RUI BARBOSA E O PALANQUE
DE DILMA NO RIO DE JANEIRO
Num momento em que a ordem é desafiada pequenos grupos de
mascarados, as instituições que sustentam a República – Executivo, Legislativo
e Judiciário –são vilipendiadas e os costumes políticos se aproximam
perigosamente do padrão de um prostíbulos de quinta categoria, um internauta
aproveitou o domingo para lembra um poema que a professora mineira Cleide
Canton fez, tendo como base um texto de Rui Barbosa, cidadão acima de qualquer
suspeita e que deveria servir de padrão para os políticos brasileiros que se
preparam para as eleições gerais de 2014, quando iremos às urnas,
compulsoriamente, escolher presidente da república, governador de estado, um
senador por estado e dezenas de deputados e senadores que, entre a eleição e a
posse, terão renunciado às promessa de campanha de defender o interesse
público, cumprir a Constituição Federal e as leis do País, inclusive a
fidelidade ao partido pelo qual se elegeu.
O que vemos hoje, menos de um ano das próximas eleições,
é a subversão do que deveriam ser os partidos políticos: um grupo de cidadãos,
unidos por um bem comum, lutando por conquistar o Poder, apresentando um
programa de metas e um projeto de governo. Na prática, o que vemos é a formação
de siglas que, antes de disputarem a primeira eleição, já se declaram a favor
do que aí está. O Governo já tem mais de uma dezena de partidos, que disputam
ferozmente uma vaga num dos 40 ministérios formados pela presidente Dilma
Rousseff, para tentar acolher, sob a proteção do Tesouro Nacional, os
interesses de mais de 400 parlamentares que, no Congresso Nacional, dão sustentação
política a esse mesmo governo.
Ora, Dilma foi apresentada pelo ex presidente Lula como
uma excepcional gestora, que iria dinamizar a administração e continuar o
projeto de governo encarnado por seu antecessor e padrinho político.
Assim, se era apenas mais do mesmo, não havia necessidade
de mais ministérios. O resultado dessa balbúrdia é que os dois principais
aliados do Governo, PT e PMDEB, disputam, ferozmente, os governo dos estados. A
situação se tornou bizarra no Rio de Janeiro, onde as principais lideranças do
PT defendem a transformação do palanque de Dilma seja uma espécie de “Arca de
Noé”, onde ficarão abrigados todos os candidatos ao governo do Rio que integram
a base do Governo em Brasília. O palanque será mais concorrido que os camarins
do Sambódromo no desfile das escolas de samba dos grupos especiais do Rio e de
S. Paulo, onde cada candidato terá seu próprio enredo, mesmo que não tenha samba no gogó.tenha samba no gogó..
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