sexta-feira, 30 de novembro de 2007

BAIXADA URGENTE

PARABÉNS P’RÁ CEDAEOs donos de carros-pipas continuam fazendo a festa em Caxias
Enquanto os moradores de Jardim Primavera ganharam água encanada nos anos 50, os fundadores da Vila Meriti só conseguiram água encanada em 1960. Hoje, 47 anos depois do gesto heróico de Roberto Silveira, ao garantir que “Duque de Caxias não passará outro 25 de agosto sem água”, Duque de Caxias volta a depender da velha água de poço. Há 30 dias, os moradores dos bairros Paulicéia, Vila Operaria e 25 de Agosto, que cercam os dois reservatórios construídos por Marcello Alencar e Garotinho, continuam a depender de carros—pipas, cujos donos cobram entre R$ 90 e 120 por viagem, a título de “frete”. Um grupo está propenso a fundar o MAS – Movimento dos Sem Água e “bater lata” na porta do Palácio Guanabara. Na próxima semana, eles deverão se reunir na Praça João Lazaroni, ao lado dos reservatórios da Cedae, para comemorar os 30 dias sem água e sem explicação da empresa para tão prolongada seca. Mas as contas continuam chegando pelos Correios. . .

FOLIAS DE REiS ABREM
OS FESTEJOS DE NATAL

As Folias de Reis, contando com apoio da Secretaria de Cultura, abrem neste sábado, dia 1º, as festividades de Natal, que este ano promete. No próximo fim de semana, o Teatro Raul Cortez apresenta a ópera “O Cientista”, que conta a saga de Oswaldo Cruz e as medidas duras por ele adotadas contra as epidemias no Rio de Janeiro.
Segundo Eduardo Álvares, diretor do espetáculo, a ópera não faz um relato autobiográfico de Oswaldo Cruz e abdica da idéia do tempo. “Procuramos retratar a figura humana riquíssima que ele era, com uma ligação profunda com sua mulher, mas ao mesmo tempo com várias amantes; o que é um campo fértil para ser usado pelo lado fantasioso”.
“Ele vai aparecer como homem de família, como homem mundano e como cientista, que se imola por causa do ideal de sua vida. Vamos falar de amor bandido - não existe ópera sem conflito amoroso. Queremos mostrar a participação fundamental de Oswaldo Cruz na saúde pública brasileira, sem montar hipóteses do contexto social da época. A história de “O Cientista” não mostra a morte de Oswaldo Cruz. “Ele desaparece, como Isolda. É um símbolo iluminado”, explica.
POR QUÊ O TSE TEM TANTO
MEDO DO VOTO IMPRESSO
?

Mais uma vez, os membros do Tribunal Superiro Eleitoral reagem com mau humor diante da possibilidade do Congresso aprovar a obrigatoriedade do voto impresso, mesmo com a votação pelo sistema eletrônico. Pela proposta em discussão numa das Comissões da Câmara, no momento em que o eleitor digitar o “Confirma”, uma impressora, acoplada ao terminal de votação, imprimirá um voto, que será automaticamente depositado numa urna, também acoplada ao terminal. Esse voto impresso só seria considerado no caso de haver impugnação da urna. Hoje, sem a impressão voto-a-voto, é impossível pedir a recontagem de votos, pois o voto é um dado criptografado, que fica retido na máquina. Desde a sua implantação, a votação por meio eletrônico vem encontrando resistência de figuras de destaque não só na vida política, mas também na área acadêmica, não faltando quem questione a segurança do sistema, quando a Inglaterra acaba de anunciar que foram perdidos os dados de 25 milhões de ingleses. Aqui mesmo, no Governo Moacyr do Carmo, durante a transferência do Centro de Informática do Parque Duque para Jardim Primavera, foram perdidos os registros do Cadastro de Imóveis, base de cálculo fundamental para a cobrança do IPTU, a principal receita do Município depois do ICMS. Não podemos esquecer, também, o escândalo da “Proconsult”, empresa contratada na década de 80 pelo TRE/RJ para apurar as eleições no Estado do Rio, fato denunciado pelo engenheiro Leonel Brizola. A perícia constatou que, no programa de apuração, foi inoculado um “Fator Delta”, que determinava a transformação de votos dos candidatos do PDT em votos brancos. E a ação dos "hackers” que desviam dinheiro de contas bancárias é uma prova de que o sistema eletrônico, mesmo com tantas empresas produzindo antivírus, não é 100% confiável. A desculpa de alguns ministros de que a impressão do voto vai atrasar a votação é inaceitável, pois, pelo sistema do voto-papel, a apuração durava até 15 dias, paralisando a Justiça e a vida política o País até que a última urna fosse contada. A proposta em discussão na Câmara não desvirtua o objetivo da celeridade do processo eleitoral, além de dar mais um instrumento de combate às fraudes. Afinal, um pequeno naco do Poder é o objeto de desejo de 10 entre cada 10 candidatos, mesmo que seja apenas para o cargo de Juiz de Paz, isto é, só celebra casamentos. Imagine-se se, além do cargo, o candidato puder dispor de espaço no “Diário Oficial” para publicar nomeações de parentes e amigos?
• A Unigranrio, ex-AFE, encerra nesta sexta-feira (30) a exposição “Êxodos”, que reúne 60 trabalhos do premiado fotógrafo Sebastião Salgado, que retrata a vida como ela é nos quatro cantos do Mundo. A mostra pode ser vista no campus da Rua José de Souza Herdy, no 25 de Agosto, pertinho da Praça Roberto Silveira.
• A Petrobrás insiste em negar nova crise do GNV, mas acaba tropeçando nas próprias palavras ao esclarecei que há gás suficiente para cumprir os contratos firmados até agora com as distribuidoras, isto é, o gás está racionado na fonte para garantir as termelétricas.
• Aliás, a história do GNV remonta a décadas passadas, quando o Governo resolveu incentivar as indústrias a usarem o gás natural de Campos, que continua sendo queimado nas plataformas, em lugar da eletricidade e do óleo combustível. Os “pelegos", que já ocupavam postos de comando na empresa, eram contra a "privatização” da distribuição do gás, mesmo que essa “privatização” fosse feita em favor da CEG, uma empresa controlada pelo Governo do Estado do Rio..
• Para “contornar” o problema, o governo optou por criar uma segunda empresa, a CEG Rio, que ficou encarregada de fornecer o gás natural para as grandes empresas. Assim, a CEG montou a sua central em S. Bento, a poucos metros da REDUC, de onde passou a enviar o produto para diversas empresas da Baixada. A Bayer foi uma das primeiras a utilizarem o novo combustível em seus fornos.
• Com a privatização da CEG e da CEG Rio, os “pelegos’ da Petrobrás resolveram “endurecer”, partindo para o racionamento do GNV, que resultou no “apagão do gás” em outubro, obrigando o governador Sérgio Cabral, tão solícito e subserviente a Lula, a ingressar na Justiça para obrigar a Petrobrás a restabelecer o fornecimento às distribuidoras do Estado.
• Quando a diretora de gás da estatal, Graça Foster, diz que a empresa tem condições de atender ao volume de gás contrato pelas distribuidoras e aos despachos previstos no termo de ajustamento de conduta assinado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a geração de energia elétrica em caso da necessidade de despacho das usinas térmicas, ela apenas confirma que haverá racionamento na hora em que forem religadas as termelétricas, que eram privadas mas foram compradas pela Petrobrás por pressão os “pelegos’”.
• "Para o que temos de compromisso, o que há de contratos em vigor, há gás suficiente.O que não podemos é fornecer, eventualmente, acima do que está nos contratos”. Esse foi o discurso de Graça Foster na cerimônia em que o Governo do Estado entregou a licença para o fundeamento, no interior da Baia da Guanabara, de um navio-tanque, adaptado para a transformação de GLP em GNV.

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