sexta-feira, 13 de outubro de 2006

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

COLIGAÇÕES ACIRRAM A
GUERRA RELIGIOSA NO RIO

Embora o Brasil tenha uma República laica – com total separação entre o Estado e a Igreja – a questão religiosa volta a dominar o cenário político em conseqüência das coligações firmadas pelos candidatos que vão disputar o segundo turno. Ao negociar apoio ao católico Geraldo Alckmin, a governadora Rosinha Garotinho recomendou que o candidato tucano se desfizesse de uma fitinha do Senhor do Bonfim, que levava no pulso direito e evitasse tomar banho de pipoca ao visitar terreiros de candomblé, comportamento que os evangélicos consideram inaceitáveis como prática religiosa. Já o senador Sergio Cabral, autor de um projeto que permitiria a união civil entre pessoas do mesmo sexo – idéia que causa irritação tanto na Igreja Católica, quando entre os evangélicos – decidiu retirar o projeto do Senado em troca do apoio do bispo Marcelo Crivella, do PRB e sobrinho do Bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal e que controla a Rede Record de TV. No domingo, a Record exibiu uma longa reportagem sobre os cabos eleitorais do candidato Geraldo Pudim presos num galpão no Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, no dia 1º, quando arregimentavam eleitores para o candidato de Anthony Garotinho, em troca de R$ 50 reais. A reportagem entrevistou uma das eleitoras que concordou, em troca do dinheiro, em votar nos candidatos do ex-governador e presidente do PMDB, que acabou não recebendo, pois a Polícia Federal chegou antes do pagamento. Com essa “guerra religiosa” extemporânea, ficaram de fora da discussão entre os candidatos assuntos mais importantes, como projetos, de combate à exploração do trabalho infantil, de melhoria nas áreas da Segurança, da Educação e da Saúde no plano estadual, assim como de crescimento econômico, melhoria da distribuição de renda e a redução dos impostos no âmbito federal. Talvez, em2010. . .

■ O irmão do presidente Lula, o pedreiro Jachson Ignácio da Silva, que é filiado ao PT há 20 anos e mora em Mongaguá, litoral Sul de São Paulo, declarou que vai votar no tucano Geraldo Alckmin, no dia 29. O motivo alegado por Jachson é o de que o próprio Lula sempre foi contra um governante ficar por dois mandatos seguidos no cargo, e que agora não é justo querer utilizar a atual legislação para continuar no poder. ”Ele tinha que voltar depois de quatro anos. Aí, sim, o povo iria ver se ele foi um bom presidente”.
■ Se o Presidente Lula,o Ministro Márcio Thomaz Bastos e o deputado Antonio Carlos Biascaiam estão, mesmo, interessados em descobrir de onde saiu o dinheiro para a compra do dossiê fajuto contra Serra e Alckim, não precisam ter muito trabalho. Basta acessar o endereço
http://alertatotal.blogspot.com/ , do jornalista Jorge Serrão, que lá está a ONG Setor 13, fundada pela dupla Jorge Lorenzetti e Lurian Lula Cordeiro da Silva (isto mesmo, a filha bastarda de Lula) e que arrecadou mais de 20 milhões de reais em pouco mais de 3 meses de existência
■ O comício de Lula em Caxias, quarta-feira, frustrou muita gente. O candidato do PT voltou a acusar Geraldo Alckmin de esconder do eleitor sus planos de privatizar a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, mas não falou sobre a origem do dinheiro para a compra do falto dossiê contra os tucanos, nem lançou a candidatura de Benedita da Silva à prefeitura de Duque de Caxias em 2008, talvez para desagradar ao prefeito Washington Reis, o mais novo “lulista” da Baixada e o mais empolgado dos ocupantes do palanque, montado ao lado do muro da estação ferroviária.
■ Quem se irritou com Lula foram os motoristas, retidos nos engarrafamentos que se estenderam por toda a cidade enquanto os guardas municipais de trânsito exibiam suas novas viaturas. Até os alunos da Unigranrio, no 25 de Agosto, sofreram com o engarrafamento em ruas secundárias, como José de Souza Herdy General Venâncio Flores, Miguel de Frias e Assunção, usadas como rotas de fuga das congestionadas Avenidas Brigadeiro Lima e Silva, Presidente Vargas e Duque de Caxias, e Praça Roberto Silveira, do outro lado da cidade.
■ Em resposta ao presidente-candidato, Alckmin acusou Lula de criar a “Mentirobrás”, isto é, espalhar boatos sobre um hipotético plano de privatização do candidato tucano.
■ Cobrado por um jornalista sobre os pífios resultados dos seus candidatos nas eleições do dia 1º, principalmente pela derrota do deputado Gilberto Silva e do vereador Samuquinha, o prefeito Washington Reis retrucou, garantindo que elegeu dois: Dica e Marcos Figueiredo, que já tinham mandato. Há controvérsias.
■ Zito, por sua vez, de cima de uma montanha de votos que lhe valeu uma cadeira na ALERJ e ainda elegeu a filha (193 mil votos) para a Câmara Federal, garantiu que o Povo acordou, pois fora iludido em 2002. E avisou ao seu ex-vice-prefeito (1996-2000) que vai vigiá-lo de perto. Para Zito, a partir de 2004, Duque de Caxias voltou a ser a cidade mais violenta do País, superando até Belford Roxo. Em apenas 10 dias, dois policiais foram assassinados e um major da PM baleado a poucos metros da 59ª DP/Caxias.
■ No primeiro turno, o PMDB se recusou a lançar candidato à Presidência – apesar de dispor de nomes como Garotinho, Itamar Franco e Pedro Simon – preferindo atuar informalmente como ponta de lança de Lula. Em outras palavras: o PMDB renegou a sua história e a razão de sua fundação – disputar e conquistar o Poder pelo voto – para garantir espaço num provável segundo mandato de Lula.
■ A situação se repete no segundo turno, desta vez com o PSOL. A senadora Heloísa Helena, expulsa sem maiores delongas do PT ao recusar apoio à política econômica do Governo Lula, fundou o PSOL e por ele disputou a Presidência da República. Agora, sem qualquer estudo ou discussão, ela proibiu que os dirigentes e parlamentares eleitos pelo partido façam declaração de apoio a qualquer um dos candidatos que disputam o segundo turno. A medida, conseqüência do centralismo democrático que comanda nossos partidos (o chefe decide por todos) já provocou a rebelião entre os poucos liderados de Heloisa Helena.
■ Aliás, ocorreu com o PSOL um fato inusitado. Fundado por Fernando Collor como clone do Partido Socialista Operário Espanhol – o PSOE – o nome foi apropriado pela turma expulsa do PT por contrariar a orientação do ex-quase poderoso José Dirceu. Por estranha coincidência, o ex-presidente, cassado por usar “dinheiro de campanha não contabilizado” na compra de uma modesta caminhonete Elba – vai ocupar no Senado a cadeira que pertencia a Heloisa Helena.
■ O PDT do Rio de Janeiro, que elegeu três Deputados Federais e cinco Estaduais, sem coligação proporcional ou qualquer aliança, decidiu se abster de participar do segundo turno. Assim, por falta de liderança efetiva, o partido fundado por Brizola segue o mesmo caminho de PMMDB e PSOL e prefere ficar em cima do muro: nem Cabral, nem Denise Frossard. O velho Brizola deve estar se perguntando: onde foi que eu errei?
■ Segundo estatística divulgadas esta semana pela Abegás – Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado, o consumo nacional de gás natural atingiu 41,4 milhões de metros cúbicos diários em agosto. Comparado- com o mês anterior, o número aponta um ligeiro aumento de 0,34%. Os segmentos industrial, automotivo e comercial apresentaram crescimento de, respectivamente, 1,17%, 5,26% e 2,25%; enquanto que os setores residencial e geração elétrica apresentaram retração de menos 4,54% e menos 6,75%, respectivamente.
■ Em relação ao consumo registrado em agosto do ano passado, este dado representa aumento de 0,42%. Nos últimos doze meses, o segmento automotivo foi o que mais cresceu (18,08%), passando de 5,5 milhões m³/dia para 6,5 milhões m³ diários. Em contrapartida, o setor de geração elétrica diminui 24,04%. A Região Sudeste continua liderando a expansão do consumo. Nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, que representam 70% da média nacional, o consumo foi de 29,1 milhões m³/dia.
■ Foi desenvolvida por cientistas brasileiros, liderados pelo professor José Alexandre Barbuto do grupo Genoma,do Hosptal Sírio Libanês,em São Paulo,uma vacina para dois tipos de câncer, pele e rins. que se mostrou eficaz, tanto no estágio inicial como em fase mais avançada. A vacina é fabricada em laboratório utilizando um pequeno pedaço do tumor do próprio paciente. Em 30 dias está pronta, e é remetida para o médico oncologista do paciente. Para maiores detalhes, acessar o endereço
www.vacinacontraocaancer.com.br , ou pelo telefone do Laboratório: 0800-7737327
■ Os impostos sobre brinquedos no Brasil corresponde em média a 41% do seu preço. No caso dos importados, que representam grande parcela do mercado, o percentual pode chegar à casa dos 60%. O levantamento foi feito pelo INDC – Instituto Nacional de Defesa do Contribuinte e do Cidadão, que faz um alerta à população, na semana em que se comemora o Dia das Crianças, em relação à alta carga tributária do setor. De acordo com o presidente do INDC, Joel Gomes Moreira Filho, é preciso refletir se, com uma carga tributária tão elevada, ainda compensa a importação legal de brinquedos. “As conclusões sobre esta reflexão passam pela própria carga tributária em outros países, infra-estrutura, segurança e, pelo câmbio, com a forte valorização do real”, afirma Moreira.
■ Dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) indicam que os preços devem permanecer estáveis porque não há ambiente para aumento. Os fabricantes esclareceram que estão com uma defasagem de 17% a 22% porque matérias-primas como aço, tecido e plástico subiram e os custos não foram repassados para o consumidor final. Segundo a Abrinq, a queda do poder aquisitivo do brasileiro, o ambiente de incerteza com as eleições, a instabilidade salarial e a concorrência com os produtos chineses não permitem aumentos de preços. Neste ano, a previsão da indústria é produzir 100 milhões de unidades, sendo 40% deste total para o Dia da Criança, 30% para o Natal, e o restante para presentear as crianças em aniversários. O faturamento estimado para 2006 é de R$ 950 milhões

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