domingo, 28 de abril de 2013

BAIXADA URGENTE

PARA LULA, A CANDIDATURA
DE CAMPOS É IRREVERSÍVEL.

Depois do pronunciamento de Eduardo Campos contra o governo Dilma em cadeia nacional de rádio e televisão na quinta-feira (25), só Lula parece ser capaz de evitar sua candidatura; isso, no entanto, provocaria uma reviravolta completa no jogo político, com a volta da pressão para que ele próprio dispute a presidência da República, em 2014 
Segundo o diário eletrônico Brasil/247”, o governador pernambucano e presidente nacional do PSB, conseguiu dar um nó na política nacional. Ao praticamente se lançar à presidência da República em 2014, depois do pronunciamento em que disse ser possível "fazer mais" do que a presidente Dilma Rousseff vem realizando, ele se colocou num caminho praticamente sem volta. Tanto é assim que líderes de diversos partidos da base aliada, incluindo o PT, passaram a cobrar de Campos a entrega de seus cargos no governo federal.
Diante desse cenário, interlocutores do ex-presidente Lula passaram a criticar a articulação política do governo Dilma. O senador Jorge Viana (PT-AC), notório lulista, afirmou, em entrevista ao Globo, que o PT é uma seleção brasileira que vem jogando como "perna de pau" na política. Em outra matéria publicada neste domingo no site do jornal O Globo, interlocutores do ex-presidente informam que ele, Lula, já estaria convencido de que Campos, dificilmente, conseguirá voltar atrás
Na política, no entanto, nada é irreversível como ensinava o ex-governador de Minas e banqueiro Magalhães Pinto, para quem a política era como uma nuvem: você olha, ela está de um jeito: você volta a olhar, ela já se modificou.
Aparentemente, uma única possibilidade pode ser capaz de fazer com que o nego de Miguel Arraes volte atrás: a candidatura de Lula à presidência da República. Eduardo Campos parece estar disposto a enfrentar Dilma, mas jamais se posicionaria contra Lula. Por isso mesmo, tem dito que não tomará qualquer decisão antes de 2014.
É justamente essa indefinição que torna também mais delicada a posição da presidente Dilma. Ela gostaria que Campos tomasse a iniciativa de entregar os seus cargos – o que ele não fará. Ao mesmo tempo, se decidir demitir quadros indicados pelo PSB, poderá precipitar uma ruptura potencialmente danosa para sua própria reeleição.
O fato é que Campos, com seus movimentos, tornou o jogo de 2014 absolutamente imprevisível. E Lula é uma peça que não pode ser descartada.

GOVERNO PROMETE ACABAR COM
OS LIXÕES ATÉ OUTUBRO DE 2014


A meta de fechar todos os lixões até agosto do ano que vem, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), certamente será alcançada no Rio de Janeiro. A garantia é do superintendente de Políticas de Saneamento da Secretaria de Estado de Ambiente do Rio, Victor Zveibil.  Segundo  o superintendente, os 19 aterros sanitários já em funcionamento no estado e mais oito em processo de construção serão suficientes para suprir as necessidades de todos os 92 municípios fluminenses.
“No Rio de Janeiro, temos algo como 17 lixões em funcionamento, com resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo, mas eles representam apenas 5% dos resíduos sólidos gerados no estado. Na verdade, 95% dos resíduos gerados já estão indo para aterros sanitários. Estamos falando de municípios pequenos, que precisam regionalmente de consórcios e implementação desses aterros”.
Em 2012, havia cerca de 50 lixões no estado do Rio, segundo Zveibil, que participou sexta-feira (26), na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, do lançamento do Manual de Boas Práticas no Planejamento da Gestão dos Resíduos Sólidos, que vai servir de apoio aos municípios fluminenses. O manual foi elaborado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Sólidos Especiais (Abrelpe).
Para o superintendente, o fechamento dos lixões em tempo hábil no estado está relacionado à criação de consórcios entre os municípios e arranjos regionais. O Rio já tem cinco consórcios formalizados entre municípios e oito em vias de serem formados. Além disso, garantiu que os lixões fechados serão remediados até 2016. A remediação inclui cobertura da área com argila e grama, e instalação de infraestrutura para captação de chorume e gás.
Zveibel também defende a incorporação dos catadores ao sistema de reciclagem. “Neste ano, pretendemos alcançar 100% dos municípios com o programa de coleta seletiva solidária que faz a inclusão social de catadores”, comentou. Ele alertou ainda para a falta de uma política nacional que viabilize a logística reversa, que garante o descarte adequado de produtos usados.
“O descarte de lâmpadas fluorescentes, resíduos de eletroeletrônicos, medicamentos, por exemplo, ainda dependem de acordos setoriais nacionais, pois incidem sobre os custos de produção das empresas”, disse ele. “O que não impede que se criem alternativas locais”, ressaltou.

PRESIDENTE DA CÂMARA DEVE PRESTAR
INFORMAÇÕES AO STF SOBRE PEC 33

 O deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN, presidente da Câmara, considerou normal o despacho do ministro Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, nos mandados de segurança do PSDB e do PPS, que pretendem sustar a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33. A PEC visa a limitar os poderes do STF.
No despacho, o ministro Toffoli pede informações à Câmara sobre a PEC 33 e dá prazo de 72 horas para que a Casa preste os esclarecimentos sobre a matéria. Para Henrique Alves, a solicitação é “meramente burocrática”. “Ainda não chegou, mas se chegar é medida meramente burocrática. O ministro poderia ter dado liminar, mas respeitosamente preferiu ouvir a Casa. Daremos as informações”, disse o presidente da Câmara.
Segundo a Secretaria-Geral da Mesa, a solicitação do ministro só deverá chegar nesta segunda-feira (29) e a Câmara terá até sexta-feira (3) para prestar os esclarecimentos solicitados pelo ministro Toffoli. Isso, porque o prazo de 72 só começa a ser contado no dia seguinte à chegada da solicitação.
O despacho do ministro Toffoli foi concedido nos mandados de segurança apresentados ao STF pelo PSDB e pelo PPS, após a aprovação, na quarta-feira (24) da admissibilidade da PEC pela Comissão de Constituição e Justiça. Após o resultado da votação, Henrique Alves disse que não irá criar a comissão especial para analisar o mérito da PEC enquanto não houver uma definição clara de respeito e harmonia entre os Poderes no texto da matéria.
O líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), que assinou um dos mandados de segurança para suspender a tramitação da PEC, declarou que ela afronta a autonomia da mais alta corte judicial do país. Segundo ele, a PEC fere cláusula pétrea da Constituição, que estabelece a separação dos Poderes. “A PEC é uma aberração. O Legislativo não pode atropelar as atribuições do Judiciário. A separação dos Poderes é cláusula pétrea intocável”, disse.

RIO LANÇA PROGRAMA PARA
FIXAR JUÍZES NAS COMARCAS


O corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, participa nesta segunda-feira (29) do lançamento no Rio de Janeiro de duas importantes ações da Corregedoria: o Projeto Presença do Juiz na Comarca e a iniciativa-piloto para citação eletrônica em processos que tramitam nos Juizados Especiais. As duas ações têm por finalidade a melhoria na qualidade da prestação jurisdicional e passarão a vigorar com a assinatura de termos de cooperação, que serão firmados em cerimônia marcada para as 11 horas no Pleno do Tribunal de Justiça, no Centro do Rio.
O Projeto Presença do Juiz na Comarca visa fortalecer a presença do juiz no local em que atua, principalmente no interior do estado. A iniciativa prevê a marcação de audiências de segunda a sexta-feira nas comarcas, além da realização de mutirões para antecipar audiências pendentes. A meta é melhorar a prestação jurisdicional e eliminar a longa espera das partes pela solução da causa, fazendo que nenhuma audiência seja marcada para data superior a 60 dias.
O Rio de Janeiro é o segundo estado a aderir ao projeto. A iniciativa-piloto foi lançada pela Corregedoria Nacional de Justiça em novembro do ano passado na Paraíba.
Na mesma solenidade, será assinado um termo de cooperação que marcará o início de um projeto-piloto para citação eletrônica em processos que tramitam nos Juizados Especiais do estado. Seis instituições bancárias que concentram parte expressiva da demanda de processos nos Juizados Especiais do Rio de Janeiro farão parte da iniciativa, que contará com a participação dos bancos Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Citibank, HSBC e Banco do Brasil. O termo de cooperação a ser firmado contará com a adesão do CNJ, do TJRJ e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
O projeto-piloto trará economia, agilidade e melhoria na qualidade da prestação jurisdicional nos Juizados Especiais Cíveis. Atualmente, a justiça estadual carioca gasta R$ 970 mil por ano apenas com o pagamento de serviço postal para citação de instituições financeiras em processos que tramitam nos juizados. Os bancos respondem por aproximadamente 60% da demanda desses juizados no Rio de Janeiro.
O projeto prevê também o agendamento concentrado de audiências em um mesmo dia ou período. A intenção é que, com a concentração das audiências, os bancos possam mandar representantes mais qualificados para a tarefa de negociação e, com isso, promoverem número maior de conciliações. Os responsáveis indicados para as audiências passarão por cursos de capacitação negocial promovidos pela Escola Nacional de Mediação e Conciliação.
A meta da Corregedoria Nacional de Justiça é levar o projeto também para outros estados e envolver demais setores econômicos que concentrem grande quantidade de processos dos Juizados Especiais, como concessionárias de serviço público e seguradoras.

RÁPIDAS

•   Ações de saúde como verificação de pressão arterial, medição da taxa de glicose, orientação sobre tabagismo e consulta de nutrição na Praça Roberto Silveira, no centro, marcaram na manhã de sexta-feira (26/04), o Dia Nacional da Hipertensão. Em menos de duas horas certa de 250 moradores haviam sido atendidos nos exames e receberam orientações de como abandonar o tabagismo.
•   O evento foi promovido pela Secretaria Municipal de Saúde através do Departamento de Vigilância em Saúde. Ao todo foram feitos 650 atendimento e detectados 60 novos casos de hipertensão.
•   O atendimento foi coordenado pelo médico Aníbal Prata, do Programa de Hipertensão. Ele explicou que a finalidade da campanha era identificar novos casos de hipertensão, doença silenciosa só detectada através de exames em pacientes assintomáticos. Segundo  o médico, em cada grupo de dez pessoas quatro são hipertensas. O tratamento e acompanhamento são feitos em dez subpostos de saúde dos quatro distritos, além do Posto Municipal de Saúde localizado no Centro.
•   Sônia Maria Reis, de 64 anos parou para verificar a pressão arterial e ver como estava sua taxa de açúcar no sangue. “Sou hipertensa há muitos anos e estou receosa de verificar a taxa de glicose. Já pensou se estou diabética”, disse a moradora do centro. A pressão estava alta, 17x9 que pode ser controlada com medicamentos. O teste de glicemia acusou uma taxa de açúcar de 112, normal para quem tomou café pela manhã. “Agora estou mais tranquila”, disse Sônia Maria.
•   Durante os testes feitos em Luzia de Almeida Vitória, de 78, moradora do Parque Lafaiete foi constatado que sua taxa de açúcar estava acima dos 400. Imediatamente ela foi colocada em uma ambulância do Samu e levada a uma unidade de saúde para atendimento.
•   A hipertensão afeta o cérebro, provocando derrama e demência, o coração, provocando infarto e insuficiência cardíaca, olhos, podendo provocar cegueira, os rins, insuficiência renal e nas artérias, entupimentos.
•   Quase 30 anos depois de a dengue ter se instalado no Brasil e apesar de todo o conhecimento sobre o ciclo do mosquito transmissor – o Aedes aegypti –, a doença ainda é um problema de saúde pública. Até meados de março já foram registradas 132 mortes e mais de 714 mil casos da doença em todo o país. Em 2012, no mesmo período, as notificações chegaram a 190 mil.
•   Para os gestores da saúde, a população subestima a gravidade da doença. “Não tem quem não saiba o que é e o que deve fazer para prevenir. Mas as pessoas ainda estão subestimando o poder dessa doença, ela mata", alertou Gilsa Rodrigues, coordenadora da vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde do Espírito Santo, estado que registrou a maior incidência da doença na Região Sudeste, com 1.171 casos até o fim de março.
•    “Aqui no Espírito Santo, mais de 70% dos focos são encontrados nos domicílios, um dado que nos faz refletir sobre a responsabilidade do cidadão. A secretaria tem orientado as famílias a fixarem um dia na semana para inspecionar o quintal e a laje, verificar se a caixa d'áqua está coberta, eliminar todas as possibilidades de o mosquito depositar os ovos”, explicou Gilsa.
•   Segundo a pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz, Denise Valle, um modelo de combate à doença que deve ser seguido é o adotado em Singapura, no Sudeste Asiático.
•   "Singapura conseguiu praticamente zerar a epidemia de dengue basicamente com uma campanha de mobilização, estimulando as pessoas a eliminar os criadouros uma vez por semana. Cerca de 16 mil voluntários [para uma população de cerca de 5 milhões de pessoas], durante seis finais de semana seguidos, ficaram estimulando e orientando a sociedade a eliminar todos os criadouros.
•   “Eles conseguiram eliminar a epidemia no pico, o que é muito difícil”, conta a pesquisadora.
Baseado nisso, o Instituto Oswaldo Cruz lançou a campanha 10 Minutos contra a Dengue, para que as pessoas façam a limpeza dos principais criadouros do mosquito em suas casas. O instituto ainda lançou vídeos explicativos pra informar a população sobre o ciclo da doença e como evitá-la.
•   Para Maria Aparecida Araújo, diretora da Vigilância Epidemiológica da Bahia, não dá pra responsabilizar só um setor pelas epidemias de dengue. “Muitas vezes, os agentes não têm acesso às casas, o município não tem coleta de lixo adequada, não tem água encanada, o que leva a um armazenamento de água algumas vezes perigoso."
•   O superintendente de Vigilância em Saúde do Paraná, Sezifredo Paz, constatou que todas as cidades que tiveram epidemia no estado tinham problemas com o manejo inadequado de resíduos sólidos e dos materiais recicláveis, como copos plásticos e garrafas PET. Segundo ele, a troca de gestão também contribuiu para agravar a situação. “Constatamos que 70% dos municípios do Paraná onde houve epidemia tiveram mudança de prefeito. O prefeito que assumiu em janeiro já encontrou um quadro ruim."
•   Para Simone Mendes, coordenadora de Dengue e Febre Amarela do Tocantins, a mudança de comportamento é lenta. “Ainda há muita coisa a ser feita para que as pessoas se conscientizem. Temos que continuar fazendo mobilizações. Informação tem que ter o tempo todo."
•   Em dezembro de 2012, o Ministério da Saúde anunciou o repasse de R$ 173,3 milhões para ações de qualificação das atividades de prevenção e controle da dengue. Em 2011, foram R$ 92,8 milhões. O ministério também orienta os agentes de saúde a visitarem as residências a cada dois meses para checar se há focos do mosquito e para alertar a população sobre os riscos da doença
•   O ônibus de atendimento à população da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) estará esta semana, entre os dias 29 e 30 de abril, e nos dias 02 e 03 de maio, das 9h às 17h, na Praça dos Estudantes, no município de Nilópolis.
•   Os consumidores terão seus casos analisados no local. As questões que não puderem ser resolvidos no mesmo dia serão enviados online para a sede da comissão, no Edifício Leonel de Moura Brizola, na Rua da Alfândega, 8, Centro da capital. 
•   As centrais sindicais pretendem demonstrar sua insatisfação com o governo Dilma Rousseff no feriado de 1º de Maio, Dia do Trabalhador, em vários eventos simultâneos em S. Paulo. De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a Força Sindical pretende dar franqueará seu showmício a presidenciáveis da oposição e proporá reajustes salariais trimestrais contra a inflação, enquanto a CUT, que até agora se mostrava aliada, avalia mudar o tom, discutindo calendário de paralisações a partir do Dia do Trabalho.
•   Cientes dos entraves conjunturais para a redução de jornada e o fim do fator previdenciário, sindicalistas afirmam que a presidente sinalizara que agiria para deter a alta rotatividade no mercado de trabalho, o que contemplaria o pleito de ratificação da Convenção 158 da OIT.
 "É muita desoneração anunciada para o patrão. Precisamos pensar no trabalhador", diz Vagner Freitas, que preside a central.
•   Diante do impasse, Lula avisou que não irá ao ato promovido pela entidade. Dilma enviará os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e Manoel Dias (Trabalho) aos dois eventos. Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) devem comparecer à festa da Força.
•   O deputado federal Emanuel Fernandes (PSDB-SP) tornou-se réu em ação penal aberta hoje (25) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Por unanimidade, a Corte entendeu que há indícios de que o parlamentar participou de um esquema de desvio de verbas públicas na época em que era prefeito de São José dos Campos. Ele exerceu o cargo entre 1997 e 2004.
•   Segundo denúncia do Ministério Público, o político desviou recursos públicos em proveito da empresa Refeicheque Administração Ltda. no fornecimento de auxílio alimentação a funcionários municipais.
•   O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apontou que o contrato foi fechado em desacordo com a Lei de Licitações, além de apresentar  irregularidades, como lançamento de nomes de servidores em duplicidade e inclusão de estagiários, que não poderiam receber o benefício.
•   Os advogados do parlamentar disseram que o pagamento de auxílio alimentação estava apoiado em lei municipal aprovada na administração anterior, em 1994. Também argumentaram que o político não teve intenção de cometer crime, pois desconhecia a ilegalidade.  
•   O relator do caso, ministro Luiz Fux, disse que o Supremo tem grande cuidado ao abrir ações penais, pois isso prejudica os acusados, mas destacou que, neste caso, a medida era necessária. “Mesmo declarada irregular pelo Tribunal de Contas do estado, o prefeito persistiu na atividade ilícita, engendrou vários aditivos considerados superfaturados”.
•   O ministro destacou que a empresa apontada como favorecida é investigada em outros processos, e que os indícios contra o político são fortes o suficiente para que o mesmo ocorra no STF.  “Há dúvida bastante razoável sobre cometimento de delito”, completou.
•   Com a previsão de crescer 3% neste ano, segundo as instituições financeiras, a economia brasileira dependerá das medidas de estímulo lançadas pelo governo para atingir essa expectativa. Economistas ouvidos pela Agência Brasil, no entanto, divergem sobre a eficácia das ações tomadas até agora pelo governo, voltadas para a redução de impostos para determinados setores da economia e o aumento dos gastos públicos.
•   Para Carlos Eduardo Freitas, ex-diretor do Banco Central, o foco das medidas econômicas está errado. Segundo ele, o Brasil não está crescendo pouco por causa da falta de demanda, mas da baixa taxa de investimento. “Estimular o consumo, como o governo está querendo fazer, só pressiona a inflação, enquanto o real problema está do lado da oferta“, diz.
•   De acordo com Freitas, o baixo crescimento dos últimos anos foi provocado pela baixa taxa de investimento. Para ele, isso se deve à mudança de política econômica do governo, que provocou temor nos empresários em relação ao futuro do país e restringiu os investimentos. “O empresário olha para o futuro na hora de tomar decisões. O grau de intervenção do governo na economia tem assustado o empresariado e o investidor brasileiro e estrangeiro”, diz.
•   Na avaliação do ex-diretor do Banco Central, a taxa de investimentos só voltará a aumentar se o governo voltar a se comprometer com os três pilares que guiaram a política econômica brasileira desde o fim dos anos 1990: superávit primário forte, câmbio livre e cumprimento da meta de inflação.
•   Professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Reinaldo Gonçalves também acredita que as medidas estão no rumo errado, mas por diferentes motivos. Para ele, é necessário estimular a demanda em tempo de crise, mas as medidas devem beneficiar toda a economia, não apenas determinados setores com poder de barganha escolhidos pelo governo
•   “O empresário só investe se tiver certeza de que terá demanda para seus produtos. Seria muito mais eficaz o governo reduzir o imposto para toda a população, que poderia consumir o produto que quiser”, critica. “O governo só tem reduzido tributos para determinados segmentos da economia, o que transformou a política econômica em um balcão de negócios.”
•   Apesar das críticas, há economistas que acreditam que o governo está no rumo certo. Para Newton Marques, professor de economia da Universidade de Brasília (UnB), as medidas de estímulo têm cumprido o objetivo de evitar que o país caia em recessão. “As desonerações beneficiam setores com contribuição importante para o PIB. Se o governo não tivesse feito nada, o país estaria em recessão, em vez de ter crescido 0,9% no ano passado”, diz.
•   Marques lembra que o governo não tem agido apenas para estimular o consumo e reduzir a folha de pagamento das empresas, mas também tem incentivado os investimentos por meio das linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da concessão de rodovias, ferrovias e aeroportos. “O governo tem feito a sua parte. O grande mistério é saber por que os empresários não estão investindo”, diz.
•   A Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) instalada para acompanhar os processos de descontaminação do solo e do lençol freático de Volta Redonda e a realocação das famílias prejudicadas foi instalada nesta quinta-feira (25).
•   Segundo o presidente da comissão, deputado Edson Albertassi (PMDB) técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) serão convidados a participar de audiências públicas para esclarecer se o percentual de elementos tóxicos encontrados no solo de terrenos doados aos metalúrgicos pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) é alto o suficiente para ameaçar a saúde dos moradores.
•   “A CSN nega que a quantidade de elementos químicos nos terrenos seja prejudicial, mas o Inea discorda. Os moradores precisam saber se devem permanecer em suas casas ou deixá-las, e o processo tem que ser feito com Justiça”, afirmou o parlamentar.
•   Os terrenos, que ficam no bairro de Volta Grande IV, foram doados pela CSN ao Sindicato dos Metalúrgicos em 1995. A empresa, segundo Assessoria Técnica do Inea, mantinha aterros para depositar lixo tóxico naquele local desde 1989 – o primeiro deles, Aterro Márcia I, foi descoberto em agosto de 2010. Em 2011, um vazamento de resíduos contaminou o lençol freático próximo
•   A CSN foi multada em R$ 35 milhões quando o Inea comprovou a existência de elementos cancerígenos no local, como cádmio e cromo, mas a companhia alega que estudo contratado por ela a uma empresa americana demonstra que não há risco. “Quando um problema ameaça a sociedade, o Parlamento precisa ser o primeiro a se intrometer”, disse o deputado Bernardo Rossi (PMDB).

BAIXADA DISCUTE EM CAXIAS
PLANO ESTADUAL DE CULTURA 


Representantes dos municípios da Baixada Fluminense se reuniram sábado (27) em Duque de Caxias para discutir o Plano Estadual de Cultura proposto pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC). O encontro, realizado no Teatro Raul Cortez, foi aberto pelo secretário municipal de Cultura e Turismo, Jesus Chediak e contou com a presença dos responsáveis pela elaboração do texto que será enviado à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para aprovação.
A minuta do Plano Estadual de Cultura foi apresentada aos presentes que deram sugestões para as políticas públicas na área. A população também poderá enviar contribuição através do site
cultura. rj.gov.br/projeto/plano-estadual-de-cultura
O texto final será apresentado como anexo único do Projeto da lei Estadual de Cultura que será enviado à Alerj para votação. Só depois de aprovada pelos deputados serão definidas as diretrizes e estratégias.
Para o secretário municipal de Cultura e Turismo, Jesus Chediak o encontro foi muito importante. “Fundamental, porque permite que a região da Baixada Fluminense tenha condições de desenvolver projetos com sua própria identidade cultural. Na verdade, ninguém é universal fora do seu quintal”, disse Chediack lembrando o poeta Vinícius de Morais.
 “As pessoas confundem cultura com arte e produção de conhecimento. A cultura é a base da sociedade, trabalha dentro do ser humano e vai ser cada vez mais solicitada pela sociedade”, destacou o secretário.
Participaram do fórum o subsecretário municipal de Cultura, André Oliveira, os representantes da SEC Renato Dantas, Delmar Cavalcante, Simone Amorim, Simone Gruba (coordenadores do Plano), e Marilda Samiço, da Superintendência de Artes da secretaria. Também estiveram no evento representantes de Belford Roxo, Queimados, São João de Meriti, Seropédica, Guapimirim, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu e Paracambi. (Fotos George Fant).

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