domingo, 22 de fevereiro de 2015

PAPUDA TIRA O SONO DO GOVERNO
E DAS EMPREITEIRAS DO PETROLÃO 
A condenação do empresário Marcos Valério a mais de 40 anos de prisão por ter participado do Mensalão está tirando o sono não só dos empresários envolvidos no Petrolão, mas de muitos políticos e ocupantes de cargos importantes na Esplanada dos Ministério. Essa semana, o Procurador Geral de Justiça Rodrigo Janot deve encaminhar ao ministro Teory Zavascki, relator do Petrolão no STF, as denúncias ou pedidos de abertura de inquéritos contra os suspeitos de envolvimento no bilionário desvio de recursos da Petrobrás. No caso das denúncias, se forem aceitas, dezenas de suspeitos passarão à condição de réus, enquanto no caso dos detentores de mandatos e de foro privilegiado, ocorrerá a abertura de Investigação, no âmbito do próprio STF ou do Superior Tribunal de Justiça desses envolvidos.
No caso do mensalão, as penas mais duras foram para Marcos Valério (37 anos em regime fechado), dono da empresa de propaganda contratada pelo PT, e a presidente do BMG, Katia Rabelo (14 anos e cinco meses de prisão em regime fechado), enquanto o núcleo político, liderado pelo ex Ministro da Casa Civil de Lula, José Dirceu, recebeu penas leves e já estão em casa.
No caso do Petrolão, sem o STF seguir o mesmo modelito de penas, um empresário como o engenheiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, poderá pegar até 180 anos de cadeia, situação que se repetiria com outros empresários com o mesmo poder econômico. Como “imperadores”, que se consideravam acima das leis, não admitem ser julgados como simples mortais, e julgam uma afronta passaram por constrangimentos como vem passando o ex nababo Eike Batista, que assistirá nesta quinta-feira (26) ao leilão de sua luxuosa Lamborghini (R$ 2,8 milhões) e confessa que, ultimamente, tem faltado até dinheiro para a compra de banana para seu filho caçula, nascido em 2013, a pressão sobre os bem pagos advogados que atuam na defesa dos milionários empreiteiros, que acabaram buscando apoio do Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, cuja cabeça vem sendo pedida pela oposição.
Para quem está acostumado em dormir em suítes de hotéis cinco estrelas, viajar em jatinhos particulares e terem dezenas de pessoas ao seu redor apenas para acender um simples charuto ou servir um whisky, deve ser duro dormir nos xadrezes da Polícia Federal em Curitiba. Imaginem o que esses empresários fariam se fossem transferidos, por questão de sua própria segurança, para os presídios de Pernambuco ou Alagoas?

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