AO LADO DE CRIVELLA, DILMA VOLTA
A UTILIZAR O TERROR CONTRA MARINA
Em sua quarta visita ao Rio de Janeiro, desta vez
acompanhada do senador Marcelo Crivella, candidato a governador pelo PRTB, a
presidente Dilma Rousseff voltou difundir o terror contra uma possível eleição
de d Marina Silva, do PSB, relacionando as restrições doutrinárias da ex
Ministra do Meio Ambiente do Governo Lula contra os riscos ambientais da
utilização do petróleo e do carvão como base da nossa matriz energética. Nas
outras visitas ao Rio, Dilma fez campanha ao lado de Pezão, Garotinho e
Lindbergh.
O mote de Dilma Rousseff no discurso que fez no palanque instalado
na Praça do Pacificador, no centro de Duque de Caxias, foi o de que, ao
considerar a hipótese de retirar do pré sal o título de principal fonte de
energia do País, Marina Silva estaria abrindo mão de bilhões de reais que seria
investidos pelas empresas privadas que participaram do leilão do pré sal.
Ao lado do senador Marcelo Crivella, sobrinho do bispo
Edir Macedo, fundador e principal dirigente da Igreja Universal, Dilma insinuou
mais uma vez e para centenas de fiéis, levados pelos pastores da IURD no
município para esse comício, que o abandono do pré sal, no caso de uma vitória
de Marina Silva, representaria a perda de milhares de emprego na indústria do
petróleo no Estado do Rio.
“Tem gente aí dizendo que não é estratégico para o país
explorar o petróleo do pré-sal. Mas a quantidade de emprego que vai gerar é
muito grande. Esses empregos vão se situar perto do local de produção, e isso é
aqui no Rio de Janeiro”, afirmou Dilma, em referência à adversária Marina,
que vem negando reiteradamente a hipótese de desacelerar tais
investimentos.
A presidente concentrou o discurso na exploração do
petróleo, a principal atividade econômica do estado e tema caro ao eleitorado
fluminense. Voltou a repetir que não permitiria a alteração de regras de
distribuição de royalties do petróleo para contratos já licitados, mas não se
comprometeu a evitar alterações em futuras concessões. Faz parte da estratégia
do PT vincular Marina e o candidato a vice-presidente do PSB, deputado Beto
Albuquerque, a iniciativas destinadas à perda de royalties para o estado do Rio
de Janeiro e municípios fluminenses.
“Royalties do petróleo são devidos ao Rio, porque assim
nós decidimos há anos atrás. Quando alguém quer mudar, não pode querer mudar
para trás. Se quiser mudar, muda para frente”, afirmou.
A presidente só não explicou aos eleitores porque seu
Governo, que em ampla maioria no Congresso, não moveu uma palha contra a
derrubada do veto à emenda do deputado federal Ibsen Pinheiro, que retirou dos
estados produtores de petróleo (Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo) a
exclusividade do recebimento dos royalties, uma indenização que as empresas petrolíferas
pagam aos governos locais (estados e municípios) para enfrentar os problemas
decorrentes das atividades petrolíferas, em especial os vazamentos de óleo,
como ocorreu em janeiro de 2010, na Reduc, com o vazamento de 1,3 milhão de
barris, o que impediu a pesca por vários meses, mas, decorridos 14 anos do
acidente, a Petrobrás ainda não indenizou os pescadores que ficaram sem poder
trabalhar.
A visita de Dilma a Duque de Caxias, cujo prefeito,
Alexandre Cardoso, foi expulso do PSB justamente por apoiar abertamente a
reeleição da Presidente, obrigou a presidenciável Marina Silva a desmarcar um
ato no mesmo dia na cidade. De acordo com integrantes da campanha pessebista, a
prefeitura alegou que não seria seguro realizar dois comícios ao mesmo tempo no
município.
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