segunda-feira, 22 de outubro de 2012

BAIXADA URGENTE

NOVA  LEI  DE LICITAÇÕES COMO
UM  ANTÍDOTO Á CORRUPÇÃO

Um dos principais entraves no combate à corrupção no Brasil é o excesso de burocracia na administração pública, disse a ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, durante seminário na Câmara dos Deputados semana passada. Para ela, o excesso de normas legais, em vez de coibir a corrupção, acaba por facilitá-la e, por isso, ela defendeu a revisão da Lei de Licitações (Lei 8.666). “Uma das boas práticas é avaliar a necessidade de desburocratizarmos a atividade pública”, disse.
Segundo a ministra, o excesso de detalhamento da lei tem sido um dos fatores para a corrupção. ”Ela é muito detalhada, muito minuciosa e esse formalismo tem prejudicado a própria execução da lei. Nesses últimos anos, temos verificado a proliferação dos contratos emergenciais, do continuísmo de contratos com preços superfaturados pela urgência e, dessa forma, as empresas se locupletam com esses pluses dados pelo governo que desfalcam os nossos serviços”, disse.
Para Eliana Calmon, o país precisa ser criativo em buscar soluções de boas práticas. Durante o 1º Seminário sobre Boas Práticas nas Contratações Públicas, na Câmara, ela defendeu aplicação do Regime Diferenciado de Contratações (RDC), adotado pelo Executivo para obras da Copa do Mundo de 2014, para Olimpíadas de 2016 e obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A ex-corregedora do CNJ enfatizou que é necessário abrir mão do formalismo para facilitar a realização de licitações e evitar a assinatura de contratos emergenciais. “Temos observado que, muitas vezes, para termos contratos que parecem legais, começamos a descer a minúcias e elas terminam prejudicando o próprio contrato”, disse Calmon
“Como juíza, tenho a ideia de como muitas vezes é deletéria a colocação de detalhes nos editais de licitação que direcionam para determinadas empresas. Isso cria um obstáculo para a formação de um contrato mais liberal a ponto de termos a inutilização de contratos, o que acaba fortalecendo os contratos emergenciais. E é nesses contratos que começa a corrupção. Eles vão sendo esticados em emergência com reavaliação no custo e leva a grande sangria do serviço público”, disse.
A ministra disse que é fundamental o debate sobre boas práticas no serviço público como forma de conscientizar os próprios gestores sobre a importância da lisura nos atos e também a sociedade como um todo. “No momento em que se faz, dentro do Poder Legislativo, um evento em que estamos preocupado em difundir as práticas de combate ao crime organizado, à lavagem de dinheiro e chamamos diversos representantes de órgãos de controle, estamos sinalizando que somos uma sociedade diferente. Preocupada em fazer o combate à corrupção.”

ECONOMIA PODE CHEGAR ATÉ  R$ 1,7 MIL
POR ANO  SE O CONSUMIDOR PESQUISAR

O consumidor da cidade de São Paulo pode economizar, em um ano, R$ 1.706,20 se optar por comprar no supermercado mais barato. No Rio, essa diferença cai para R$ 1.272,,64. Esse é um dos dados que estão em pesquisa feita pela Associação de Consumidores ProTeste em supermercados de 20 cidades de 14 estados.
Na pesquisa feita em Niterói mostrou uma diferença de R$ 153,56 entre o Império da Banha e o  Multimarket. No Rio, a diferença ficou em R$ 1.272,64 entre o Atacadão da Av. Brasil, e a  Rede Economia , na  Av. Gomes Freire, no Centro. A pesquisa forma o Guia de Preços de Supermercados, elaborado pela ProTeste pelo oitavo ano consecutivo.
Esse levantamento de preços foi feito com base em uma cesta composta por 104 produtos com marcas líderes de venda, encontrados nas categorias mercearia, higiene e limpeza, perecíveis, hortifruti, entre outras. A ProTeste também pesquisou cesta com 90 produtos, com as marcas mais baratas encontradas no estabelecimento. Nesse caso, foram excluídos carne, frutas, verduras e legumes. No caso da segunda cesta, a maior diferença de preços foi encontrada em Salvador, com economia anual que pode chegar a R$ 1.684,34. A menor diferença foi em Niterói (R$ R$ 222,46).
A pesquisa da ProTeste foi feita com ajuda de empresas juniores. O levantamento atingiu 1.196 pontos de venda, distribuídos entre hipermercados, supermercados, hard discount, lojas de conveniência e mercados virtuais, totalizando cerca de 230 mil preços recolhidos e analisados. Segundo a associação, os pesquisadores agiram como consumidores comuns à procura dos menores preços.
A escolha dos estabelecimentos visitados foi feita com base em dados do ranking de faturamento do setor de autosserviço disponibilizado pela Abras em 2012. Segundo a ProTeste, nesse ranking estão as 500 maiores empresas do segmento que respondem atualmente por 75% do volume de vendas. “E por alguns mercados com forte presença nas regiões localizadas, retratados pela nossa equipe de pesquisadores, independentemente do seu faturamento anual”, acrescentou.

TCE VAI  INVESTIGAR OS  R$ 400
MILHÕES  DOADOS  ÁS  BARCAS

A Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) criada para acompanhar a auditoria nas Barcas se reuniu nesta segunda-feira (22) com o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Jonas Lopes de Carvalho, e pediu que o órgão passe a fiscalizar as contas da concessionária Barcas S.A. A reunião aconteceu na sede do Tribunal e, segundo o presidente do colegiado, deputado Gilberto Palmares (PT), foi muito positiva, já que o presidente do TCE se mostrou sensível às argumentações apresentadas.
“É importante que o Tribunal de Contas passe a fiscalizar a aplicação do dinheiro público. A fiscalização ainda não é feita por que a receita da empresa era obtida apenas com a venda de passagens. Hoje, há dinheiro público aplicado nas barcas, já que o Governo subsidia parte das passagens e se endividou para comprar novas embarcações e reformar terminais”, explicou o parlamentar. O Governo do Estado injetou este ano R$ 400 milhões na concessionária a pretexto de reequilibra as contas da Barcas S/A.
O presidente do TCE considerou o pedido válido, e informou que já existe um ofício para que as contas sejam analisadas. “O requerimento da comissão já está tramitando no corpo instrutivo do Tribunal e vai ser levado a plenário. A princípio, o Tribunal, constitucionalmente, tem o poder de fiscalizar toda pessoa física ou jurídica que lide com o dinheiro público e, ao que está me parecendo, este é o caso da Barcas S.A.”, disse. Palmares pediu também que um técnico do TCE passe a acompanhar as audiências públicas que serão realizadas pela comissão. Os deputados Luiz Paulo (PSDB) e Luiz Martins (PDT) também participaram da reunião.

TEMER CONFIRMA PRESENÇA
EM COMÍCIO EM CAXIAS

O vice-presidente Michel Temer, e o presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp, estarão juntos com o candidato à prefeitura de Duque de Caxias, Washington Reis (PMDB) nesta terça-feira (23), às 17h, em um grande comício no Calçadão José de Alvarenga, no Centro. Também estarão presentes o governador Sergio Cabral, o vice-governador Luiz Fernando Pezão e o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
Para Washington Reis, o comprometimento do partido em todas as esferas de governo (municipal, estadual e federal) será fundamental para o crescimento de Caxias. Desde que foi eleito deputado federal, Washington iniciou o processo de integração dos governos para que diversos projetos essenciais para Caxias começassem a ser viabilizados.
“A Fazenda Paraíso, que eu já iniciei em Brasília, a Cidade da Cidadania, a Companhia Municipal de Água, são realizações que dependem da união com o Estado e com o Governo federal. Trazer o vice-presidente, o governador e o prefeito do Rio mostra que meu discurso não é vazio. Tenho a garantia que conseguirei os recursos para Caxias. Essas parcerias são fundamentais para colocarmos o município no caminho do desenvolvimento novamente”, completou.
O vice-presidente Michel Temer ressaltou que Washington Reis em Brasília foi um grande articulador sempre engajado na busca de investimentos para o município. “Duque de Caxias pode contar comigo para ajudar Washington Reis fazer um governo ainda melhor que o primeiro, que foi ide muitas obras e realizações que melhoraram a vida da população. Por isso irei a Caxias para pedir que votem no Washington Reis, que votem no 15”.

 RÁPIAS

No debate via internet, no sábado, os candidatos do segundo turno em Duque de Caxias, talvez por pertencerem à base de apoio ao governo, ficaram no sapatinho. No final do debate, Alexandre Cardoso (PSB) e Washington Reis (PMDB), concordaram em  99% sobre todos os temas enfocados, inclusive a retirada de apoio institucional (inclusive financeiro) á Parada GLTB.
Curiosamente, o único ponto de divergência foi o apoio a uma equipe do município no campeonato de futebol, onde o socialista diz que apoiaria financeiramente uma equipe da cidade no Campeonato Carioca, mas Washington Reis, de maneira surpreendente, disse que não.
Não custa lembrar que, quando prefeito (2005-2009), o candidato do PMDB usou o seu prestígio junto ao Governo do Estado para que o DER/RJ, que não consegue terminar as obras da Av. Presidente Kennedy, investisse R$ 4 milhões para a transformação do antigo Campo do Tamoio, em Xerém, no Estádio Marrentão, uma homenagem do então prefeito ao hoje deputado Romário, do PSB.
Também no Governo Washington Reis foi criado o “Duque de Caxias”, com apoio do ex deputado Eurico Miranda. Na época, o Vasco da Gama cedeu jogadores para que o Duque de Caxias participasse do Campeonato Carioca.
Duas Delegacias (37ª DP/Ilha do Governador e DEAM no Centro do Rio) registraram queixa e abriram Inquéritos Policiais par investigar a denúncia apresentada pela advogada Chistine Calixto contra o deputado estadual Samuel Correa da Rocha Júnior, o Samuquinha (PR), por uma suposta agressão, que teria ocorrido no interior de uma lancha de propriedade do  ex candidato a prefeito de Duque de Caxias, ancorada no Iate Club Jardim Guanabara, Zona Norte do Rio de Janeiro.
• Exibindo marcas roxas num dos braço por conta do suposto espancamento , Chistine Calixo (Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia) contou para os policiais como escapou de algo mais grave: “Fingi que estava desmaiada porque não aguentava mais apanhar”.
A agressão teria ocorrido no sábado (13), quando se encontraram para passar o fim de semana no barco do deputado . Segundo ela, Samuquinha  alegou que havia sido traído. “Eu disse que não era verdade. Mas ele quebrou uma garrafa de vodca na minha cabeça. Me deu socos e pontapés, jogou minha bolsa no mar, com R$ 4 mil, que sumiram, e ainda disse que ia me matar”, revelou.
Ela garante que foi agredida por Samuquinha com a sua sandália na cabeça. “Ele dizia o tempo todo que já havia feito isso antes e que por ser parlamentar e ter imunidade nada seria feito contra ele”, afirmou a advogada.
Segundo a advogada, o romance teria começado em julho último, quando Chrsitine Calixto foi contratada como assessora jurídica para defender os interesses do parlamentar durante a campanha para prefeito de Duque de Caxias, onde ele acbou em 5º lugar.
Samuquinha alega que as acusações fazem parte de um plano político para prejudicá-lo. “Deus me livre e guarde, jamais faria isso. Estou em casa com a minha mulher e filhas. Isso é um absurdo”, afirmou. Ele disse ainda que não recebeu notificação da polícia sobre o assunto. “Vou mandar meu advogado nas delegacias para saber direito o que está acontecendo. Isso é política”, definiu.
No caso da agressão se confirmar, o Inquérito será enviado ao Tribunal de Justiça para apreciação, pois, por ser deputado estadual, Samuquinha tem foro privilegiado e só poder ser processado pelo TJRJ.
No sua participação no seminário sobre boas práticas administrativas como forma de combater a corrupção, a Ministra Eliane Calmon tocou no ponto nevrálgico da corrupção no País: a Educação.  Para a ex corregedora da Corregedoria Nacional de Justiça – CNJ - outra maneira de combater a corrupção é investir na Educação e estimular na população o instinto de valorizar a coisa pública. Afinal, o que é público, é da coletividade, não de meia dúzia de aproveitadores.
 “No momento em que não nos sentimos participantes de uma sociedade ou governo, cruzamos os braços e olhamos somente para os nossos interesses, mas no instante em que somos educados para participar de uma sociedade e fiscalizarmos aqueles que elegemos, naturalmente somos mais responsáveis na hora de votar e nos voltamos para os interesses da sociedade em geral. E isso só a educação nos dá”.
Para Eliane Calmon, um povo educado, que recupera a sua cidadania em toda a extensão da palavra, jamais trocaria seu voto por um vale compras, ou um emprego numa empresa terceirizada, ou mesmo, um cargo em comissão em qualquer repartição publica do País. Ou venderia seu voto por até R$ 50,00 como ocorreu em diversas cidades da Baixada Fluminense
Além da pesquisa de preços entre supermercados, a ProTeste faz algumas recomendações aos consumidores antes de passarem no caixa .
Entre outras coisas, o consumidor deve elaborar uma lista de compras, evitar levar outros produtos por impulso ; Pesquisar os preços em mais de dois supermercados; Evita fazer toda a compra do mês em um único estabelecimento; Ficar atento aos dias em que há promoção de produtos específicos nos supermercados, como frutas e verduras.
O consumidor também deve levar uma calculadora para conferir se o preço de produtos com embalagem maior sai realmente mais barato que levar mais de um em embalagens menores; Evitar ir ao supermercado com fome e levar crianças, que podem estimular compras de itens supérfluos.
Outra recomendação é quanto às prateleiras. Segundo a ProTeste, os produtos à altura dos olhos costumam ser mais caros. Por isso, verifique os produtos na parte de baixo das prateleiras. Finalmente, evite formar estoques grandes de produtos, que podem perder o prazo de validade.
A emissão de títulos superior ao resgate fez a Dívida Pública Federal (DPF) apresentar alta em setembro. Segundo números divulgados nesta segunda (22) pelo Tesouro Nacional, o estoque da DPF encerrou o mês passado em R$ 1,904 trilhão, valor 2,02% maior que o montante de R$ 1,867 trilhão, em agosto. O motivo foi que o Tesouro emitiu R$ 61,87 bilhões em títulos, enquanto os resgates ficaram em R$ 38,35 bilhões.
A Dívida Pública Mobiliária Interna (em títulos) subiu 2,09%, passando de R$ 1,788 trilhão para R$ 1,816 trilhão. Nesse período, só de juros, o governo pagou R$ 13,41 bilhões, apesar da queda da taxa Selic.
Por meio da dívida pública, o governo pega emprestado recursos com investidores para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver o dinheiro com alguma correção, que pode ser definida com antecedência (no caso dos títulos prefixados) ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.
É o que ocorre quanto o Governo vende títulos para o BNDES, que transforma em reais, que serão emprestados a juros reduzidos (e até negativos) para alguns setores da economia, como as hidroelétricas, o que acaba gerando distrorções nos preços finais de produtos e serviços.

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