terça-feira, 14 de agosto de 2012

BAIXADA URGENTE

AS 17 MEDALHAS DE LONDRES
CUSTARAM MAIS DE R$ 1,4 BI

No último ciclo olímpico, de 2009 a junho de 2012, o governo federal destinou R$ 6,2 bilhões ao esporte brasileiro, nas manifestações de rendimento, educacional e de participação. Esses recursos foram provenientes do Orçamento Geral da União (R$ 3,9 bilhões), Lei Agnelo/Piva (R$ 578,3 milhões), Lei de Incentivo (R$ 523,4 milhões), Empresas Estatais (R$ 771,3 milhões) e Timemania (R$ 390,9 milhões). Para este balanço foi desconsiderado o exercício de 2008, quando ainda estavam sendo pagas despesas referentes aos Jogos Panamericanos e à Olimpíada de Pequim.
Do total de verba pública para o esporte, as modalidades olímpicas receberam R$ 1,4 bilhão no período analisado. Cerca de 10% deste valor, R$ 142,9 milhões, foram para as atividades paralímpicas.
A principal fonte de financiamento do esporte é o Orçamento Geral da União, com R$ 3,9 bilhões. Neste valor está incluído todo o dispêndio do Ministério do Esporte e parcelas afins de outras pastas. Por exemplo, a da Defesa com a contratação de atletas para reforçar a equipe nos Jogos Mundiais Militares que ainda são mantidos como oficiais das Forças Armadas. Já o esporte de rendimento em geral, inclusive as modalidades não-olímpicas (futevôlei, caratê, boliche etc.) foi contemplado com R$ 1,8 bilhão.  Porém, para as modalidades olímpicas, especificamente, o Orçamento Geral da União destinou R$ 120 milhões, enquanto as paralímpicas receberam R$ 22,1 milhões. Os dados constam do SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira).

GOVERNO NÃO INCENTIVA
O COMÉRCIO DE CAXIAS

Num encontro com comerciantes do bairro Nova Campina, no terceiro distrito, o candidato Alexandre Cardoso denunciou a falta de  iniciativa da prefeitura para incentivar as grandes empresas que operam no municio a comprarem no comércio local. A Reduc, por exemplo, faz suas compras fora do município, o que significa a perda de receita em IPI e ICMS, as principais fontes de transferências dos governos federal e estadual para o município.
Segundo o candidato do PSB, seria importante que as grandes empresas sediadas no município fizessem compras no comércio e na indústria de Caxias.
“Temos uma refinaria aqui e tudo que é utilizado lá vem de fora. Ou seja, as lojas e indústrias de Caxias praticamente não ganham nada com a Reduc. Por isso, é fundamental que a prefeitura seja parceira dos empresários locais abrindo um canal de comunicação com as grandes empresas instaladas no município. A Reduc, por exemplo, poderia comprar uniformes produzidos aqui. Desta forma mais caxienses teriam emprego”, afirmou Alexandre Cardoso.
Além de desdenhar do potencial, como fornecedores, dos empresários do município, a Petrobrás, da mesma forma que outras grandes empresas, também buscam em outras cidades e até estados o pessoal que trabalha em suas instalações em Duque de Caxias. Até no caso dos serviços terceirizados – desde motoristas a técnicos administrativos – como as empresas contratantes tem sede no Rio ou em outras capitais, elas não buscam nos órgãos de recolocação a mão de obra local, o que reduziria o custo do transporte, bem como o temo de viagem casa-trabalho-casa.
Inaugurada em 1955, a Reduc, por exemplo, não tem um programa de incentivo habitacional, que busque projetos habitacionais na região para seus empregados, ao contrário da extinta FNM que construiu vilas operárias para seus empregados, inclusive um conjunto residencial para abrigar os engenheiros da Alfa Romeu, que vinham para o Brasil prestar assistência técnica na fabricação dos famoso JK (automóvel) e “João Bobo”, o possante caminhão que, por décadas, dominou o transporte rodoviário no País.

DILMA PROMETE  NOCAUTEAR
QUEM ATRAPALHAR O BRASIL
 A presidenta Dilma Rousseff disse, nesta terça (14), que quer "boxear" tudo o que atrapalha o crescimento do país. A promessa figurada foi feita pela presidente  ao receber os irmãos Esquiva e Yamaguchi Falcão, boxeadores medalhistas nas Olimpíadas de Londres.  Os pugilistas foram acompanhados do prefeito do Rio, Eduardo Paes e do governador do estado, Sérgio Cabral. O prefeito recebeu a bandeira olímpica durante a cerimônia de encerramento das Olimpíadas, no último domingo (12). Ele levou o símbolo dos jogos ao Palácio do Planalto.
“Estou tendo as primeiras aulas [de boxe]. Eu diria que com ótimos professores”, disse a presidenta se referindo aos irmãos Falcão. E completou: “Eu não quero boxear pessoas, mas todas as coisas que atrapalham o crescimento do país”.
Ela disse que é preciso elevar o número de medalhas conquistadas pelo Brasil e que esse objetivo será perseguido de forma “muito firme” nas Olimpíadas de 2016, que serão realizadas no Rio.
Dilma parabenizou Esquiva Falcão pela medalha de prata, Yamaguchi Falcão pela medalha de bronze e estendeu o reconhecimento a todos os atletas brasileiros que participaram das competições em Londres.
"Meus cumprimentos a todos os atletas. Estive com muitos deles em Londres, conheci os sonhos, a dedicação, e que ser selecionado para as Olimpíadas é uma grande coisa", disse.

MP QUER ACABAR COM
A GREVE NO PEDRO II
 O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro (RJ) entrou com ação civil pública contra o Colégio Pedro II, a Associação de Docentes e o Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II (SINDSCOPE), com pedido de liminar para que as aulas retornem imediatamente em todas as unidades de ensino e as matérias perdidas sejam repostas até o fim do ano, sob pena de multa diária de R$ 1 mil. Alunos estão há quase dois meses sem aulas e sem previsão de conclusão do ano letivo
Para o MPF, a paralisação das aulas por período tão extenso [desde o dia 18 de junho] está causando prejuízos aos alunos, especialmente os que irão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), vestibulares e concursos públicos. Por conta da greve, os alunos não estão recebendo o conteúdo adequado a fim de prestar tais exames, e, se aprovados, não conseguirão sequer efetuar suas matrículas em universidades. Como não há previsão de reposição das aulas, os alunos ficam impedidos de conseguirem os certificados de conclusão do ensino médio, de exercerem cargos em decorrência de aprovação em concursos públicos e até mesmo de fazerem transferências escolares.
Na ação, proposta pela procuradora da República Marcia Morgado, o MPF alega que a direção do Colégio Pedro II, em conjunto com os professores, deveria ter criado mecanismos para que as aulas fossem ministradas em sistema de rodízio ou qualquer outro meio em que o direito de greve não violasse o direito à educação de crianças e adolescentes. A procuradora ressalta ainda que o direito de greve dos professores não é questionado, mas seu modo de exercício, que prejudica os alunos e não tem se mostrado um meio eficaz para melhoria salarial da categoria (Proc.  nº 0042159-66.2012.4.02.5101).

 RÁPIDAS

• O prefeito Zito (PP) aproveitou as caminhadas do fim de semana para começar a gravar as cenas externas que vão servir de ilustração para a propaganda de TV que começa a ser exibida pelo SBT, canal escolhido pela Justiça Eleitoral para divulgar a campanha eleitoral de Duque de Caxias.
• Por isso, a assessoria de marketing do candidato caprichou na convocação de militância, reunindo milhares de pessoas no largo do Gramacho, Até gruas (foto) com câmeras de alta definição foram utilizadas para que o prefeito “fique bem na foto”.
• A novidade do fim de semana foi a promessa de envio à Câmara ainda esta semana do projeto de lei instituindo o Orçamento Participativo, em que as lideranças comunitárias atuam na escolha de projetos que terão recursos garantidos no orçamento do ano seguinte.
• A campanha eleitoral para a renovação da Câmara poderá atrapalhar a aprovação do projeto, pois ele só será votado depois de divulgados os resultados das urnas. Quem perder a eleição, dificilmente irá votar a favor do projeto, uma forma de “punir” o eleitor que não reconheceu o trabalho do vereador nos últimos quatro anos.
• O candidato à prefeitura de Duque de Caxias, Deputado Dica (foto), estará nesta quarta (15) no Largo do Ganso, em frente ao extinto restaurante do Januário, de onde fará uma caminhada pelas ruas do Parque Senhor do Bonfim e irá até o Hospital Duque de Caxias, fechado no início do atual governo. Na quinta (16), o candidato do PSD, que tem o apoio do também deputado Wagner Montes, fará um corpo-a-corpo pelas ruas do Parque Lafaiete.
• Três ex-secretários municipais de Japeri, na Baixada Fluminense, e mais duas outras pessoas irão a júri popular, pois foram denunciados por homicídio e roubo pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Rio.
• Segundo a denúncia enviada á Justiça pelo MP, os ex-secretários de governo Claudio Vieira e Seny Pereira Vilela Junior foram os mandantes de um assassinato ocorrido em maio de 2011 no bairro Chacrinha, em Japeri. (De acordo com o Gaeco, o crime teve motivação política, já que André da Silva Conceição, morto a tiros, fazia parte da oposição ao prefeito Ivaldo Barbosa, o Timor (PSD), candidato à reeleição (foto) e tentava ganhar apoio para formar sua base eleitoral, causando o descontentamento no grupo do prefeito.
• Ainda segundo a denúncia, o crime contou ainda com a participação de Sidnei de Souza Coutinho, ex-secretário de Assistência Social, apontado como o responsável por passar informações sobre a vítima para o autor dos disparos.
• Além dos ex-secretários, Tiago Rosa da Silva, acusado de ser o gerente do tráfico de drogas numa comunidade do Município, e Ítalo Gomes Nery, o Dudu, também foram denunciados. De acordo com a denúncia, além de atirar em André, o traficante ainda roubou um cordão de ouro e um telefone celular que estavam com a vítima.  Segundo o MP, todos os denunciados tiveram a prisão preventiva decretada e estão presos.
•  Embora o julgamento dos acusados não tenha data marcada, a simples denúncia dos ex secretários terá uma grande influência no resultado da eleição para prefeito em outubro, quando Timor tentará a reeleição.
• A CPMI  do Cachoeira voltará a ouvir terça-feira (21) os procuradores da República Léa Batista e Daniel Salgado, do Ministério Público Federal em Goiás, responsáveis pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. O anúncio foi feito pelo presidente do colegiado, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).
• Também ficou definido que a CPMI ouvirá na próxima quarta-feira (22) o ex-corregedor-geral da Secretaria de Segurança Pública e Justiça Aredes Correia Pires, e o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) e ex-tesoureiro da campanha de Marconi Perillo, Jayme Rincón.
• Rincón já foi convocado duas vezes e não compareceu à CPMI porque apresentou atestados médicos. Já Aredes Correia Pires tinha depoimento marcado para amanhã (15), mas não foi localizado pela Polícia Legislativa.
• A CPMI  do Cachoeira também marcou para o próximo dia 28 o depoimento do empresário Fernando Cavendish, ex-presidente da Delta Construções. A decisão foi anunciada no final da manhã desta terça (14) pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). A convocação de Cavendish (foto) foi aprovada antes do recesso parlamentar.
• A empreiteira é suspeita de envolvimento no esquema criminoso atribuído pela Polícia Federal ao empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira
• A construtora concentrou seus negócios no setor rodoviário, mantendo contatos com o governo federal e vários governos estaduais, inclusive o do Rio de Janeiro. Em junho, a defesa de Cavendish disse que ele não tinha nada a informar à CPMI.
• Servidores de mais de 30 órgãos federais protestam desde o início da manhã de hoje (14) em frente ao Ministério do Planejamento. O objetivo da manifestação é pressionar o andamento das negociações do movimento grevista com o governo. Os servidores querem reposição de perdas salariais e melhores condições de trabalho.
•  “Espero que o governo nos atenda. Ameaçar cortar o ponto é insuficiente para acabar com greve. Espero que o governo possa negociar com a gente os dias parados. Até agora, não foi apresentado nada em relação a isso”, disse Carlos Abreu, diretor nacional da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).
• Carlos Abreu reclama que o governo tem adiado a negociação para fechar a proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA), sem prever o reajuste salarial para os servidores. “Isso é uma estratégia de empurra. Já vimos isso no ano passado.”
•  “O governo tem que se abrir. Estamos na luta porque estamos defasados”, disse Valda Cardozo de Souza, diretora do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal (Sindsep-DF).
• Cada categoria em greve foi para as ruas com camisas e coletes de cores diferentes, portando faixas e fazendo barulho com apitos, cornetas e fogos de artifício. Os manifestantes estão concentrados nos estacionamentos em frente ao órgão. O protesto não atrapalhou o trânsito no Eixo Monumental, via que corta a Esplanada dos Ministérios, e que flui normalmente.
• O governo federal deu início nesta terça (14) às reuniões para negociar com os servidores federais em greve. O Ministério do Planejamento confirmou que há encontros agendados para discutir a pauta de reivindicações dos setores parados
• Apesar de solicitação feita pelo Ministério da Educação, a maior parte das universidades e institutos federais ainda não discute o calendário de reposição de aulas. A informação é do presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Carlos Edilson de Almeida Maneschy, também reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA).
• O MEC informou que as universidades estão em contato com os seus respectivos conselhos superiores para discutir a questão e ainda responderam à pasta.
• Segundo Maneschy, os reitores aguardam o desdobramento das negociações, já que apenas três instituições votaram em assembleia pelo fim da greve: Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Instituto Federal de Educação Profissional e Tecnológica do Paraná (IFPR).
• Quinta-feira (9), o MEC encaminhou circular aos reitores reiterando que as negociações com os professores estão encerradas e pedindo envio dos planos de reposição de aulas à pasta. De acordo com Meneschy, não há orientação unificada da Andifes sobre como responder à solicitação devido à autonomia universitária.
• Meneschy disse que os planos de reposição não vêm sendo debatidos em razão da incerteza quanto aos rumos da paralisação. "Só as instituições que voltaram [estão fazendo calendário]. As outras, nenhuma está discutindo. A minha não está", disse.
• De acordo com José Américo Soares Garcia, decano  de graduação da UnB, o calendário da instituição continua suspenso e os dirigentes aguardam novas assembleias da Associação dos Docentes da UnB (Adunb) sobre a paralisação.
• "A gente tem um calendário de reposição provisório, que vai sendo atualizado a cada semana. Quando for decidido o fim da paralisação, ele será imediatamente encaminhado ao Cepe [Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão] para aprovação", disse.
• O decano diz que, segundo o calendário provisório, se as aulas recomeçassem hoje na UnB, o primeiro semestre de 2012 prosseguiria até o final de outubro. Seriam concedidas três semanas obrigatórias de recesso, e o segundo semestre de 2012 se estenderia até a segunda semana após o carnaval de 2013. "É uma simulação, pois a Adunb votou pela continuação da greve na UnB. Enquanto não voltarem as aulas, a previsão vai sendo jogada para frente", disse.

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