sexta-feira, 28 de julho de 2006

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

PREFEITURA VAI GASTAR 10 MILHÕES
EM ABRIGOS NOS PONTOS DE ÔNIBUS

O prefeito Washington Reis resolveu tomar emprestado o inesquecível personagem “Dona Armênia”, da novela “Rainha da Sucata”, que gostava de prometer que deixaria “tudo na chom”, num português arrevesado, típico dos imigrantes que vivem em São Paulo (a família da atriz Aracy Balabaniam veio da Armênia). Depois de participar da demolição, a golpes de marreta, dos galpões da “União”, a fábrica de sacos de juta localizada no Centenário, prometendo fazer o mesmo com o Shopping Center de Caxias, o prefeito parte agora para uma outra “campanha de demolição”. Na reunião com os comerciantes na Associação Comercial quinta-feira, Washington Reis anunciou que vai instalar 800 abrigos em pontos de ônibus em todo o Município, em substituição aos que hoje existem, ao preço de R$ 13 mil cada um, um investimento de mais de R$ 10 milhões de reais, dinheiro que será retirado do Orçamento do município. Os primeiros 60 abrigos, a um custo total de R$ 780 mil reais, já foram comprados e começam a ser instalado nos pontos de ônibus no Centro da cidade nas próximas semanas. No governo anterior, a Prefeitura conseguiu construir um novo terminal rodoviário ao lado da estrada de ferro, no antigo campo de futebol do Belém F. C., com o patrocínio do Sindicato das Empresas de ônibus. De brinde, a Firjan demoliu a antiga rodoviária Mascarenhas de Moraes, em frente ao SESI/Caxias, que fora desativada, e transformou o local numa praça arborizada, que acaba de ser inaugurada por Washington Reis, pois não ficou pronta a tempo de Zito inaugurá-la.

► Os comerciantes de Caxias prosseguem nesta segunda-feira (31/07) a reunião com o prefeito para discutir o plano de revitalização do centro da cidade,batizado pela Secretaria de Comunicação com o sugestivo nome de “CAXIAS DE CARA NOVA”. Na primeira parte, quinta-feira, Washington Reis confirmou que espera um financiamento de R$180 milhões do BNDES para “botar no chão” o Shopping Center, a sede da Grande Rio e alguns prédios antigos,localizados entre as ruas José de Alvarenga, Mariano Senda dos Santos, Onze de Junho e Piratini, em torno do atual terminal rodoviário da cidade.
► O plano prevê a construção de uma nova rodoviária nos fundos do Restaurante Popular, que ocupou o terreno de seis mil metros quadrados, que a empresa incorporadora do Shopping Center doara ao Município em 1967 para a construção da nova rodoviária. No Governo passado, Garotinho resolveu tomar para o Estado o terreno e construiu o restaurante popular, batizado na época de “D. Hélder Câmara”, mas que foi “cassado” pela governadora Rosinha Garotinho durante as obras de reforma do local. Agora, o restaurante voltou a ser “pagão”. A construção do novo terminal vai exigir a demolição de dezenas de prédios, alguns com três pavimentos, construídos na entrada da favela do Lixão.
► Por pressão do Secretário de Fazenda, Sérgio Rui Barbosa, o CEPAD, um posto da Secretaria de Saúde que atende aos portadores de necessidades especiais, será despejado do térreo da antiga prefeitura, na Praça Roberto Silveira, um local de fácil acesso para quem tem dificuldades de se locomover. A Secretaria de Saúde já foi informada que o governo alugou um galpão no Parque Lafaiete, em frente à Igreja Universal, que era utilizado para bailes funcks. O galpão ocupa um terreno nos fundos da agência da Light, não terá local para estacionamento de veículos, inclusive ambulâncias e exigirá das pessoas que procuram o CEPAD a utilização de, pelo menos, dois ônibus para chegar até o Posto.
► A boa notícia é que a Secretaria de Obras anunciou a construção de um novo terminal rodoviário em Mantiquira, ponto final das linhas de ônibus que ligam Xerém à Central, Nova Iguaçu e centro de Caxias. A antiga foi destruída por um vendaval que atingiu a cidade há poucos meses.
► A senadora Heloisa Helena, do PSOL, que conseguiu colocar um pouco de entusiasmo na campanha eleitoral, estará na Baixada nesta segunda-feira. Às 9 horas, ela estará na Praça da Emancipação, mais conhecida como Praça do Relógio, equipamento que tem uma característica curiosa. As horas são assinaladas em algarismos romanos, como nos velhos relógios de algibeira do início do Século XX, mas com uma sutil diferença: onde deveria estar IV, para indicar 4 horas, vemos IIII, isto mesmo, quatro vezes a letra “I”, o que altera inteiramente as normas para o uso dos algarismos romanos, que limita a três a repetição de letras, ao invés dos algarismos arábicos usados na escrita comum e repetidos “ad nauseam”.
► Seguindo os princípios pragmáticos do PT, o Palácio do Planalto resolveu tratar a senadora alagoana como “Fator H2” isto é, um fato estranho à lógica da sucessão presidencial, em que o Governo considerava que seria apenas um plebiscito, onde o eleitor deveria decidiu se ficava com o PT, ou se voltava para o PSDB. Como diria o simpático “Chaves”, os estrategistas do Paládio do Planalto não contavam com a astúcia da senadora do PSOL, que está levando as eleições para um segundo turno, cujo desfecho ninguém poderá prever.
► À tarde, o “Fator H2”, que já superou os dois dígitos nas intenções de votos e ultrapassou o tucano Geraldo Alckmin no Rio de Janeiro, estará em Nova Iguaçu, cidade hoje administrada pelo ex-cara pintada Lindberg Faria.
► Como não sai da faixa do 1% das intenções de votos, Carlos Lupi, do PDT, resolveu intensificar a sua campanha em dois sentidos: visitar o maior número de cidades a cada semana e atacar os candidatos melhor situados nas pesquisas. Na quinta-feira, Lupi bateu forte nos adversários, afirmando, entre outras coisas: “Minha campanha é pé no chão, não tenho a estrutura de poder que Garotinho e Rosinha dão ao Sérgio Cabral, muito menos tenho uma igreja me patrocinando” durante entrevista numa rádio da Capital.
► O candidato do PDT acusou Sérgio Cabral de usar a máquina do Governo em sua campanha. Para Lupi,
“o PMDB tem uma máquina gigantesca no Estado do Rio de Janeiro que inclui cerca de 70 prefeitos, 40 deputados estaduais e vários deputados federais, todos com muito dinheiro, que estão com Cabral”. E Cabral quer passar para a população que é contra, por exemplo, a política de segurança pública, como se as pessoas, que executam essa política há oito anos, não estivessem do lado dele.
► Sobrou também para o bispo e também senador Marcelo Crivella, do PRB, partido recentemente fundado por seu tio, o Bispo Edir Macedo. Sobre Crivella, disse Carlos Lupi que “o verdadeiro cristão não mistura política com religião. O cristianismo é algo para ser exercido no dia a dia, na prática, como dividir o pão. Sem essa de se converter para ser bispo e depois pedir voto. Tem muita gente fazendo isto, numa quantidade que assusta. O Crivella é uma pessoa simpática, agradável, mas tem mais de mil comitês - que são os templos da Igreja Universal do Reino de Deus. É correto isto? É democrático? – perguntou o candidato brizolista.
► Os micros e pequenos empresários estão na pauta do candidato Eduardo Paes, do PSDB. Num encontro com comerciantes do Mercado de Madureira, Eduardo Paes defendeu a implantação do Simples Fluminense, estabelecendo uma faixa de isenção tributária para os negócios que tenham uma receita anual de até R$ 240 mil, além de descontos para outras três faixas, de acordo com o faturamento. O imposto será único e seu recolhimento feito em parceria com as prefeituras fluminenses. “Quem ganha mais, paga mais, quem ganha menos, paga menos”, resumiu.

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