segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

BAIXADA URGENTE

GOVERNO PARALISA AS OBRAS
NO CAMPUS DA UFRJ EM XERÉM


Sem qualquer justificativa, a prefeitura suspendeu as obras do novo campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que vinha sendo construído desde o ano passado em Xerém, para abrigar a Faculdade de Tecnologia e Metrologia, criada em convênio com o INMETRO. A denúncia da suspensão das obras foi feita no final de semana pelo blog “Viva Caxias” (http://caxiasprafrente.blogspot.com/) A unidade de Xerém oferece cursos de graduação em nanotecnologia, metrologia, bioinformática, ciências forenses e biotecnologia. O projeto conta com o apoio dos governos estadual, da prefeitura e do Inmetro.
A primeira turma de futuros tecnólogos, que prestou vestibular no início de 2008, começou a estudar em agosto em dependências do estádio “Marrentão”, em Xerém, cedidas à UFRJ. As obras do novo campus, numa área de 5 mil metros do INMETRO, estavam sendo tocadas com recursos repassados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia por decisão de Lula, quando esteve em Duque de Caxias durante a recente campanha eleitoral.
Embora o PSB, que controla o Ministério, integre o governo Zito, onde controla a Secretaria de Municipal de Ciência e Tecnologia, ninguém se pronunciou sobre a decisão do prefeito de suspender as obras, que constavam do orçamento do Município aprovado pela Câmara de Vereadores no ano passado.

A UFRJ de Xerém funciona desde agosto nas dependênncias do "Marrentão"

PCB ALERTA SOBRE CORTES NO
ORÇAMENTO DA PREFEITURA


Em nota distribuída neste fim de semana, o Diretório municipal do Partido Comunista Brasileiro, que não apoiou a eleição de Zito, fez um alerta de que, a crise econômica mundial, com a redução das atividades produtiva e queda da arrecadação, vai levar a Prefeitura a fazer cortes no orçamento de R$ 2,45 bi aprovado pela Câmara em dezembro último. Na nota, os dirigentes do PCB alertam que “com a provável redução de recursos arrecadados pela Prefeitura e ameaça de cortes de verbas dos serviços públicos e aumento do desemprego - a pretexto da crise econômica mundial - será ainda mais importante a manifestação do povo nas ruas unido e organizado em Fóruns Populares para defender seu patrimônio e direitos exigindo dos governos:
Na pauta de discussão, o PCB volta a pedir a isenção de impostos e cobranças de serviços básicos (água ,luz,gás) para desempregados, taxação progressiva IPTU para imóveis desocupados e usados pra especulação imobiliária, divulgação do Orçamento, da aplicação das verbas pela Câmara e Prefeitura através de Diário Oficial, de forma acessível a toda população, jornais de Grande Circulação e Internet e a adoção do orçamento participativo, com a população decidindo onde o Governo deve aplicar o dinheiro de impostos e taxas cobrados no Município.
Pena que o PCB não elegeu nenhum vereador para defender suas propostas na Câmara de Vereadores de Duque de Caxias.

RÁPIDAS

• Não passou de uma encenação pirotécnica do deputado Jorge Picciani, autor da discutível medida, a derrubada do veto do governador ao projeto que obriga os servidores dos três Poderes a entregarem declaração de bens, anualmente, à Assembléia Legislativa.
• A declaração de bens, assim como a correspondência e a telefonia, gozam de sigilo por determinação da Constituição Federal, cuja proteção só pode ser quebrada pela Justiça. Assim, mesmo se a Justiça não derrubar a “Lei Picciani” por flagrantemente inconstitucional, a Alerj não poderá utilizar essas declarações sem antes pedir autorização à Justiça, justificando o pedido, como ocorre nos casos da telefonia.
• Analistas políticos que conhecem o governador garantem que tudo não passa de um ato combinado, em que o governador é poupado de aprovar leis inconvenientes aos seus projetos políticos, deixando a promulgação dessas leis a cargo do presidente da Alerj, que pleiteia a vaga de candidato a senador pelo PMDB.
• A entrevista do senador Jarbas Vasconcelos (foto) à revista “Veja” desta semana e
stá sendo considerada nos meios políticos como do mesmo poder explosivo da que Pedro Collor deu sobre a corrupção no governo de seu irmão e hoje senador pelo PTB.
• Nem a direção do partido, nem os presidentes do Senado e da Câmara, atacados diretamente pelo senador pernambucano, dispuseram-se a desmentir as denúncias de que o PMDB só existe em função da corrupção. Até o sizudo Pedro Simon, tão ácido em suas críticas à falta de ética de seus pares, resolveu guardar silêncio.
• Com a exceção da substituição do principal envolvido na fraude dos contracheques, que prejudicou mais de uma centena de humildes funcionários da prefeitura, principalmente guardas e o pessoal de apoio da Educação, nada mudou na Secretaria de Administração.
• Os servidores, vítimas do golpe e que apelaram para a Justiça, continuam sendo descontados irregularmente e ameaçadas de represália por parte dos remanescentes da quadrilha de estelionatários que agiam dentro da Prefeitura.
• Com 800 atendimentos por dia, o Hospital Infantil Ismélia da Silveira tem novidades para seus pacientes mirins. As crianças, que aguardam por atendimento, vão ganhar um cineminha na sala de espera. Os filmes exibidos destacarão a importância da higiene, saúde bucal, combate ao mosquito da dengue e meio ambiente. Na próxima sexta-feira (20), às 15h, o grupo teatral Cena da Ladeira apresentará a peça “Alegria Cura”.
• Para a diretora geral do Hospital Infantil, Márcia Caputto, as ações também promovem a cura. “Queremos levar momentos de alegria, de descontração e entusiasmo, pois acreditamos nesses elementos no processo de melhora dos pacientes”, explicou Márcia.
• Em março, o Centro Cirúrgico deve ser aberto para a realização de cirurgias de baixa complexidade como hérnia, fimose, entre outras operações. Caso haja uma epidemia de dengue, os profissionais do hospital já foram treinados para receber as crianças e tratar os casos.
• O Hospital Infantil, construído e inaugurado no primeiro Governo do Dr. Moacyr do Carmo, no final dos anos 60, oferece emergência pediátrica 24h, serviço de pronto atendimento e ambulatorial, neurologia, cardiologia, pneumologia, pólo de asma, oftalmologia, otorrinolaringologia, endocrinologia, cirurgia, ortopedia, psiquiatria, dermatologia, psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia, DST, gastroenterologia e homeopatia.
• As vaias que Zito começa a receber em alguns locais indicam que o seu governo está perdendo no quesito “comunicação com o povo em geral”. As manifestações de camelôs e sambistas tem origem em duas decisões do prefeito: o choque de ordem na cidade e a suspensão de ajuda financeira aos blocos carnavalescos.
• O curioso é que o Subsecretário de Cultura, que é diretor da Grande Rio, foi nomeado para o cargo com a promessa do prefeito de ajudar os blocos a restaurar o Carnaval de Rua. Além da Prefeitura, alegando falta de dinheiro, não pagar a ajuda prometida (R$ 172 mil) para os oito blocos, a imprensa noticia que Ronaldo “Fenômeno” doou R$ 50 mil para a Pimpolhos da Grande Rio, a escola mirim da tricolor caxiense, que este ano tem o patrocínio da França e já emplacou o patrocínio da Ambev para 2010, com o enredo sobre a Marquês de Sapucaí, sede da cervejaria no Rio.

ACABOU A LUA DE MEL? Bastou apenas 30 dias para o atual Governo ver terminado do clima de “lua de mel” com a população e começar a enfrentar reações de setores que deveriam ser os mais beneficiados pela Prefeitura. Enquanto moradores de uma comunidade no Gramacho (faoto) protestam contra a cobrança do IPTU, camelôs fizeram manifestação na parta da Secretaria de Educação, semana passada, onde o prefeito foi dar as boas vindas aos professores, mas acabou distribuindo puxões de orelhas, representados pela demissão de diretoras, algumas com mais de 10 anos à frente da escola. Como o município considera o cargo de direção de escola de livre nomeação do prefeito e com a elevação da gratificação de CC/1, para as diretoras das maiores escolas, passando de R$ 2 mil para R$ 4 mil, o cargo passou a ser disputado no tapa, literalmente.
Assim, a mudança da direção da escola, que deveria ser um processo interno, sem maiores traumas, passou a ser uma disputa entre antigas direções e novos professores, com alguns vereadores no meio. A falha mais grave, no entanto, foi a decisão de expulsar dos quadros da escola o professor que perdeu o cargo de direção. E isso foi dito sem meias palavras pela Secretária de Educação, determinando que uma diretora exonerada aproveitasse as férias para procurar outra escola onde irá trabalhar, isto depois de iniciado o ano letivo. Sem um fato grave para justificar a exoneração, o afastamento do diretor da escola, onde trabalhava há muitos anos, é uma agressão sem propósito, que humilha o professor e não melhora o rendimento pedagógico da escola.

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