domingo, 7 de julho de 2013

BAIXADA URGENTE

STF TEM 7 AÇÕES PENAIS
CONTRA PARLAMENTARES

O Supremo Tribunal Federal (STF) tem sete ações penais contra políticos prontas para julgamento, segundo levantamento feito pela Agência Brasil no sistema de dados da Corte. Um dos processos está na fila há cinco anos, enquanto duas ações penais levaram cerca de dez anos para ficar prontas – o dobro do tempo de preparo da Ação Penal 470, o processo do mensalão.
Para o ministro do STF Marco Aurélio Mello, a demora no julgamento desses processos é arriscada. "Para o direito penal não há nada mais danoso que a passagem do tempo, pois há o risco de prescrição", avalia. Ele observa que, caso os políticos não sejam reeleitos em 2014, as ações penais devem ser encaminhadas a instâncias inferiores, atrasando ainda mais o desfecho dos casos.
Um dos denunciados é o presidente em exercício do PMDB, senador Valdir Raupp (RO) que tem duas ações penais aguardando inclusão na pauta do dia, sob relatoria do ministro Celso de Mello. A primeira, por peculato, chegou à Corte em 2003 e ficou pronta em fevereiro do ano passado. A segunda, que está no Supremo desde 2004, trata de crimes contra o sistema financeiro e foi liberada para julgamento em 2007.
O deputado Jairo Ataíde (DEM-MG) também está pronto para ser julgado no STF por crime de responsabilidade e crime relativos à Lei de Licitações. O caso chegou ao STF em 2007 e já passou por dois relatores. A ministra Rosa Weber assumiu o processo em 2011 e o liberou para a pauta no ano seguinte.
O ministro Antonio Dias Toffoli levou dois anos para preparar duas ações penais, entregues em abril deste ano. Em uma delas, o deputado federal João Paulo Lima e Silva (PT-PE) responde por crime da Lei de Licitações.
O deputado Tiririca (PR-SP) também já pode ser julgado pelo STF devido à apresentação de dados falsos à Justiça Eleitoral. O processo foi tirado da pauta em 2012 pelo relator Gilmar Mendes, devido à aposentadoria do revisor Cezar Peluso, e liberado novamente em junho deste ano.
Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de imprensa do STF não informou, até o fechamento da matéria, se o presidente Joaquim Barbosa pretende priorizar o julgamento desses processos ainda este ano. A expectativa do ministro é definir o quanto antes a situação dos recursos do mensalão, o que deve durar pelo menos um mês.

PT COBRA MUDANÇA
RADICAL NO GOVERNO

Diante da proposta do PMDB no sentido do Governo reduzir o atual número de ministérios (39), o PT decidiu radicalizar e agora quer uma reforma ministerial. Numa reunião na manhã de sábado no Palácio do Planalto, com a bancada no Congresso, os parlamentares fizeram duras críticas à atual administração. E o ponto mais criticado foi a articulação política, a cargo das ministras Ideli Salvatti, de Relações Institucionais, e Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, que participaram do encontro e ouviram caladas às reclamações. Fora do Palácio do Planalto, quem verbalizou a insatisfação foi o líder na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), que afirmou que a "viola desafinou". O hoje líder do PT ganhou as manchetes quando um seu assessor, quando ele ainda era deputado estadual no Ceará, foi preso com US 100 mil dólares da cueca, dinheiro que foi apreendidos pela Polícia Federal e que está bloqueado peal Justiça.
No tocante à economia, a presidente Dilma afirmou que a inflação, que está em 6,7% no acumulado em 12 meses, não saiu do controle e fechará o ano dentro da meta. Ela afirmou ainda que os fundamentos da política econômica estão preservados. No tocante à comunicação, os petistas também pediram o aprofundamento de uma política de democratização da mídia – tema que não encontra ressonância no Planalto. E a presidente Dilma também fez questão de evitar críticas à ministra Helena Chagas, ao dizer que "nós", usando a primeira pessoa do plural, para falar de falhas na comunicação dos resultados dos ministérios.
Os deputados que mais verbalizaram críticas foram Ricardo Berzoini (PT-SP) e André Vargas (PT-PR). No encontro, a presidente usou também uma frase para interpretar as manifestações de rua. "O povo quanto mais tem mais quer", disse ela. Como resposta aos protestos, ela voltou a defender o plebiscito e pediu engajamento de sua base política no Congresso. Dilma usou as palavras "unidade e coesão" e não fez qualquer sinalização sobre mudanças no ministério. (Fonte: Brasil/247)

PEZÃO BARRADO EM
PROGRAMA DE RÁDIO


O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) acolheu a liminar pedida pela Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro, para impedir o pré-candidato Luiz Fernando Pezão(PMDB) de participar da programação da rádio 93 FM.  A suspensão é resultado de uma representação movida pelo procurador regional eleitoral Maurício da Rocha Ribeiro, por propaganda eleitoral antecipada, após o vice-governador do Rio ter feito 29 aparições em um programa da rádio, entre final de fevereiro e início de maio deste ano. O TRE também acolheu o pedido da fixação de multa de R$ 50 mil por cada nova participação do político na 93FM.
A representação, movida no último dia 3, cita trechos de entrevistas em que Pezão exalta os programas do atual governo e destaca qualidades de seu trabalho quando prefeito em Pirai (RJ): “Eu procurei sempre levar a excelência pra dentro das salas de aula de todas as escolas... Todas elas eram iguais, isso do filho do rico ao filho do mais pobre tinha a mesma oportunidade na escola pública aonde eu fui prefeito", citou o pré-candidato.
"A decisão confirma a disposição do TRE-RJ no sentido de não permitir a antecipação da campanha eleitoral do pleito de 2014, o que ameaçaria a normalidade do certame e igual oportunidade aos candidatos que deve sempre imperar", afirmou o procurador regional eleitoral Maurício da Rocha Ribeiro.
Esta não é a primeira vez no ano que o candidato é acusado de propaganda antecipada. Em março, a Procuradoria pediu a suspensão do site "Quem é Pezão", de seu serviço de telemarketing ativo, de sua página pessoal no Facebook e da veiculação de vídeos e jingles sobre o político. Na ocasião, o pré-candidato e o PMDB-RJ foram multados e tiveram perda do tempo de propaganda.
Além disso, houve também a representação em face da irregularidade ocorrida no mês de março durante a veiculação da propaganda partidária do PMDB, nos minutos reservados ao partido em rádio e TV, desvirtuada para promover a imagem do pré-candidato.

USUÁRIO PAGA PASSAGEM
ATÉ DE QUEM NÃO VIAJA

Na pesquisa realizada pelo IPEA e divulgada pelo blog, o dado mais escabroso não é a leniência do Poder Público que reajustou as passagens, entre 2000 e 2012, com margem de 65% acima da inflação oficial no mesmo período. O fato mais grave revelado pela pesquisa é que ouve uma queda de 21% no número de passageiros transportados, o que deveria provocar a redução da tarifa, mas, por lei, o poder público deve garantir a margem de lucro dos privilegiados donos das empresas que exploram o transporte público no País. Daí que, quem viaja de ônibus, trem ou metrô, paga um adicional na sua passagem para cobrir essa redução de passageiros. As contas feitas pelas agências fiscalizadoras levam em conta que se, de cada 100 lugares, 25 estão vazios por falta de usuário, os 75 restantes pagarão toda a despesa de viagem.
Em outras palavras, a queda do número de passageiros transportados, ao invés de ser suportado pela empresa ineficiente e mal administrada, é cobrado do passageiro refém desse sistema obsoleto e injusto.
Para agravar a situação dos passageiros, as agencias fiscalizadoras, apinhadas de amigos de políticos e dirigentes sindicais, cão impotentes para fiscalizar, como deveriam, as empresas encarregadas de fiscalizar as concessionárias. A denúncia foi feita no sábado pelo presidente do Tribunal de Cotas do Estado, conselheiro Jonas Lopes de Carvalho Júnior, ao comentar os péssimos serviços prestados pela concessionária CCR-Barcas S/A, que tem no seu quadro de advogados a Dra. Adriana Ancelmo Cabral, primeira dama do Estado.
Segundo Carlos Henrique Ribeiro, pesquisador do IPEA, o aumento da renda das famílias também pode ser considerado negativo para o transporte público, uma vez que ele veio associado a mais investimentos em transportes privados (redução do IPI dos automóveis) e, consequentemente, em maiores congestionamentos urbanos. “É um círculo vicioso”, conclui o pesquisador, que aponta o oligopólio do setor como outro fator que influencia o aumento das tarifas acima do índice de inflação.
É por isto que o povo foi para as ruas. Não foram meros 20 centavos a causa da indignação geral, mas o fato dos políticos não enfrentarem engarrafamento, pois tem à sua disposição helicópteros e aviões da FAB, pagos com o dinheiro dos impostos que pagamos.

TCE MANDA SERVIDORES DE CAXIAS
DEVOLVEREM SALÁRIOS DE MARAJÁS

Aprovado pelo plenário do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) quinta-feira (4), o Relatório de Auditoria especial realizada na Prefeitura Municipal de Duque de Caxias apontou um quadro de descalabro na administração municipal, especialmente durante o governo do ex-prefeito Zito.
Além dos pagamentos indevidos a servidores, foram constadas pessoal acima do teto constitucional (subsídios do prefeito) a despesas milionárias com serviços pagos mas não executados, além do sumiço de patrimônio, como no caso de veículos, e problemas de assunção de despesas em fim de mandato sem suficiente disponibilidade de caixa.
"Estamos comunicando tudo que encontramos ao Ministério Público do Estado, todos os indícios de crime praticados contra a administração pública, contra a Lei de Licitações. Tudo está sendo comunicado ao MP, que é responsável pelas ações penais, para que tome providências cabíveis", ressaltou o presidente do TCE, Jonas Lopes de Carvalho Junior, lembrando que tudo o que foi verificado "está sendo questionado e cobrado à prefeitura".
O pagamento de pessoal acima do teto constitucional foi uma das mais graves irregularidades observadas. "Só com o pagamento de aposentadoria de um único servidor acima do teto o prejuízo fica em torno de R$ 280 mil", destacou o presidente do TCE. Em 2012, o teto salarial aprovado para o município era de R$ 24.500, mas teve servidor que recebeu mensalmente cerca de R$ 50 mil, por conta da não aplicação do redutor para adequação da remuneração. Até o ex-prefeito Zito recebeu o equivalente a 139.987,69 Ufir-RJ (R$ 336 mil) de forma irregular.

MORADORES DE XEREM DE CASA
NOVA 6 MESES APÓS AS CHUVAS


O prefeito Alexandre Cardoso entregou na manhã deste sábado (6), as chaves aos novos proprietários de apartamentos no condomínio Bolzano, no bairro Parque Nossa Senhora do Carmo. Entre as mais de 400 pessoas que conseguiram realizar o sonho da casa própria, 69 perderam tudo durante o temporal do dia 3 de janeiro que afetou todo o distrito de Xerém, principalmente na localidade de Café Torrado, deixando centenas de pessoas sem casa e milhares desalojadas, obrigadas a viver em abrigos montados pela prefeitura naquela região.
A entrega das novas casas para as primeiras 69 famílias ocorreu seis meses depois do temporal. Nesse período, as famílias cadastradas pela Defesa Civil e pela Secretaria de Aça Social do município tiveram acesso ao aluguel social e a um novo imóvel. Segundo o prefeito Alexandre Cardoso, a promessa do início do ano foi cumprida.
“Todos aqueles que quiseram mudar de Xerém para o condomínio da Bolzano, estão recebendo um apartamento quitado e mobiliado. Mas tudo isso, só foi possível porque houve uma parceria entre o município e os governos federal e estadual. Tanto que conseguimos para todas estas pessoas a isenção do pagamento das mensalidades. Estamos, neste momento, regatando a dignidade destas pessoas de terem sua casa própria e um lugar seguro e fora da área de risco”, ressaltou o prefeito Alexandre Cardoso.
Durante a solenidade Alexandre Cardoso anunciou que pretende enviar à presidente Dilma Rousseff um pedido para que libere verba também para a compra de móveis e eletrodomésticos aos demais moradores do condomínio.
“Pretendo conversar com a presidente e solicitar o mesmo benefício que foi dado pelo governo do estado aos demais moradores. Creio que ela será sensível ao nosso apelo. Meu sonho é que este condomínio seja um modelo para o país. Desejo, sinceramente, que a partir daqui o programa “Minha Casa, Minha Vida” possa oferecer, além de um imóvel de qualidade, a possibilidade de o novo morador ter seu apartamento mobiliado”, disse
Segundo o prefeito, seu objetivo é retirar a maioria das pessoas que ainda moram em área de risco no município, algo em torno de cinco mil pessoas, e coloca-las em imóveis do programa federal “Minha Casa, Minha Vida” existente no município. “Quero reduzir ao máximo esta situação em toda a cidade. Creio que isso será possível, mas não será de uma hora para outra. Até porque precisamos ter os imóveis para oferecer”, explicou.
O secretário de Assistência Social do estado, Zaqueu Teixeira destacou a parceria entre a prefeitura e o governo do estado que investiu em toda a região, inclusive melhorando o fornecimento de água. “Estivemos mobilizados durante o temporal em Xerém. Tudo o que está acontecendo aqui é resultado de uma parceria entre os governos”, afirmou.
O condomínio Bolzano, localizado na Estrada do Calundu, no bairro Parque Nossa Senhora do Carmo, próximo à estação ferroviária de Gramacho, possui 2.500 unidades, de sala dois quartos, banheiro e cozinha, área de lazer, segurança 24 horas.  O valor do apartamento está em torno de R$ 62 mil. Os desempregados ou pessoas que tenham renda de até um salário mínimo irão pagar a mensalidade de R$ 25, enquanto quem ganhe acima deste valor pagará 5% do salário declarado durante a assinatura do contrato com a Caixas.
As 69 famílias receberam suas casas equipadas com fogão, sofá, cama de casala com colchão, duas camas de solteiro com colchões, geladeira, televisor de LED 26 polegadas, estante, guarda- roupa de casal, guarda roupa de solteiro, ventilador de teto para quarto de casal, ventilador de teto para quarto de solteiro, liquidificador mesa com quatro cadeiras. (Fotos: George Fant)
  
RÁPIDAS

•  A presidenta Dilma Rousseff negou neste sábado (6) a intenção de fazer uma reforma ministerial. Em nota oficial, divulgada hoje, a presidenta reafirmou que espera dos ministros empenho nos cinco pactos firmados com governadores e prefeitos.
•  “O que espero de meus ministros é empenho nos cinco pactos firmados com os governadores e prefeitos de capital: responsabilidade fiscal para garantir a estabilidade da economia e o controle da inflação; reforma política com plebiscito; melhoria profunda nos serviços públicos de saúde; pacto nacional da mobilidade urbana que permita um salto de qualidade no transporte público; e destinação dos royalties do petróleo para educação.
•  Dilma destaca ainda que dos ministros quer “determinação para manter o Brasil no caminho do crescimento, da inclusão social, da geração de emprego e renda e da estabilidade econômica”.
•  Na manhã deste sábado a presidenta se reuniu com os ministros Aloizio Mercadante (Educação), José Eduardo Cardozo (Justiça), Fernando Pimentel (Indústria e Comércio) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) no Palácio da Alvorada. Segundo a Agência Brasil, os assuntos tratados na reunião não foram divulgados.
•  O Supremo Tribunal Federal (STF) deverá julgar os primeiros recursos da Ação Penal 470, o processo do mensalão, a partir da segunda quinzena de agosto. De acordo com a assessoria de imprensa da Corte, essa
é a vontade do presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, responsável por colocar o processo em pauta.
•  Como o STF volta do recesso no dia 1º de agosto e tem sessões apenas às quartas e quintas-feiras, o julgamento poderia recomeçar, em tese, a partir do dia 14 de agosto.
•  A Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou com ação no Supremo Tribunal Federal pedindo a obrigatoriedade da divulgação dos doadores de campanha nas prestações parciais de contas dos candidatos, feitas em agosto e em setembro do ano eleitoral. Atualmente, a especificação só é cobrada por lei na apresentação final de contas, realizada 30 dias após o pleito.
•  O Ministério Público questiona trecho do item incluído em 2006 na Lei das Eleições, de 1997, que instituiu a divulgação pela internet das prestações parciais de contas dos candidatos. O item determina a divulgação de recursos recebidos e os gastos realizados, mas indica que o detalhamento do nome dos doadores deve vir apenas na prestação final
•  De acordo com a PGR, o item pretendia criar um mecanismo de controle e de combate à corrupção nas campanhas eleitorais, mas teve seu objetivo desviado com a regra sobre a identificação dos doadores apenas no final. “Em que pese a intenção do legislador de assegurar proteção aos mencionados valores constitucionais, a parte final do dispositivo questionado contém ressalva que é de todo incompatível com esses mesmos preceitos”, argumenta a PGR.
•  A ação chegou ao STF no dia 18 de junho, mas só foi divulgada hoje (4). O relator é o ministro Teori Zavascki, que pediu informações e abriu prazo de cinco dias para manifestação da PGR e da Advocacia-Geral da União (AGU). Os prazos do STF estão interrompidos no mês de julho devido ao recesso.
•  A Procuradoria Geral da República ajuizou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.989, perante o Supremo Tribunal Federal (STF), contra o artigo 28, §4º da Lei 9.504 (Lei das Eleições). A discussão gira em torno da expressão “somente na prestação de contas final de que tratam os incisos III e IV do art. 29”.
•  De acordo com a petição inicial, a Lei das Eleições instituiu um importante mecanismo de controle prévio das contas de campanhas eleitorais, visando conferir maior transparência, permitir o acesso por parte do eleitorado e contribuir para moralizar a disputa por cargos eletivos. A obrigatoriedade de divulgação da prestação de contas pela internet, em sítio criado pela Justiça Eleitoral, é uma das medidas adotadas pela regra eleitoral.
•  A ação questiona a possibilidade de omissão, nos relatórios prévios à eleição, dos nomes dos doadores e dos valores doados a candidatos, partidos e coligações. “Pelos termos da expressão impugnada, a divulgação de tais dados somente seria exigida por ocasião da prestação de contas final, a qual é realizada após o pleito”, alerta.
•  Na análise da PGR, a norma permite o sigilo de informações vitais ao eleitorado, impedindo que tome conhecimento prévio de quem são os responsáveis pelo custeio das campanhas daqueles que disputam a eleição.
•  Para o Ministério Público Federal (MPF), a necessidade de prestação de contas “aponta para a gravidade das irregularidades em financiamentos de campanha, que estão na gênese de grande parte dos casos de corrupção, que sangram os cofres públicos e corroem as bases de legitimação do Estado”.
•  O MPF destaca que o roteiro da corrupção se inicia, geralmente, com as doações irregulares para campanhas, que não são contabilizadas, o que resulta no esquema conhecido como “caixa 2”. “Após a eleição, os candidatos têm de pagar as suas dívidas aos doadores e aí ocorrem os favorecimentos em licitações e contratos, os superfaturamentos e os desvios de verba pública”, explica.
•  Na visão da PGR, as irregularidades originam “as mais promíscuas relações entre atuais ou futuros agentes públicos e os detentores do poder econômico, cujos custos, não apenas patrimoniais, como também morais, tanto penalizam a Nação”. A ação avalia, ainda, que “a corrupção endêmica da máquina pública, que tantos males faz ao país, encontra-se visceralmente ligada às irregularidades na arrecadação de recursos para campanhas eleitorais”.
•  A PGR conclui que a expressão impugnada é francamente inconstitucional, uma vez que “viola o princípio da vedação à proteção deficiente de bens jurídicos constitucionalmente tutelados, que representa uma das facetas do princípio da proporcionalidade”. Além disso, a possibilidade de omissão na prestação de contas “fragiliza a tutela da publicidade que deve ser dada à arrecadação desses recursos, com reflexos negativos na coibição ao abuso do poder econômico e na proteção de valores como a legitimidade, a moralidade e a probidade do pleito.
•  Os efeitos negativos de um transporte público caro e de má qualidade não estão restritos à questão da mobilidade urbana. Prejudicam também outras áreas vitais para a vida do cidadão, como saúde, educação, finanças e cultura. Especialistas e integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) consultados pela Agência Brasil avaliam que a mobilidade urbana está diretamente relacionada à qualidade de vida, além de ser um dos maiores causadores de estresse da vida das pessoas.
•   “É um trauma para todo mundo. Principalmente para quem fica em pé, duas horas, crucificado, com alguém tentando pegar bolsa, apalpar. Não é à toa que as pessoas estão preferindo usar motocicletas, mesmo que isso represente risco a própria integridade física por causa dos acidentes, e não é à toa que essas manifestações conseguiram tantas adesões”, disse à Agência Brasil o doutor em políticas de transporte pela Universidade Dortmund, na Alemanha e professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), Joaquim Aragão.
•  As manifestações citadas pelo especialista foram iniciadas pelo MPL em São Paulo. O movimento tem, como um de seus interlocutores, o professor de história Lucas Monteiro. “Defendemos Tarifa Zero porque, além de ser a única forma de as pessoas terem acesso à cidade, o transporte público beneficia áreas vitais como saúde e educação. Por isso já imaginávamos que nossa luta se espalharia pelo país, mas não que iria alcançar a dimensão que alcançou”, disse à Agência Brasil.
•  De acordo com o representante do MPL, o incentivo ao uso de transportes individuais causa também problemas como aumento da poluição e do número de atropelamentos, o que resulta em mais gastos e problemas para a saúde pública. Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2010, 42.844 pessoas morreram nas estradas e ruas do país. Desse total, 10.820 acidentes envolveram motos. No mesmo ano, o gasto total do Sistema Único de Saúde (SUS) com acidentes de trânsito foi R$ 187 milhões. Só com internação de motociclistas foram gastos R$ 85,5 milhões.
•  Além disso, acrescenta Monteiro, diversos tratamentos de saúde deixam de ser feitos porque os pacientes não têm condições de pagar pelo deslocamento. E o problema relacionado à falta de condições para custear os transportes também afeta o direto e a qualidade da educação.
•   “Frequentei muitas às escolas públicas. É comum alunos faltarem aulas por não terem dinheiro para ir à escola. Além do mais, direito à educação não está restrito a apenas ir à escola ou ao banco escolar. Os estudantes precisam ter acesso à cultura, a visitar museus. E, sem circular, não há como ter acesso a isso. A grande maioria não vai ao centro da cidade, museus, centros culturais para complementar sua formação”, disse Monteiro.
•  Segundo Aragão, dificuldades para mobilidade urbana afetam diretamente o rendimento escolar de jovens e crianças, que ficam cansados e com o sono sacrificado. “É um fator a mais a prejudicar o rendimento, além da qualidade de instalações do ensino público. Da mesma forma, afeta também a evasão escolar, a formação de profissionais e a produtividade do país”, disse o especialista.
•  “A mobilidade bloqueia inclusive a vida social do cidadão de baixa renda, que fica sem acesso a entretenimento, cultura e lazer. Esses são privilégios das pessoas motorizadas. Uma família de quatro pessoas que queira se deslocarem da periferia até um parque no centro da cidade gastará R$24, caso a passagem unitária custe R$3. Para quem recebe salário mínimo, isso é impossível”, disse.
•  Arquiteto, urbanista e especialista em transporte público, Jaime Lerner diz que por trás das manifestações iniciadas pelo MPL está o descrédito nas políticas públicas e a falta de respostas à sociedade, sobre os diversos serviços públicos prestados a ela. “E tudo fica mais fácil em todas as áreas quando se tem um bom transporte público”, disse o ex-prefeito de Curitiba (PR), responsável pelo projeto que mudou o transporte coletiovo naquela capital (Foto/Arquivo)

•  Muitas das mobilidades foram anunciadas sem sequer estudar a própria cidade, avalia Lerner. Segundo ele, é importante entender a cidade como um sistema de estrutura de vida, trabalho, movimento e mobilidade juntos. No fundo, acrescenta, faltam decisões políticas, e, em geral, essas decisões são voltadas para soluções mais caras.
•   “O Brasil é rápido em fazer coisa errada e demorado em fazer a coisa certa”, disse. “Sustentabilidade é equação entre o que você poupa e o que você desperdiça. Portanto, se tiver de se deslocar por distâncias cada vez maiores, é óbvio que a coisa não vai funcionar”.
•  E as contas das empresas de ônibus continuam bloqueadas à opinião pública. Na entrevista que concedeu ao semanário “Capital & Negócios”, há poucos dias, o ex-prefeito Zito cobrou do seu sucessor os motivos para a suspensão do programa “Tarifa Companheiro” em que, nos finais de semana e feriados, todos os passageiros pagavam meia passagem. Ele só não explicou, nem antes das eleições, nem durante a campanha eleitoral, que os outros 50% da tarifa eram pagos com o dinheiro que faltava nos hospitais e postos de saúde, na merenda escolar, na coleta de lixo e na manutenção das ruas e praças do município.
•  No caso da capital, o prefeito Eduardo Paes retirou R$ 100 milhões da verba do FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação
para o sindicato Rio Ônibus, a título de compensação pelas gratuidades dos alunos da rede pública municipal e a instalação do sistema de acompanhamento da assiduidade e frequência dos alunos.
•  Isto é, Eduardo Paes utilizou verba do FUNDEB para pagar á Rioônibus pelos serviços que deveriam ser feitos pela Secretaria de Educação, isto é, fiscalizar a frequência dos alunos. Com esse subterfúgio, as empresas receberam cerca de R$ 100milhoes, retirados do FUNDEB, sem precisar fazer qualquer coisa, pois não havia, nem haverá auditoria na “fiscalização” dos alunos da rede municipal pela Rioônibus.
•  A denúncia foi feita pelo vereador Eliomar Coelho, que requereu e conseguiu instalar uma CPI para investigar as empresas de ônibus da capital, que fornecem, a título de cortesia, um ônibus por semana a cada vereador, independente do partido a que pertença.

•  Coincidência, ou não, os valores pagos por Eduardo Paes corresponde à alegada perda de receita das concessionárias com a implantação do Bilhete Único Carioca. Só com a redução do ISS e o repasse da Secretaria de Educação, são cerca de R$ 100 milhões anuais repassado pela prefeitura para esses empresários”, diz Eliomar Coelho.
•  Curiosamente, o mesmo Eduardo Paes que retira R$ 100 milhões da Educação para beneficiar as empresas de ônibus, diz que só no Orçamento de 2014 terá recursos para iniciar um programa de recuperação dos viadutos da Capital, que estão caindo aos pedaços. Esta semana, um jovem, que tentava embarcar num trem na estação de Pilares, foi atingido na cabeça por um bloco que se descolou do viaduto que cruz a linha férrea. 
•  Realmente, depois de colocar o seu voto na urna, o eleitor é descarado, como se fosse lixo hospitalar e mandado de volta para a sua insignificante vida. Até a próxima eleição (se ele sobreviver num estado dominado pela bandidagem/milícia
•  O Departamento de Parques e Jardins iniciou segunda-feira (1) a reforma do obelisco da Praça Benzo Cavour, em frente a Prefeitura, em Jardim Primavera. O local, que pontua o centro geográfico de Duque de Caxias, é um dos principais marcos da cidade. O prisma ganhou uma nova pintura e o brasão do município. As intervenções também incluíram a revitalização da praça, que teve os canteiros e bancos recuperados, o piso trocado e os gradis renovados.
•  O prefeito Alexandre Cardoso, esteve reunido semana passada com comerciantes do Gramacho para explicar como irá funcionar o esquema de trânsito, a partir da liberação de um trecho de 800 metros da Avenida Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy), entre a passagem de nível da Supervia de acesso ´\ Vila Guaira até próximo a Rua Darcy Vargas.
•  Durante a reunião o prefeito lembrou que as obras no local estavam paradas há praticamente cinco anos. “Em seis meses avançamos muito. Inclusive, em relação ao terreno da antiga fábrica de tecidos, que era uma das dificuldades na duplicação. Acertamos a questão com o proprietário da área, assim como alguns imóveis que impediam o avanço do serviço. Pretendemos abrir trechos da Avenida Governador Leonel Brizola, melhorando o fluxo do trânsito”, explicou o prefeito.
•  Segundo o secretário de Obras, Luiz Felipe Carneiro Leão, o trecho, de cerca de 800 metros, a ser liberado esta semana, facilitará o fluxo dos veículos que vêm do Centro no sentido do Lote XV. “Com a liberação, ruas como a Pedro Lessa e a Rio Branco que eram mão dupla, passam a ser mão única. Acredito que o motorista do município sentirá uma diferença no fluxo em ambos os sentidos, justamente porque estas ruas terão somente um sentido”, concluiu.
•  No relatório da Auditoria extraordinária realizada pelo TCE a pedido do prefeito Alexandre Cardoso, o descaso com o patrimônio público chamou a atenção dos auditores pelo tempo em que o Município (mais de 10 anos) ficou sem registrar o que era comprado dom dinheiro público, inclusive máquinas e equipamentos hospitalares, conforme constatou a secretaria de Administração num inventário feito recentemente no hospital Moacyr do Carmo.
•  Ainda na área de patrimônio, o relatório cita levantamento da própria Secretaria Municipal de Transportes Públicos, que aponta o desaparecimento de 47 viaturas e 14 máquinas pesadas. Os técnicos do TCE também verificaram que 14 viaturas oficiais, que se encontram desaparecidas, possuem cadastro junto ao Detran-RJ como sendo veículos de propriedade particular.
•  Também foram encontradas viaturas adaptadas para ‘kit gás', mas desprovidas do equipamento. "Os ‘kit gás' dos carros sumiram", destacou o presidente Jonas Lopes. Apesar da frota depauperada, os técnicos do TCE constataram dívida da prefeitura com uma maiores oficina da cidade no valor de R$ 2 milhões.
•  O presidente do TCE destacou que a auditoria realizada em Duque de Caxias foi determinada a partir da gravidade das denúncias sobre problemas que afetaram o município no início do ano. Caso, por exemplo, da paralisação da coleta de lixo por falta de pagamento à empresa responsável. "O TCE recebeu denúncias no início deste ano, quando assumiram novos prefeitos, de que algumas cidades estavam um caos.
•  Como não temos pessoal suficiente para irmos a todos os municípios, fizemos auditorias primeiro naqueles que nos pareciam em situação mais graves e, no caso de Caxias especificamente, a população viveu um transtorno e sob risco em relação à saúde por conta do lixo. O Tribunal foi lá, verificou e está tomando as providências, está punindo os responsáveis, mandando devolver dinheiro público que foi pago indevidamente", finalizou Jonas Lopes.
•  Em razão dos problemas encontrados, a Corte de Contas está determinando ao atual prefeito, Alexandre Cardoso, que investigue as irregularidades apontadas pela auditoria. Os procedimentos investigativos devem ser iniciados em 60 dias.
•  Outra medida sugerida ao governante é a realização de concurso público, no prazo de 180 dias, para preenchimento de cargos necessários à prestação de serviços de saúde. A medida tem o objetivo de evitar convênios para contratação de pessoal voltado à execução de atividades-fim na área de saúde.
•  O Tribunal de Contas do Estado do Rio aprovou, por unanimidade, quinta-feira (4), relatório de auditoria que aponta falhas graves na fiscalização feita pela Agetransp na concessionária CCR Barcas, responsável pelo transporte de passageiros na Baía da Guanabara.
•  Além de listar uma série de problemas de fiscalização, a Corte de Contas determina à Agetransp que adote providências para melhorar a avaliação e o controle de qualidade dos serviços oferecidos aos usuários. "A agência reguladora, que tem a obrigação de fazer a fiscalização, não está cumprindo a contento a sua missão", afirmou o presidente do TCE-RJ, Jonas Lopes de Carvalho Junior.
•  Entre os problemas encontrados, está a falta de manutenção das embarcações. De acordo com o relatório do conselheiro Marco Antônio Barbosa Alencar, oito embarcações deveriam ter sido substituídas, pois são muito antigas. Uma delas foi construída em 1950 e deveria ter sido substituída em 2006. O relatório destaca que, apesar disso, não houve, por parte da Agetransp, qualquer iniciativa para aplicação de multa por conta do descumprimento contratual.
•  Segundo o documento, o uso de embarcações velhas aumenta o custo de manutenção e de combustível, onerando a tarifa e reduzindo a qualidade dos serviços prestados.
•  Também foi detectado que a agência não possui índices ou parâmetros objetivos para avaliar a qualidade dos serviços em virtude da falta de mão de obra técnica qualificada. Diz o parecer do TCE que a autarquia faz um "acompanhamento precário da qualidade do serviço de transporte" porque, na maior parte do tempo, atua apenas após reclamações e acidentes, e não de maneira preventiva.
•  O parecer do conselheiro Marco Antônio afirma ainda que o serviço de acompanhamento das receitas operacionais e acessórias das Barcas possui "baixa eficácia". Isso porque a Agetransp utiliza informações da própria CCR Barcas para saber a quantidade de passageiros transportados e o total arrecadado com essa atividade.
•  De acordo com o relatório, esse tipo de fiscalização fica sujeita a um risco maior de manipulação dos resultados. Para corrigir esse problema, o TCE determinou à agência que utilize soluções tecnológicas capazes de atestar a veracidade desses dados.
•  Por fim, o relatório estabelece medidas para aumentar a transparência da fiscalização exercida pela Agetransp. Segundo o relatório, a tabela do valor de tarifas está desatualizada no site da agência. No voto, o Tribunal determina que seja feita a atualização desses dados e a inclusão de planilhas de custos na página eletrônica. A auditoria do TCE-RJ foi feita entre fevereiro e maio deste ano.



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