sexta-feira, 17 de novembro de 2006

BAIXADA URGENTE

AS MULHERES QUEREM
CONTROLAR A OAB - RJ

Um dos mais conhecidos redutos do machismo, a Ordem dos Advogados do Brasil, é o objeto do desejo de três conhecidas advogadas fluminenses. Depois de assumir o comando do Supremo Tribunal Federal, com a eleição da Ministra Ellen Gracie, e o governo de três Estados, inclusive o machista Rio Grande do Sul (com a economista Ieda Crusius), o próximo passo das advogadas será o de assumirem o comando da OAB em Duque de Caxias e no Estado. Na próxima terça-feira, quando os advogados fluminenses irão às urnas para renovar a direção da instituição, pelo menos três advogadas estarão concorrendo a um posto que, até aqui, era dominado pelos homens. Em Duque de Caxias, as eleições provocaram o rompimento entre o atual presidente da 2ª Subseção, Geraldo de Almeida, filho do saudoso deputado e defensor público Zulmar Batista de Almeida, que disputa a reeleição, e a sua atual vice, Cristiane de Oliveira Mançano, que resolveu enfrentar seu ex-companheiro de chapa e concorrer à Presidência. O terceiro nome na disputa é da advogada Marlene Batista D’Almeida, ex-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e esposa do ex-presidente da Subseção, José Nogueira D’Almeida. Um fato que chama a atenção nesta eleição é que a reeleição do advogado Geraldo de Almeida colocou em posição de enfrentamento o ex-prefeito Zito, que apóia Geraldo de Almeida, e o empresário João Filipo, dono da Locanty, que continua apoiando a advogada Cristiane de Oliveira Mançano. No plano estadual, Geraldo e Cristiane estão juntos no apoio à advogada Carmem Fontenele, candidata da situação, que enfrenta o advogado Wadi Damus na disputa pelo comando da OAB-RJ e, em Duque de Caxias, tem o apoio da advogada Marlene D’Almeida. Cerca de 1.200 advogados, inscritos na 2ª Subseção e que militam em Duque de Caxias, irão às urnas na terça-feira, das 8:00 às 17:00 horas, para renovarem o comando da OAB no Município e no Estado do Rio.

● A nota deste Blog da última sexta-feira (13/11), dando conta de inúmeras reclamações dos advogados de Duque de Caxias e reproduzida no jornal “O Municipal”, o mais antigo do Município, teve grande repercussão entre os advogados e acabou servindo de material de campanha da advogada Marlene Batista D’Almeida, candidata de oposição nas eleições para o comando da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Duque de Caxias.
● A nota reproduz uma conversa entre dois conhecidos advogados, que já ocuparam cargos importantes na administração municipal, sobre a omissão da atual direção da OAB-Caxias diante dos problemas enfrentados pela classe, a começar pela perda do terreno para a construção da sede própria da OAB.
● Nas eleições da próxima terça-feira, a atual administração da OAB está dividida. Enquanto Geraldo de Almeida tenta a reeleição, com o apoio do ex-prefeito Zito, a atual vice-presidente, Cristiane de Oliveira Mançano, resolve enfrenta-lo. Por isto, a oposição ao que hoje ocorre na OAB/Caxias ficou restrita à chapa da advogada Marlene Batista D’Almeida.
● Já na eleição para o comando da OAB/RJ, Geraldo de Almeida e Cristiane Oliveira estão juntos no apoio à advogada Carmem Fontenele, enquanto Marlene D’Almeida apóia a chapa comandada pelo advogado Wadi Damus.
● Independente do resultado do pleito, o que os advogados militantes querem,e a sociedade civil espera, é que a OAB volte a ser a defensora intransigente da Ética e das liberdades individuais, mantendo uma posição crítica em relação ao Governo, tanto no âmbito federal, quanto estadual e municipal. O que é inaceitável é que a OAB se mantenha ausente diante de atitudes como a do ex-prefeito Zito, anulando o concurso público para a Procuradoria Municipal, sob o pretexto de que funcionários em cargos de chefia na Procuradoria haviam sido inscritos irregularmente. É essa subserviência aos poderosos do momento que desmoralizam instituições, como a OAB.
● O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, encontra-se nesta sexta-feira, 17/11, na sede da entidade às 13h, com o governador eleito do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Eles vão discutir os caminhos do desenvolvimento econômico do estado apontados pelo Mapa do Desenvolvimento, lançado pela Firjan em agosto. Eduardo Eugenio também vai apresentar ao governador eleito um documento indicando todos os problemas que a economia fluminense e o desenvolvimento do estado irão enfrentar se for prorrogada a vigência do Fundo de Combate à Pobreza. Logo depois, Sérgio Cabral terá uma reunião com o grupo de Saúde do Mapa do Desenvolvimento, para conhecer melhor as sugestões feitas no documento. Depois desse encontro, o governador eleito e o presidente da Firjan falam à imprensa.
● Neste sábado (18/11), teremos na Rádio Tropical-Solimões, a AM 830 de Belford Roxo, a partir das 20:30 horas, no programa “América no Coração da Baixada”, a apresentação do Madrigal Nova Harmonia, sob a regência do Maestro Denisson de Sá. O programa, líder de audiência na Baixada, é apresentado por Mary Monteiro e tem como objetivo reunir a torcida do clube rubro na região e mostrar o lado bom da Baixada e sua atividade cultural.
● As comemorações do “Dia da Consciência Negra” em Duque de Caxias, na próxima segunda-feira, 20/11, provocou um violento racha entre as entidades que se apresentam como defensoras da negritude. Um grupo de instituições que atuam no movimento negro no Município divulgou uma “Moção de Repúdio” contra a UNEGRO – União de Negros pela Igualdade – que se intitula a única realizadora da “Semana de Tradições e Artes Negras Contemporâneas”
● No documento, as entidades subscritoras acusam a UNEGRO de tentar impor seu nome no cenário social do município, “desconsiderando toda trajetória de luta e resistência construída ao longo de anos, sempre primando pela unidade e pelo respeito mútuo entre companheiros ativistas de todas as organizações que atuam na promoção da igualdade racial e étnica”.
● A Moção de Repúdio à UNINEGRO é assinada, entre outras, pela ASSEAFRO – Associação de Entidades Afro Zumbi dos Palmares Associação Rosa Dias, pelo FOPED - Fórum Permanente de Direitos Fundação Olympia Costa, pelo Grupo Afro Cultural ORI ODARA, pelo Grupo Afro Cultural Ojuobá Axé, pelo Grupo Afro Cultural e Recreativo Imalê Ifé, pelo Movimento PVNC - Pré-Vestibular para Negros e Carentes e pelo SINDIPETRO - Sindicado dos Petroleiros de Duque de Caxias

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