terça-feira, 29 de agosto de 2006

BAIXADA URGENTE

INFARTO FULMINANTE MATA O
COLUNISTA FANOR MARQUES


n Será cremado na tarde de hoje (terça-feira, 29/08), no Cemitério do Caju, o corpo do colunista Fanor Marques, que era assessor do prefeito Washington Reis. Seu corpo está sendo velado no Plenário da Câmara. Fanor morreu na tarde de segunda-feira, no Hospital Duque de Caxias, vítima de um fulminante infarto. Funcionário do Ministério da Saúde, Fanor Marques era estudante de Direito na Unigranrio e tivera marcante atuação na campanha eleitoral de 2002. Ele começou a assinar colunas pelas mãos de Ruyter Poubel, quando passou a produzir uma coluna de amenidades na “Folha da Cidade” nos anos 70. Logo depois, ele se destacaria como ativo participante da “Turma do 25”, um grupo de jovens que teve papel importante na vitória da equipe caxiense, liderada pelo ex-deputado Messias Soares, já falecido, e que disputou o programa “CidadexCidade”, do SBT, onde conquistou 10 automóveis, doados a entidades com firme atuação na área da assistência social em Duque de Caxias, como a Sociedade Pestalozzi, o Lar de Narcisa e a Mansão da Esperança. Atualmente, Fanor estava lotado no Gabinete do prefeito Washington Reis e vinha participando do grupo de apoio à candidatura à reeleição do deputado Gilberto Silva. Ele era casado e deixa um casal de filhos.

► “Nas últimas legislaturas, a entrada de políticos vindos de classes menos abastadas, como professores e sindicalistas, mudou o perfil da composição do Congresso”, diz o pesquisador Leôncio Martins Rodrigues, autor do livro “PARTIDOS, IDEOLOGIA E COMPOSIÇÃO SOCIAL”. Segundo Leôncio Rodrigues, para esses parlamentares, a entrada na política é claramente um fator de ascensão social e econômica. A eclosão dos escândalos do mensalão e dos sanguessugas, no entanto, deixou claro que uma série de políticos não se contenta apenas com o contracheque e, para elevar rendimentos, faz do seu mandato uma central de negócios escusos.
► O próprio Leôncio Rodrigues criou um site, batizado com o mesmo nome do livro (
www.politicosdobrasil.com.br,) que entrou no ar no último sábado. Nele, o jornalista torna público o patrimônio de 25.500 políticos, aí incluídos todos os parlamentares que conquistaram vaga no Congresso nas duas últimas legislaturas (1998 e 2002) e outros 20.000 que concorrem neste ano.
► “Com o acesso a essas declarações de bens, um eleitor pode comparar o patrimônio visível do político com o que ele declarou à Justiça”, explica Rodrigues. Outro dado precioso disponível no site criado pelo jornalista é o número do CPF de todos os 25.500 políticos listados. Por meio desse dado, pode-se, entre outras coisas, acessar a página da Receita Federal e descobrir se determinado parlamentar ou ex-parlamentar tem contas a acertar com o Fisco. É o caso dos mensaleiros Josias Gomes (PT-BA) e Valdemar Costa Neto (PL-SP), sacadores das contas do lobista Marcos Valério.
► Ao digitar o CPF de um dos dois, o eleitor é avisado de que “as informações disponíveis na Secretaria da Receita Federal sobre o contribuinte são insuficientes para a emissão de certidão negativa de débito junto à instituição”. Ou seja, salvo equívocos, suas excelências andaram aprontando alguma.
► Outro site,
http://perfil.transparencia.org.br/ que está sendo processado pelo PT por divulgar o patrimônio enrustido dos petistas (mas declarados, por força de lei, à Justiça Eleitoral, que os tornou públicos) também “entrega” os participantes dos mensalões, do valerioduto, dos vampiros da Saúde e dos sanguessugas. Basta um clique e você verá se o candidato que você escolheu em 2002 merece aprovação e a reeleição.
► Termina nesta sexta-feira (31/08) o prazo para os servidores públicos da Prefeitura e da Câmara de Duque de Caxias aderirem ao plano de saúde contratado pela Prefeitura para substituir o IPMDC na prestação de assistência médica. A partir deste sábado, o órgão passará a ser responsável apenas pelas folhas de pagamento de aposentados do município, que até aqui recebiam seus proventos diretamente dos cofres da Prefeitura.
► Até agora, o IPMDC era encarregado de pagar apenas seus próprios servidores, a assistência médica prestada por terceirizados aos servidores e a folha dos pensionistas, esta última em torno de R$ 700 mil por mês, enquanto a de aposentados passa dos R$ 6 milhões e o órgão não tem recursos para tanto, o que provoca temor dos aposentados, já que o IPMDC não tem calendário de pagamento dos pensionistas, como ocorre com os servidores ativos e inativos que recebem diretamente dos cofres municipais.
► O plano básico oferecido pela empresa contratada pela Prefeitura, para um servidor casado, com menos de 47 anos de idade e apenas um filho, menor de 24 anos, custará cerca de 170 reais por mês. A grande maioria dos servidores ganha em torno do salário mínimo e não terá condições de enfrentar mais este gasto, o que levará os servidores municipais para as intermináveis filas nas portas dos postos de saúde do município e hospitais como o “Duque”, (municipal) de Saracuruna e Getúlio Vargas (da rede estadual).
► Recentemente, depois de sofrer um acidente de carro na Avenida Brasil, a governadora Rosinha Garotinho foi levada para o Getúlio Vargas, onde recebeu os primeiros socorros, mas logo transferida para um hospital particular. Afinal, quem tem e pode pagar plano de saúde, não precisa da rede oficial, caindo aos pedaços, onde os pacientes, que conseguem ser atendidos, são colocados em macas espalhadas pelos corredores, como ocorre no “Duque”, porque o governo do estado resolveu usar os recursos do SUS para sustentar planos assistencialistas, como o “restaurante popular”, “café na estação” e “farmácias populares”.
► No caso do deputado Doutor Heleno (PSC/RJ), a casa onde ele mora, na Rua Piauí, nos altos da Paulicéia e que pertenceu ao desembargador Carlos Davidson de Menezes Ferrari, aparecia com o valor de R$ 129 mil na declaração de bens oferecida ao TER-RJ para as eleições de 1998, quando ele obteve 139 mil votos. Na declaração de 2006, tal patrimônio desapareceu misteriosamente. Aliás, a declaração de bens do deputado está literalmente zerada: nada em banco, nada embaixo do colchão (como faz o Sr. Amazonino Mendes), nem um simples barraco na favela da Vila Operária,vizinha à casa do deputado. Como diria aquele personagem: um espanto!

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