CERVEJEIRA REFORÇOU O CAIXA DE
CAMPANHA DE DILMA COM R$ 17.5 MI
O
empresário Walter Faria, dono da cervejaria Itaipava (Grupo Petrópolis),
contribuiu com R$ 17,5 milhões para a campanha de reeleição de Dilma Rousseff
após ter sido beneficiado com mudanças em um contrato de empréstimo assinado
com o Banco do Nordeste (BNB). A intenção de Faria era construir duas
fábricas, uma em Pernambuco e a outra na Bahia.
O governador da Bahia Jacques Wagner paraticipou da inauguração da nova fábrica |
No
entanto, de acordo com reportagem da revista Época desta semana, o grupo possui nome sujo na praça por
dívidas com a Receita Federal. Mesmo assim, o banco autorizou a emissão de dois
empréstimos, totalizando R$ 827 milhões. Porém, o empresário teve que assinar
uma carta-fiança em outro banco como garantia, o que exigiria o pagamento de
R$
17 milhões.
Segundo a
revista, em abril de 2014, o comando do BNB foi mudado após pressão do PT, que
queria a presidência de volta. Cinco meses depois, o teor do contrato acabou
alterado, beneficiando o grupo Petrópolis. O banco aceitou trocar a
carta-fiança por outras garantias, da forma que Faria queria. Menos de duas
semanas depois, começaram as doações. Até 3 de outubro, entraram R$ 17,5
milhões no caixa de campanha de Dilma.
Segundo a
revista, o grupo afirmou que a dispensa da carta-fiança gerou economia para a
empresa e que as novas garantias dadas ao empréstimo têm valores maiores do que
o documento emitido por outro banco. Sobre os empréstimos, a cervejaria
informou ter cumprido todas as regras previstas na legislação eleitoral. Já a
atual diretoria do BNB nega qualquer ingerência política no caso.
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