OAB TAMBÉM VAI INVESTIGAR
MORTES EM MATERNIDADE
A Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da Ordem dos Advogados do Brasil/RJ requisitou hoje (31/01) aos secretários de Saúde do Estado e do município de Duque de Caxias a imediata remessa dos prontuários médicos dos hospitais onde a jovem Joana Gomes de Almeida, de 17 anos, grávida de nove meses, tentou ser atendida ao longo de 13 horas de peregrinação. Ela e o bebê morreram no Hospital do Andaraí, após duas paradas cardiorrespiratórias em Joana.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ, João Tancredo, afirma, no ofício, que os fatos narrados pelos jornais "apontam para a evidente afronta aos direitos humanos, em especial ao direito à vida e a saúde, fatos estes, lamentavelmente, corriqueiros no atendimento, ou falta dele, na rede pública de saúde."
A comissão solicita, além dos prontuários dos hospitais onde a adolescente buscou socorro, cópias e informações sobre os procedimentos adotados pelos secretários Sérgio Côrtes, do estado, e Oscar Berro, de Caxias.
Agora só fica faltando o pronunciamento do Conselho Regional de Medicina, que tomou as dores do diretor do Hospital Getúlio Vargas, exonerado pelo governador menos de 24 horas depois de assumir o cargo, diante da sua passividade em relação à desorganização do nosocômio, inclusive a presença de paciente com tuberculose “internado” numa maca colocada no corredor de acesso a uma enfermaria. Na ocasião, o CRM/RJ promoveu uma sessão publica para discutir a demissão. E agora?
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