segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

MEC USA PRÓ-UNI PARA FINANCIAR
FACULDADES DE TERCEIRA CLASSE

De um total de 96 cursos superiores de instituições particulares que obtiveram nota um – a mais baixa possível – no último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), 67% deles estão credenciados pelo Ministério da Educação para oferecer bolsas de estudo a alunos de baixa renda no Programa Universidade para Todos (ProUni). É o que aponta levantamento feito pela Agência Brasil. Da lista dos 127 cursos com nota 1 foram excluídas 31 universidades públicas que, por sua natureza, não fazem parte do programa.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), o problema acontece porque, de acordo com a lei do ProUni, a instituição só pode ser descredenciada após dois resultados ruins no Enade. Mas como cada área é avaliada de três em três anos, há a possibilidade de os cursos mal avaliados receberam alunos pelo ProUni durante esse período.
Para o professor da Universidade de São Paulo (USP) Romualdo Oliveira, especialista em ensino superior, a lei que regula o programa é falha por não apresentar nenhuma exigência de desempenho mínimo dos cursos credenciados. Em troca da oferta de bolsas integrais e parciais, as instituições privadas de ensino recebem incentivos fiscais por parte do governo. Romualdo defende que o acesso a cursos de má qualidade, por meio do ProUni, pode prejudicar o futuro dos bolsistas.
“É uma contradição porque o governo está financiando cursos de baixa qualidade, o que provavelmente vai resultar em uma exclusão do aluno no futuro em termos de mercado. Você protela o desemprego”, avalia.
Na opinião do professor Oliveira, sem uma cláusula de barreira para garantir a qualidade do ensino oferecido aos alunos, o programa “vende gato por lebre”. “Eu tenho uma crítica ao próprio programa, não acho que seja uma alternativa de viabilização de acesso ao ensino superior justamente porque subsidia cursos de má qualidade. Seria mais eficiente usar esses recursos para a expansão do ensino superior público, porque nesse há garantia de uma boa educação”, defende.

PETRÓLEO CAI MAS PETROBRAS
SEGURA O PREÇO DA GASOLINA

O presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli (foto), afastou nesta segunda-feira (22) a possibilidade de queda no preço da gasolina no mercado interno em curto prazo, por causa da queda no preço do barril do petróleo no mercado externo, como chegou a ser cogitado em alguns setores do governo.
Segundo Gabrielli a política da empresa é a mesma de seis anos atrás de não repassar para o mercado interno as oscilações do preço do barril de petróleo no mercado externo.
“Nossa resposta a essa pergunta é a mesma de seis anos atrás: O Copom [Comitê de Política Monetária] já disse que nós não falamos de juros, e o que se espera é o que o Banco Central também não fale sobre o preço da gasolina”, afirmou Gabrielli, referindo-se à ata da última reunião Copom, que previu retração no preço da gasolina no próximo ano.
O presidente da Petrobrás explicou que, nos últimos seis anos, a empresa procurou manter uma relação dos preços interno e externo do barril do petróleo no longo prazo. “Não passamos no curto prazo as variações [oscilações] de curto prazo para o mercado brasileiro. Há seis anos, dizemos a mesma coisa.”
Gabrielli lembrou que, quando o petróleo foi a US$ 140 o barril, a Petrobrás, da mesma forma, não alterou o preço no Brasil. Segundo ele, é essa incerteza quanto ao mercado futuro do petróleo e dos derivados que leva a empresa a manter sua posição. “Não temos clareza de quanto será o preço da gasolina no mercado externo daqui a seis meses e não sabemos qual será a taxa de câmbio. Então, precisamos observar um pouco mais para ajustar o preço de longo prazo no Brasil.”



RÁPIDAS


• Os servidores da Câmara de Duque de Caxias vão passar o pior Natal dos últimos anos. Isto por conta dos desatinos da Mesa Diretora, que não reservou os recursos necessários para o pagamento do salário de dezembro. • Ao contrário dos seus colegas da Prefeitura, que têm um calendário e recebem nos cinco primeiros dias do mês seguinte, os servidores do Legislativo recebem os salários dentro mês trabalhado, geralmente por volta do dia 15. Semana passada, quem esperava o pagamento para finalizar os preparativos para a ceia de Natal levou um susto ao descobrir que o salário de dezembro só deverá sair em janeiro. O calote não afetou os edis, é claro, que recebem seus subsídios na primeira semana do mês.
• O sistema de Saúde do Município está sendo sucateado e desativado. D
epois do fechamento do Hospital Duque de Caxias e da redução de leitos na UPA 24 Horas do Parque Lafaiete, inaugurado por Sérgio Cabral para inflar a campanha do atual prefeito, agora é o Posto de Saúde de Xerém que está parcialmente desativado.
• Embora devesse funcionar 24 horas por dia, o posto, que atende os moradores das vilas operárias da extinta FNM, só funciona durante o dia e de forma precária. Além de falta de medicamentos, o posto está há mais de três meses com o telefone cortado por falta de pagamento. Se um paciente precisar ser removido para um hospital, não há ambulância, nem telefone para acionar o SAMU.
• Carros, motos, residências, mercados e pequenos comércios, postos de gasolina sempre foram alvos da bandidagem que se instalou em Xerém,mas na última sexta feira (19) a ousadia foi maior. Atacaram a Agencia dos Correios que existe desde os tempos da antiga FNM e também opera como correspondente bancário, Os bandidos usaram o mesmo "modusperandi": montados em motos.
• O resultado dessa ousadia é que a agência fechou na sexta e não operou nesta segundo, prejudicando os moradores de Xerém. Como sempre, o caso foi registrado na Delegacia local e nada será apurado, por falta de meios e de vontade política do Governo em combater a bandidagem.
• Cerca de 95 mil postos de trabalho foram fechados nas seis principais regiões metropolitanas do país em novembro, na comparação com o mês anterior, contrariando a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
• Segundo o gerente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto, Cimar Azeredo, ao passar de 7,5% para 7,6%, a taxa de desemprego apresenta pela primeira vez entre outubro e novembro uma tendência de redução no número de postos de trabalho, mesmo sendo este um período do ano de aumento dos contratos temporários.
• Em outubro, o sorridente ministro do Trabalho, Carlos Lupi, distribuía fotos com gráficos, garantindo que a crise mundial não chegaria ao Brasil, a não ser em forma de uma marolinha. Com o tombo de gigantes como GM, Ford, Toyoita, Vale e Sadia, dá para acreditar em Mantega e Cia.?
• Segundo deixou escapar um conhecido freqüentador de copa e cozinha de uma conhecida mansão do “Vale dos Reis”, em Xerém, a maior frustração do prefeito Washington Reis não foi a derrota no primeiro turno para Zito, embora o IBOPE garantisse que ele iria para o segundo turno.
• O desespero bateu mesmo foi quando o prefeito descobriu que um milionário projeto imobiliário que iria surgir na Fazenda Penha Caixão, ao lado da “Transamapá”, foi tragado pela crise financeira internacional.
• O projeto do “Alphaville do Amapá”, o mega-projeto imaginado pelo megalômano prefeito-construtor, foi a pique porque os grandes investidores perderam milhões no “subprime” do mercado imobiliário americano. Só um fundo de empresas e empresários brasileiros, administrado por um banco inglês, perdeu cerca de 2 bilhões de dólares.
• Se emplacar mesmo a Secretaria de Esporte e Lazer, Washington Reis terá de se desdobrar para arranjar um estádio para o Duque de Caxias e o Tigres, ambos de Xerém, disputarem o campeonato carioca de 2009. Afinal, quem iria ao Caio Martins ver um Duque de Caxias-Vasco da Gama, mesmo em ônibus com ar refrigerado prometido pelo vascaíno governador?
• O “Marrentão”, construído pelo DER a pedido do prefeito, só comporta quatro mil pagantes e está cedido ao INMETRO, pois ali também funciona a primeira Faculdade de Tecnologia do Rio de Janeiro.

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