quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

BAIXADA URGENTE

UM PÉ DE QUÊ ?
Em plena Estrada Rio-Petrópolis, a primeira em cimento-asfalto do País e inaugurada em agosto de 1928 pelo então Presidente Washington Luis, um internauta amigo e colaborador do Blog flagrou esta árvore exótica. Ela ocupa uma parte da estreita calçada da hoje movimentada Avenida Presidente Kennedy, que liga o Centro de Duque de Caxias ao Lote XV e ao Pilar e surgiu exatamente ao lado da quadra improvisada da Escola de Samba Grande Rio, cuja sede-própria, ao lado do Shopping Center, está sendo reconstruída. A exótica árvore, cuja origem ainda não foi identificada pelos botânicos, costumava dar seus estranhos frutos durante e depois dos movimentados ensaios da tricolor caxiense, cujo enredo para este Carnaval é justamente contar a saga da cidade de São João Batista de Trairaponga, uma cidade-irmã do Rio de Janeiro, surgida logo depois da expulsão dos franceses da hoje capital fluminense pelas tropas de Estácio de Sá. Afinal, Duque de Caxias é uma cidade cheia de contrastes. Embora tenha 10 mil famílias morando em situação de risco, à beira de barrancos, ou no leito dos rios, como no Pilar e Capivari, o prefeito sonha investir 250 milhões de reais na demolição do Shopping Center, um movimentado centro comercial que serve de rodoviária improvisada há mais de 30 anos, da mesma forma que é a segunda cidade em volume de comércio exterior, ajudando a equilibrar a balança comercial do País, embora não consiga evitar que meninos cheirem cola sob os pilotis da Biblioteca Municipal Leonel Brizola, em plena Praça do Pacificador. É uma pena que a Fiscalização da Prefeitura, tão presente nos ensaios da Grande Rio, inclusive em cargos de diretoria, ainda não tenha notado essa espécie rara. O mais provável é que a árvore seja “podada” nesta quarta-feira de cinzas. . . . .

● No enredo da Grande Rio, seus autores cometeram um erro histórico imperdoável ao afirmar que a FNM falira. Quem faliu foi a Alfa Romeo, empresa pertencente ao Governo Italiano que fabricava os caminhões montados em Xerém, conforme acordo de licenciamento com a nossa FNM. Por aqui, a estatal foi privatizada e caiu nas mãos da FIAT, que comprara na Itália a falida Alfa Romeo de olho na marca de um dos automóveis mais conhecidos da Europa, de onde era derivado o nosso JK.
● Muito barulhentas em outros tempos, as Associações de Moradores, a começar pelo MUB – a Federação das Associações de Moradores de Duque de Caxias – célula do PT, andam muito caladas nesse novo mandato de Lula. Nem a destruição da antiga Fábrica de Tecidos, no Corte Oito, um marco na industrialização da Baixada Fluminense na década de 40, nem a morte de uma adolescente grávida, depois de percorrer 4 hospitais, fato que resultou na interdição do Centro Cirúrgico e do setor de esterilização da Maternidade de Xerém, foram motivos para que essas ONGs saíssem da atual pasmaceira. Por que?
● A prisão de Genivaldo Ferreira, o Batata, ex-PM e ex-vereador de
Magé, acusado de envolvimento no assassinato do vereador Dejair Corrêa (PDT), ocorrido
no dia 1º de fevereiro, em um bar na Praia de Piedade, em Magé, pode complicar a situação da prefeita Nubia Cozzolino. Outras
três pessoas acusadas de participação no crime já estão presas, entre elas dois
policiais militares, ex-colegas de “Batata”.
● Além do fato do ex-vereador haver sido preso num apartamento da prefeita, num condomínio da Barra da Tijuca, o que pode levar a Polícia a indiciá-la por dar fuga ao acusado, pode levar a Polícia a esclarecer também a morte da vice-prefeita de Magé, Lídia de Almeida Menezes, que era chefe de gabinete da prefeita Narriman Zito e sobrinha do ex-prefeito e agora deputado estadual José Camilo Zito.
● É voz corrente em Magé que a família Cozzolino tinha interesse nos serviços funerários do município, principalmente no Distrito de Piabetá, o mesmo ocorrendo com a família da vice-prefeita. A disputa comercial entre as duas famílias passou para o campo político com a eleição de Narriman Zito, muito influenciada pelo prestígio da sobrinha do seu marido.
● Logo depois de assumir a chefia de gabinete da tia, Lídia de Almeida Menezes começou a traçar novos rumos para a sua carreira política, que incluía a disputa de uma cadeira de deputada federal por Magé.
● Segundo um membro da família, poucos dias antes de ser assassinada, Lídia participara de um encontro político fora de Magé, onde discutiu com alguns assessores a sua estratégia de campanha, quando foi questionada sobre a posição de seu tio, então prefeito de Duque de Caxias, que não escondia a sua contrariedade com os rumos políticos da vice-prefeita.
● Direta e objetiva, Lídia respondeu que, na disputa da prefeitura de Magé, abrira mão de sua candidatura para apoiar Narriman Zito e que, agora, seria a sua vez.
● O envolvimento da atual prefeita de Magé com o ex-vereador Batata e a ligação entre ele e as mortes de diversas pessoas em Magé, inclusive do jornalista Mario Coelho de Almeida, poderá se tornar uma grande pedra no caminho da sua reeleição em 2008
● Um advogado trabalhista garantia nesta terça-feira, numa roda de cafezinho no ‘La Guimarães”, que Lula tem uma solução para zerar o déficit da Previdência: o trabalhador só terá direito à aposentadoria 30 dias depois que vier a falecer. Como Lula se aposentou antes dos 50, pode deitar cátedra sobre aposentadoria ..... dos outros.
● O PT não desiste de promover um plebiscito em favor do terceiro mandato para Lula. E do quarto....do quinto....do sexto...ad infinitum.

Um comentário:

Anônimo disse...

O DESTINO DA FNM

Muito oportuna sua observação e correção.
Os compositores da Escola de Samba Grande Rio não conhecem a história da FNM.
Ela não faliu realmente e,sim, foi desativada pelo Governo.
Na época, a Fiat enviou um executivo Italiano, que tinha a missão de fechar a fabrica. Aliás, segundo consta, esta era sua especialidade, pois já havia desempenhado essas funções na Argentina e Europa.
O maquinário da planta industrial (TODO) foi vendido por QUILO, como ferro velho.
Muita gente de São Paulo ganhou dinheiro comprando e revendendo as peças, numa operação que demorou cinco anos para encerrar. Durante esse tempo, carretas e mais carretas saiam abarrotadas diariamente com A SUCATA.
Alem disso, os funcionários receberam um PDV, e muitos já saíram da empresa aposentados, pois tinham direito ao beneficio,inclusive familiares nossos.
Desculpe-me a pauta extensa .
Um abraço do Feijolli