana. Na ocasião, Cassol disse que os parlamentares brasileiros são mal remunerados, já que destinam boa parte do que recebem a entidades assistenciais, compra de remédios e até festas de formaturas.
“A manutenção de tal privilégio com tal argumento é estapafúrdia. O parlamentar tem que ter uma boa estrutura e ser bem remunerado para fazer seu trabalho e isso já acontece”, contra-argumentou Araújo.

DUPLA ROUBA ARMAS DE 
EMPRESA DE SEGURANÇA


Dois homens armados e encapuzados invadiram e roubaram 14 revólveres calibre 38 milímetros de uma empresa de segurança, localizada na Rua Piauí, esauina com Rua Bahia, no bairro Paulicéia, em  Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo informações da Polícia Civil, os suspeitos estavam com uma pistola e uma escopeta. Eles renderam e algemaram o vigilante do estabelecimento.
A empresa de segurança fica em frente o prédio onde moram a deputa Andréia Zito e seu pai, o prefeito Zito, e a duas quadras da Praça da Maçonaria, onde existe uma cabine da PM. De acordo com a polícia, o crime ocorreu por volta das 23h30 de sexta-feira (23). Além dos revólveres, a dupla roubou 140 munições e quatro coletes à prova de balas. Ninguém ficou ferido e os suspeitos conseguiram fugir.
A polícia também informou que funcionários da empresa serão chamados para prestar depoimento sobre o ocorrido e que o delegado Cláudio Vieira, da 59ª DP (Duque de Caxias), onde o caso foi registrado, vai investigar se há câmeras de segurança no local. A Rua Piauí é dos acessos preferidos dos bandidos que se escondem na Vila Operaria, que fica na outra ponta da rua, onde existe um reservatório da Cedae. A sede da empresa fica ao lado da antiga residência dos ex prefeitos Braulino de Mattos Reis e Hidekel Freitas e do ex deputado Doutor Heleno e, nos últimos meses vem registrando seguidos assaltos.

CASOS DE POLÍCIA

Um grupo de extermínio que atuava na Baixada Fluminense foi preso neste domingo (25) pela Polícia Civil com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual.
Segundo o portal G1, os acusados agiam na localidade de Delamare, no município de Japeri, que tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Rio de Janeiro. As vítimas eram mortas por dívidas banais. Por meio de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, foi possível identificar a frieza da quadrilha.
Uma das vítimas foi morta porque teria uma dívida em um contrato de aluguel. Outra foi assassinada porque cometia furtos na região. Um terceiro levou vários tiros durante o dia, na frente de outras pessoas, para que sua morte servisse de exemplo para a comunidade.
Nas escutas, os integrantes da quadrilha são flagrados planejando os crimes, não apenas em Japeri, mas também no município vizinho de Queimados.
A ação denominada Tornado, teve como objetivo cumprir 15 mandados de prisão temporária de acusados pelos crimes de homicídio e quadrilha armada e 21 de busca e apreensão. Quatro pessoas ainda estão foragidas.
O delegado Carlos Augusto da Silva, titular da delegacia de Japeri, que participou da ação, disse que os homicídios na região motivaram o início das diligências. Além disso, eles também funcionavam como matadores de aluguel e cobravam R$ 1 mil para executar uma vítima.
A Polícia Civil acredita que a quadrilha vinha atuando desde 2010, época em que começou a ser investigada pelas morte em Japeri.

RÁPIDAS

• Para o presidente da organização não governamental (ONG) Transparência Brasil, Cláudio Abramo, o argumento de que políticos têm que pagar o que quer que seja aos eleitores é “um absurdo”, embora não seja novidade.
•  “Ninguém tem que pagar nada para ninguém. Isso não faz parte da atividade política. Quando alguém diz que faz isso, está confundindo relações pessoais com a atividade política. Difícil dizer que seja ilegal, mas é uma relação assistencialista”, disse Abramo, que defende a redução da verba de custeio das funções parlamentares e do número de assessores de gabinete como forma de minimizar o efeito dos “mecanismos que os políticos usam para garantir sua releição”.
• Para o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Walter Costa Porto, embora não seja uma atribuição parlamentar, o assistencialismo parlamentar é “um caso de clientelismo despudorado”, uma prática comum. “Infelizmente, após a diplomação [posse] do candidato, não há mais o que a Justiça Eleitoral possa fazer”, disse o ex-ministro, destacando a importância de os eleitores não aceitarem favores ou benesses de políticos.
• Procurada, a assessoria de Cassol informou que o senador não comentaria o assunto antes da próxima reunião da CAE. Em nota divulgada na quita (22), o senador , que tem à sua disposiçao mais de 50 assessores fora de Brasília, disse nunca ter defendido o pagamentos dos benefícios. E prometeu votar a favor da extinção dos salários extras.
• Mantendo a tradição de por tranca em casa arrombada, o Ministério da Educação identificou em pelo menos 31 instituições particulares de ensino superior problemas em relação à participação dos seus alunos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). De acordo com o MEC, há “inconsistência nos dados", já que nessas faculdades o número de estudantes que participaram da avaliação é inferior ao de formandos indicados pelo Censo da Educação Superior.
• O levantamento foi feito após denúncia encaminhada à pasta de que a Universidade Paulista (Unip) estaria selecionando apenas os seus melhores alunos para participar do Enade e, assim, conseguir notas mais altas. A mesma prática poderia estar ocorrendo em outras instituições. Todas as faculdades foram notificadas e algumas já enviaram esclarecimentos ao MEC.
• No caso da FEUDUC, em Duque de Caxias, por exemplo, os concluintes estão sendo convocados a comparecerem à Tesouraria para o pagamento de uma taxa extra de R$ 120 para receberem o diploma, que muitos conquistaram há dois ou três anos. E a instituição continua funcionando mesmo depois de ser excluída da relação de instituiições autorizadas a receberem alunos do Prouni e não prestar contas ao Minitério Público há mais de 10 anos.
• Um dos casos mais polêmicos sob os cuidados do Supremo Tribunal Federal, a ação que pede a descriminalização do aborto de anencéfalos, já tem data marcada para ser analisada em plenário: 11 de abril. A ação chegou à Corte em 2004, e o voto do relator, ministro Marco Aurélio Mello, estava pronto desde março do ano passado.
• O STF foi provocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), que defende o aborto nos casos em que o feto tem má-formação no cérebro e já nascerá morto. Como o STF demorou mais de oito anos para analisar a questão, valem apenas as decisões judiciais obtidas caso a caso, como uma situação recente que ocorreu no Rio de Janeiro com uma gestante de Duque de Caxias.
• A CNTS alega que a criminalização do aborto de anencéfalos ofende a dignidade da mãe, que também corre risco de morrer com a gravidez. Estudos anexados ao processo alegam que a má-formação letal no cérebro pode ser detectada com 100% de certeza durante a gravidez, inclusive pela rede pública de saúde.
• Devido à reação de setores religiosos e de entidades em defesa da vida, que acreditam que o feto já é um ser humano e que o aborto é semelhante ao assassinato, o STF promoveu uma série de audiências públicas sobre o assunto em 2008. No entanto, a indefinição judicial sobre o assunto levou a comissão de juristas do novo Código de Processo Penal a cogitarem a inclusão da descriminalização do aborto por anencefalia no projeto que tramita no Congresso Nacional.
• Ambientalistas e pescadores elogiaram a decisão da Justiça do Rio Grande do Sul que negou na semana passada o recurso da Bunge Fertilizantes e confirmou a condenação da empresa a pagar, juntamente com a Chemoil International e a Genesis Navigation, indenização de R$ 20 milhões pelo derramamento 22 mil toneladas de ácido sulfúrico no canal de acesso ao Porto de Rio Grande (RS), em 1998. Eles criticaram, entretanto, a demora do processo.
•  “A decisão demorou muito para ser dada. Apesar de sua importância, essa demora de 14 anos compromete seu mérito. O tempo para tomar uma decisão dessa importância deveria ser bem menor para que pudesse realmente se materializar na vida das pessoas atingidas e no ecossistema da região”, declarou o coordenador do Centro de Estudos Ambientais e professor de direito ambiental, Antônio Soler. “Estamos numa luta contra o tempo. Quanto mais demorarmos para aplicar as leis relacionadas ao meio ambiente, menos chances teremos de garantir a vida no planeta.”
• Devido a um problema de pressão nas bombas, o ácido vazou para o casco do navio, abriu a carcaça e se espalhou pelo canal de Rio Grande. Além de poluir, prejudicou a atividade pesqueira da região.
• Enquanto isso, os pescadores de Mauá, em Magé, na Baixada Fluminense, estão esperando que a Petrobrás seja obrigaa pela Justiça a pagar a indenização causada aos profissionais da pesca por conta do vazamento de óleo na Reduc. O acidente aconteceu no dia 18 de janeiro de 2000, quando foram derramados 1 milhão e 300 mil litros de óleo na área entre a REDUC, de onde partiu o óleo, e a Ilha D'água, um ancoradoruro da Petrobrás na baía. O que era para ser uma rotineira operação de transporte de óleo resultou
Com o rompimento do oleoduto, o óleo vazdo atingiu uma área marítima que engloba Mauá, Magé e São Gonçalo, com desdobramentos em bairros da cidade do Rio de Janeiro, como a Ilha do Governador. A poluição decorrente do vazamento causou danos à pesca, suspensa pelos 30 dias subseqüentes ao desastre, e a presença de óleo pôde ser constatada na água por diversos meses.

GRUPO DA NIGÉRIA PRESTIGIA
O DIA DA CULTURA EM CAXIAS
 Instituído pelo município em 2006 (20 de março, data de nascimento do artista plástico Barboza Leite), o Dia Municipal da Cultura de Duque de Caxias foi marcado este ano pela posse dos novos membros do Conselho Municipal de Cultura e pelas comemorações do 90º aniversário da professora e artista plástica Marta Rossi. A grande surpresa da noite foi a presença na platéia de um grupo de nigeriano (foto) trajando roupas típicas daquele pais da África Ocidental.  O Teatro Municipal Raul Cortez, com mais de 400 lugares, tornou-se pequeno para receber o público que compareceu para prestigiar a solenidade, além de apresentações de números de dança e música e entrega do Certificado de Honra ao Mérito Cultural Barboza Leite.
O secretário de Cultura e Turismo, Gutemberg Cardoso, representando o prefeito, parabenizou a artista plástica Martha Rossi e falou do projeto de fazer da Banda Sinfônica Prata da Casa. que se apresentou no evento, na orquestra oficial da cidade.
“Se for preciso, vamos buscar meios junto à iniciativa privada para que isso aconteça”, anunciou o secretário, lembrando a adesão de Duque de Caxias ao Sistema Nacional de Cultura, com vistas à elaboração do Plano Municipal de Cultura, e da volta, em breve da Companhia Municipal de Dança e da Revista da Cultura Caxiense, agora abrangendo o turismo, ambos projetos desativados na gestão passada, entre outras iniciativas.
Francisco Barboza Leite, , era natural de Uruoca, no Ceará, e veio para Duque de Caxias no inicio da década de 50. Era artista plástico, jornalista, escritor, ator e compositor. Sua carreira foi uma das mais expressivas na área cultural: coordenou a Escolinha de Arte da Fundação Álvaro Alberto (Mate com Angu), participou do processo de criação do Teatro Municipal Armando Melo (TEMAM), da Secretaria Municipal de Cultura e de sua Escola de Artes. Com o maestro Clóvis Ferreira Lima, compôs "Exaltação à Cidade de Duque de Caxias, hoje hino oficial da cidade. Ele dá nome a uma escola municipal e a antiga Rua Toneleiros, no centro, onde residiu até seu falecimento, em dezembro de 1996. 
O Grupo Afro Cultural Imalê Ifé também fez exibição com dançarinos e percussionistas. (fotos SMCT-Alberto Ellobo).

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