domingo, 21 de junho de 2015

Jungmann: ordem para embaixada não acompanhar senadores foi do Itamaraty



SENADORES RECLAMAM DA FUGA
DO EMBAIXADOR NA VENEZUELA
 O grupo de senadores hostilizados em viagem a Caracas defendeu, nesta sexta-feira (19), a exclusão da Venezuela do Mercosul e a convocação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do embaixador brasileiro no país,Rui P ereira, na Comissão de Relações Exteriores do Senado.
“A Venezuela não tem o direito de participar do Mercosul porque não atende a cláusula democrática”, criticou o senador José Agripino. “É regime de exceção”, emendou.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) também responsabilizou o governo Dilma pelo cerco por um “bando de energúmenos”, segundo ele, ao veículo em que os parlamentares brasileiros estavam. “Aquilo parecia ação deliberada do governo venezuelano, mas, na verdade, pelas informações que colhemos nas últimas horas, a responsabilidade pela exposição da delegação brasileira é sim também do governo brasileiro”, discursou.
Qual a razão de tanto riso do Sr.
Rui Pereira, o embaixador fujão?
O tucano disse que o ministro das Relações Exteriores precisa explicar por que determinou ao embaixador brasileiro em Caracas que não acompanhasse a comitiva de senadores, conforme relato de parlamentares que se reuniram com ele ontem à noite.
“Queremos ver o ministro Mauro Vieira na Comissão de Relações Exteriores para que ele explique de forma clara o sentido de impedir um grupo de senadores brasileiros desarmados de visitar presos políticos, de se unir com opositores e clamar por definição de data para eleições parlamentares naquele país. Não era nada além disso que estávamos fazendo na Venezuela. Fomos deliberadamente impedidos de cumprir nossa agenda”, declarou.
A comitiva de oito senadores também responsabiliza o governo brasileiro pela hostilidade com que foram recebidos na capital venezuelana. “Houve um conluio entre os dois governos”, acusou Agripino. “O embaixador recebeu ordem de quem para não nos acompanhar? Foi do Itamaraty, foi do governo? ”
Segundo ele, o Parlamento brasileiro foi “vilipendiado” e “agredido”.
Em nota à imprensa, o Itamaraty classificou como “inaceitáveis” os “atos hostis” contra os congressistas brasileiros. O texto, divulgado ontem à noite, diz que, “à luz das tradicionais relações de amizade” entre os dois países, o “governo brasileiro solicitará ao governo venezuelano, pelos canais diplomáticos, os devidos esclarecimentos sobre o ocorrido”.
A comitiva foi a Caracas para visitar líderes políticos presos – entre eles o ex-prefeito de Caracas Antônio Ledezma – e pressionar pela realização de eleições parlamentares em setembro.
A Câmara aprovou moção de repúdio ao governo venezuelano por causa da recepção dada aos senadores brasileiros. Partidos simpatizantes ao governo de Maduro, como o PCdoB, o PSB e o próprio PT classificaram a medida como “precipitada”. Já a oposição classificou a moção de repúdio como necessária. (Com Agencia Senado)

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