domingo, 21 de dezembro de 2008

BAIXADA URGENTE - ESPECIAL

JUIZ ELOGIA RESPEITO
DE ZITO PELA JUSTIÇA


No discurso de abertura da sessão da Justiça Eleitoral em que foram diplomados os candidatos eleitos em outubro, o Juiz da 194ª Zona Eleitoral de Duque de Caxias, Paulo Roberto Campos Fragoso, além de fazer referências à Ditadura, quando seu pai foi perseguido pelo regime de 64, também revelou os bastidores das últimas eleições. Sem citar nomes, o Dr. Paulo Roberto Fragoso disse que às vésperas das eleições recebera informações sobre a existência de uma grande esquema de “boca de urna”, envolvendo milhares de pessoas, que iria funcionar no dia 5 de outubro.
Por precaução, o juiz decidiu convidar os candidatos melhor posicionados nas pesquisas (Zito e W. Reis) para um encontro, do qual participou um representante do Ministério Público Eleitoral, mas ao qual apenas um (Zito) compareceu. O Juiz da 164ª relatou a sua preocupação com a quebra do sistema de sigilo dos votos e da violação do Código Eleitoral, que proíbe a “boca de urna”. Para evitar constrangimentos futuros e até cassação de registro de candidatos, o Dr. Paulo Roberto Fragoso propôs a assinatura de um TAC – Termo de Ajuste de Conduta –pelos candidatos. Presente, Zito assinou sem tergiversar. O Dr. Paulo Roberto Fragoso aguardou até tarde da noite que Washington Reis aparecesse no Cartório, para tomar conhecimento do teor da reunião e assinar no TAC. Como anunciara, no domingo pela manhã, fiscais do TRE, Policiais Militares e Federais iniciaram uma varredura nas imediações das mais concorridas seções eleitorais do centro da cidade. Em pouco tempo, 100 eleitores foram detidos e levados para o porão da 59ª DP/Caxias, reservado para funcionar como Cartório para a lavratura dos flagrantes e acautelamento dos presos. Depois de registrar o comportamento de Zito, como prova de amadurecimento da democracia no País, o Dr. Paulo Roberto sacou abriu envelope que estava sobre a mesa, de onde sacou um documento, que logo passou às mãos do prefeito eleito. Era o TAC que Zito assinara se comprometendo a não lançar mão de “bocas de urnas” nas eleições.

O ex-governador Marcello Alencar fez questão de prestigiar a diplomação de Zito comandada pelo Juiz Paulo Roberto Fragoso (Foto: A.Lobo)

O “LIXÃO” DE J. GRAMACHO
SÓ ACABARÁ EM DEZ ANOS

Apesar das promessas do Governo do Estado de encerrar o lixão do Jardim Gramacho neste final de ano, a promessa for reformulada e a Secretária de Ambiente, Marilene Ramos, anunciou na ultima quarta-feira (17) que precisará de mais dez anos para desativar aquele lixão, que recebe cerca de 9 mil toneladas de lixo por dia e que pode afundar na Baía de Guanabara a qualquer momento. Na cerimônia, a Secretaria de Meio Ambiente do Estado assinou convênios com o BNDES e a Petrobrás para pesquisas sobre a disposição de resíduos industriais na Baía de Guanabara, principalmente os produzidos pela Reduc. Em seu discurso, Marilene Ramos anunciou que a desativação do lixão do Jardim Gramacho começará em 2009, mas levará pelo menos 10 anos até ser concluído. Para isso, serão assinados convênios com as Prefeituras de Mesquita e Nova Iguaçu para a implantação de aterros sanitários naqueles municípios.
“Nossa meta é no ano que vem (2009) fechar J. Gramacho e hoje demos o primeiro passo. O município de Mesquita já conta com recursos para, a partir do próximo ano, não dispor mais seu lixo no aterro de Gramacho – afirmou a secretária, que também explicou que as prefeituras de Mesquita e Nova Iguaçu vão assinar um convênio para que o lixo do primeiro município seja, a partir de 2009, despejado no aterro sanitário do segundo. Apesar dos prazos para implantação e resultados dos programas estarem estimados em 10 anos, Marilene Ramos garantiu que, a partir dos esforços das prefeituras, o período poderá ser menor.

RÁPIDAS

· O Prefeito Washington Reis decretou ponto facultativo nos órgãos de Duque de Caxias no dias 24, 26 e 31 de dezembro, datas comemorativas ao Natal e Ano Novo. Os servidores das áreas de saúde, segurança e limpeza estão excluídos do decreto, tendo seus horários regulados pelas respectivas secretarias.
· Zito não gostou nem um pouco ao saber que um dos estrangeiros convidados para o Secretariado chegou atrasado à diplomação porque preferiu realizar, na manhã de quinta-feira, uma reunião com seus futuros auxiliares em uma sala próxima alguns metros.
· Além disso, o tal estrangeiro levou a tiracolo, para conversar com o futuro prefeito, um candidato a Subsecretário, uma heresia em seu tratando do Governo Zito.
· Aliás, ninguém entendeu quando Zito anunciou a presença, no Teatro Raul Cortez, do delegado Zaqueu Teixeira, apresentado ao distinto público como o futuro responsável pela segurança no município. Mesmo depois do ex-Chefe de Polícia Civil no Governo Benedita da Silva ter recusado o convite para ocupar a Secretaria de Segurança Municipal, pois Zito não aceitara que o delegado formasse sua própria equipe.
· A Suderj informa: Sai o anunciado Ismael França (Obras) e entra Rodolfo Ünger, atual Secretário de Urbanismo, que permanecerá no primeiro escalão do Governo Zito. Esse era o papo das principais rodas na Praça do Pacificador depois da diplomação de Zito, quinta-feira. Ninguém sabia explicar o motivo para a mudança, pois ambos são engenheiros de carreira da Prefeitura.
· O vereador Samuquinha, candidato à presidência da Câmara no dia1º, pisou feio na bola em seu discurso ao revelar um segredo guardado a sete chaves pelo Governo, atual e futuro: os Secretários de Zito irão ganhar em torno de R$ 16 mil. Aprovado em novembro, o projeto de recomposição dos salários dos ocupantes de Cargos em Comissão, congelados desde a posse do atual prefeito, elevou de menos de R$ 10 mil para quase R$ 16 mil os salários dos secretários a partir de janeiro.
· Como ocorreu durante os últimos quatro anos, a Câmara aprovou na surdina o reajuste dos salários dos CCs, mesmo esquema que resultou no reajuste de quase 16% nas passagens das linhas de ônibus municipais.
· Aliás, parte da platéia do Teatro Raul Cortez se manifestou com vaias quando foi chamado o vereador Sebastião Ferreira da Silva, mais conhecido como “Chiquinho Grandão”. É que ele é presidente da Comissão de Transportes da Câmara e assinara o projeto de reajuste das tarifas dos ônibus sem lê-lo, conforme revelou na quinta-feira um jornal carioca.
· Amigo é para essas coisas! Mesmo doente, o advogado Ivanir Santos fez questão de ir à diplomação de Zito e dar um abraço no velho amigo, repetindo o gesto do ex-governador Marcello Alencar.
· Há muito tempo sem vir a Duque de Caxias, o que costumava fazer três vezes por semana, onde almoçava com o seu inseparável amigo e ex-vereador José Ribeiro Neto, Ivanir Santos nunca se afastou da vida política da cidade, onde foi Secretário de Administração no Governo Joaquim Tenório e mantinha um movimentado escritório de advocacia.
· O estado de saúde de Ivanir Santos preocupa os amigos não só pela sua gravidade, mas por ter sido descoberto quando a doença já minava as suas resistências.
· Um dos amigos do prefeito, que não aceitou nenhum cargo na atual administração e acompanha o blog, admitiu que a derrota de Washington Reis foi decorrente das suas equivocadas opções. Tanto na administração, quando na campanha eleitoral, o prefeito preferia apostar em projetos grandiosos, como a duplicação da Av. Governador Leonel Brizola, antiga Rio-Petrópolis, a construção do novo hospital, a galeria subterrânea sob a estação ferroviária e as obras do PAC em torno da reurbanização do centro da cidade, todas dependentes do Governo do Estado e Federal.
· A única dessas obras que Washington Reis conseguiu inaugurar, mesmo parcialmente executada, foi a do novo Hospital, que ele logo a seguir tentou vender para o IPMDC para fazer caixa.
· Para esse assessor, o desmantelamento da Secretaria de Comunicação, que nunca funcionou na atual gestão, mesmo com a sua chefia ocupada por um corretor de seguros, ajudou a esconder as realizações positivas do governo, como a construção do novo hospital, em menos de 4 anos, quando o “Duque” levou mais de 15 anos e o de Saracuruna mais de 8 para entrar em funcionamento.
· Esse assessor lembrou dezenas de obras nos 4 distritos, que nunca apareceram nos “jornais de campanha”, com edições de mais de 100 mil exemplares, num gasto despropositado dos recursos da campanha, como a emissão de mais de 4 mil alvarás, além do surgimento de grandes indústrias e ampliação do comércio varejista, resultando na criação de milhares de empregos e de renda para a prefeitura e os moradores da cidade. · A “mea culpa” só tem um defeito: deveria ser feita pelo próprio prefeito ao final da campanha, ao reconhecer a derrota. Ele poderia dizer apenas: fui incompetente para divulgar o meu trabalho, que só as gerações vindouras poderão avaliar com o necessário distanciamento e isenção.
· Nós acrescentaríamos um outro culpado: o desdém com que o prefeito tratou os órgãos de imprensa da cidade, embora a grande maioria tenha apoiado o seu governo. Foi esse desdém que adiou para o ano que vem o pagamento de faturas prometidas no início do Governo, as quais dormem nas gavetas do poder. Os pagamentos de faturas de grandes ógãos do Rio, pelo que sabemos, está absolutamente em dia.

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