terça-feira, 1 de julho de 2014

CUSTO MÉDIO DA ENERGIA CHEGA A
R$ 313 POR MWH PARA A INDÚSTRIA  
Depois de cinco novos reajustes autorizados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o custo médio da energia elétrica para a indústria brasileira passou de R$ 310,67 por MWh para R$ 313,16. Com o aumento de 0,8%, o país continua ocupando a 11ª posição mais cara no ranking internacional que contempla 28 países. O topo do ranking é ocupado pela Índia, com custo de R$ 596,96 por MWh.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira, dia 1º de julho, pelo Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), através do site “Quanto custa a energia elétrica para a indústria do Brasil?” (
www.firjan.org.br/quantocusta).
No ranking estadual de custo médio industrial, o estado do Rio Grande do Sul passou da 17ª para a 13ª posição mais cara, com o aumento de 8,48% no custo da energia após os reajustes da RGE, Demei e Eletrocar. O Rio de Janeiro se manteve na 5ª posição com o aumento de 0,26% após o reajuste da ENF, como também o estado de Minas Gerais que se manteve na 8ª colocação, após o reajuste de 0,15% da EMG.
O site “Quanto custa a energia elétrica para a indústria do Brasil? do Sistema FIRJAN, permite o acompanhamento permanente do custo da energia elétrica para a indústria brasileira, com comparações internacionais, recortes estaduais e informações por distribuidoras, que são atualizadas imediatamente a cada reajuste de tarifa.

►A INFLAÇÃO VOLTA A ASSUSTAR
Influenciada principalmente pelos preços dos alimentos e de serviços, a inflação tem ficado ao redor do teto da meta (6,5% ao ano) e tem dado sustos nos últimos anos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) somava 6,37% no acumulado entre junho de 2013 e maio deste ano.
Apesar de ter ultrapassado várias vezes 6,5% no acumulado em 12 meses ao longo dos últimos três anos, o IPCA, indicador oficial calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem conseguido encerrar o ano sem estourar o teto da meta. Em 2011, o índice encostou em 6,5%, recuando para 5,84% em 2012 e 5,91% em 2013. Apesar de a inflação não ter fugido do controle, a resistência em convergir para o centro da meta, de 4,5%, preocupa economistas e consumidores, que alegam perda do poder de compra no aniversário de 20 anos do Real.
Fundadora e presidenta do Movimento das Donas de Casa de Minas Gerais, Lúcia Pacífico diz que a inflação voltou a rondar o bolso dos brasileiros. “Nossa entidade constantemente monitora os preços. São aumentos pequenos, R$ 0,50 aqui, R$ 1 ali, mas que corroem o poder aquisitivo de quem vai aos supermercados. Hoje, vejo pessoas voltando mercadorias no caixa porque o dinheiro não deu”, reclama.
A sucessão de aumentos pequenos nos preços também preocupa o vendedor de banca de revistas José Edinaldo da Silva, 55 anos. Apesar de estar em nível menor que nos últimos anos, ele constata a volta da inflação. “Claro que não está como naquele tempo [antes do Plano Real], mas, meio por baixo do pano, a inflação está se manifestando. As revistas [da banca] estão no mesmo preço há muito tempo porque as editoras estão segurando, mas é só sair por aí para ver os aumentos”, diz.
No início do Plano Real, o governo usava a âncora cambial para conter a inflação. Com o dólar próximo de R$ 1 até 1999, o câmbio sobrevalorizado estimulava a importação de produtos baratos para competir com as mercadorias nacionais. Depois da crise de 1999, o governo liberou o câmbio e criou o regime de metas de inflação, pelo qual o Comitê de Política Monetária do Banco Central mantém o IPCA dentro de um intervalo por meio do controle da taxa Selic – juros básicos da economia..(ABr)

►CONFIANÇA DO SETOR DE SERVIÇOS EM QUEDA 
O Índice de Confiança de Serviços caiu menos de maio para junho, mas atingiu o menor patamar desde abril de 2009, divulgou hoje (1º) o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas. O recuo de 0,7% foi o quarto consecutivo e teve intensidade 5 pontos percentuais menor que o de maio (5,7%).
A piora do Índice da Situação Atual (ISA-S) teve mais peso na queda do indicador, pois caiu 1,5%, enquanto a percepção do futuro, medida pelo Índice de Expectativas (IE-S), ficou em -0,2%. De acordo com a FGV, o resultado mostra que "prevalece a percepção de um cenário de deterioração no ritmo de negócios". Apesar disso, a fundação pondera que a melhora do indicador Tendência de Negócios nos seis meses seguinte, que compõe o IE-S e subiu 0,8%, é um sinal favorável. A outro componente dessa parte do indicador, a Demanda Prevista, caiu 1,3%.
A pesquisa mostra que há mais empresas apostando numa melhora na situação dos negócios, proporção que subiu de 32,2% para 33,6%, enquanto a avaliação oposta diminuiu de 11,8% para 11,2%. Quanto à demanda, caiu de 33,6% para 31,9% o percentual de empresas que esperam aumento. Na outra ponta, também caiu o número das que acreditam na redução da demanda, de 14% para 13,8%.
A percepção da demanda atual foi decisiva para a avaliação do ISA-S, com recuo de 1,9% em relação a maio. Apesar de ter crescido – de 10,8% para 12,3% – o número de empresas que avaliam a demanda como forte, a alta não compensou o crescimento de 25,9% para 29% dos que a consideram fraca. A situação atual dos negócios recuou 1,1%.
Produção teve a maior queda em 33 meses, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras divulgado nesta terça-feira; categoria de bens de investimento mais uma vez foi a que registrou o pior desempenho entre os três subsetores monitorados, .(ABr)

►JOAQUIM BARBOSA COM A "ALMA LEVE"
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, disse hoje (1º) que deixa a Corte de forma tranquila e com a “alma leve”. Barbosa participou nesta terça-feira de sua última sessão como ministro do Tribunal.
Em maio, ele anunciou que se aposentaria antecipadamente neste mês, após 11 anos como ministro da Corte. O decreto que vai oficializar a aposentadoria deve ser publicado até o fim deste mês. Com a saída de Barbosa, a presidência do Tribunal será exercida pelo atual vice-presidente, Ricardo Lewandowski.
Barbosa descartou pretensões de seguir a carreira política após a aposentadoria. "A política não tem na minha vida essa importância toda, a não ser como objeto de estudos e reflexões. Mas uma política em um senso bem elevado do termo, uma política examinada sob a ótica das relações entre os Estados, entre as nações. Eu não tenho esse apreço todo pela política, por essa política do dia a dia. Isso não tem grande interesse para mim”, afirmou.
Para ele, foi um “privilégio imenso” o período que passou no Supremo. “Foi um período em que, não em razão da minha atuação individual, mas coletivamente, o Supremo Tribunal Federal teve um papel extraordinário no aperfeiçoamento da nossa democracia. Isso é que é o fundamental para mim”, destacou.
Após a despedida do presidente, o ministro Marco Aurélio reconheceu que Barbosa ficará na história do Tribunal pela sua atuação como relator da Ação Penal 470, o processo do mensalão. Melo disse, porém, que a gestão do vice-presidente Ricardo Lewandowski, que assumirá a presidência com a saída de Barbosa, deverá retomar o padrão do STF. “O resgate da liturgia, que precisa ser observada. As instituições crescem quando proclamamos valores, quando observamos a necessidade de manter o alto nível.”
Barbosa tem 59 anos e poderia continuar na Corte até 2024, quando completará 70 anos e teria de ser aposentado compulsoriamente. Ele nasceu na cidade mineira de Paracatu e foi o primeiro negro a presidir o STF. Ele ocupa a presidência do Supremo e do Conselho Nacional de Justiça desde novembro de 2012. O ministro foi indicado à Suprema Corte em 2003, no mandato do ex-presidente Lula em 2003. (ABr)
►TSE MANTÉM AS BANCADAS DE 13 ESTADOS
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta terça-feira (1º) que não haverá mudanças na composição das bancadas de 13 estados para as eleições de outubro. A decisão foi tomada horas após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter criado um impasse, provocado pelo vácuo legislativo, com a falta de uma lei complementar, para definir os critérios de distribuição das bancadas por estado. Para resolver a questão, o TSE decidiu validar uma resolução aprovada em 2010 e manter o número atual de cadeiras.
A polêmica sobre a mudança no número de deputados por estado começou após decisão do TSE, em abril do ano passado, ao julgar recurso apresentado pela Assembleia Legislativa do Amazonas, sob o argumento de que a representação do estado na Câmara dos Deputados não condizia com o número de habitantes, pois tinha como referência um censo defasado.
O Legislativo amazonense argumentou que estados com menor população, como Alagoas e Piauí, têm maior representatividade na Câmara – com nove e dez deputados federais, respectivamente, enquanto o Amazonas tem oito.
Conforme a decisão do TSE, perderiam uma cadeira os estados de Alagoas e Pernambuco, do Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Ficarão sem duas cadeiras a Paraíba e o Piauí. Ganhariam uma cadeira o Amazonas e Santa Catarina; duas cadeiras, o Ceará e Minas Gerais. O maior beneficiado seria o Pará, com mais quatro deputados.
A nova composição das bancadas foi definida de acordo com o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os cálculos levaram em conta a população do estado e os números mínimo (oito) e máximo (70) de parlamentares permitidos por lei para uma unidade da Federação, além do quesito de proporcionalidade exigido pela Constituição.
No entanto, em novembro do ano passado, a Câmara dos Deputados aprovou o Decreto Legislativo 1.361/13, que anulou a resolução do tribunal sobre o número de deputados de cada estado para as eleições de outubro. Ao retomar o julgamento da questão, no dia 27 do mês passado, os ministros do TSE decidiram derrubar o decreto e restabelecer a decisão original. .(ABr)

►CEDAE TERÁ R$ 3,4 BI PARA GUANDU 2
A Caixa Econômica Federal assinou nesta terça-feira (1º) um contrato de empréstimo de R$ 3,4 bilhões para a Companhia Estadual de Águas do Rio de Janeiro, com o objetivo de construir nova estação de tratamento de água potável no Grande Rio. O Complexo Guandu 2 atenderá a 3 milhões de pessoas na região metropolitana fluminense, área que ainda sofre com desabastecimento de água.
Além da estação de tratamento, que terá a capacidade para 12 mil litros por segundo e de armazenar 57 milhões de litros, serão construídos 16 elevatórias (que bombeiam a água até locais mais distantes), 17 reservatórios, 95 quilômetros de adutoras (para abastecer os reservatórios) e 760 quilômetros de tubulações.
Também está prevista a reforma de nove reservatórios que estão fora de operação na região metropolitana. .(ABr)

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