quinta-feira, 12 de março de 2015

SERÁ QUE O BRASIL SUPORTARIA
UM NOVO 13 DE MARÇO? 
Convocado pelo ex presidente Lula, o MST se declara pronto para a luta, prometendo sair ás ruas nesta sexta-feira, 13 de março de 2015, 52 anos depois do trágico, do ponto de vista da política nacional, comício da Central do Brasil, que deu a senha para que acelerar a o surgimento da Ditadura que, pois 25 anos, dominou o País, com todas as consequências de um regime autoritário, a começar pelo enclausuramento da  Democracia, da suspensão dos direitos de cidadania, culminando com a tortura como método de investigação.
Lamentavelmente, o mote para o comício da Central do Brasil, na noite de 13 de dezembro de 1963 era a defesa de Petrobrás (com acento no á final), e as reformas de base, que incluíam, como agora, a Reforma Agrária. Para quem chegou agora, é bom lembrar que Leonel Brizola acenava com um exército, os Grupos dos Onze, núcleos de formação política, que sairiam às ruas em defesa do Governo.
No apoio ao Governo Dilma e em defesa da Petrobrás – corroída por dentro por diretores indicados pelos partidos da base aliada – as lideranças do MST não apostam suas fichas num julgamento rápido e justo dos envolvidos na roubalheira na maior empresa do País. Muito menos na defesa de milhares de empregos que foram perdidos nos últimos anos – como no Comperj de Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
O que João Stádile promete fazer nesta sexta-feira com a militância do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – o MST – não é um ato de fé na Justiça, para um julgamento que, com rapidez e transparência, julgue os cerca de 50 políticos envolvidos no escândalo do petrolão. Para os inocentes úteis que consideram a Operação Lava Jato uma tramoia internacional para privatizar a Petrobras, é bom lembrar que um simples gerente da estatal, Pedro Barusco, já devolveu mais de R$ 180 milhões que havia desviado e depositado em contas secretas no exterior, de um total confessado de US $ 97 milhões de dólares.
Diante das atrocidades praticadas pelo MPT, destruindo centros de pesquisas e jogando no lixo dezenas de anos de trabalho de pesquisadores que buscam meios naturais de combate às pragas da lavoura, não é difícil o que o “exército” de Stádile faria País afora a pretexto de implantar uma reforma agrária que começa pela destruição da lavoura hoje existente, que garante o feijão com arroz no prato dos brasileiros, ameaçados pela inflação descontroladas.
Numa emblemática foto publicada pela imprensa em março de 1963, que serviria para demonstrar a necessidades das Reformas de Base, aparece um o cartaz informando que, para uma inflação de 79,9%, o país exibia um crescimento do PIT inferior a 1%. Ainda não chegamos a tais números, mas para uma inflação de 7,7%, o governo acena com um reajuste na tabela do Imposto de Renda de apenas 4,5% a pretexto de proteger os pobres.

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