quarta-feira, 29 de julho de 2009

BAIXADA URGENTE

IPEA DEFENDE JORNADA
DE 37 HORAS SEMANAIS
O presidente do Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Marcio Pochmann (foto), disse ontem (29) que, se a carga de
trabalho for reduzida das atuais 44 horas semanais para 37, o país teria condições de dar ocupação para toda a população. Mas ele ressaltou que isso só seria possível caso fossem mantidos os investimentos, a produção e, também, aumentada a capacidade produtiva do país. A afirmação foi feita durante o lançamento do estudo Carga Horária de Trabalho: Evolução e Principais Mudanças no Brasil. “Com a redução da jornada para 37 horas, daríamos condições de termos todos ocupados, desde que mantida a produção e os investimentos, e a capacidade produtiva do país fosse ampliada”, afirmou.
Segundo Pochmann, mais fácil seria alterar a distribuição do tempo de trabalho no Brasil, uma vez que o estudo registrou que o país tem uma grande parcela de trabalhadores com carga horária bastante reduzida, de um lado, e, do outro, quase a metade de seus trabalhadores com jornadas acima de 44 horas semanais. “Uma melhor redistribuição dessa jornada permitiria mais pessoas ocupadas do que a simples redução da jornada oficial”.
Dados recentes, relativos ao mercado de trabalho, mostram, segundo o presidente do Ipea, que o país teve aumento de desemprego e crescimento da informalidade. “Mostram também tendência de rotatividade, que é a demissão de pessoas com os maiores salários, seguida da contratação por salários menores”, disse. “Esse ambiente faz um desfavor ao mercado de trabalho e pouco ajuda a reduzir as diferenças”, acrescentou.
Pochmann lembrou que, para gerar empregos, o Brasil precisa crescer mais do que 4% ao ano. “Teríamos condições de reduzir mais rapidamente a jornada de trabalho e termos mais trabalhadores ocupados, caso o Brasil tivesse crescido de forma mais veloz, como ocorreu dos anos 1950 até os 1980, quando o crescimento da economia foi próximo de 7%”, disse.( Abr)

P-SOL TAMBÉM REPRESENTA
CONTRA JOSÉ SARNEY
O P-SOL protocolou ontem (29), no Conselho de Ética, a quinta representação contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O partido pede a investigação de denúncia de desvio de parte de R$ 1,3 milhão que a Petrobrás repassou à Fundação José Sarney, com sede (foto) no Maranhão, em 2005. O senador é presidente vitalício da fundação. A representação foi entregue pela presidente do P-SOL, Heloisa Helena, e pelo senador José Nery (PA).
Na representação, o partido também requer apuração da omissão por Sarney, em declaração de renda à Receita Federal, de um imóvel de sua propriedade em Brasília. O senador José Nery informou que o P-SOL apresentará uma interpelação judicial no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ). Em conversas com a imprensa, Duque questionou a legitimidade do P-SOL na tentativa de desqualificar a iniciativa do partido de protocolar representação contra Sarney no colegiado. Paulo Duque já se pronunciou publicamente contra a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente do Senado.
José Nery não acredita que Duque arquive as cinco representações que estão no Conselho de Ética ou que elas deixem de ser investigadas numa ação de blindagem de José Sarney. “Se tentarem liminarmente arquivar ou não investigar, significará que o Conselho de Ética e o Senado Federal concordam com todos esses atos escabrosos praticados”, afirmou.
Na terça (28), o PSDB encaminhou três representações ao conselho Os tucanos querem que seja apuradas eventuais responsabilidades de senador peemedebista no desvio de recursos da Petrobrás pela Fundação José Sarney; a participação do parlamentar na edição dos atos secretos, para suposto favorecimento de parentes; e o favorecimento ilegal da empresa Sarcris, que tem como sócio um neto do presidente do Senado, na intermediação de concessão de empréstimos consignados a servidores da Casa. (Abr)

RÁPIDAS

• A Secretaria de Educação de Duque de Caxias decidiu adiar, por dez dias, o reinício das aulas, previsto anteriormente para a próxima segunda-feira (3). Caso haja necessidade, o prazo poderá ser dilatado, segundo informou prefeito em exercício e também médico, Jorge Amorelli. Uma vez que não há registro da doença na cidade, a medida é preventiva e visa a diminuir o contato entre os alunos e evitar um possível contágio da gripe suína (H1N1) na rede municipal de ensino.
• Com 168 unidades e 92 mil alunos, o retorno das aulas estava programado para segunda-feira. Nessa data, a Secretaria Municipal de Saúde promoverá uma capacitação para professores e diretores no Teatro Raul Cortez, às 14h, na Praça do Pacificador, no Centro. A idéia é fazer com que os educadores sejam agentes multiplicadores e possam passar aos alunos noções de prevenção e higiene, o que já vem sendo feito regularmente.
• Para a secretária de Educação, Maria de Lourdes Henriques, os professores terão um importante papel. “Tenho certeza que eles desenvolverão ações em saúde que muito irão nos ajudar neste momento”, destacou a secretária.
• A Secretaria de Saúde fornecerá material informativo aos educadores com os seguintes temas: contágio, sintomas da doença e formas de prevenção. O secretário de Saúde, Danilo Gomes, informou que também haverá distribuição de material à população nos principais pontos da cidade, além de supermercados, calçadões e terminais rodoviários. “De posse desses informativos, os moradores terão noções da doença e saberão em que unidades poderão ter assistência em caso de necessidade”, explicou Danilo, que baixará uma resolução com detalhes da medida.
• A Firjan/Duque de Caxias confirmou participação por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RJ) na “Expo Estágios & Carreiras 2009”, que será realizada de 11 a 13 de agosto na Unigranrio, com um estande para cadastramento de currículos visando oportunidades de estágios, empregos e cadastros de reserva. Neste ano, o tema do evento será “Empregabilidade e Empreendedorismo”.
• A Unigranrio prevê um público total de 12 mil pessoas, entre os quais recém-formados, pós-graduados, estudantes do Ensino Superior e do Ensino Médio, além de professores e visitantes. A Expo Estágios & Carreiras 2009 conta com o apoio do Instituto Endeavor (Bota pra Fazer), ABRH-RJ, Fundação MUDES, Secretaria de Trabalho e Renda do Estado do Rio de Janeiro, entre outras instituições.
• O ministro da Cultura, Juca Ferreira, afirmou nesta terça-feira (28), durante reunião realizada em Mesquita com representantes de setores culturais da Baixada Fluminense, que considera a Lei Rouanet “imperfeita, perversa e pouco democrática”, por privilegiar grupos e artistas do eixo Rio-São Paulo, em detrimento de artistas menores da própria região e do resto do país. Em mais um encontro com representantes do setor cultural de áreas periféricas, o ministro apresentou as propostas da sua pasta para reformular a Lei Rouanet, de incentivos fiscais à produção cultural.
• A idéia do ministro é simplificar a burocracia e democratizar o acesso aos recursos do Ministério da Cultura. Além de representantes da prefeitura de Mesquita, participaram do encontro promotores culturais e agentes de cultura de Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaguaí, Japeri, Magé, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São João de Meriti e Seropédica.
• Desde meados do ano passado, em diversos encontros pelo país, o ministro da Cultura vem questionando a Lei Rouanet. Seu público-alvo tem sido preferencialmente as áreas de difícil acesso aos mecanismos de financiamento cultural. Esta foi a segunda reunião no Rio de Janeiro. Nos debates, o Ministério da Cultura procura recolher sugestões para aperfeiçoar a legislação e ampliar mecanismos de arrecadação por meio do Programa Brasileiro de Financiamento e Fomento da Cultura.
• Pesquisa recente produzida pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) revela que o potencial eleitoral do Bolsa Família supera de longe o efeito do desempenho da economia. Segundo o trabalho, o programa respondeu pelo aumento de aproximadamente 3 pontos percentuais na votação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo turno das eleições de 2006, marca superior ao impacto da expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – soma das riquezas produzidas no país – de 0,34 ponto percentual.
• Além disso, sustenta o economista Maurício Canêdo, da FGV, em 2002, Lula foi bem-sucedido em regiões mais urbanizadas e desenvolvidas do país. Em 2006, a base eleitoral migrou para regiões menos desenvolvidas. São as regiões mais dependentes do Estado e mais beneficiadas pelo Bolsa Família, programa lançado pelo governo em 2004, que atende a mais de 12 milhões de famílias em todos os municípios brasileiros.
• “Apesar disso, nem o Bolsa Família, nem o desempenho econômico explicam toda ou boa parte da migração do eleitorado do presidente Lula para as cidades mais pobres”, afirma Canêdo.
Na elaboração do trabalho, o pesquisador consultou dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para as variáveis eleitorais; o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para as variáveis geográficas, demográficas e socioeconômicas; e o Ministério do Desenvolvimento Social, para informações sobre a cobertura do programa.
• Segundo o estudo, o aumento de 1 ponto percentual no número de beneficiários do programa elevou em 0,55 ponto percentual a votação de Lula em 2006, enquanto a mesma variação na taxa de crescimento econômico incrementou a votação em apenas 0,21 ponto percentual. O efeito do Bolsa Família fez a votação de Lula crescer em todos os municípios, mas o aumento foi maior justamente naqueles em que o seu desempenho foi pior em 2002.
• “Em 2002 e em 2006, Lula ficou com aproximadamente 61% dos votos no segundo turno. Mas seu eleitorado, que tradicionalmente se concentrava nas regiões urbanas, migrou para as áreas mais pobres em 2006. No entanto, o Bolsa Família explica apenas parte dessa mudança”, diz Canêdo.
• Nas regiões Norte e Nordeste, o efeito do programa ficou acima do registrado nos demais estados do pais. Em Alagoas, por exemplo, o Bolsa Família aumentou em 8,17 pontos percentuais a votação de Lula, enquanto no Rio de Janeiro e em São Paulo, o incremento foi de 1,12 e 1,89 ponto percentual, respectivamente. Alagoas foi o estado onde o efeito do Bolsa Família mais contribuiu para a votação, seguido de Roraima (6,85%) e do Acre (6,53%).
• "O que explicaria a mudança no padrão de votação de Lula?", indaga o pesquisador. De acordo com ele, embora não seja capaz de responder definitivamente a essa pergunta, a pesquisa indica rumos. “Nos municípios mais ricos, possivelmente, uma das causas na piora do desempenho eleitoral de Lula é a frustração de seu eleitorado habitual com os escândalos ocorridos durante o primeiro mandato. Nos municípios mais pobres, o aumento da votação de Lula pode ser resultado do fato – identificado por alguns cientistas políticos – de que os eleitores dos municípios menos desenvolvidos, mais dependentes do Estado, seriam mais propensos a votar no candidato do governo”.
• No final da década de 1980, o então reitor da Universidade de Brasília (UnB) Cristovam Buarque (hoje senador pelo PDT-DF) passeava no campus da universidade com a tradutora de seus livros nos Estados Unidos, Linda Jerome, quando perguntou se ela percebia diferenças entre a UnB e a Universidade de Berkeley (Estados Unidos), onde a tradutora estudou. “Lá tem negros, aqui não vejo negros”, respondeu.
• Passados 20 anos daquela cena, o atual reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Junior, acredita que uma visitante de Berkeley não se espantaria mais com a falta de negros universitários. Na sua opinião, a universidade sofreu um “morenamento” a partir da implementação da política de cotas implantada em 2003, que inclusive alterou o “ponto de vista epistemológico” da academia. Segundo o reitor a presença “politicamente transformadora” dos estudantes negros e indígenas ampliou “as formas de interpretação do mundo” na universidade.
• José Geraldo assinou na tarde de terça-feira (28) o documento que presta informações solicitadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que recebeu uma ação do Democratas questionando o sistema de cotas implantado na UnB. Na resposta ao STF, o reitor defende que a política da UnB é constitucional, baseada na decisão dos colegiados acadêmicos e com suporte nas análises de indicadores sociais.
• Para o reitor da UnB, uma liminar suspendendo o sistema de cotas geraria “insegurança jurídica inclusive com repercussão na ordem pública”. Segundo ele, a liminar “provocaria cascata de demandas” e não faria sentido porque a política já existe há cinco anos. “Não há mais essa urgência que requeira uma liminar. Se não foi interrompido até aqui, o mérito pode ser discutido sem prejuízo da continuidade dos alunos que vêm participando do programa”, avalia.
• Um novo golpe está sendo aplicado aos assinantes de linhas telefônicas no País. Bandidos ligados a uma facção criminosa do Rio de Janeiro ligam a cobrar para o telefone das vítimas fingindo ser técnicos da concessionária telefônica, alegando o conserto de uma linha cruzada. O golpe cria um clone e uma extensão do telefone da vítima.
• De acordo com denúncias, os bandidos pedem que a pessoa disque o número 21*0211581172839# para efetuar o falso conserto. Se acionado, este número possibilitará aos criminosos ter acesso às conversas telefônicas das pessoas. O golpe já fez vítimas em várias cidades e a Polícia Militar pede à população para que fique atenta e não passe dados pessoais e nem digite quaisquer números a pedido dos criminosos.


FEIRA DE ARTESANATO ESTÁ DE VOLTA
A partir desta quinta-feira (30), a tradicional Feira de Artesanato de Duque de Caxias estará de volta, agora na Avenida Presidente Vargas, junto à estação de trem, onde acontece nos finais de semana o projeto Forró na Feira. A Feira funcionará as quintas e sextas-feiras, das 9h às 17h, com 65 barracas. A abertura acontecerá às 11h, com a presença do prefeito em exercício, Jorge Amoreli, e da secretária de Cultura, Ana Jensen.
Para trabalhar no local, a Secretaria de Cultura realizou prova prática com os artesãos, supervisionada por técnicos do Sebrae.A Secretaria recebeu 160 inscrições de artesãos, mas somente 72 foram selecionados pelo técnicos da Secretaria, do Sebrae, da Associação dos Artesãos de Duque de Caxias e do Conselho Municipal de Cultura.
O Forró na Feira ganhou, novamente, a companhia da Feira de Artesanato

OPERAÇÃO SORRISO

Nenhum comentário: