MP ELEITORAL VAI MARCAR DE
PERTO
OS ENDINHEIRADOS
O Ministério Público Eleitoral (MPE) vai
priorizar o combate aos abusos político e econômico nas campanhas desenvolvidas
no estado do Rio este ano. O objetivo é equilibrar as disputas municipais,
tentando evitar que candidatos com maior poder econômico se sobressaiam sobre
os demais. A advertência é do procurador
regional Eleitoral no Rio de Janeiro, Maurício da Rocha Ribeiro, que disse
estar incomodado com as demonstrações de excessivos gastos de alguns candidatos
à prefeito, por vezes superiores aos gastos dos demais concorrentes somados. O
procurador declarou que haverá fiscais da Justiça Eleitoral em diversas
cidades, acompanhando e registrando em imagens as ações. Nem sempre eles
estarão uniformizados e também poderão
atuar descaracterizados em meio à multidão.
“Tudo o que puder caracterizar um
desequilíbrio no pleito, uma ofensa entre os candidatos, foi proibido. Os
promotores de todos os municípios têm a responsabilidade de fiscalizar o que
ocorre nessas cidades, incluindo o abuso das propagandas, o uso de outdoors e a
distribuição de brindes. Também são proibidos os showmícios.”
O MPE enviou, segundo Rocha Ribeiro, ofícios
às 92 prefeituras do estado pedindo o levantamento do total de dinheiro gasto
com publicidade nos últimos três anos, para comparar com o volume aplicado em
2012. A ostentação excessiva de poder de alguns prefeitos com inaugurações de
obras e gastos com propaganda deixou o procurador preocupado.
“Isso é muito desagradável, porque atinge a
população em geral, que se sente ofendida e agredida com tamanha ostensividade,
tamanho volume de recursos que estão gastando e quantidade de autoridades
públicas mobilizadas em cada inauguração de obra. Isso fere o sentido de ética
e o bom-senso que cada eleitor tem.”
Rocha Ribeiro advertiu que a legislação
eleitoral prevê para casos de abuso de poder político e econômico punições que
podem levar à cassação do registro de candidatura.
“Se existe um uso abusivo de propaganda, se
existe utilização muito agressiva de autoridades públicas envolvidas, tudo isso
pode caracterizar – em tese – abuso de poder político, que é passível de
ajuizamento de ação para investigação judicial de ilícito eleitoral. Isso
sujeita os infratores até a cassação do registro de sua candidatura, a cassação
do diploma e a inelegibilidade por oito anos.”
MP EXIGE O TOMBAMENTO
DA ESTAÇÃO DE JACERUBA
Após pedido do Ministério Público Federal
(MPF) em São João de Meriti (RJ), a 2ª Vara Federal concedeu liminar obrigando
o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a realizar em
até 30 dias uma nova análise sobre a condição de patrimônio nacional de um
edifício da extinta Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA), em Nova Iguaçu, na
Baixada Fluminense. O Iphan havia negado o título à construção sob o argumento
de que o espaço está localizado em área rural, o que inviabilizaria o uso do
mesmo para fins culturais. Para o MPF, o edifício, que abrigava a estação ferroviária de Jaceruba, deve ter seu valor cultural
avaliado a partir de sua importância histórica, cultural e arquitetônica, sem a
distinção se este fica em ambiente rural ou urbano, já que todo cidadão merece
o digno acesso à cultura regional. (Processo nº 2012.51.20.001114-5)
A liminar concedida pela Justiça determina
ainda que a União e duas pessoas residentes no local elaborem projeto de
recuperação total do imóvel de modo a preservar as características originais,
no prazo de 30 dias, a ser submetido à aprovação do Iphan. Atualmente, o imóvel
encontra-se em situação de tombamento provisório pelo Instituto Estadual de
Patrimônio Cultural (INEPAC) e, de acordo com relatório enviado pelo INEPAC ao
MPF, uma série de alterações irregulares foram feitas pelos ocupantes,
prejudicando a preservação do espaço.
Na ação do MPF, movida pelo procurador da
República Renato Machado, fica evidente a responsabilidade do Iphan em
administrar e zelar pelos bens oriundos da extinta RFFSA e o dever da União por
ter substituído a empresa em todas as ações judiciais em que esta esteja
envolvida. O inquérito foi instaurado após denúncias de moradores das
imediações do local que relataram a invasão e loteamento do espaço. O edifício
em situação de tombamento provisório pelo INEPAC fica na antiga Estação
Ferroviária de Jaceruba, antiga São Pedro, inaugurada em 1885. O local era
terminal do ramal de Jaceruba, da Estrada de Ferro Rio D'ouro, que pertencia à
Rede Ferroviária Federal S.A. Com a extinção da RFFSA, seus bens imóveis
passaram a pertencer à União Federal.
CRIANÇAS ATÉ OS 8 ANOS TEM
REGRAS PARA ALFABETIZAÇAO
O Ministério da Educação (MEC) publicou
portaria no D. O. da União estabelecendo
as regras do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). O
programa tem como objetivo garantir que
todas as crianças estejam alfabetizadas até os 8 anos de idade. Redes
municipais e estaduais terão que aderir ao programa para poder receber recursos
e o apoio técnico do MEC.
Entre as ações previstas no programa estão a
capacitação dos professores alfabetizadores, o pagamento de bolsas aos docentes
e a distribuição de materiais didáticos específicos para alfabetização. Outra
medida será a criação de uma prova que será aplicada a todos os alunos do 3º
ano do ensino fundamental para medir o nível de alfabetização.
Até hoje o país não tinha um exame oficial
para medir se as crianças estavam sendo alfabetizadas ou não na idade correta.
Iniciativa semelhante já foi feita pelo Movimento Todos pela Educação que, em
2011, aplicou a primeira edição da Prova ABC. Em caráter amostral, o exame
apontou que mais de 40% dos alunos que concluíram o 3° ano do ensino
fundamental não tinham a capacidade de leitura esperada para esse nível de
ensino.
As duas avaliações aplicadas atualmente pelo
MEC aos alunos do ensino fundamental não aferiam essa informação. A Prova
Brasil tem como público-alvo os alunos do 5º ano do ensino fundamental. Já a
Provinha Brasil, aplicada no 2º ano, era uma ferramenta de uso interno das
escolas para que cada professor pudesse acompanhar o desenvolvimento dos
estudantes. Com o Pnaic, as escolas deverão informar ao MEC os resultados da
Provinha a partir de um sistema que será desenvolvido pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
PREFEITURA VOLTA A DEMOLIR
CONSTRUÇÕES IRREGULARES
A Prefeitura de Duque de Caxias demoliu na
manhã desta sexta-feira (6), no loteamento Jardim Paraíso, em Jardim Primavera,
diversas construções irregulares que ocupavam uma área pública. A operação foi
comandada pelo secretário de Integração, Segurança Pública e Defesa Civil,
Francisco Alves da Fonseca, e contou com apoio de equipes das Secretarias de
Obras e Urbanismo e de Transportes e Serviços Públicos.
A área, de 2.400 metros quadrados e
originariamente destinada ao lazer dos moradores da região, fica entre a
Avenida das Palmeiras e a Rua Sucre, antiga Rua E, junto à APA (Área de
Proteção Ambiental) do Morro da Caixa D’água.
O terreno já estava dividido em lotes
cercados com arame farpado e alguns com obras de alvenaria em andamento. Uma
das famílias foi cadastrada no programa Minha Casa, Minha Vida. A ação contou
também com a presença do Diretor de Fiscalização de Obras, Omar Kirchme de
Lima, que já havia notificado os ocupantes.
Em outra operação, na Estrada Velha do Pilar,
no bairro Pilar, a equipe derrubou construções irregulares de comércio sobre a
calçada. A medida atendeu à determinação do promotor de Justiça, Guilherme
Macabu Semeghini, do Ministério Público estadual, acolhendo denúncia de
moradores. (Foto: George Fant).
RÁPIDAS
٠ O deputado federal Maurício Rands (PT-PE) oficializou sexta-feira
(6) seu pedido de renúncia do cargo e ao mandato de deputado
federal. Em documento lido pelo deputado
João Caldas (PSDB-AL), no exercício da presidência da sessão, Rands afirma que
sai da vida pública e se desfilia do partido para exercer “mais plenamente” a
cidadania.
٠
Em nota intitulada Carta ao Povo Pernambucano, Rands argumenta que sua decisão
foi motivada pela postura “autoritária” da direção nacional do PT em relação à
candidatura petista para a prefeitura de Recife, quando a disputa interna foi
suspensa em benefício do senador Humberto Costa (PT-PE). A decisão de renunciar
ao mandato havia sido anunciada na última quarta-feira (4).
٠ No segundo mandato consecutivo, Rands estava licenciado da Casa
para exercer o cargo de secretário de Governo de Pernambuco. “Depois da decisão
da direção nacional do PT, impondo autoritariamente a retirada da minha
candidatura e a do atual prefeito [João da Costa], recolhi-me à reflexão. Concluí
que esgotei por inteiro minha motivação e a razão para continuar lutando por
uma renovação no PT”, diz trecho do documento.
٠ Na carta, Rands diz que a Executiva Nacional do PT cometeu
“grave equívoco" por ter imposto, a partir de São Paulo, um candidato à
prefeitura da capital pernambucana. “Por não terem dialogado com a militância
do PT em Recife, muito menos com a Frente Popular, ignoraram que existiam
alternativas, procedimentais e de quadros, dentro do partido, que unificariam a
frente em torno de uma candidatura do PT”, escreveu Rands.
٠ Para o deputado, a medida provocou danos na relação com o
partido. “Com a decisão da direção
nacional do PT, lamentavelmente, esta unidade resultou rompida. Diante da minha
discordância com essa ruptura provocada pela direção nacional do partido,
concluí que cheguei ao fim de um ciclo na minha vida de militante partidário”,
pontuou.
٠ Até agora o PT fluminense, que, para agradar ao PMDB de Sérgio
Cabra, teve a sua autonomia política
castrada pela direção nacional, comandada pelo subserviente e anódino deputado
Rui Falcão, até agora não comentou a saída do parlamentar pernambucano.
Certamente aguardando a orientação da direção nacional para decidir o que
dizer.
٠ Um grupo de estudantes do Rio de Janeiro fez na manhã de sexta-feira (6) uma ruidosa manifestação
durante o discurso da presidenta Dilma Rousseff, na cerimônia de inauguração de
casas populares na zona norte do Rio de Janeiro. Estudantes pedem mais verbas
para educação para a presidenta Dilma.
٠ No início do pronunciamento, os manifestantes começaram a
gritar, exigindo a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional
para a educação. Seguranças da Presidência da República tentaram retirar os
manifestantes da lona onde ocorria a cerimônia. Um tumulto foi formado porque
os estudantes não queriam sair.
٠
Jornalistas e fotógrafos, que tentavam regitrar a situação, também foram
empurrados pelos seguranças. A confusão durou cerca de dez minutos, até que
acabasse o discurso da presidenta.
٠ A presidenta também enfrentou protestos de servidores públicos
durante evento no Hospital Miguel Couto, na zona sul da cidade. Os
manifestantes cercaram os carros que levavam as autoridades. No local, Dilma
participou da inauguração da Coordenação de Emergência Regional.
٠ A presidenta comentou a manifestação feita no hospital. Segundo
ela, isso faz parte do processo democrático. “Nós vivemos numa democracia”,
disse.
٠ Segundo contou depois o ministro da Saúde, Alexandre Padilha,
que participou do evento, a presidenta também comentou o assunto com ele,
dizendo que “o governo respeita a manifestação de trabalhadores e das
organizações sindicais, o que faz parte do processo de negociação”.
٠ Padilha enfatizou, no entanto, que é o Ministério do
Planejamento que coordena as conversações sobre a questão salarial dos
servidores federais. “É o Planejamento que coordena isso e ele [o ministério]
tem mantido conversas com representantes de servidores federais de várias
áreas”, disse.
٠A Ampla está proibida
de suspender o fornecimento de energia elétricas dos consumidores de Maricá por
falta de pagamento. O Ministério Público do Estado, por intermédio de Ação
Civil Pública (ACP) ajuizada pela Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de
Defesa do Núcleo Niterói e Maricá, obteve liminar que determina que a Ampla
Energia e Serviços S/A se abstenha de suspender o fornecimento de energia
elétrica de consumidores de Maricá com contas atrasadas há mais de três meses
٠ Caso não cumpra a determinação, a empresa será condenada a
devolver o dobro do débito que ensejou o corte. De acordo com o entendimento
dos tribunais, a concessionária que não efetuar o corte de energia dentro de 90
dias não poderá fazê-lo após o decurso desse prazo senão por via judicial.
O
Promotor de Justiça Augusto Vianna Lopes, após receber ofício do Juizado
Especial Cível da Comarca de Maricá informando a existência de 300 processos
judiciais contestando a regularidade da lavratura do Termo de Ocorrência de
Irregularidade (TOI) pela Ampla. Entre as reclamações estão a não entrega do
TOI aos clientes e ausência de informações relevantes, como a possibilidade de
o consumidor, que deve ser avisado com antecedência de três dias, acompanhar a
aferição do medidor no momento em que ele for periciado pela empresa.
٠ A lavratura desse termo, previsto pela resolução 456 da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), é uma exigência quando constatada alguma
irregularidade no consumo. A empresa também efetuou convênio com o Instituto de
Engenharia Legal, que passou a acompanhar as vistorias, sem que os consumidores
fossem informados sobre a intervenção de terceiros no serviço.
٠ Outras irregularidades constatadas foram troca de medidores sem
autorização dos usuários e cobrança de multas por ocorrências registradas sem
dar aos usuários a oportunidade de contestação, prática que fere o princípio
constitucional da ampla defesa. Além disso, o histórico de consumo que poderia
apontar as irregularidades não discrimina a titularidade do consumidor no
período que o corresponde, o que dificulta a análise de consumo irregular.
٠
A Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade, órgão que
fiscaliza as concessionárias de distribuição e transmissão de energia, também
identificou outras irregularidades apresentadas pela Ampla.
CASOS DE POLÍCIA
Policiais da 60ª DP (Campos Elíseos)
prenderam, no final da tarde desta quinta-feira (05/07), Marcos Vinícius de
Souza Ramos, 24 anos. Ele é suspeito de integrar um bando acusado de praticar
extorsão contra um empresário da construção civil em Duque de Caxias. O
criminoso foi capturado no bairro da Tijuca, Zona Norte da cidade do Rio de
Janeiro.
Segundo o delegado titular da unidade, Felipe
Curi, a ação do bando foi monitorada por agentes que se infiltraram na empresa
lesada, por cerca de duas semanas, e presenciaram uma das extorsões. Durante as
investigações também foram analisadas imagens cercando a empresa e um encontro
em que foi paga a quantia exigida pelos criminosos.
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