DILMA VETA REDUÇÃO DE IMPOSTOS
PARA ALIMENTOS DA CESTA BÁSICA
Entre os vetos da presidenta Dilma Rousseff à
lei que amplia o Plano Brasil Maior, publicada nesta terça (18) no Diário
Oficial da União, está o que reduziria a zero algumas alíquotas para produtos
da cesta básica. De acordo com justificava apresentada pelo governo federal,
para que essa desoneração seja implantada, é necessário, antes, criar um grupo
de trabalho que apresente uma proposta de composição dessa cesta e das
respectivas desonerações.
Convertida para a Lei 12.715, a Medida
Provisória (MP) 563, do Plano Brasil Maior, desoneraria – do pagamento de
Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (Cofins) e Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) – os
alimentos que compõem a cesta básica, entre diversos outros produtos.
O veto recebeu críticas da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). De acordo com a entidade, os
benefícios dessa desoneração atenderiam, em especial, um grupo de famílias que
utilizam mais de 30% da sua renda para a compra de alimentos. Pelos estudos da
Fiesp, essas pessoas representam 70% das famílias brasileiras.
“A desoneração seria o primeiro passo para
corrigir uma grande distorção que contraria as próprias políticas sociais do
governo federal: as famílias menos abastadas pagam proporcionalmente três vezes
mais tributos do que aquelas com maior renda”, diz em nota a entidade.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, declarou
que o governo está no rumo certo quando faz desonerações na folha de pagamento
de vários setores e veta as modificações no conceito de receita bruta que
reduziriam o efeito dessas desonerações. “Mas erra ao não aliviar os alimentos
da cesta básica”, ponderou. “O governo deixa de dar o exemplo aos estados, ao
não desonerar os tributos que dependem exclusivamente do ato do Executivo
Federal”, completou Skaf.
PESQUISA DO IBOPE ADMITE O
2º TURNO EM DUQUE DE CAXIAS
A pouco mais de duas semanas das eleições, o IBOPE
publicou nesta terça-feira (18), em seu site, a primeira pesquisa de intenção
de votos para prefeitura de Duque de Caxias. A pesquisa, realizada entre os
dias 14 e 16 de setembro, traz Washington Reis (PMDB) e Alexandre Cardoso (PSB)
tecnicamente empatados, com 27% e 24%, respectivamente, das intenções de voto do
eleitorado do município fluminense, o que levaria a decisão para o segundo
turno.
Em seguida, aparecem os candidato Zito (PP),
com 13%, Dica (PSD), com 6%. Samuquinha (PR) com 4% e Marquinho Pessanha (PTN),
com 1% finalizam os candidatos mencionados por mais de 1% do eleitorado de
Duque de Caxias. Florinda Lombardi (PSTU) e Ivanete da Silva (PSOL) também
foram citadas, porém não alcançam 1% das menções. Declaram intenção de votar
nulo ou em branco 10% dos entrevistados, e 15% não sabem em quem votariam se as
eleições fossem hoje.
Na resposta espontânea, isto é, sem a
apresentação da cartela com os nomes de todos os candidatos, o ex-prefeito
Washington Reis teve 22% das menções, seguido por Alexandre Cardoso, com 18%,
Zito, com 11%, Dica com 5%, Samuquinha com 3% e Marquinho Pessanha com 1%.
Florinda Lombardi e Ivanete da Silva foram mencionadas mas não atingiram 1%
cada.
Declaram espontaneamente a intenção de votar
branco ou nulo 12%, enquanto 29% dos entrevistados não souberam apontar um
candidato ou não responderam nesta situação.
O IBOPE ouviu 504 eleitores dos quatro
distrito no período de 14 e 16 de setembro e o resultado tem margem de erro, para
mais ou para menos, de 4 pontos percentuais. Os resultados da pesquisa foram
registrados no TRE/RJ sob o protocolo Nº
RJ-00096/2012
JUSTIÇA PROIBE PREEITO DE
SAIR DO RIO DE JANEIRO
O desembargador Luiz Noronha Dantas, da Seção
Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, vai cumprir a determinação do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) expediu alvará
de soltura em favor do prefeito de Guapirimirim, Renato Costa de Mello, o
Júnior do Posto, mas o prefeito não poderá sair do país.
O desembargador determinou que o prefeito
entregue o passaporte no prazo de 24 horas, sendo a Polícia Federal e as
autoridades competentes comunicadas da decisão. Também ficou estabelecido que
Júnior do Posto deverá comparecer à Seção Criminal periodicamente e que não
poderá se ausentar da cidade do Rio de Janeiro (ele mora). Ele deverá ainda se
recolher à sua residência no Recreio dos Bandeirantes no período noturno e nos
dias de folga.
Júnior do Posto teve a prisão preventiva
decretada no dia 4 de setembro, pelo desembargador Luiz Noronha, juntamente com
mais seis pessoas, entre elas a ex-secretária de governo de Guapimirim
Ismeralda Garcia da Costa, candidata à prefeita do município. Eles são acusados
de desviar, há cerca de quatro anos, mais de R$ 1 milhão por mês de recursos
públicos da prefeitura.
As prisões foram decretadas na medida
cautelar inominada, proposta pelo Ministério Público estadual, vinculada ao
inquérito que gerou o oferecimento da denúncia. Na decisão, o desembargador
suspendeu o exercício da função pública dos réus, mantida pelo STJ, e
determinou a expedição de 45 mandados de busca e apreensão.
Além de Júnior do Posto e Ismeralda,tiveram a
prisão preventiva decretada o secretário de Governo de Guapimirim, o presidente
da Câmara de Vereadores, o chefe do setor de Licitações da prefeitura, o
suposto braço direito da quadrilha, conhecido como Ronaldinho, e o jornalista
Ivan Azevedo Valentino, o Ivan do Gazetão.
(Proc. nº 0024914.12.2012.8190000 - Apelação nº
0101853-64.2011.8.19.0001)
OAB TERÁ DE INDENIZAR CANDIDATOS
PREJUDICADOS NO EXAME DE ORDEM
O Ministério Público Federal em São João de
Meriti (RJ) moveu ação civil pública contra a Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para que reparem os danos morais
sofridos pelos bacharéis de Direito que realizaram o 6º Exame Unificado da OAB
no Colégio Futuro VIP, em Duque de Caxias. O MPF requer também que a OAB e a
FGV, responsável pela organização do exame, devolvam os valores de inscrição
pagos pelos examinandos e reparem os danos materiais decorrentes de eventuais
furtos de pertences pessoais.
Durante a realização do exame da OAB no dia 5
de fevereiro deste ano, faltou energia elétrica no Colégio Futuro VIP, e os
candidatos foram orientados a ficarem dentro de suas salas, sem ventilação ou
iluminação, submetidos a um calor intenso e sem água para beber. Quando foram
liberados pelos fiscais para ficarem no pátio do colégio, alguns candidatos
puderam levar seu pertences pessoais, incluindo cadernos de provas, celulares,
e materiais consultivos, enquanto outros tiveram seus pertences trancados
dentro da sala de prova. Não havia qualquer representante da OAB no colégio e o
representante da FGV que se encontrava no local não sabia como resolver a
situação.
Durante a confusão, a polícia teve de ser
chamada para liberar os bens que estavam retidos e, quando obteve acesso a seus
pertences, uma candidata percebeu que seu celular havia sido furtado. Além
disso, uma portadora de deficiência relatou a completa falta de acessibilidade
na escola na qual foi aplicado o exame.
Após a instauração de inquérito pelo MPF, a
FGV promoveu a aplicação de uma nova prova aos 686 candidatos de Duque de
Caxias, prejudicados pela falta de energia elétrica. No entanto, o cronograma
de datas do edital foi mantido, ou seja, os examinandos de Duque de Caxias
tiveram um prazo menor de estudos para realizar a 2ª Fase do exame em relação
aos demais.
Segundo o procurador da República Renato
Machado, autor da ação, os bacharéis em Direito sofreram sérios danos de esfera
moral, e o princípio constitucional de isonomia foi desrespeitado pela OAB e
pela FGV, que agiram de forma omissa e desrespeitosa.
RÁPIDAS
• Por meio de Portaria, publicada nesta
terça-feira (18) no Diário de Justiça Eletrônico, o juiz Orlando Eliazaro
Feitosa, titular da 148ª ZE, responsável pela fiscalização de propaganda em
Magé, proibiu a circulação de aparelhagem de som em todo município. Os comícios
continuam permitidos, desde que sua realização seja comunicada à zona eleitoral
com antecedência mínima de 48 horas.
• O juiz fundamenta que sua decisão está
respaldada no Código de Postura do Município e no Código Eleitoral, e ocorre em
face do constante desrespeito às normas eleitorais por parte de candidatos de
todos os partidos e coligações. Até o momento, os fiscais de Magé já
apreenderam mais de 100 carros de som na cidade.
• Durante toda a manhã desta terça-feira,
diversos cidadãos de Magé, e até mesmo candidatos, ligaram para o cartório da
148ª Zona Eleitoral, agradecendo pela medida adotada pelo magistrado. Segundo o
chefe da fiscalização, Wagner Leandro Rabello, alguns políticos da região já se
posicionaram quanto a não recorrer da decisão, com receio de desagradar ao
eleitorado da cidade.
• A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e
apreensão expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo contra
ex-controladores do Banco Cruzeiro do Sul. A ação ocorreu ontem (17) em uma
residência na capital paulista e uma empresa no Rio de Janeiro que poderia
estar servindo, segundo a PF, para a ocultação de bens adquiridos ilicitamente.
• A pedido da Polícia Federal, a Justiça
determinou, além disso, a indisponibilidade de bens dos investigados, como
imóveis, veículos e recursos em investimentos bancários e no mercado
financeiro. As identidades desses ex-controladores não foram informadas sob
alegação de que o inquérito tramita em segredo de Justiça.
• Na sexta-feira (14), por motivos diversos,
segundo informação da PF, o Banco Central (BC) já havia decretado a liquidação
extrajudicial do banco após ter adotado a intervenção na instituição, com o
afastamento da família Índio da Costa do controle do Cruzeiro do Sul. A gestão havia passado a ser
feita pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), como forma de proteger os
depósitos dos clientes até a liquidação extrajudicial.
• Segundo a polícia, o inquérito que resultou
nos mandados de busca e apreensão havia sido iniciado em 2010 para apurar a
ocultação de prejuízo e a criação de resultados positivos artificiais nas
demonstrações financeiras do banco durante o ano de 2008 e o primeiro quadrimestre
de 2009. Essas operações teriam levado ao pagamento indevido de dividendos a
acionistas e outros valores aos controladores.
• Os envolvidos nesse inquérito foram
indiciados pela Polícia Federal por crimes contra o sistema financeiro. Entre
os crimes, estão os de formação de quadrilha, gestão fraudulenta e indução de
investidor a erro por meio de sonegação de informações ou divulgação de
informações falsas. As penas podem variar de um a 12 anos de reclusão.
• O desembargador Guaraci de Campos Vianna, da
19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, manteve a sentença proferida em
primeira instância e condenou a empresa Intermédica Sistema de Saúde a
indenizar em R$10 mil, por danos morais, uma menor que, mesmo correndo risco de
morte, teve o seu pedido de internação recusado pela operadora ré, sob a
alegação de que o plano de saúde da paciente estava em período de carência.
• A paciente, na época com menos de um ano de
idade, chegou ao Hospital Santa Maria Madalena, localizado na Ilha do
Governador, Zona Norte do Rio, apresentando quadro de bronquiolite viral e
necessitando de internação imediata para realização de oxigenioterapia em UTI
Neonatal/Pediátrica. Porém, mesmo após comprovada a urgência da situação, a
operadora de plano de saúde recusou-se a autorizar o custeio integral do
tratamento da menor.
• Segundo o relator da decisão, desembargador
Guaraci Vianna, a Lei 9656/98, ao dispor sobre os planos e seguros privados de
saúde, prevê que não pode haver qualquer tipo de delimitação quando se tratar
de internação emergencial hospitalar. “Destarte, entendo que cláusula relativa
à estipulação de prazo de carência é abusiva e nula, eis que vai de encontro ao
disposto na Lei 9656/98”, escreveu o magistrado.
• “Assim, correta a sentença recorrida ao
condenar o apelante a realizar a imediata internação da autora, bem como
pagamento de indenização a título de danos morais, considerando a negativa de
internação de forma abusiva e a urgência da situação, violando a garantia da
proteção da dignidade da pessoa humana, artigos 1º, III e 5º da CRFB/88”,
concluiu o desembargador.
• Em primeira instância, a juíza Simone Dalila
Nacif Lopes já havia determinado
liminarmente que a operadora ré procedesse à imediata internação da autora na
UTI Neo-Natal/ Pediátrica, fornecendo todos os medicamentos necessários até a
plena recuperação da menor, sob pena de multa diária de R$500.
• Posteriormente, em sentença proferida pelo
juiz Marcello Rubioli, titular da 2ª Vara Cível da Regional da Ilha do
Governador, a decisão foi mantida, condenando-se a operadora ré a indenizar a
vítima em R$10 mil, pelos danos morais sofridos. Inconformada com o valor
arbitrado, a empresa recorreu da sentença, interpondo o presente recurso de
apelação à segunda instância deste Tribunal.
• A deputada federal Andreia Zito (PSDB-RJ)
ocupou a tribuna do Plenário da Câmara nesta terça-feira (18) para fazer um
pronunciamento sobre a sua indignação, como parlamentar e moradora da Baixada
Fluminense, em relação à chacina ocorrida na Chatuba (Mesquita) no final de semana retrasado e pedir
providências do governo para evitar outras tragédias.
• A deputada ressaltou que a Baixada Fluminense
é a segunda região mais populosa do estado, com mais de três milhões de
habitantes, e que a denominação de "Baixada" se deve apenas a uma
situação geográfica, e não a uma classificação depreciativa da região.
• “Como deputada federal eleita pelo Estado do
Rio de Janeiro e moradora da Baixada Fluminense, venho a esta tribuna hoje para
reforçar o coro de indignação de todos os brasileiros com o ocorrido há pouco
mais de uma semana, quando nove pessoas foram assassinadas de forma cruel na
Baixada Fluminense”, afirmou a parlamentar.
• Em seu pronunciamento, a deputada lembrou que
“os bandidos foram de uma audácia nunca vista, já que os crimes aconteceram em
uma área que pertence ao Exército, nos municípios de Nilópolis e Mesquita”. Ela
criticou a falta de ação do poder público, acrescentando: “Mais uma vez o
governo chega com os cadeados para uma casa que foi totalmente arrombada”.
• Andreia Zito acrescentou que é de
conhecimento do governo estadual que a Baixada Fluminense, assim como outras
áreas que integram a região Metropolitana do Rio, “passou a ser o novo endereço
de bandidos que fogem de áreas pacificadas”.
• Por conta disso, segundo ela, a sociedade não
pode mais continuar apenas ouvindo promessas de que serão instaladas UPPs.
“Precisamos de prazos, precisamos de políticas de segurança para todo o estado,
que impeçam tragédias como a que ocorreu e que não atendam apenas a interesses
políticos e eleitorais”, enfatizou a parlamentar.
• Andreia Zito ressaltou que essas áreas não
receberão grandes eventos internacionais nos próximos anos e foi taxativa: “Mas
nós, que moramos nessas regiões, precisamos ter nosso direito de ir e vir
assegurado pelo poder público, pois pagamos nossos impostos como qualquer
cidadão”.
• O primeiro dia da
greve dos bancários no Rio causou transtorno para quem precisava de atendimento
nas agências. Na capital fluminense, onde, segundo o Sindicato dos Bancários,
existem cerca de 1,3 mil agências, a maioria aderiu ao movimento.
• Na Avenida Rio Branco, no centro da cidade,
onde há grande concentração de bancos, a maioria permaneceu fechada na manhã desta
terça (18), de acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Almir
Aguiar. Segundo ele, a adesão à greve neste ano é maior que nos anteriores.
• Entre as
reivindicações, os bancários querem reajuste salarial de 10,25%, aumento na
participação do lucro, adoção de piso salarial de R$ 2.416,38, além da
reestruturação de benefícios.
• A Federação Nacional do Bancos (Fenaban),
apresentou contraproposta com reajuste de 6% para correção de salário, pisos,
benefícios e participação nos lucros. A oferta foi recusada pelos bancários.
• O fechamento das
agências acaba prejudicando quem não tem nada a ver com o assunto, como foi o
caso É o caso do aposentado Cláudio da Silva, que saiu de São Lourenço, em
Minas Gerais, para fazer a retirada de um cartão bancário para sacar o salário.
“Vim de Minas para pegar o cartão, eu não estava sabendo da paralisação. Foi
perda de tempo ter vindo”, lamentou.
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