quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

BAIXADA URGENTE

A REVOLTA DA VACINA E A
SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL


Um ano depois de estrear no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a ópera “O Cientista”, que aborda a “Guerra da Vacina”, volta a cena, desta vez no palco do Teatro Municipal Raul Cortez, na Praça do Pacificador, onde será apresenta neste fim de semana. A primeira récita, nesta sexta-feira, dia 7, às 20:00 horas, será para convidados. A temporada continua neste fim de semana com duas récitas, no sábado, às 20:00, e domingo, às 19:00 horas,. com entrada franca. As senhas para os 430 privilegiados de cada récita popular serão distribuídos a parir das 16 horas. Com libreto do poeta Bernardo Vilhena – que leu mais de 600 correspondências do sanitarista e textos do Senado Federal, pesquisou em jornais da época e teve consultoria da Fundação Oswaldo Cruz – e música composta pelo maestro Silvio Barbato, “O cientista” conta a história do sanitarista Oswaldo Cruz nos primeiros anos do século 20 no Rio de Janeiro e de sua importância para a saúde pública brasileira. Oswaldo Cruz e o prefeito do Rio Pereira Passos implementaram mudanças importantes para remodelar a cidade e acabar com as doenças que matavam milhares de moradores, como a peste bubônica (transmitida pelos ratos de quatro pernas), a febre amarela e a varíola, situação que ainda perdura nas principais cidades do País. O momento não poderia ser mais oportuno para a apresentação dessa obra, pois, enquanto hospitais fecham emergências diante do ataque de bactérias de grande poder letal, parturientes morrem nas filas por falta de médicos e pessoal de apoio, o governo federal insiste em fazer chantagem com a população, ameaçando suspender projetos eleitoreiros como o Bolsa Família, se a CPMF, que rende cerca de R$ 40 bilhões por ano, não for aprovada pelo Senado, quando poderia economizar o nosso dinheiro ao combater, com seiredade, o desperdício e o desvio de recursos do SUS, como no caso das ambulâncias superfaturadas e dos hospitais construídos em diversas cidades, mas que continuam sem atender ao público. (Foto; Divulgaçâo/PMDC)

• O grande elenco de “O Cientista” inclui o barítono Sebastião Teixeira, que interpreta o papel de Oswaldo Cruz, e Carol Macdavit, o de sua esposa, Emilia. Os solistas serão acompanhados pela Orquestra e Coro Lírico do Rio de Janeiro (uma seleção de músicos de várias orquestras do estado do Rio). O elenco conta ainda com atores e capoeiristas
• Segundo Eduardo Álvares, diretor do espetáculo, a ópera não faz um relato autobiográfico de Oswaldo Cruz e abdica da idéia do tempo. “Procuramos retratar a figura humana riquíssima com uma ligação profunda com sua mulher, mas, ao mesmo tempo, com várias amantes, o que é um campo fértil para ser usado pelo lado fantasioso. O sanitarista vai aparecer como homem de família, como homem mundano e como cientista, que se imola por causa do ideal de sua vida. Vamos falar de amor bandido – não existe ópera sem conflito amoroso. Queremos mostrar a participação fundamental de Oswaldo Cruz na saúde pública brasileira, sem montar hipóteses do contexto social da época”.
• Na cena em que é lembrada a revolta das vacinas, um grupo de capoeiristas aparece em cena. “Era a última resistência daquela revolta feita por um grupo de capoeiristas no Morro da Providência, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, quando aparece o exército para dizimá-los. É uma cena muito forte”, diz Eduardo Álvares. O cenário, de Marcelo Dantas, é um dos destaques da ópera. Virtual, simples – todo em preto e branco – às vezes abstrato.
• Para compor a música de “O Cientista”, Silvio Barbato usou uma linguagem leve, conectada com a ópera tradicional. “Busquei a música que escuto nas ruas, não tenho interesse na vanguarda. Essa ópera é a exteriorização da minha linguagem musical, tendo como modelos Cláudio Santoro, meu grande mestre, Villa Lobos, Carlos Gomes e Tom Jobim”, explica o maestro
• A filha de Chico Mendes – Elenira Mendes, de 23 anos – roubou, literalmente, a cena na inauguração, terça-feira (04) da “Mostra Chico Mendes”, na Casa Brasil, um centro comunitário de inclusão digital e social que funciona no distrito de Imbariê, e ficará aberta à visitação até o final de janeiro. A iniciativa é da Secretaria de Cultura de Duque de Caxias.
• Compõem o acervo da “Mostra Chico Mendes” verdadeiras preciosidades, inclusive 28 fotos tiradas pelo jornalista Olavo Rufino, que documentou a vida de Chico Mendes e os momentos emocionantes de seu enterro e também do julgamento dos assassinos. Além disso, há 32 quadros de Gervásio Teixeira, 5 esculturas de troncos sangrando de Mário Borriello e textos da Secretária de Cultura do Município, Dalva Lazaroni
• A jovem acreana diz que, durante quase 20 anos, enfrentou uma dolorosa resistência em abraçar a causa ambientalista, revelando que o irmão mais novo, Sandino, com 21 anos, faz trabalhos de inclusão social na floresta, mas sem estabelecer maiores vínculos com a figura do pai, porque ainda não conseguiu superar o trauma da infância.
• Em seu discurso, Elenira lembra que, um dia, “deparei com uma dedicatória de meu pai, escrita atrás de uma fotografia nossa, tirada quando ele me entregou uma bandeira, dizendo assim: Elenira, és a vanguarda da esperança e um dia darás voz à luta que seu pai não poderá terminar" – contou em Duque de Caxias a jovem ambientalista.
• Depois do lançamento em Duque de Caxias, a "Mostra Chico Mendes" vai viajar para a cidade de Xapuri, no Acre, onde será montada na sede da Fundação e Instituto Chico Mendes, que Elenira mantém funcionando ativamente, ao lado do marido e da filha de 3 anos. Depois da viagem ao Acre, a exposição vai ser instalada nas 90 Casas Brasil, que estão em funcionamento em diversos Estados
• Pérolas do ENEM: Os Índios sacrificavam os filhos que nasciam mortos matando todos
assim
que nasciam.
• A CPI da Alerj que investiga denúncias de irregularidades nos medidores da Ampla vai acionar os Ministérios Públicos Federal (MPF) e Estadual (MPE) para que intervenham a fim de reverter a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de prorrogar, por mais 120 dias, a instalação dos chips de medição eletrônica da concessionária no Estado do Rio..
• Segundo o presidente da comissão, deputado Marco Figueiredo (PSC), a atitude mostra, mais uma vez, a cumplicidade da agência com a Ampla. “Além disso, vamos apresentar uma moção de repúdio à Aneel, junto ao relatório final, que tentaremos aprovar no plenário por todos os deputados através de votação. Não é possível que, com todo o esforço da comissão e também do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), que instalou mais de mil medidores de comparação, a agência divulgue uma decisão como essa”, lamentou.
• O pedido de ajuda aos MPs para desautorizar a decisão da Aneel foi divulgada ontem (05/12), durante reunião da CPI, no Palácio Tiradentes, para ouvir o pesquisador Roberto Pereira Caldas, do Centro de Pesquisas em Energia Elétrica (Cepel).
• Segundo Caldas, convidado para explicar a responsabilidade do Cepel em relação aos medidores eletrônicos, a participação do órgão está na elaboração do sistema de medição centralizada. “Pegamos uma tecnologia já existente e embutimos inteligência nela com a finalidade de racionalizar o custo para os consumidores menores. Assim, instalando vários medidores numa mesma caixa, utilizando partes comuns, o custo foi bem reduzido”, explicou o pesquisador
• Ele afirmou ainda que a idéia gerada pelo centro foi patenteada em 1992. De acordo com a declaração de Caldas, o protótipo teria passado por uma fase de demonstração três anos após a patente, para viabilizar sua utilização – o que contou com a ajuda da Light, que teria testado sua aplicação. Quando questionado sobre a necessidade de acompanhar a instalação dos medidores, o representante do Cepel ressaltou que não havia necessidade, visto que a medição eletrônica no Brasil já existe há mais de 10 anos. “Só acompanhamos quando há necessidade, mas, se o Cepel puder colaborar com o aperfeiçoamento desses equipamentos, isso será feito”, afirmou.
• Para o relator da CPI, deputado Paulo Ramos (PDT), o Cepel não estaria isento de responsabilidade, já que foi o idealizador do projeto. “Eles vêem com dados técnicos, como todo técnico utiliza, mas não trazem a situação para a vida. Vários consumidores estão sendo lesados e eles deveriam estar, inclusive, acompanhando a instalação desses equipamentos”, destacou.
• O pesquisador defendeu o Cepel dizendo que a responsabilidade do centro restringe-se à elaboração do sistema de medição e que qualquer resposta pela utilização desse sistema deve ser dada pelos fabricantes dos aparelhos. “Realizamos o conceito do qual possuímos a patente e recebemos os royalties que são destinados às pesquisas. Porém, os responsáveis pela produção são os fabricantes”, apontou. Caldas lembrou ainda que qualquer mudança de tecnologia deve ser acompanhada e que a possibilidade de erro nos medidores eletrônicos são muito menores do que nos convencionais.
• Para a próxima reunião da CPI, no dia 12 de dezembro, às 11h, na sala 311 do Palácio Tiradentes, a comissão irá re-convocar Débora Brasil, advogada da Ampla, e convidar um representante da Light para os depoimentos. Segundo o relator Paulo Ramos, que sugeriu o convite à Light, é preciso saber o motivo da concessionária, a primeira a testar o equipamento junto ao Cepel, não o utilizar mais tarde.
• Nesta sexta-feira (07/12), às 17h, a CPI vai à Câmara Municipal de Magé, na Baixada Fluminense, em mais uma audiência itinerante, para ouvir as reclamações da população em relação às medições da Ampla.

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