quinta-feira, 22 de maio de 2014

DESEMPREGADOS DO GRUPO GALILEU
NÃO CONSEGUEM RECEBEM O FGTS 
Além de toda a dor de cabeça causada aos alunos pela  má gestão da Universidade Gama Filho (UGF) e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), descredenciadas pelo Ministério da Educação (MEC), o grupo Galileu, que recebeu R$ 100 milhões dos fundos de pensão Postalis e Petros, ainda deixaram na rua da amargura desempregados os cerca de 1.700 profissionais nas duas instituições, que não podem receber o auxílio desemprego, muito menos levantar o Fundo de Garantia, porque suas demissões foram verbais, sem a devida anotação em suas Carteiras de Trabalho, para serem homologadas pela Justiça do Trabalho
A situação dos desempregados da Galileu foi discutida nesta quarta-feira (21) pela Comissão do Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que levará o caso ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
“Estamos acompanhando cada passo dessa situação a fim de garantir os direitos trabalhistas”, disse o presidente do colegiado, deputado Paulo Ramos (PDT), que fará nova audiência sobre o tema com o tribunal.
Enquanto os professores e demais ex empregados das duas universidades passam pro privações absurdas, o Governo ainda não decidiu como os Fundos de Pensão dos empregados a Petrobrás e dos Correios vão receber de volta os R$ 100 milhões emprestados ao Grupo Galileo, através da compra de debêntures conversíveis em ações, em que as garantias eram as futuras mensalidades dos cerca de 5.000 alunos de Medicina da Gama Filho. Com as duas Universidades foram transferidas para outras instituições de ensino, não há uma fonte segura para cobertura dos valores sacados nas contas dos fundos Petros e Postalis, administrados por gestores indicados pelo próprio Governo. 
Durante o encontro, o presidente do Sindicato dos Professores do Município do Rio e Região (SinproRio), Wanderley Quêdo, explicou que o edital do Ministério da Educação (MEC) que escolheu as instituições que receberiam os alunos da Gama Filho e UniverCidade não previu o aproveitamento total dos profissionais. “O MEC só garante, pelo edital, a contratação de 250 profissionais pelas instituições que constituem o consórcio. O restante ficaria sem perspectiva, ou seja, mais de mil profissionais que estão passando por muitas dificuldades”, contou Quêdo, que disse que a intervenção do TRT é fundamental para o cumprimento dos direitos trabalhistas. As instituições escolhidas pelo MEC para abrigar alunos e parte dos profissionais foram a Universidade Estácio de Sá (Unesa) e a Universidade Veiga de Almeida (UVA). 

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