quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

BAIXADA URGENTE

FEUDUC VOLTA ÀS AULAS MAS
COM OS SALÁRIOS ATRASADOS

O ano letivo na FEUDUD, a primeira universidade da Baixada Fluminense, começa nesta terça (15) com uma só certeza: o salário dos professores continuarão atrasados. Segundo comentários feitos por alunos mais próximos da direção da instituição, o atraso hoje é menor do que os 14 meses registrados no final do ano passado. Enquanto o Ministério Público não fiscaliza a instituição – que deixou de prestar contas desde 2003 – e a direção do Sindicato dos Professores articulares da Baixada continuam se omitindo – menos na cobrança do Imposto Sindical – a direção da instituição resolveu correr a sacolinha em busca da adesão dos alunos, informando que a Universidade, criada em 1968 para formar professores de ensino médio de boa qualidade na Baixada Fluminense, passa para uma situação grave crise econômico-financeira. Por conta dessa situação pré falimentar, a diretoria da Feuduc escalou o vice diretor José André para negociar com os professores uma “tolerância” maior com relação aos salários atrasados para que as aulas possam recomeçar na segunda, pedindo o empenho de todos com relação à qualidade do ensino oferecido aos alunos
Sobre medidas para reduzirem as despesa – como a distribuição de bolsas de estudos por indicações políticas e compadrio – bem como esclarecimentos sobre um convênio no valor de R$ 10 milhões firmados com o Ministério da Ciência e Tecnologia, para a criação de 40 CID – Centros de Inclusão Digital, cujos certificados de conclusão dos cursos de informática eram da responsabilidade da Feuduc, nenhuma palavra do advogado Macio Boechat, atual marido da ex primeira dama do município, Maria de Fátima (do Carmo) Boechat.

A maioriia dos Centros de Inclusão Digital da FEUDUC fecharam as portas logo depois das eleições de 2008.

CONSUMIDOR COMEÇA A PAGA A
CONTA DA CAMPANHA DE DILMA

O Banco Central (BC) informou nesta quinta (10) que os consumidores estão pagando mais pelos empréstimos e que as concessões caíram. De acordo com os dados apresentados pelo diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, a taxa média de juros para o crédito pessoal passou de 40,3% ao ano, em 6 de dezembro de 2010, para 49,4% ao ano, em 26 de janeiro último. No mesmo período, a média das concessões de crédito pessoal passou de R$ 708 milhões para R$ 571 milhões. Esse foi o primeiro resultado do aperto de crédito do Banco Central para corrigir os rumos da política fiscal executada pelo Ministério da Fazenda para infar a eleitoral de Dilma Rousseff. No passado, Gido Mantega defencia a tese de que um pouco de inflação (que penaliza quem vive de salário) não faz mal.
Agora, eleita e empossada a candidata de Lula, a taxa média de juros para a compra de veículos cobrada pelos bancos das montadoras passou de 19,2% ao ano para 23,1% ao ano e as concessões caíram de R$ 79 milhões para R$ 50 milhões. No caso dos demais bancos, a taxa média de juros para a compra de carros passou de 22,9% ao ano para 27,7% ao ano, com queda nas concessões de R$ 567 milhões para R$ 315 milhões.
Em dezembro, o BC anunciou medidas para retirar dinheiro do mercado financeiro e inibir o consumo. Para isso, o BC aumentou a exigência do requerimento de capital das instituições financeiras de 11% para 16,5%, para a maioria das operações de crédito a pessoas físicas. Isso significa que, para cada R$ 100 emprestados, o banco deverá ter R$ 16,5 e não mais R$ 11 para arcar com os riscos. O BC estabeleceu que, para empréstimo com prazos mais longos, principalmente na compra de veículos, os bancos terão que reservar mais recursos para cobrir riscos.
Também foi anunciado o aumento de alíquotas de depósitos compulsórios, recursos que os bancos são obrigados a depositar no BC sem remuneração e, assim, não poderem usar esse dinheiro para emprestar aos clientes.

RÁPIDAS

• O blog continua ampliando o número de acessos em todo o mundo. Nesta quinta (10), às 14:10h, a Google resgistrava que estavam linkados dezenas de internautas dos Estados Unidos (10), Portugal (8), Alemanha (6), Noruega (4), Eslovênia (3), Espanha (2), Holanda (2), Venezuela (2) e Chile (2). Durante o dia, o blog ainda recebeu visitas de internautas da Romênia, Rússia, China, Porto Rico, França e Itália, entre outros países. O contador superou o total de 590 mil acessos

• O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), informou que o projeto de lei com o novo valor do salário mínimo será votado na próxima quarta-feira (16), em sessão extraordinária. A presidenta Dilma Rousseff resolveu bater o martelo e encaminhar ao Congresso a mensagem com o projeto de lei sobre o salário mínimo.
• De acordo com o líder, o projeto prevê o valor de R$ 545 e a política de reajuste do mínimo, até 2014, com base na inflação do ano anterior e a variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores
• O líder, que tem direito a 15 salários de R$ 26,7, disse não temet que o corte R$ 50 bilhões no orçamento deste ano, anunciado na véspera (9) pela equipe econômica, ameace a votação. “Todo mundo está sabendo que vai ter corte no orçamento. Isso não é novidade”, disse, ao chegar para reunião do diretório do PT. O partidoestá comemorando 31 anos de fundação.
• Sobre a reivindicação das centrais sindicais por um reajuste maior, Vaccarezza afirmou que o governo ainda tem tempo para convencê-los a apoiar o valor de R$ 545. “Espero votar com o Paulinho [da Força Sindical, deputado pelo PDT]. Temos tempo para convencê-los”, argumentou.
• A Mesa Diretora do Senado decidiu nesta quinta (10) estender o corte no pagamento de horas extras a todos os servidores que detêm cargos e funções comissionadas na Casa. Além disso, os parlamentares optaram por suspender o concurso público para a contratação de 180 servidores, previsto para este ano. As medidas são reflexo do corte de R$ 50 bilhões no Orçamento, anunciado ontem (9) pelo Executivo.
• A primeira reunião da nova Mesa Diretora do Senado foi pautada pelo debate de medidas de contenção de gastos e de adoção de medidas que proporcionem maior transparência na Casa. De acordo com a 4ª suplente, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), o levantamento da economia decorrente do veto às horas extras, não apenas aos cerca de 40 diretores, será feito pela diretora-geral, Doris Marize Romariz Peixoto.
• Os integrantes da Mesa decidiram ainda acabar com todos os contratos emergenciais e prorrogações de outros em vigor, informou o 1º secretário, Cícero Lucena (PSDB-PB), responsável pela área administrativa do Senado. Ele acrescentou que haverá obrigatoriamente um processo de licitação, a partir de agora, a todos os contratos que necessitem ser feitos em caráter emergencial.
• Outra determinação é dar andamento à proposta de reforma administrativa que está parada, desde o ano passado, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “O que definimos é priorizar para que esta reforma seja feita o mais rápido possível, que é da Casa como um todo”. Será essa reforma que definirá questões como a lotação ideal de funcionários para o Senado, o número de cargos de funções gratificadas (contratações sem concurso público), por exemplo.
• Diante da decisão de priorizar a tramitação da reforma administrativa, Cícero Lucena confirmou a suspensão do concurso para 180 novos servidores que seria realizado neste ano. “Nós não temos uma definição da estrutura que terá a Casa”.
• O calote (inadimllência) do consumidor brasileiro cresceu 5,03% em janeiro, em relação a dezembro, indica levantamento divulgado neta quinta (10) pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Na comparação com janeiro de 2010, no entanto, houve queda de 10,09%.
• O vice-presidente da CNDL, Vitor Koch, destacou, ao analisar o recuo na comparação com igual período do ano passado, que a “análise de crédito atualmente está mais eficiente e o lojista procura fazer vendas mais seguras”.
• Ele também destacou que no ano passado havia o impacto da crise econômica mundial e em 2011 há o reflexo da elevação do nível de empregos e de renda, o que contribui para o pagamento das dívidas. Ele prevê que neste ano a oferta de crédito, que cresceu 17% em 2010, deverá continuar estável, apesar da recente elevação das taxas de juros.
• O Serviço de Proteção ao Crédito registrou em janeiro queda de 35,64% nas consultas para vendas a prazo e pagamentos em cheque, o que contrasta com o mês de dezembro, que registrou forte nível de vendas, com melhora de 5,38% em relação a janeiro de 2010.
• O nível de endividamento de janeiro de 2011 é atribuído pelo CNDL ao descontrole do orçamento familiar no início do ano, com as despesas com Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), matrículas escolares e reajustes de tarifas de energia elétrica e de ônibus.
• A propósito do corte de R$ 50 bilhões no Orçamento (inflado) de 2011, vale a pena lembrar um episódio ocorrido há alguns anos. Era o dia 27 de
setembro e haveria uma festa na sede da “Luta Democrática”, no térreo do sobrado da antiga Radio Difusora. Era aniversário do então deputado federal Tenório Cavalcante.
• O irrequieto F. Castrinho havia conseguido autorização do deputado para que um amigo, em situação de bolsos vazios, dormisse no local. Por gratidão, esse amigo do irreverente Castrinho havia limpo todo o salão para receber o aniversariante e seus amigos, geralmente gente do povo que o idolatrava.
• O tal amigo do Castrinho aproximou-se do “Homem da Capa Preta” e perguntou ele gostara da faxina nas dependências da velha “Luta”.
• Cofiando a barba, Tenório elogiou o trabalho do desconhecido e perguntou-lhe quanto ganhava de salário. Sem pestanejar, o simplório respondeu: Nada!
• Tenório não perdeu a deixa! Com ar sério, colocou o braço no ombro do interlocutor e anunciou: A partir de amanhã, Você vai ganhar o dobro!
• Nos cortes bravamente anunciados pelo ministro Guido Mantega, a situação é semelhante. Os R$ 50 bilhões anunciados tão pomposamente se referem a despesas que, talvez, o Governo viesse a realizar. É como se o pai amantíssimo dissesse ao seu filho que acabara de ser aprovado no vestibular para engenharia de petróleo: quando você se formar, seu prêmio será um carro!
• Uma velha prática dos nossos governantes é considerar o Orçamento Público como peça de ficção, cuja execução ficar ao sabor do homem/mulher com a caneta e o Diário Oficial. Assim, é muito comum prefeitos, governadores e Presidentes da República colocarem na previsão orçamentária rubricas do tipo “Obras de Saneamento”, com valores irrisórios. Se, no decorrer do exercício, o governante resolver fazer alguma obra do gênero, bastará o truque da suplementação de verba para o custeio do novo projeto.
• Portanto, os R$ 50 bi, que não existem no Tesouro, continuarão não existindo. Será mais uma matéria de ficção, que renderá furiosos editoriais (contra/a favor), mas não terá efeito prático na vida do cidadão comum. Seria o mesmo que a Presidente Dilma Rousseff baixasse uma Medida Provisória, ficando o índice de reajuste do salário mínimo igual a zero!
• Para senadores da oposição, os cortes orçamentários anunciados pela equipe econômica foram consequência dos gastos “irresponsáveis” do governo Lula. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que o Lula gastou muito, provocou a volta da inflação e a consequente necessidade de ajuste nas contas deste ano.
• “O corte é necessário porque a inflação voltou com força. Ela é oriunda da irresponsabilidade do governo passado que gastou muito, torrou dinheiro para eleger a nossa presidente”, afirmou Torres (foto).
• Na opinião do senador, a conta vai ser paga pelo salário mínimo e pelas emendas parlamentares, que devem ficar prejudicadas com o corte orçamentário. “Esse preço vai ser pago com o mínimo porque o governo não poderá mais usar o remédio ortodoxo dos juros. Eu temo que isso vá estourar também dentro do Congresso. É uma pena, porque muitas dessas emendas são reforços na áreas de educação, saúde e segurança”, lamentou o oposicionista.
• Para os líderes governistas não há porque temer problemas com a base aliada em função de cortes nas emendas parlamentares. Para o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), “a base está acostumada” e deve aguardar até o segundo semestre para que a liberação de emendas volte à normalidade.
• “As emendas costumam ser liberadas no segundo semestre e eu espero que até lá a arrecadação possa aumentar e as emendas possam voltar a ser liberadas”, afirmou o peemedebista
• O líder do PT, Humberto Costa (PE), também procurou minimizar os efeitos do ajuste fiscal e disse que, com a base, “sempre se resolve”. Segundo ele, ao longo do ano o ajuste tende a afrouxar e o diálogo sobre as emendas voltará a acontecer. “Todo mundo sabe que isso não é um corte definitivo, e sim, um contingenciamento para evitar a pressão inflacionária”, alegou o líder do partido da presidenta.
• O corte no Orçamento Geral da União anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi de R$ 50 bilhões, cerca de 1,2% do Produto Interno Bruto. Segundo o governo, estão sendo retirados os incentivos à economia
que foram dados na época da crise internacional e que, agora, não são mais necessários.
• Além disso, a ministra do Planejamento, Míriam Belchior, também anunciou que fará uma auditoria nas folhas de pagamento do funcionalismo público buscando, entre outros objetivos, reduzir pela metade o gasto com passagens e diárias. Além disso, a compra, reforma ou aluguel de imóveis e aquisição de novos veículos para uso administrativo estão proibidos. Concursos públicos foram suspensos e não serão feitas nomeações de quem já foi aprovado.


INFLAÇÃO DO ALUGUEL
UTRAPASSOU OS 10%

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), utilizado como referência para reajustes em contratos de aluguel, ficou em 0,66% na primeira prévia de fevereiro. A taxa, calculada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), superou a verificada um mês antes, que foi de 0,42%. No ano, o índice acumula elevação de 1,46% e nos últimos 12 meses, de 10,93%. O resultado da primeira leitura do mês reflete a elevação média de preços tanto no setor atacadista quanto no varejo. A alta mais expressiva foi observada no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que passou de 0,40% para 0,76%, com destaque para o aumento das matérias-primas brutas (de 0,59% para 2,40%), principalmente minério de ferro (de –2,29% para 5,65%), milho (de 0,93% para 7,69%) e algodão (de 2,83% para 14,20%). Já entre os que tiveram decréscimo na taxa estão aves (de 2,48% para –3,93%), soja (de 1,47% para –0,70%) e leite in natura (de 3,10% para 0,22%).
Outro componente do IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,41% para 0,45% no período. Entre as despesas das famílias que mais pesaram no orçamento estão os transportes (de 0,43% para 1,53%), com destaque para tarifa de ônibus urbano (de 0,07% para 3,29%).
Também ficaram mais caros os itens dos grupos educação, leitura e recreação (de 0,20% para 1,63%), despesas diversas (de 0,34% para 0,88%) e habitação (de 0,13% para 0,33%). Segundo a FGV, ficaram menores ou oneraram com menos força o orçamento das famílias os gastos com vestuário (de 1,08% para –0,63%), alimentação (de 0,64% para –0,10%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,44% para 0,36%).
Já o terceiro componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou decréscimo ao passar de 0,62% para 0,52%, com a influência do custo da mão de obra (de 1,22% para 0,24%). A taxa relativa aos materiais, equipamentos e serviços subiu de 0,06% para 0,79%. Para calcular o IGP-M do primeiro decêndio de fevereiro, a FGV coletou dados entre os dias 21 e 31 de janeiro.

Nenhum comentário: