TELEFÔNICAS DO CASO
CACHOEIRA
O Tribunal Regional
Federal da Primeira Região (TRF1) rejeitou nesta segunda (18), por 2 votos a 1,
a anulação das escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal nas operações
Vegas e Monte Carlo, que investigaram esquemas de corrupção e exploração ilegal
de jogos na Região Centro-Oeste.
O Tribunal Regional
Federal da Primeira Região (TRF1) rejeitou nesta segunda (18), por 2 votos a 1,
a anulação das escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal nas operações
Vegas e Monte Carlo, que investigaram esquemas de corrupção e exploração ilegal
de jogos na Região Centro-Oeste.
A maioria dos magistrados
entendeu que não houve ilegalidade no fato de a Polícia Federal iniciar as
investigações por meio de denúncia anônima, pois o esquema era muito
sofisticado e tinha a participação de policiais e agentes públicos.
A Terceira Turma do TRF1
analisou recurso da defesa do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos
Cachoeira, apontado pela Polícia Federal como líder do esquema. Os advogados
queriam anular as escutas porque partiram de denúncia anônima e porque a
decisão do juiz de primeira instância, que permitiu as interceptações, não
teria sido bem fundamentada.
O julgamento começou na
terça-feira da semana passada (12), quando o relator Fernando Tourinho Neto
acatou a tese da defesa de Cachoeira e votou pela anulação das escutas como
prova. Mas a análise do habeas corpus foi suspensa por pedido de vista do
desembargador Cândido Ribeiro.
Ao devolver o processo
para julgamento, esta tarde, o desembargador argumentou que denúncias anônimas
podem dar início a investigações criminais, conforme tese já consolidada nos
tribunais superiores, especialmente quando a suposta teia criminosa é de grande
extensão e envolve agentes de segurança pública. O voto foi seguido pelo juiz
convocado Marcos Sousa.
SOLUÇÃO PARA O LIXO PODERÁ
VIR DA CRIAÇÃO DE MINHOCAS
Enquanto os brasileiros
começam a se preocupar em separar o lixo seco para reciclagem, um ativista
chama a atenção para o lixo orgânico. Composto por restos de comida, cascas de
frutas e de legumes, os rejeitos podem se transformar em adubo antes mesmo de
serem descartados, mas com ajuda de minhocas, explica o paisagista alemão
Manfred Bert.
Participante da Cúpula dos
Povos, evento paralelo à RIO+20, Bert apresenta suas minhocas e explica a
estratégia para fazer adubo em casa. “Basta pegar duas caixas de madeira que
sobram nas feiras, forrar com uma tela de mosquiteiro, colocar terra, lixo
orgânico e as minhocas.”
Quando a caixa estiver cheia,
a recomendação é colocar uma nova caixa em cima e repetir o procedimento. Assim, assegura, as minhocas
vão passar de uma caixa para a outra em busca de alimento fresco e acelerar a
produção de adubo. Esse, por sua vez, pode ser vendido ou reaproveitado nas
plantas de casa ou pelo próprio condomínio, sugere o ecologista.
“Todo mundo pensa no lixo
inorgânico para reciclar, como latinhas e vidro, que dá dinheiro. Mas ninguém
quer mexer no lixo orgânico por considerar nojento, sujo, com mosca, mau cheiro.
Mas não é nada disso”, desmistifica. “Na verdade, 70% do nosso lixo são limpos,
são orgânicos", completa o alemão, que usa uma camiseta com os dizeres
Minhoca ao Alcance de Todos.
Há 27 anos vivendo no Brasil,
o “vermicompostador”, como também se chama, desenvolveu a técnica. Bert garante
que, se bem feita, não exala mau cheiro e nem uma produção incontrolável de
moscas e vermes. “As minhocas se autoregulam. Cometem suicídio coletivo para
expulsar o excedente. Depois, é só retirá-las e iniciar uma nova caixa”, dá a
dica.
Para quem se interessou em
começar a fazer o adubo orgânico em casa, além de preparar as caixas de frutas
também é preciso comprar as minhocas, que o paisagista sugere que seja de um
criador especializado.
MINISTRO DO STF SUSPENDE
CASSAÇÃO DE DEMÓSTENES
O ministro do Supremo Tribunal
Federal Antonio Dias Toffoli concedeu nesta segunda (18) liminar ao senador Demóstenes Torres (sem
partido-GO) e determinou o adiamento da votação do processo a que o parlamentar
responde por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética.
A votação estava prevista para
ocorrer logo na sequência da leitura do relatório pelo senador Humberto Costa
(PT-PE), marcada para esta segunda. Mas o ministro Dias Toffoli entendeu que é
necessário um intervalo mínimo de três dias úteis para garantir o contraditório
e a ampla defesa.
O processo no Conselho de
Ética tem o objetivo de julgar se Demóstenes incorreu em quebra de decoro
parlamentar em sua relação com Cachoeira. Caso o conselho considere que ele é
culpado, Demóstenes poderá ter seu mandato cassado, em votação secreta, no
plenário do Senado.
O presidente do Conselho de Ética do Senado,
Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), considerou equivocada a decisão do ministro (STF)
Antonio Dias Toffoli de determinar o adiamento da votação do processo
disciplinar por quebra de decoro parlamentar contra o senador Demóstenes Torres
(sem partido–GO).
"Com todo respeito ao STF, achei que foi uma
decisão equivocada", disse o presidente. "Esse prazo de três dias
abre uma jurisprudência que, se permanecer, será temerária para o funcionamento
do Conselho de Ética", disse o presidente, que manteve para hoje (18) a
leitura do relatório. “Quero crer que, apesar desse adiamento, haverá tempo
suficiente ainda para o Conselho de Ética decidir, antes do recesso parlamentar
[que começa em 17 de julho]", acrescentou o parlamentar.
FECOMÉRCIO RECLAMA DOS
JUROS ALTOS DOS CARTÕES
Apesar dos cortes na taxa
básica de juros (Selic) e da queda generalizada dos juros bancários, as taxas
dos cartões de crédito permanecem no mesmo patamar há dois anos, segundo apurou
pesquisa da Federação do Comércio de S. Paulo.
Com base em levantamento da
Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade
(Anefac), a FECOMERCIO-SP indica que, desde fevereiro de 2010, as operadoras de
cartão cobram juros médios de 10,69% ao mês. A taxa Selic está em 8,5% ao ano.
De acordo com a Fecomércio, o
cartão de crédito é o principal instrumento de crédito do consumidor, usado por
77,2% das famílias paulistanas que contraíram dívidas em maio. Em seguida vem o
crédito pessoal (19,3%), carnê (17,6%), cheque especial (9,8%) e financiamento
de carro (8,9%).
Para a economista Della Rosa, da
Fecomércio Fernanda, “se a inadimplência é baixa e a Selic cai, mas a taxa dos
cartões de crédito fica inalterada, isso está aumentando somente o lucro da
administradora”, ressaltou.
Sem acompanhar o movimento de queda
do custo do crédito, Della Rosa diz que as operadoras acabam por prejudicar o
aquecimento da economia, incentivado pelo governo federal por meio de medidas
pontuais. Com taxas elevadas, “[operadores de cartões de crédito] tiram o
dinheiro que deveria ser direcionado ao consumo do mercado”.
Por isso, a Fecomércio defende
que o governo atue mais diretamente para que os juros do cartão também
acompanhem as variações do mercado de crédito. “Deveria ter uma posição do
governo para que, na oscilação da Selic, seja repassado o ganho que o consumidor
pode ter com redução das taxas”, disse Della Rosa.
RÁPIDAS
• O primeiro
problema a ser enfrentado pela CPI dos Terceirizados, criados na semana passada
pela Câmara de Vereadores de Duque de Caixas, será a sua composição. Com o
mandato cassado, o vereador Marquinho Oi não poderá fazer parte da CPI, pois seus
substituto, Lyon, é do DEM e a composição das CPIs respeita a proporcionalidade
da participação de cada partido representado no Legislativo.
• Apesar da
gravidade da situação do Hospital Municipal Moacyr do Carmo exposta na
reportagem do RJ/TV desta segunda-feira, a Secretaria de Comunicação da prefeitura
se limitou a garantir que o hospital, administrado desde março de 2011 por uma
OSCIP, estava funcionando em condições
normais.
• Já que a saúde foi terceirizada, caberia à
direção do Hospital (privada) explicar as causas da falta de médicos no plantão
desta segunda (18), especialmente no setor de ortopedia. Utilizar ambulâncias
para levar pacientes para outros hospitais, como Getúlio Vargas, Bonsucesso e
Saracuruna, é confessar a falência do sistema de saúde do município. Como o
prefeito é candidato à sua segunda reeleição, seus amigos da OSCIP estão
colocando sua chance de vitória no lixo.
• A votação do processo disciplinar contra o
senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) foi remarcada para a próxima
segunda-feira (25) no Conselho de Ética do Senado. A decisão de suspender o
processo foi tomada em caráter liminar pelo ministro Dias Toffoli, que atendeu
em parte ao pedido feito pela defesa de Demóstenes na última sexta-feira.
• Toffoli determinou que a votação ocorra após
um prazo de pelo menos três dias úteis da divulgação primeira parte do parecer
do relator. O ministro determinou ainda que o julgamento ocorra após as devidas
comunicações e intimações, de modo a garantir o exercício do contraditório e da
ampla defesa.
• O juiz Paulo Augusto Moreira Lima,
responsável pela ação penal derivada da Operação Monte Carlo, foi transferido
da 11ª Vara Federal em Goiás, onde trabalha, a pedido. A informação foi
confirmada à Agência Brasil pela assessoria de gabinete do magistrado, segundo
a qual a transferência ocorreu “por motivos pessoais”.
• Nesta segunda (18), o Tribunal Regional Federal
da Primeira Região (TRF1) divulgou que Lima saiu do caso porque iria cobrir
férias de outro juiz, mas não informava se ele voltaria à vara de origem ao
final do período. No entanto, a assessoria do magistrado confirmou que ele
deixou o posto definitivamente.
• Segundo o
TRF1, quem deve assumir o caso agora é o juiz titular, Leão Aparecido Alves,
que dividia o trabalho com Lima na 11 ª Vara Federal até então. A troca de
juízes deve atrasar o andamento dos processos derivados da Monte Carlo, já que
o novo juiz terá que analisar os 53 volumes do caso para tomar qualquer
decisão.
• A Operação Monte Carlo resultou em duas ações
penais na Justiça Federal em Goiás, além de outros inquéritos no Supremo
Tribunal Federal envolvendo parlamentares com foro privilegiado. A primeira
ação penal que corre em Goiás reúne os oito réus presos por suspeita de
participação em um esquema de corrupção e exploração ilegal de jogos no
Centro-Oeste, entre eles, o empresário Carlinhos Cachoeira. No outro grupo,
estão os 73 réus que estão soltos.
• O juiz
Paulo Lima optou por desmembrar o processo para que houvesse mais agilidade na
tramitação. No final de maio, ele marcou duas audiências para ouvir os réus
presos, mas a medida foi suspensa por decisão liminar do desembargador Fernando
Tourinho Neto, do TRF1
• O governo federal cancelou a reunião desta
terça (19) com os sindicatos dos professores universitários para discutir a
greve que começou no dia 17 de maio e atinge 55 instituições públicas de ensino
superior no país. Para a presidenta da Associação Nacional dos Docentes do
Ensino Superior (Andes), Marina Barbosa, a atitude demonstra a “incapacidade”
do governo em lidar com o conflito. A data tinha sido marcada terça-feira passada (12), no último encontro
entre representantes do governo e dos professores.
• “A
única justificativa, dada por telefone, sem nada por escrito, era que a reunião
seria suspensa porque não há proposta para apresentar amanhã. Essa é uma
atitude grave do governo, que se comprometeu a apresentar uma proposta concreta
em 20 dias e não cumpre os prazos que ele mesmo [governo] estipulou”, disse
Marina. Os professores reivindicam a reestruturação das carreiras dos docentes
e protestam contra a falta de infraestrutura nas universidades.
• Segundo técnicos do governo, antes de apresentar
uma proposta definitiva, é preciso haver um encontro entre a membros da junta
econômica do governo, que inclui a Casa Civil e os Ministérios do Planejamento
e da Fazenda. No entanto, a reunião ainda não ocorreu. De acordo com os
técnicos, trata-se de uma questão indefinida, e não é possível fazer uma
reunião antes dessa conversa.
• Para a presidenta da Andes, essa conversa
interna da equipe econômica já devia ter ocorrido. “Não nos mobilizamos na
semana passada. O movimento vem ocorrendo há meses, e ainda não houve reunião
com a junta econômica. É um absurdo o governo ainda não ter uma proposta
concreta para apresentar à categoria e cancelar a reunião na véspera da data
que eles mesmos escolheram”, reclamou Marina.
• Uma manifestação com centenas de pessoas saiu
do Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro (MAM), na Cúpula dos Povos, em
direção ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no
centro do Rio, para protestar contra os retrocessos na política ambiental do
governo.
• Chamada de Marcha a Ré, a manifestação toma a
Avenida Chile, onde fica a sede do BNDES, com caixões, máscaras de políticos
identificados como ruralistas, apitos e uma faixa de cerca de 3 metros com os
dizeres “Rio+20 Dilma, com que cara você chega?”, referindo-se à Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, que reunirá 115
chefes de Estado e de Governo a partir da próxima quarta-feira (20).
• No slogan da manifestação, também está uma
imagem da presidenta com uma motosserra e o brasão da República. “Queremos
simbolizar os retrocessos da agenda socioambiental brasileira”, disse um dos
organizadores, André Takahashi. “Os principais [retrocessos] são a destruição
do Código Florestal, que a presidenta poderia ter vetado por inteiro, a redução
de unidades de conservação por medida provisória, o enfraquecimento de órgãos
ambientais e a violência no campo”, citou.
• Índios de várias etnias também participam do
protesto. Eles foram recebidos pelo vice-presidente do órgão, João Carlos
Ferraz, com quem tiveram uma reunião de cerca de uma hora mais cedo. Eles
trataram do financiamento concedido para a instalação de hidrelétricas na
Amazônia De acordo com o BNDES, não houve violência ou quebra-quebra na
manifestação.
JUSTIÇA AUTORIZA A RECUPERAÇÃO
JUDICIAL PARA O GRUPO DELTA
A juíza Maria da Penha
Nobre Mauro, titular da 5ª Vara Empresarial da Capital, deferiu nesta
segunda-feira, dia 18, o processamento da recuperação judicial das empresas do
Grupo Delta. São elas: Delta Construções S/A; DTP – Participações e
Investimentos S/A; Locarbens – Locadora de Bens, Veículos e Equipamentos de
Construção Ltda.; Delta Engenharia e Montagem Industrial Ltda. e Delta
Incorporações e Empreendimentos Imobiliários Ltda..
De acordo com a petição
inicial, o grupo estaria sofrendo “bullying” empresarial após alguns executivos
da Delta Construções terem sido acusados de corrupção, o que ocasionou a
cessação dos recebimentos, inclusive por parte dos poderes públicos, que deixaram
de pagar obras já executadas com receio de serem acusados de conluios com as
supostas irregularidades.
Para a magistrada, de
fato o Grupo Delta vem sendo alvo de inúmeras denúncias de contratações
irregulares de obras pelo Brasil, com desdobramentos que alcançam até os mais
altos cenários da vida política do país, e isto vem sendo amplamente divulgado
pela imprensa.
“Não se pode olvidar,
outrossim, que o princípio que impera na Lei nº 11.101/05 é o da preservação da
empresa, como unidade produtiva geradora de empregos e contribuinte fiscal do
Estado, cuja sobrevivência interessa à sociedade como um todo”, completou.
Em sua decisão, a juíza
nomeou como administradora judicial a empresa Deloitte Touche Tohmatsu, que
será representada no processo por Luis Vasco Elias. As empresas terão o prazo
de 15 dias para juntarem as certidões negativas criminais dos administradores e
sócios controladores das empresas, sob pena de revogação da decisão.
Além disso, as empresas
terão que apresentar no prazo de 60 dias, o plano de recuperação, sob pena de
convolação em falência. Também foi determinada a suspensão de todas as ações ou
execuções contra as empresas. Nº do processo: 0214515-34.2012.8.19.0001
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