CONDENAÇÃO DOS MENSALEIROS
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF),
votou nesta segunda (27) pela condenação da maioria dos acusados de desviar
dinheiro público no episódio conhecido como mensalão. Ministra mais nova na
Corte, ela seguiu grande parte do voto do relator do caso, Joaquim Barbosa. O
ministro Luiz Fux, o quarto a votar, acompanhou integralmente, o voto do
ministro-relator, Joaquim Barbosa, e condenou o deputado federal João Paulo
Cunha (PT-SP), o publicitário Marcos Valério, seus sócios Cristiano Paz e Ramon
Hollerbarch e o ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato.
Rosa Weber entendeu que houve crime de desvio de dinheiro
público em contratos na Câmara dos Deputados com a SMP&B Comunicação, de
Marcos Valério. O então presidente da Casa, João Paulo Cunha, é acusado de
receber R$ 50 mil para favorecer a empresa em uma licitação para serviços de
publicidade de R$ 10 milhões.
Ela voltou a se alinhar com o voto de Barbosa nas
acusações de desvio de dinheiro público no Banco do Brasil e no fundo Visanet.
Rosa Weber condenou o ex-diretor do Marketing do Banco do Brasil Henrique
Pizzolato e o grupo de Valério por
corrupção e peculato.
O ministro Luiz Fux acompanhou integralmente o voto do
ministro-relator, Joaquim Barbosa e condenou o deputado federal João Paulo
Cunha (PT-SP), o publicitário Marcos Valério, seus sócios Cristiano Paz e Ramon
Hollerbarch e o ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. Em seu voto,
Luiz Fux levou cerca de uma hora analisando questões teóricas.
"A cada desvio de dinheiro público, mais uma criança
fica com fome, mais uma cidade fica sem saneamento", ressaltou Fux.
"A dificuldade da repressão desses crimes [de corrupção] é extrema. […]
Crimes do colarinho azul têm que receber tratamento especial. Fomentado pela impunidade,
[o crime de corrupção] traz e causa
pobreza”.
Seguindo o entendimento de Joaquim Barbosa, Fux votou
pela condenação de João Paulo e Pizzolato por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro, e de Marcos Valério e seus dois sócios por corrupção ativa.
CABRAL APARECE NA TV E
IRRITA
PARTIDOS ALIADOS
Com resultados duvidosos para os candidatos
beneficiários, a aparição do governador na propaganda eleitoral de radio e TV
pode implodir a base governista na Assembléia Legislativa. Só em Duque de
Caxias, a presença de Sérgio Cabral ao lado do ex prefeito Washington Reis irritou o PSB
e o PDT (Alexandre Cardoso), o PP e o PSDB
(Zito) e o PSD (Dica), ao mesmo tempo em que aumentaram as cobrança sobre
Washington Reis em relação aos projetos do Governo do Estado que não foram
decolaram.
Agora, os eleitores mais esclarecidos estão
cobrando de Washington Reis as razões da demora nas obras de duplicação da Av.
Presidente Kennedy, a cargo do DER e iniciadas no Governo Rosinha Garotinho
(2004), que beneficiariam moradores e motoristas de Caxias, Nov a Iguaçu, São
João de Meriti e de Belford Roxo, o pleno funcionamento do inacabado Hospital
Moacyr do Carmo, a permanente falta d’água nos municípios da Baixada Fluminense
por inação da Cedae, que decidiu priorizar os morados da Barra da Tijuca, além
do “Buraco do Cabral”, a passagem subterrânea na estação de Caxias, que custou
mais de R$ 32 milhões, mas está interditada desde dezembro, como o próprio
Washington Reis reconheceu no comício feito há poucos dias na Praça da
Emancipação (a do Relógio), um dos acessos á passagem subterrânea que deveria
liga os dois lados da estação.
Em Duque de Caxias, além do “Buraco do
Cabral”, a escada rolante, que deveria facilitar o acesso à estação,
constantemente entra em pane, pois, até hoje, o Governo do Estado não decidiu
se a manutenção e a operação do equipamento é responsabilidade da Secretaria de
Transpores, ou da Supervia, concessionária dos trens da antiga Leopoldina.
FALTA DE VIADUTO PROVOCA
NOVO ACIDENTE NO GRAMACHO
Os passageiros dos ramais de Saracuruna e
Vila Inhomirim (Raiz da Serra) voltaram a ficar sem transporte no final da
manhã desta segunda-feira em conseqüência de um choque entre o automóvel e uma
composição da Supervia que seguia para a Central do Brasil. O acidente ocorreu
por volta de 11h30 na passagem de nível que liga a Av. República do Paraguai
(Vila Guaíra) à Av. Presidente Kennedy. Segundo a SuperVia, o trem atingido
seguia para a Central do Brasil e nenhum dos passageiros ficou ferido, mas
tiveram de caminhar sobre os trilhos por cerca de 50m até a estação de
Gramacho. O motorista do veículo que se chocou com a composição sofreu
ferimentos leves. De acordo com a concessionária, a passagem de nível é
sinalizada e os trens circulam pela região com velocidade reduzida (30 km/h).
Há pelo menos 40 anos os moradores e as
lideranças políticos do Gramacho lutam pela construção do viaduto ligando os
dois lados da estação depois que a prefeitura pavimentou a Av. República do
Paraguai no Governo do Coronel Renato Moreira da Fonseca (1975-1978),
facilitando o acesso á Rodovia Washington Luiz. E os vereadores que
representaram o bairro na Câmara sempre lutaram por esse objetivo, entre os
quais Neuber Dutra e Guilherme Lopes. Em setembro de 2008, em plena campanha
eleitoral, o então prefeito Washington Reis anunciou que conseguira com o
governador Sérgio Cabral a inclusão da obra do viaduto no PAC. O fato foi
comentado pelo blog no dia 14 de setembro e o lançamento da pedra fundamental
foi feita poucos dias depois, com muito foguetório. Passados quatro anos, o
viaduto, a cargo do DER/RJ que também é responsável pela duplicação da av.
Presidente Kennedy, ainda é uma promessa, enquanto os acidentes se acumulam.
RÁPIDAS
• Na
caminhada que fez pela feira de Duque de Caxias, o ex prefeito Washington Reis
teve a ilustre companhia do presidente regional do PMDB, Jorge Picciani e de
seu filho, o secretário estadual de Habitação, Rafael Picciani, do deputado estadual
André Lazaroni, do coordenador do PV na Baixada Fluminense, José Augusto Venda e
do fundador e secretário geral do PDT/Caxias, o ex vice Wilson Gonçalves.
• O ex
deputado Jorge Picciani ressaltou a experiência que Washington ganhou como
subsecretário de obras do estado e sua atuação como deputado federal. O presidente do PMDB
fluminense também elogiou o caráter do candidato e se disse orgulhoso de poder
andar ao lado de Washington Reis:
• “Washington é um homem honrado e com muito
potencial. Ele não se vende e não é capaz de usar o dinheiro público em seu
próprio favor. Eu tenho tanto orgulho de andar ao lado dele que hoje eu trouxe
dois dos meus filhos aqui. Ele gosta e trabalha pelo povo e por isso nós temos
muito que aprender com ele. Washington é a resposta para que Caxias volte a
crescer”.
• Já
Venda, coordenador do PV na Baixada, disse que Washington Reis é o melhor
candidato e que, por isso mesmo, sabe respeitar seus adversários. “A democracia
requer respeito com quem se disputa. Nossa campanha aqui em Caxias é uma
campanha de proposta e prestação de contas e nisso, mostramos que temos o
melhor candidato”.
• Ainda
no domingo, enquanto o prefeito, na caminhada pela Vila Operária e o Parque
Felicidade, acusava a Cedae de prejudicar propositalmente o fornecimento de
água no município para beneficiar seus adversários, os moradores do Pilar, no
segundo distrito, faziam uma grande manifestação em protesto pela falta d’água
na a região, vizinha á Reduc. Eles colocaram pneus atearam fogo, bloqueando a
passagem de veículos pela Av. Presidente Kennedy.
• O
protesto também foi pela lentidão com que o Governo do Estado vem tocando as
obras de duplicação da antiga Rio-Petrópolis. As obras foram promessa de
campanha do deputado Washington Reis em 2004 (Governo Rosinha Garotinho) e,
desde então, motoristas e pedestres sofrem para percorrer os 15 km entre o
viaduto do Centenário e a conexão com a BR-040, na entrada de Campos Elíseos.
• No
Governo Washington Luis, toda a obra, a primeira do País em cimento asfáltico,
a cargo do Ministério de Viação e Obras Pública e com 67 km no total, foi
realizada em pouco mais de dois anos e inaugurada em agosto de 1928.
• No
seu programa de TV na tarde desta segunda-feira, o candidato Washington Reis
garantiu que construiu e entregou, pronto e funcionando, em dezembro de 2008, o
Hospital Municipal Moacyr do Carmo.
• Na
visita ao hospital logo depois da posse (janeiro de 2009) em companhia do
Secretário de Saúde, Sérgio Cortes, o prefeito Zito encontrou equipamentos
ainda encaixotados, dois dos quatro pavimentos inacabados e uma parte do
tomógrafo (foto/Arqivo, ainda na embalagem, largado na calçada de acesso à Emergência.
• Na quinta-feira (23), um morador da Rua
Piauí, na divisa dos bairros Paulicéia e 25 de Agosto, resolveu, promoveu um
churrasco reunindo parentes e amigos para apresentar o seu candidato a
vereador, que é do PR de Samuquinha e Garotinho.
• Na hora do programa eleitoral, em que o
candidato iria aparecer, a desagradável surpresa: o sinal do SBT não chega a
diversas ruas do bairro. Com isso, os candidatos que investem em caríssimos
programas de TV estão jogando dinheiro fora, pois é mais fácil pegar uma
emissora de Teresópolis, a “Serra e Mar”, afiliada da Rede Globo, do que os
canais 2, 9 e 11,
• Por conta do uso de uma foto de Dilma
Rousseff em sua propaganda, Washington Reis foi punido pela Justiça Eleitoral e
perdeu um minuto do seu tempo de TV. Como o PT não integra a sua coligação, o
candidato do PMDB não poderia utilizar a sua imagem.
• Na sua caminha de domingo pela Vila São
Luis, Alexandre Cardoso reafirmou que não é possível aceitar que uma cidade com
a segunda arrecadação do ICMS, não tenha resolvido, até hoje, problemas como o
das enchentes.
• “Estamos
em pleno século 21 e a cidade não tem nenhum planejamento. Isto não é possível.
A cada chuva dezenas de ruas do município ficam alagadas. Aqui só colocam
asfalto sem manilhar as ruas. Com isso, quando chove acontece o que todos nós
sabemos: ruas alagadas e a população ilhada. Com dois dias de arrecadação da
prefeitura seria possível solucionar este problema”, explicou o candidato da
aliança “Amor por Caxias”.
• “Tenho um compromisso de fazer a dragagem
do canal Guanabara. Como prefeito irei buscar os recursos junto à presidente
Dilma Rousseff. Tanto que ela pediu aos seus ministros que apoiem a nossa
campanha à prefeitura de Caxias”, comentou Alexandre Cardoso.
• Nas próximas
eleições serão eleitos 10,4% mais vereadores que em 2008. O aumento no número
de vagas nas câmaras de Vereadores se deve à Emenda Constitucional 58, aprovada
pelo Congresso Nacional, e que resultou em 5.390 novas cadeiras nos
legislativos municipais.
• A emenda modificou a fórmula de cálculo da
quantidade de vagas nos legislativos municipais e estabeleceu que, agora, elas
variam de nove cadeiras para cidades com até 15 mil habitantes até 55 cadeiras
para municípios com mais de 8 milhões de pessoas. Pelo novo cálculo, apenas
cinco municípios tiveram reduzido o número de vereadores que serão eleitos,
enquanto 1.695 aumentaram o número de cadeiras. De acordo com o Censo 2010, o
país tem 5.564 municípios
• Proporcionalmente, os estados com
municípios que mais criaram vagas foram o Pará (24,5%), Ceará (23,8%) e
Maranhão (18,6%). Já os municípios do Tocantins foram os que menos criaram
vagas, com aumento de apenas 2,7%.
• De
acordo com levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM),
disputam as 57.434 vagas de vereador, em todo o país, 432.867 candidatos. As
mulheres ainda são minoria entre eles, somando 31,5% das candidaturas. Ao todo,
296.810 homens disputam as câmaras municipais, enquanto 136.057 mulheres são
candidatas.
• O
partido que mais tem mulheres disputando uma vaga em câmaras de vereadores é o
PSTU, com 42%. O PCO, com 38,5%; o PCB, com 27,1%; e o PSD, com 29,9% são os
que têm menos mulheres concorrendo. Os dois últimos partidos não estão
atendendo às obrigações da legislação eleitoral, que estabelece cotas mínimas
de 30% para um dos sexos.
• Em
números absolutos, São Paulo é o estado com mais candidatos a vereadores: são
75.160 ao todo. Minas Gerais segue em segundo lugar com 67.865. Já Roraima é o
estado com menos candidatos em seus municípios, com 1.508 pessoas concorrendo
às câmaras municipais nas eleições que ocorrerão em 7 de outubro.
• A
taxa básica de juros, a Selic, deve ser cortada em 0,5 ponto percentual na
reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), marcada desta
terça (28) e quarta-feira. A expectativa é de analistas de instituições do
mercado financeiro, consultados toda semana pelo BC sobre os principais
indicadores da economia
• Atualmente,
a Selic está em 8% ao ano e o processo de queda da taxa começou há um ano, em
agosto de 2011. As reduções foram uma das formas encontradas pelo governo para
estimular a economia, que registra ritmo mais lento.
• Além
do corte deste mês, os analistas esperam por mais uma redução de 0,25 ponto
percentual neste ano. Assim, a Selic encerrará 2012 em 7,25% ao ano. Depois da
reunião deste mês, o Copom volta a se reunir em outubro e novembro.
• Para
o próximo ano, a expectativa dos analistas é que o Copom eleve a taxa básica de
juros para conter a inflação. A projeção para a taxa Selic ao final de 2013 é
8,25% ao ano.
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