domingo, 11 de outubro de 2009

BAIXADA URGENTE - especial

SEM A PRESENÇA DE CABRAL
ZITO BARRA A PARADA GAY
De nada adiantou o entusiasmado apoio do Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, para dobrar a posição do prefeito Zito, que vetou a realização da 4ª Para Gay de Duque de Caxias, que seria realizada na tarde deste domingo, na Av. Brigadeiro Lima e Silva, no bairro 25 de Agosto e a avenida de chegada ao município. Realizada desde 2006 com apoio da Secretaria de Saúde do Município, que era ocupada pelo biólogo Oscar Berro, a Para Gay de Duque de Caxias vinha crescendo de importância a cada ano, mas, com a mudança de governo, a Secretaria de Saúde retirou o apoio ao evento, que até então era aproveitado para divulgação do Programa de Prevenção de doenças do grupo DST – Doenças Sexualmente Transmitidas, inclusive com a distribuição de camisinhas.
A contrário da “Parada” realizada na praia de Copacabana, a de Duque de Caxias não contou com a participação e o patrocínio do governador Sérgio Cabral. Apesar disso, desde cedo era grande a presença de manifestantes, todos fantasiados, na Praça Humaitá, que seria o local de concentração, com a passeata seguindo pela Avenida Brigadeiro Lima e Silva até a Praça Roberto Silveira.
A
Prefeitura, no entanto, não autorizou o evento e determinou que a Guarda Municipal, com apoio do 15º Batalhão, tomasse posição para impedir a manifestação. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, a “Parada Gay” não foi autorizada este ano porque, nos três anos anteriores, o evento teria causado muitos problemas na região.
Quando Minc chegou ao local da concentração, foi informado da proibição. O ministro lembrou que participara das três primeiras “Paradas”, todas no Governo Washington Reis, ligado ao governador, e que não teria havido nenhum incidente. Segundo Minc, uma lei, de 2000 prevê que nenhum estabelecimento ou ente público pode discriminar pessoas em razão de sua orientação sexual.
“Soube que nos próximos dias vai haver uma manifestação religiosa aqui. Se ficar caracterizado que o prefeito está tratando diferentemente essas entidades, ele pode ser enquadrado nessa lei”, afirmou o ministro.
Segundo afirmou o superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudio Nascimento,por três horas ele tentou negociar com as autoridades, sugerindo diminuir o número de carros de som. Até as 17:00h, no entanto, o evento continuava sem autorização.
“Isso me dá uma tristeza imensa”, disse Nascimento, ao subir em um carro de som para avisar que a parada não seria realizada.
Segundo os organizadores, a parada gay de Duque de Caxias é a segunda maior do estado – a primeira é a do Rio, realizada em Copacabana, na Zona Sul da cidade. No próximo domingo (18) uma outra “Parada Gay” está programada, desta vez em Belford Roxo, também na Baixada.

MARINA COBRA METAS
AMBIENTAIS DE LULA

A menos de dois meses da abertura da 15ª Conferência do Clima (COP15) da Organização das Nações Unidas (ONU), em Copenhague, na Dinamarca, a senadora e pré-candidata à Presidência pelo PV, Marina Silva, elevou o tom contra a política ambiental do governo Lula e cobrou que o Brasil assuma metas ambiciosas para a redução das emissões de dióxido de carbono na
atmosfera. Marina, que foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula, defendeu que o País pode adotar o desmatamento zero - proposta do Greenpeace que foi rechaçada pelo presidente na semana passada.
Segundo reportagem do jornal “Estadão” publicada neste domingo, as reivindicações da senadora foram feitas no sábado, em Monte Carlo, no Principado de Mônaco, onde recebeu o Prêmio Príncipe Albert II por sua militância ambientalista. Marina foi uma das convidadas de honra da festa, que também premiou personalidades como o sociobiólogo norte-americano Edward Osborne Wilson. Chamada ao palco, a ex-ministra ouviu elogios do príncipe Albert II, que prestou tributo a “quem trabalha com coragem e inteligência pela defesa do meio ambiente”
Discursando em português por cerca de cinco minutos, a senadora advertiu sobre o estado “decepcionante” das negociações internacionais para um acordo do clima em Copenhague, em dezembro, e pediu mais esforços do governo brasileiro. “O Brasil tem dado importante contribuição com sua matriz energética renovável, com a produção de biocombustíveis e avanços recentes na luta contra o desmatamento da Amazônia. Mas pode e deve fazer mais”, afirmou. “Precisa assumir metas globais de redução de suas emissões de dióxido de carbono e contribuir para que os demais países em desenvolvimento façam o mesmo.”
Mais cedo, Marina disse discordar do presidente Lula, que na segunda-feira, em Estocolmo, na Suécia, afirmou ser impossível o País adotar metas de desmatamento zero. A incorporação desse objetivo vem sendo defendida pela organização não-governamental (ONG) Greenpeace. “É possível”, afirmou a senadora. “Não é algo que aconteça da noite para o dia. É uma meta a ser perseguida. Para que tenhamos desmatamento zero é preciso que se otimize todos os meios e incentivos para diminuir o desmatamento até zerá-lo sem causar prejuízos.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

GOVERNO CULPA MOTORISTAS
PELAS MORTES NO TRÂNSITO

No Brasil, para cada morte no trânsito, 11 pessoas são internadas, das quais 49% atropelados, 25% de acidentados com motos. Para cada morte, ocorrem quase mil colisões, o que evidencia um comportamento de risco por parte do motorista, que está mal preparado para conduzir ou transportar, disse para a Agência Brasil o ortopedista Marcos Musafir.
Em 1997, quando havia 12 milhões de pessoas habilitadas ao uso de veículos a menos no Brasil, 55 mil pessoas eram mortas por ano em função de acidentes no trânsito. Esse número baixou para cerca de 40 mil óbitos/ano. O custo com as mortes e os feridos no trânsito no Brasil alcança em torno de R$ 10 bilhões por ano, segundo dados do Ministério das Cidades.
Para Musafir, apesar da redução da mortalidade, é preciso melhorar os hospitais, para dar um atendimento melhor à população, e aumentar a fiscalização. Ele é consultor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para traumas em geral, com destaque para os traumas músculo-esqueléticos, que abrangem braço, perna e coluna.
O médico disse que a OMS está usando como exemplo no mundo a Operação Lei Seca do Rio de Janeiro, realizada diariamente em vários pontos da cidade e que utiliza as vítimas de acidentes de trânsito para a conscientização da população. “Isso tem uma repercussão internacional excepcional. Também é um fator que soma para o Etienne [Krug] entender que o Brasil está se esforçando para isso”, disse.
As recomendações feitas pela OMS para diminuir as consequências dos acidentes do trânsito são conhecidas em todo o mundo. O Brasil já aplica muitas delas, disse Musafir. “São as regras básicas do trânsito seguro e saudável. Primeiro, respeito às leis do trânsito. Quem cumpre as leis do trânsito evita se expor a riscos e, logicamente, evita acidentes”.
Os motoristas devem estar atentos ao limite de velocidade, respeitar a sinalização, usar cinto de segurança, nunca consumir droga ou bebida alcoólica para dirigir, manter as crianças no banco traseiro com cinto de segurança ou em cadeiras próprias.
Disse que o maior número de vítimas são pedestres, que atravessam fora da faixa ou atrás de veículos em movimento. “O respeito ao pedestre pelo dono da arma, que é o motorista, tem de ser enfatizado também. São essas as recomendações da OMS que encara o trânsito como um problema de saúde pública, pelos danos que causa”.
Outra preocupação é promover a saúde do trânsito, para que os motoristas tenham condições adequadas de dirigir. “Não dirigir com sono, ter iluminação correta nas vias, sinalização adequada. Tudo isso somado leva a um trânsito mais seguro, como é na Suécia, na Noruega, na Alemanha”.
mortalidade e morbidade no trânsito.
Os problemas do trânsito também serão discutidos no encontro ministerial que reunirá os 193 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) em novembro, em Moscou. No encontro, serão definidas as metas de saúde e segurança no trânsito para a Década do Trânsito da ONU, que vai de 2010 a 2020. No âmbito global, os acidentes no trânsito causam 1,3 milhão de mortos por ano ou uma morte a cada 30 segundos, de acordo com números da OMS.
Na abalisada opinião dos motoristas, a culpa é do Dnit, antigo DNER, coantrolado pelo PMDB e que não realiza corretamente as obras de manutenção das estradas.

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