quinta-feira, 10 de junho de 2010

BAIXADA URGENTE

SERGIO CABRAL SE CONFESSA
DECEPCIONADO COM O PMDB

O governador Sérgio Cabral afirmou nesta quinta (10) que está decepcionado com os “companheiros do PMDB” devido à aprovação da emenda de Pedro Simon (PMDB/RS), que distribui os royalties do petróleo entre todos os estados e municípios brasileiros e não apenas aos produtores. O governador disse que, por causa disso, nem ele nem o governador capixaba, Paulo Hartung, irão à convenção nacional do seu partido, neste sábado (12).
“Foi uma decepção muito grande ver companheiros do PMDB nessa covardia, nesse achaque aos cofres públicos do estado e dos municípios do Rio de Janeiro. Faltou respeito ao povo do Rio de Janeiro e respeito ao companheiro do PMDB. Afinal, de todos os estados governados pelo PMDB, o Rio é aquele que tem o maior número de habitantes. Acabei de falar com o governador Paulo Hartung e nós não iremos à convenção no sábado. Não me sinto à vontade de ir à convenção, porque não senti de parte do PMDB, a solidariedade ao meu estado”, disse Cabral. Segundo o governador, mais importante do que ser filiado ao PMDB é representar o estado do Rio de Janeiro. Cabral disse que a emenda de Pedro Simon é “inconstitucional, ilegal e aviltante aos direitos federativos”, mas afirmou que está confiante de que o presidente Lula vetará o texto, caso ele passe pelo Congresso Nacional. O governador levantou a possibilidade de um acordo político no Senado. Segundo ele, a emenda de Pedro Simon teria sido aprovada em troca da aprovação da capitalização da Petrobras, cujo projeto também foi votado nesta madrugada.
“Estão sacrificando o Rio de Janeiro para capitalizar a Petrobras. A Petrobras não é mais importante que o Brasil, não é mais importante que 16 milhões de habitantes do estado do Rio de Janeiro, não é mais importante do que 5 milhões de habitantes do Espírito Santo”, criticou Cabral.
Cabral lembrou que, com a emenda de Simon, o Rio de Janeiro deve perder grande parte das receitas geradas com royalties e participações especiais do petróleo. Apenas em 2009, o estado e os municípios fluminenses arrecadaram R$ 7,5 bilhões com royalties e participações.

COM MARINA CANDIDATA - PV
AGORA LUTA CONTRA O TEMPO

Uma banda de frevo e uma boneca gigante de Olinda, com a cara da candidata verde, davam as boas vindas aos participantes da Convenção Nacional do Partido Verde (PV), que lança
oficialmente omtem (10), em Brasília, o nome de Marina Silva para concorrer à Presidência da República. O partido decidiu se lançar em voo solo. Não fez alianças com nenhuma legenda e sabe que enfrentará como maior obstáculo o fato de dispor de apenas um minuto e meio de tempo no horário eleitoral gratuito.
“A menos que haja uma posição contrária do que já foi conversado, nós vamos seguir em voo solo. Não vamos buscar nos coligar. Seremos chapa pura. O que temos para mostrar é uma candidata excelente, que tem uma história de vida que a permite falar sobre todas as dificuldades que o povo brasileiro enfrenta com propriedade. Não só com a propriedade de que viveu, mas também como quem estudou”, destacou o deputado Marcelo Ortiz (PV-SP).
“Nosso tempo de TV realmente será muito curto e um grande obstáculo. O pior é que quanto mais candidatos, sem chances reais na disputa, menor fica o nosso tempo. Se Marina tiver tempo para falar, ela leva, porque fala de forma natural”, reconhece.
Nos discursos, os integrantes do PV defenderam as diretrizes do programa de governo da candidata que apontam o reconhecimento dos avanços do Brasil em todas as áreas e a criação de uma “terceira geração de programas sociais”.
No programa, há uma constatação de que faltou investimento estratégico em educação, inovação, infraestrutura e na conservação dos recursos naturais. “Os avanços foram reais, mas insuficientes e geradores de significativos desequilíbrios”, destaca o programa de governo. As diretrizes do PV apontam também para uma reestruturação na política de segurança pública que inclua uma discussão com a sociedade sobre a política de drogas com foco no combate ao crime organizado, principalmente envolvendo agentes do Estado, como as “milícias”, exemplifica o programa.
O programa ainda cita o “compromisso” do partido de não assumir uma postura de denuncismo durante a campanha. “Vamos pautar o período de campanha pelo debate de idéias e propostas sobre o Brasil, evitando factóides, embates vazios e consensos ocos”, destaca o programa.
“Não temos energia para criticar nossos adversários, ou para fazer dossiês. Temos que nos preocupar em apresentar nossa candidata e nossas propostas”, destacou Marcelo Ortiz, antes do início da convenção.

RÁPIDAS

• A aprovação pelo Senado, na madrugada desta quinta-feira (10), da emenda que redistribui os royalties do pré-sal de forma igualitária entre todos os estados e municípios do País, prejudicando as unidades federativas produtoras, fez com que o governador Sérgio Cabral determinasse a retirada da pauta de votação da Assembleia Legislativa de dez mensagens propondo aumentos para o funcionalismo – apenas a área de Segurança será preservada.
• O presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB), classificou a decisão do Senado como antipatriótica. “Essa é uma questão muito grave. O acidente no Golfo do México fez o mundo rediscutir essa questão ambiental da exploração do petróleo no fundo do mar, que, apesa r de toda tecnologia, não é à prova de acidentes”, declarou Picciani. O peemedebista disse também que, por conta desta decisão, o regime de partilha está em cheque.
• Um palhaço roubou as atenções na convenção do PV, que oficializou o nome de Marina Silva como candidata do partido à Presidência da República. Rodrigo Lopes, simpatizante da ex-senadora invadiu o palco e deu início à sua performance.
• O palhaço criticou Dunga, botou Lula como goleiro, “escalou” o Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para a zaga e atacou o publicitário Marcos Valério. Lula, para o palhaço, foi escolhido para o gol porque não precisaria fazer nada e “ainda levaria a bolada”.
• A “piada” não arrancou sorrisos da coordenação da campanha que estava no palco e que foi pega de surpresa pela encenação. Logo depois, seguranças invadiram o palco e, sob vaias da plateia, retiraram o palhaço. Minutos depois, o próprio mestre de cerimônia disse que “poderiam soltar o palhaço” e que ele poderá voltar ao palco no final da convenção.
• De acordo com o artista, ele faz parte de um projeto cultural chamado circulando e tinha a intenção de “passar o chapéu” no final do evento.
• O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, sinalizou ontem (10) que o presidente Lula poderá vetar a emenda aprovada pelo Senado que prevê a igual distribuição dos recursos do pré-sal entre estados e municípios produtores e não produtores. O texto determina que a União compense as perdas de estados como o Rio de Janeiro e Espírito Santo.
• “O presidente sempre tem uma conduta de, naquilo que possa ser exagero, desrespeito ao contrato, comprometer a responsabilidade fiscal do país, usar todos os instrumentos que lhe cabem para manter essas condições no país. É assim em outros temas e este ele vai tratar dessa forma”, disse.
• Padilha afirmou que a emenda fará com que municípios pequenos passem a depender dos recursos do pré-sal para equilibrar suas finanças. “Da forma como se propõe essa distribuição, é como se estivesse disseminando para todos os municípios do país o que existe hoje em alguns municípios: a chamada doença do petróleo, quando o dinheiro, em vez de ir para a educação, ciência e tecnologia, coisas do futuro, acaba virando recurso para a máquina administrativa do município.”
• O ministro falou em responsabilidade por parte dos deputados e disse esperar que a emenda seja derrubada em votação na Câmara prevista para a próxima terça-feira (15), dia da estreia do Brasil na Copa do Mundo. “Os jogadores vão trabalhar jogando, os jornalistas vão trabalhar cobrindo a votação e o povo brasileiro também vai trabalhar. Trabalhar e torcer. E vai trabalhar feliz porque vamos ganhar a partida”, comentou.
• A ex-prefeita de Magé, Núbia Cozzolino, faltou nesta quinta (10), pela segunda vez, à reunião da CPI da Assembleia Legislativa que investigar denúncias de tráfico de influência e venda de sentenças judiciais no processo eleitoral, O presidente da comissão, deputado Paulo Ramos
(PDT), destacou que a chefia de Polícia Civil já recebeu um ofício para que Núbia seja levada de forma coercitiva à Alerj e ressaltou que a CPI quer ouvi-la assim que a polícia a trouxer.
•“Além de ser importante para a própria ex-prefeita ter a oportunidade de nos contar o que sabe, é ainda uma forma de esclarecer e usar o direito de defesa. Nós sabemos quais políticos foram coagidos e a corrupção é ativa e passiva. Temos o nome dos que pagaram e dos que não pagaram ao empresário investigado, Eduardo Raschkovsky, para interferir em sentenças
judiciais”, avisou. “Mas é imprescindível para o trabalho da CPI que, principalmente os políticos, que têm compromisso público, venham testemunhar”, acrescentou o pedetista.
• A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite começa neste sábado (12), em ritmo de Copa do Mundo, com o slogan “Vacinou, é gol”. Nesta primeira fase, a meta é imunizar 14,6 milhões de crianças, o que representa 95% dos menores de cinco anos. A segunda dose da vacina será aplicada em 14 de agosto.
• Para cada etapa da campanha, o Ministério da Saúde distribuirá cerca de 24 milhões de doses da vacina contra a paralisia infantil, totalizando 48 milhões de doses. Em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, a imunização mobilizará 115 mil postos, envolvendo aproximadamente 350 mil pessoas e 42 mil veículos (terrestres, marítimos e fluviais)..
• O Brasil está livre do vírus causador da pólio desde 1989, quando o último caso da doença foi registrado, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) o certificado de eliminação da poliomielite. No entanto, enquanto houver circulação do vírus em qualquer região do mundo é necessário continuar com a vacinação, pois há o risco de importação de casos provenientes de países que ainda registram casos da doença, como Paquistão, Índia, Afeganistão e Nigéria.

• Até domingo, Duque de Caxias será a capital do Nordeste. Começou nesta quinta (10) a tradicional Festa de Santo Antônio, padroeiro do município e que conta com apoio da Prefeitura de Duque de Caxias. O evento recebe todos os anos milhares de pessoas e vai até domingo, 13, data comemorativa do Dia do Padroeiro da cidade. E os nordestinos são maioria nessa festa, com barracas vendendo produtos típicos como carne de sol, sarapatel, e doces diversos.
• Haverá celebração no interior da Catedral de Santo Antonio e festa na Avenida Presidente Kennedy. Além da programação religiosa serão realizados shows com apresentação de bandas católicas e artistas locais, tudo com entrada franca.
• Além das missas programadas pela paróquia, o público poderá participar de brincadeiras no pátio da igreja onde terá quermesse e saborear comidas típicas de várias regiões e que se destacam nessa época do ano em festividades juninas.
• O trecho entre a Rua Nunes Alves e o calçadão da Avenida Nilo Peçanha será interditado pela Prefeitura durante os festejos. Para orientar os motoristas guardas municipais estarão a postos no local. Ambulâncias, agentes da Defesa Civil e técnicos da Secretaria de Serviços Públicos estarão de plantão no local para dar segurança e tranqüilidade aos visitantes. As polícias Civil e Militar também estarão mobilizadas durante o evento.
No domingo (13), Dia do Padroeiro, as comemorações começam às 6h com Alvorada de fogos e missas durante o dia, até às 17h, quando haverá procissão.


SUPERVIA NÃO TEM PRESSA EM
REFAZER MURO NO GRAMACHO

O muro da SuperVia na Avenida General Rondon, no bairro Gramacho, que caiu em abril devido às chuvas e continua provocando transtornos na região por causa do desvio do trânsito. Além de prejudicar a circulação de veículos em uma das principais vias do bairro, as demais ruas do entorno estão apresentando problemas, pois não agüentam tráfego pesado. Apesar das solicitações feitas à direção da empresa, até o momento nada foi feito. O problema foi discutido nesta quinta (10), durante audiência pública convocada pela Câmara Municipal com a participação do prefeito Zito (PSDB), do secretário municipal de Obras, Sandro Monteiro, um engenheiro e dois advogados da SuperVia.
Durante a audiência, os vereadores Jonas é Nós, Gaete e Chiquinho Grandão falaram da preocupação com a obra e possível queda de outros trechos do muro que tem cerca de 200 metros de extensão. O vice-presidente do Conselho Municipal de Segurança, Osmar Paiva, disse que a população quer soluções para o problema e que muitas pessoas, principalmente motoristas, têm sido assaltados. O trânsito de veículos pesados nas ruas do entorno vem provocando a rachadura de alguns imóveis, alertou Paiva que mora no bairro há 28 anos. Sandro Monteiro, secretário de Obras, na audiência pública, questionou as declarações do engenheiro da empresa. Segundo ele, o causador do problema foi a SuperVia. O advogado Luiz Ramalho, diretor do Departamento Jurídico da SuperVia, disse que não poderia adiantar nada sobre a realização da obra e que se baseava no parecer técnico da empresa, que não aceita a responsabilidade pelo desastre..
Já a Prefeitura, baseada em laudos da Secretaria de Obras, afirma que falhas na construção provocaram a queda de 50 metros do muro de concreto no dia 6 de abril. O prefeito disse que a situação é preocupante pois, além de cercear o direito de ir e vir dos cidadãos, está causando outros problemas em ruas do entorno. “A SuperVia não tem demonstrado respeito com as autoridades e a população de Duque de Caxias. Queremos uma parceria: a empresa constrói o muro e a contenção e a Prefeitura recupera as ruas prejudicadas. Estamos tentando resolver o problema pacificamente” disse Zito, que reclamou das condições das travessias do Gramacho e de Saracuruna e a situação do “Mergulhão”, no Centro da cidade “uma bagunça com escadas rolantes paradas e o acesso quase sempre fechado para manutenção”. Garantiu, ainda, se for necessário acionará a Procuradoria Geral do Município. (Foto: Edmilson Muniz).

Nenhum comentário: