domingo, 25 de maio de 2014

PMS PROTESTAM CONTRA
A FALTA DE SEGURANÇA 
No momento em que o Governo anuncia o reforço do policiamento para a Copa do Mundo, inclusive com a remoção de MPs destacados para batalhões do interior, policiais militares, amigos e familiares caminharam, na manhã deste domingo (25), na orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio, em protesto à morte de policiais em serviço ou mesmo nas folgas, em supostos assaltos. A corporação estima que cerca de 200 pessoas participaram do ato, que foi encerrado às 12h30 na altura da Rua Miguel Lemos.
Segundo a cabo Flavia Louzada, do Batalhão de Policiamento de Eventos, responsável pela organização do manifesto, a proposta é mostrar para a população que a dor dos familiares não pode ser esquecida.
"A vida do policial é sagrada como a de todo cidadão", declarou. Flavia afirmou ainda que 31 policiais foram mortos, e 117 ficaram feridos, em todo estado nos primeiros cinco meses de 2014. Ainda de acordo com ela, em 2013, 81 foram mortos e 221 baleados.
O soldado Alexander de Oliveira Silva, 34 anos, teve as duas pernas amputadas após um ataque com granada na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Coroa-Fallet, em 2011.  Ele participa da passeata para chamar atenção da violência contra a polícia.
"Eu sou vítima como os colegas que se foram. Quero ser valorizado como um trabalhador comum", disse. No cartaz que exibia, os dizeres: "não quero uma bandeira e um herói morto. Quero proteção do Estado e um pai vivo".
De cima de um carro de som, familiares de policiais que faleceram no exercício da função falavam sobre suas perdas, muito emocionados. "Quando o calo aperta, quando a gente precisa, é o 190 que a gente liga", desabafou a esposa de uma das vítimas.
O ato foi organizado através das redes sociais e mais de mil pessoas confirmaram presença.
“A morte de policiais não pode ser considerada um fato social comum. Vamos caminhar em protesto a morte de tantos policiais, pois a vida não tem preço”, dizia a convocação para o manifesto. (ABr)

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