quarta-feira, 8 de abril de 2015

TARIFA DE ENERGIA ELÉTRICA SUBIU 60.42% EM 12 MESES




A TARIFA DE ENERGIA ELÉTRICA
SUBIU MAIS DE 60% EM 12 MESES
 Na véspera do 7 de setembro de 1012, no entanto, a presidente Dilma Rousseff, em pronunciamento em rede de rádio e TV, anunciou, com desmedia euforia, que tinha uma boa notícia para os brasileiros: a conta de energia elétrica seria reduzida em pelo menos 18%, graças ao esforço do seu Governo. Por coincidência, ou não, Dilma fora Ministra de Minas e Energia do Governo Lula, quando se registrou o apagão de 2009
Nesta quarta-feira (08), governo anunciou que o custo da energia elétrica acumula inflação de 60,42% no período de 12 meses, segundo dados de março do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao mesmo tempo, a inflação oficial, medida pelo IPCA, ficou em 8,13%.
Em março, a energia elétrica ficou, em média, 22,08% mais cara no país, respondendo por mais da metade da inflação oficial no mês, que ficou em 1,32%. “Esse aumento leva em conta os reajustes extraordinários concedidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica [Aneel] às concessionárias. Também inclui a bandeira tarifária que, neste mês, ficou vermelha”, disse a coordenadora de Índice de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
A bandeira tarifária é um custo extra que o consumidor precisa pagar quando as usinas termelétricas são acionadas para produzir energia, quando as hidrelétricas são desligadas, como agora, por falta de água nos reservatórios e rios. A energia produzida pelas termelétricas movidas a diesel e carvão, é mais cara do que a produzida pelas usinas hidrelétricas. Como as térmicas estão sendo usadas com frequência, a bandeira tarifária está vermelha: a mais cara. A usina térmica de Rondônia, que o governo reformou e doou à Bolívia, por exemplo, vai usar gás natural, que é mais barato e não poluente. A reforma da usina de Rondônia custoru R$ 60 milhões aos cofres do Tesouro nacional.
Segundo Eulina, a alta da energia elétrica tem não só impacto direto no bolso do consumidor, que paga sua conta de luz, mas também tem efeito indireto no preço de outros produtos, pois aumenta o custo dos produtores e fornecedores de serviços aos consumidores.
“A refeição fora de casa tem influência da energia, por exemplo”, disse a pesquisadora.
A inflação de março também sofreu impacto dos alimentos, que aumentaram 1,17% no mês. Entre os produtos com maior aumento de preços estão cebola (15,1%), ovo de galinha (12,75%) e alho (7,66%). Outros produtos com alta foram refeição fora de casa (1,03%), leite longa vida (2,74%) e pão francês (0,93%).
A taxa do IPCA acumulada em 12 meses, de 8,13%, é a maior desde dezembro de 2003 (9,03%).
“Em 2003, a inflação foi mais influenciada pela desvalorização do real. Neste ano, o país também está vivendo uma pressão do dólar. Mas, também, temos realinhamento de preços administrados, como a energia elétrica, e de impostos sobre itens mais caros, como os automóveis”, disse a coordenadora do IBGE. (Com a Agência Brasil).

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