quarta-feira, 8 de junho de 2011

BAIXADA URGENTE

PRESIDENTE DA CÃMARA
PODE DESISTIR DO PDT
A confirmação do próprio Zito de que deixará o PSDB para ingressar no PP, do seu amigo e senador Francisco Dornelles, poderá modificar o quadro partidário de Duque de Caxias. Na polêmica entrevista ao semanário “Capital”, Zito disse que deixaria no PSDB a pessoa mais importante da sua vida, a sua filha e deputada federal Andréia Zito. Sem o prefeito no caminho, nada impede que o vereador Mazinho seja o candidato do partido, pois a direção nacional recomendou que os diretórios municipais do partido em todo o País tentasse todos os esforços para ter candidato próprio em 2012. Com a saída de Zito, o PSDB/Caxias teria apenas dois nomes em condições políticas de disputar a sucessão do próprio Zito: sua filha Andréia e sua mulher, Claise Maria Zito. Como ambas são inelegíveis, por razões legais e lealdade política, Mazinho seria uma solução natural para os tucanos cumprirem à risca a orientação do comando nacional.
Isso não impediria uma coligação com o PDT, para onde Mazinho pretendia se transferir com vistas às eleições para prefeito. Como o partido hoje está nas mãos do seu amigo e parceiro Laury Vilar, não haveria problemas na construção da coligação, que poderia ser reforçada com outras legendas. Sem levar em conta o tempo de radio e TV do PSDB, que seria somado ao tempo do PDT. De volta de uma rápida viagem ao exterior, Mazinho deve começar a partir desta quinta-feira (9) a fazer contatos com a direção regional do PSDB, de forma a garantir a sua candidatura. Como o problema de Mazinho era o fato de Zito ser o presidente regional do partido e se considerar um candidato natural em 2012, o caminho está livre para ele tentar ocupar o gabinete mais importante de Jardim Primavera.

SEM PALOCCI, PMDB QUER
MAIS ESPAÇO NO GOVERNO

Na qualidade de maior partido na coligação de apoio ao governo, o PMDB levará à presidenta Dilma Rousseff o desejo de participar de reformulações políticas que ocorram do Executivo, a partir da demissão do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Essa foi uma das discussões da bancada, terça-feira (7), no Palácio do Jaburu, residência do vice-presidente, Michel Temer. As informações são do líder do partido no Senado, Renan Calheiros (AL), e do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
Até então, cabia a Palocci a tarefa de coordenar as relações entre o governo e sua base no Congresso, apesar de institucionalmente a tarefa ser do ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio (PT-RJ). Segundo Renan Calheiros, foi definido que o PMDB não vai reivindicar à presidenta a indicação de um nome para uma possível troca de comando na Secretaria de Relações Institucionais.
Já o líder Romero Jucá diz que caberá à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT-PR), tratar exclusivamente das questões administrativas de governo. Segundo ele, o encontro dos peemedebistas serviu para “analisar o atual quadro político”, a partir do pedido de demissão de Palocci.
Jucá ressaltou, porém, a necessidade de mais autonomia a Luiz Sérgio. “ [É preciso] ser delegado a ele poder de definição. O problema é de geografia política”, disse o líder, uma vez que coube a Palocci, até agora, estabelecer as diretrizes de negociações com sua base no Congresso.

RÁPIDAS

• Apesar da saída de Antonio Palocci da Casa Civil,, os partidos de oposição querem que as investigações sobre a evolução patrimonial do ex-ministro não seja paralisadas. Ontem (8), o líder do PPS, Rubens Bueno (PR), esteve com o procurador da República no Distrito Federal, Paulo José Rocha Júnior, para tratar do andamento da investigação aberta pelo Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) contra Palocci.
• Na saída do encontro, Bueno ressaltou que a demissão de Palocci não finaliza o caso. “Até porque nada foi esclarecido ainda. Não é porque você deixa um cargo que o crime deixa de existir. O crime permanece até que seja elucidado e haja punição. Essa é a posição que defendemos”, disse o líder.
• Segundo Bueno, ainda faltam cinco dias para que Palocci encaminhe os documentos pedidos pelo MPF-DF. O líder acrescentou que o procurador não descartou a possibilidade de abertura de uma ação civil pública para investigar a evolução patrimonial do ex-ministro, caso os esclarecimentos não sejam suficientes.
• “Ele pediu a documentação da empresa, quais clientes, desses clientes, qual valor foi pago e qual ação fiscal foi feita no período. Por enquanto, é um procedimento. Na abertura de um inquérito, uma ação civil pública, já passa para o grau dos investigados”, lembrou Bueno.
• A saída de Antonio Palocci do comando da Casa Civil significa “o início de um
novo modo de governar” da presidenta Dilma Rousseff. Na avaliação feita ontem (8) pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a partir da troca de Palocci pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), a presidenta demonstra que dará “um novo desenho ao governo”, fortalecendo a Secretaria de Relações Institucionais nas discussões com o Congresso e a base aliada.
• “Ninguém pode desconhecer que a figura de Palocci, dentro do governo, era de predominância”, afirmou Sarney. Com perfil técnico, a própria Gleisi Hoffmann disse que cuidará da gerência dos programas de governo, como fez Dilma no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
• Perguntado se o atual ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, faz um bom trabalho, Sarney afirmou que a coordenação política do governo “vinha sendo feito predominantemente pelo Palocci, com a ajuda de Luiz Sérgio”. Agora, acrescentou o presidente do Senado, fica a incógnita de como a presidenta deseja estabelecer uma nova forma de relação com os políticos e o Congresso.
• José Sarney também qualificou de “página virada” a tentativa da oposição de instalar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar as denúncias contra o ex-ministro. Para Sarney, a intenção do PSDB, DEM, PPS e P-SOL era de estabelecer “uma guerra política” que, agora, não faz mais sentido
• Em seu discurso de despedida do Senado, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que assumiu ontem (8) o comando da Casa Civil da Presidência da República, negou o rótulo de ser um “trator” na defesa dos interesses do governo e disse esperar o apoio da Casa para desempenhar a nova função. Ela vai substituir Antonio Palocci, que deixou ontem (7) o cargo, após denúncias de suposto enriquecimento ilícito quando era deputado federal.
• “Não considero essa a melhor metáfora [trator] para quem exerce a política e sempre se dispôs a debater, ouvir e construir consenso”, discursou Gleisi. “A manifestação democrática é o maior instrumento que temos para avançarmos no desenvolvimento do nosso país e acredito que o desfecho dela é a decisão da maioria. Gostaria de manter a convivência respeitosa que iniciamos nesta Casa.”
• A senadora afirmou ainda reconhecer o peso de assumir a Casa Civil e disse estar preparada para o cargo. “Quis Deus, por intermédio da presidenta [Dilma Rousseff], que eu ficasse mais próxima para esse auxílio e tenho muita clareza dessa missão. A quem é muito é dado, muito será cobrado.”
• Gleisi ressaltou que defendeu o governo no Senado não apenas por pertencer ao mesmo partido da presidenta, mas também por acreditar no modelo “de desenvolvimento econômico inclusivo, no qual as pessoas são o objetivo maior”.
“A presidenta Dilma me confiou uma nova missão e vou cumpri-la, levando em conta muito do que aprendi no Senado. Assim como a presidenta, a minha caminhada tem uma razão de ser, que é a favor do Brasil e do seu futuro.”
• A senadora paranaense também elogiou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e os líderes do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e do PT, Humberto Costa (PE). Gleisi ainda fez “deferência” à oposição, com a qual teve debates duros. “Mas prevaleceu sempre a convivência democrática. Viver exposta ao contraditório é condição da vida parlamentar e da vida democrática.”
Deputados federais querem que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ajude a resolver a crise no Corpo de Bombeiro do Rio de Janeiro. Dezesseis parlamentares de 12 partidos reuniram-se ontem (8) com o ministro ao qual pediram abertura de diálogo com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. • De acordo com o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), o objetivo é que uma comissão de parlamentares e representantes do bombeiros negociem com o governo do estado e encontrem uma alternativa para libertar os 439 militares, que estão presos desde sábado (4), e atender às reivindicações da classe.
• Segundo ele, a preocupação dos deputados é que manifestações como a do Rio de Janeiro se espalhem pelo país. “Temos informações de várias paralisações e de movimentação de bombeiros e policiais militares.”
• Após a reunião, o ministro se comprometeu a procurar o governador Sérgio Cabral. “Ele se posicionou favoravelmente e disse que ia procurar o governador ainda hoje para tentar abrir esse canal de negociação”, afirmou o deputado.
• De acordo com o deputado Dr. Aluizio (PV-RJ), os bombeiros estão reivindicando aumento salarial desde janeiro. “Não houve nenhuma sensibilidade do governador. Ele não atendeu, e isso foi gerando uma tensão que levou à invasão do comando do Corpo de Bombeiros.”
• Na última segunda-feira (6), o governador Sérgio Cabral afirmou, em entrevista, que os manifestantes eram vândalos e que iriam responder administrativa e criminalmente pelos atos. “O governador Sérgio Cabral os chamou de vândalos, mas vândalo é ele, que está no segundo mandato e não resolve essa questão”, disse Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP).
• Para o deputado Glauber Braga (PSB-RJ), os bombeiros do Rio merecem o respeito do governo estadual. “Você não pode combater bombeiro militar como se fosse criminoso e usando uma política de força.” Segundo o deputado, os quartéis de bombeiros do estado são ambientes de tensão constante, por isso, é necessário que o governo tente resolver a situação o mais rápido possível.
• “O Rio de Janeiro foi palco da maior tragédia climática do Brasil. Os bombeiros vão ter um papel importantíssimo na política de prevenção para as próximas chuvas que serão em dezembro”, ressaltou o parlamentar, lembrando a tragédia causada pelas fortes chuvas de janeiro na região serrana fluminense.
• O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) proibiu a instalação de faróis de
xênon (que utilizam gás xenônio) em todo o país. A resolução já foi publicada no Diário Oficial da União e foi adotada, segundo o Contran, por uma questão de segurança. A potência das lâmpadas de xênon é três vezes superior a dos faróis normais, podendo ofuscar a visão dos motoristas que trafegam em sentido contrário.
• A resolução autoriza a substituição dos faróis de xênon pelo sistema normal de iluminação nos veículos que vem com o equipamento mais potente de fábrica. O dispositivo chegou a ser proibido pelo Contran em 2009, mas foi liberado após regulamentação que estabeleceu limites de intensidade de luz.
• Mais potente e com facho de luz em tom azulado, o farol de xênon é comum nos veículos importados mais caros e virou moda entre adeptos do tuning (personalização radical de carros). Quem insistir no uso desse tipo de farol, se flagrado pela fiscalização, receberá multa de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira de habilitação.
• No domingo (5), a Aids completou 28 anos de descoberta. Os primeiros casos da doença foram detectados, em São Francisco, Estados Unidos. Daí em diante, uma verdadeira batalha tem sido travada com o objetivo de encontrar novas formas de tratamento e de manter as pessoas infectadas com boa saúde.
• Em Duque de Caxias, cidade com 855.048 habitantes, de acordo com o último senso do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apesar das inúmeras campanhas de esclarecimento de como se evitar as DSTs, como uso de preservativos e o não compartilhamento de seringas e outras substâncias injetáveis, a secretaria municipal de Saúde tem, atualmente, cerca de 1700 pessoas em acompanhamento com o vírus HIV, destas, cerca de 1200 a 1300, usam Terapia Antirretrovial (TARV). Entretanto, de 240 a 300, são apenas portadores do HIV, fazem o acompanhamento rotineiro, mas não sofrem os efeitos do vírus, o que os isenta de medicação.
• Os cerca de 1300 pacientes fazem uso da Terapia Antiretroviral são monitorados clínica e laboratorialmente, e recebem um conjunto de medicações, popularmente chamada de
“coquetel”, por ser composto por no mínimo 3 remédios, algumas conjugadas como é o caso do Biovir (Lamivudina ou 3TC+Zidovudina ou AZT), que é usado com mais um medicamento. Estas apresentações conjugadas têm por objetivo simplificar o tratamento e consequentemente facilitar a adesão ao tratamento da AIDS.
• “Justamente por hoje termos um tratamento mais simplificado, com portadores tendo, inclusive, uma vida inteiramente normal, o vírus do HIV tem se espalhado mais agressivamente no país. É preciso conter essa epidemia porque, segundo estudiosos, a projeção é que até 2030 cerca de 60 milhões de pessoas estejam infectadas em todo o mundo”, lamentou o secretário de Saúde, Danilo Gomes.
• “Apesar das dificuldades, que muitas vezes esbarram nas burocracias administrativas tanto na esfera federal quanto estadual, a cidade de Duque de Caxias possui um dos maiores e melhores centros de referência de combate e controle de DSTs do Estado do Rio, que fica no Centro Municipal de Saúde”, declarou Sandra Victória Fernandes, coordenadora de Vigilância em Saúde.
• De acordo com Dilma Maria Siqueira Carelli, do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, nos últimos dez anos 478 casos foram notificados no município, deixando em alerta o poder público no combate à propagação da doença. “Ainda estamos sob controle, mas não podemos relaxar”, comentou. Além de tratamento médico, todos os pacientes e seus familiares recebem acompanhamento psicológico e social caso seja necessário.
• Em meados de 1998, ano em que J., 55 anos, descobre ser portador de HIV, o Brasil está entre os quatro países com o maior número de casos notificados de AIDS no mundo (135,000 accumulated AIDS cases as of 1998/99). (135.000 casos de Aids acumulados a partir de 1998/99). The estimated number of Brazilians with HIV
• Divorciado e sexualmente ativo, J. diz que naquela época não existia a preocupação com sexo seguro, com uso de preservativos. E justamente por isso, ele acredita que se contaminou com o vírus. Ele relata que no início bateu uma grande tristeza e que, por alguns instantes, ele quase entrou em depressão. Mas como teve o apoio incondicional da família e dos amigos resolveu sacudir a poeira e dar a volta por cima.
• “Fui pesquisar sobre a doença, iniciei o tratamento no Centro Municipal de Saúde, que é excelente, diga-se de passagem, e onde sou voluntário, e acabei retomando os estudos. Até então trabalhava em uma metalúrgica em turno e sempre achava que não dava para estudar. Fiz o curso técnico de enfermagem, e agora faço, pela manhã, curso superior de enfermagem e, à noite, segurança do trabalho. Não deixo de tomar meus medicamentos no horário certo e por isso vivo muito bem”
• Os representantes de associações e sindicatos da área de segurança pública decidiram no início da tarde de ontem (8), no Rio de Janeiro, que só vão apresentar uma nova proposta de reajuste salarial quando os 439 bombeiros presos no último sábado (4) forem libertados.
• Segundo Vanderlei Ribeiro, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio de Janeiro, todas as entidades que estiveram reunidas pela manhã na sede da instituição no centro da cidade apóiam a decisão, inclusive os policiais que também já sinalizam a adesão às manifestações por melhorias salariais.
• “Nós não vamos apresentar nenhuma reivindicação enquanto nossos companheiros estiverem presos. Temos uma audiência agora com o comandante-geral [do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões]. Vamos tentar ir junto com ele ao governador para tentar uma saída para esse caso tão delicado que estamos vivendo”, explicou o dirigente.

MEIO AMBIENTE MULTA CAMINHÕES
COM CARGAS PERIGOSAS NA BR-493
A secretaria estadual do Ambiente do Rio de Janeiro fez hoje (8) uma operação para combater o tráfego de caminhões que transportam produtos tóxicos sem licença ambiental. Ao final da operação, 12 caminhões foram multados em R$ 10 mil, ao transportar combustíveis, explosivos e gás de cozinha irregularmente.
A ação ocorreu n
a BR-493, rodovia que liga os municípios fluminenses de Itaboraí e Magé, na altura da Área de Proteção Ambiental de Guapimirim, próximo à Baía de Guanabara. Como é proibido trafegar pela Ponte Rio-Niterói, a rodovia é usada como alternativa para transportar esse tipo de carga.
De acordo com o coordenador de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), órgão vinculado à secretaria, José Maurício Padrone, o licenciamento ambiental ajuda na prevenção de acidentes – que ocasionam vazamentos e explosões.
“Se um caminhão sofrer uma colisão ou capotar, essa carga perigosa pode contaminar o solo, o lençol freático, os rios, comprometendo até a distribuição de água de algum município. Nossa fiscalização é em cima da carga para ver se atende a todas as normas ambientais. Em caso de acidente, o próprio motorista pode acionar o órgão competente que terá o produto certo para a contenção do material”, disse Padrone.
Padrone explicou que se a empresa for reincidente, o valor da multa será dobrado. Cerca de 30 agentes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Instituto Chico Mendes, da Polícia Rodoviária Federal e do Batalhão Florestal da Polícia Militar participaram da ação.

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