EM 2015 O BRASIL VAI
ENFRENTAR
INFLAÇÃO E BAIXO
CRESCIMENTO
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio
de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, e o diretor do Centro de
Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV), Carlos Langoni, disseram, nesta
segunda-feira 22), que o baixo crescimento e a inflação alta são alguns dos
principais desafios do próximo governo. Os economistas abriram o seminário
Cenários Pós-Eleição. O evento contou com a presença de representantes da área
econômica das candidaturas dos presidenciáveis Aécio Neves (PSDB), Dilma
Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB).
"Estamos preocupados com essa armadilha em que o
Brasil se encontra de baixo crescimento e alta da inflação. O desafio de
qualquer governo é desarmar essa situação", disse Carlos Langoni. Ele
destacou que "há um consenso de que ajustes são inevitáveis na economia
brasileira".
Segundo Langoni, a crise recente na Europa mostra que
quanto mais esses ajustes demoram, maior é seu custo social e econômico.
"O Brasil ainda tem tempo. Estamos perto do limite e esse tempo tem que se
aproveitado", destacou. Para ele, ainda é importante discutir se há tempo
para gradualismos ou se é preciso adotar “um tratamento de choque".
O presidente da Firjan, o país sofre com uma "trinca
perigosa e perversa", que combina superávit em nível baixo, juros altos e
baixo crescimento. "Uma coisa importante é que precisamos levar confiança
não só a nós mesmos, mas ao mundo", disse. Ele acrescentou que a imagem do
país "não está boa".
Gouvêa Vieira defendeu que a solução para combater a
inflação não está na política de juros, mas em uma política fiscal de redução
de gastos correntes, que reduza a pressão exercida sobre os preços. "Caso
contrário, vai ser difícil crescer com inflação".
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