terça-feira, 13 de novembro de 2007

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

A DESORDEM URBANA
AO LADO DA CÂMARA

Na última terça-feira, dia 6, quando se dirigiu à Câmara para a solenidade comemorativa dos 60 anos de instalação do Legislativo municipal, o prefeito Washington Reis correu o risco de ser atingido pelo desabamento da laje de uma loja, ao lado da Câmara. O local é passagem obrigatória para quem segue da Praça Roberto Silveira em direção ao Legislativo e, apesar da promessa das autoridades de exigirem dos proprietários de imóveis a conservação das marquises, a laje da loja em questão está se desmanchando. Com a chegada de uma nova frente fria, o perigo vai aumentar nos próximos dias.(foto: Beto Dias)



LULA QUER A VOLTA DO “ESTADO NOVO”
As articulações do Palácio do Planalto para a formação de uma chapa SP-MG para a sucessão de 2010 passarão, obrigatoriamente, pela união entre políticos de São Paulo e Minas Gerais, restabelecendo, em pleno Século XXI, a política “Café com Leite” que perdurava no início do Século XX, isto é, o Poder ficava nas mãos de representantes da aristocracia paulista, grande produtora de café, associados à oligarquia mineira, grande produtora de leite, que desembocou na chamada Revolução de 30, movimento deflagrado a 3 de outubro de 1930, que retirou do poder o Presidente Washington Luis, substituído, no dia 3 de novembro de 1930, por uma junta governativa chefiada por Getúlio Vargas. Não é, portanto, por mera deferência que Lula insiste em que o governador Aécio Neves seja candidato am 2010, pelo PMDB, numa chapa com um candidato paulista vinculado ao PT. Não foi à toa que Lula foi buscar num industrial mineiro, José Alencar, que hoje importa tecidos da China para vender ao Exército, para seu companheiro de chapa.
Em 2010, Lula quer um paulista (ninguém melhor do que o próprio Lula, para representar S. Paulo – ele pensa com seus botões) em parceria com Aécio Neves. A famosa cena dos cavalos dos revolucionários gaúchos, amarrados no obelisco, um marco que havia no final da Av. Central, mais tarde rebatizada como Rio Branco, próximo ao Palácio Monroe, sede do Senado quando o Rio era a Capital da República, foi transformada em símbolo do getulismo. E os obeliscos se multiplicaram pelo País, resistindo ao tempo e às mudanças da política brasileira. Um deles, porém, acabou esquecido em meio ao matagal que domina os fundos de um Ciep, próximo ao lixão do Jardim Gramacho. O marco foi construído pela Cia. Imobiliária Gramacho que, à sombra do “Estado Novo”, promoveu diversos loteamentos em Duque de Caxias, como Olavo Bilac, Gramacho e Jardim Gramacho. Um dos donos da empresa era nada menos do que o Sr. Plutarco Vargas, irmão de Getúlio.
O atual emparedamento do “Obelisco” foi determinado por outro gaúcho de renome, Leonel Brizola, que pretendia ser o herdeiro político Vargas, homem que, agindo de forma intuitiva, conseguiu se manter no Poder por 15 anos, resistindo ao sopro dos ventos da Democracia, sentimento que impulsionou os estudantes a pressionarem o Governo a declarar guerra à Alemanha de Hitler, embora o ditador brasileiro não escondesse a sua admiração pelo fascismo de Benito Mussolini, cuja “Carta Del Lavoro” serviu de modelo para a Consolidação das Leis do Trabalho, até hoje em vigor no Brasil.
Durante o “Estado Novo” o poder estava concentrado nas mãos do Presidente, que nomeava interventores nos Estado com a mesma ligeireza usada na nomeação de servidores para os diversos órgãos da administração. Não foi por outro motivo que, adiantando-se à pressão popular pela emancipação do 8º Distrito de Iguaçu, Getúlio Vargas autorizou seu genro, o comandante Ernani do Amaral Peixoto, interventor na Província do Estado do Rio de Janeiro, a baixar o decreto-lei que, em 31 de dezembro de 1943, criou o município que, em pouco mais de 60 anos, iria se tornar o 2º PIB do atual Estado do Rio, só superado pela Capital.

• Já está no Tribunal de Contas do Estado para avaliação o processo de licitação das obras do PAC de Caxias, orçadas inicialmente em R$ 300 milhões. Washington Reis deve acompanhar, de lupa, a licitação, pois as obras envolvendo a Favela do Lixão desde o início estão envoltas em controversia.
• O projeto original, feito por uma Universidade pública do Estado do Rio, a pedido de D. Mauro Morelli, foi recusado no Governo FHC, pois o Ministério do Planejamento entendeu que o valor das obras, estimadas em R$ 25 milhões, era muito elevado, considerando o custo/benefício.
• Zito entrou no circuito e, num primeiro passo, baixou o custo para R$ 16 milhões, que Brasília recusou. Refeitos os cálculos, o custo baixou para R$ 8 milhões. Nessas idas e vindas, o Governo Marcello Alencar chegou ao fim e as obras não começaram. Para contornar a irritação de Zito, Marcello Alencar assinou um decreto, transferindo para a Prefeitura a fiscalização das obras.
• Ao assumir o cargo, Anthony Garotinho transferiu o projeto e o dinheiro, que estava na CEF, para a recém-criada Secretaria de Recursos Hídricos, chefiada por Alexandre Cardoso, que disputara e perdera a eleição para prefeito. A primeira medida do hoje Secretário de Ciência e Tecnologia foi revogar o decreto, tirando a Prefeitura da fiscalização das obas.
• O próximo passo foi refazer o projeto da Favela do Lixão, que saltou para R$ 16 milhões. Entregue posteriormente a uma construtora desconhecida, a Gautama, Garotinho acabou pagando R$ 41,6 milhões pelas obras que Zito calculara em apenas R$ 8 milhões. O processo, agora, está sob o crivo do Tribunal de Contas da União, que exige explicações do Governo do Estado sobre o excesso de pagamento e a falta de fiscalização.
• Do que seria um projeto de urbanização da favela, só restou uma lagoa de esgotos, a céu aberto, no entroncamento da Av. Presidente Kennedy com a Linha Vermelha, batizada pelo povo de “Pinicão do Garotinho”, numa referência jocosa ao piscinão de Ramos.
• Esse é o resumo das trapalhadas em torno do projeto de D. Mauro Morelli, Bispo Emérito de Duque de Caxias, que pretendia dar aos moradores da antiga Favela do Lixão condições mais humanas de vida.
• Pelo menos cinco mil pessoas participaram, sábado, do movimento “Essa é a Hora”, uma mobilização pela paz, pela via e por uma sociedade melhor, que teve início em frente ao terminal rodoviário Plínio Casado, terminando com um grande show em frente ao Centro Cultural Oscar Niemayer, na Praça do Pacificador. Entre os organizadores estavam professores, comerciantes, estudantes, pastores de diversas denominações e profissionais liberais. Segundo seus organizadores, o objetivo principal do evento foi mostrar à
população que essa é a hora: hora de viver a verdadeira alegria.
• A Assembléia Legislativa está às voltas, novamente, com uma discussão bizantina: se o Estado deve, ou não, contratar professores de religião. No Governo de Rosinha Matheus, por esperteza política, ao invés de incluir o estudo das religiões (já que o Brasil é um Estado Laico), os deputados preferiram partilhar as salas de aula com diversas seitas e religiões, o que obrigaria o Estado a contratar professores de toda e qualquer crença que tivesse mesmo que apenas um seguidor na sala de aula.
• Na regulamentação da lei, a governadora decidiu que a indicação do professor, ao invés de concurso público como exige a Constituição Federal, ficaria a cargo do dirigente de cada seita, fosse pastor, padre, chefe de terreiro, yalorixá ou coisa parecida. No caso do professor romper com o líder da sua seita, ele seria pura e simplesmente demitido.
• Para o presidente da Comissão de Educação da Alerj, deputado Conte Bittencourt (PPS), “a maioria dos membros da comissão entende que o estudo religioso deve ser facultativo. A partir do momento em que o estado contrata professores de religião, precisamos discutir a orientação da escola, se ela deve ser religiosa ou laica”, afirmou.

Um comentário:

Hernesto Franco disse...

Pesquisando para saber sobre o olbelisco no CIEP em Jd. Gramacho, achei sua matéria que fala sobre o assunto. Porém nao me informa em qual ano no períudo Vargas esse obelisco foi construído .
Se tiver essa informaçao me passe por favor?
Meu email, hernestofguiario@hotmail.com

Hernesto Franco
Guia de turismo RJ.