segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

CAXIAS ESTÁ PERDENDO A BATALHA ENTRE
O MEIO AMBIENTE E A CONSTRUÇÃO CIVIL

Uma das maiores construtoras do Estado do Rio acaba de fechar um contrato milionário, adquirindo uma das mais valorizadas áreas de Duque de Caxias. Trata-se de uma mansão, cercada de árvores, com uma ampla piscina e ocupa um espaçoso terreno, localizada na parte nobre do Jardim XV de Agosto, entre as ruas Ana Nery, Correia Meyer e Barão de Tefé, ao lado da Praça da Maçonaria, onde existe uma cabine da PM doada ao Governo pelos moradores nos anos 80, e um grande hospital de um dos maiores grupos de seguro-saúde do País, fundado em Duque de Caxias por um medido nascido e criado no bairro do Jacatirão. Os vizinhos da área estão divididos quanto às vantagens do milionário empreendimento imobiliário, pois, enquanto alguns comemoram por considerar que seus imóveis serão valorizados pelo empreendimento - um sofisticado e luxuoso conjunto de edifícios residenciais – outros temem pelo destino das árvores que hoje ocupam boa parte dos dois terrenos terreno, inclusive coqueiros e mangueiras, o que garante ao bairro um dos maiores índices de áreas verdes do Município. Esse grupo lembra o que ocorreu com o terreno da extinta Fábrica de Tecidos, no Corte Oito, demolida em pouco mais de 15 dias. Além dos antigos galpões da tecelagem de juta, foram destruídas árvores plantadas há mais de 50 anos e que ofereciam sombra amiga a mais de 1,2 mil tecelões que trabalhavam na “União”. As últimas chuvas, que causaram transtornos, prejuízos e mortes na Baixada e interior do Estado do Rio, tornaram ainda mais dramática a afirmação do jornalista Joelmir Betting, quando comenta a destruição predatória do meio ambiente: a Natureza não se defende; ela apenas se vinga das maldades do homem. A moto-serra, que joga no chão, sem qualquer sentimento de culpa, árvores centenárias, como ocorreu na antiga “União” e vem ocorrendo na Amazônia, não pode ser o símbolo do progresso do Brasil em pleno Século XXI.

• O Primeiro Ministro do Japão decidiu ficar três meses sem salário. É uma autopunição depois que ele descobriu que seu partido recebera “doações não contabilizadas” de empresários locais. Se a moda pega por aqui, Câmara, Senado, Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores teriam de devolver alguns milhões ao Tesouro, com o não pagamento de subsídios a quem recebeu ajuda “por baixo dos panos”.
• Mais de trinta dias depois do Legislativo caxiense ser metralhado por bandidos (foram pelo menos 14 tiros), a Câmara ainda não informou o que a Polícia descobriu sobre a autoria do atentado. Da mesma forma que ninguém sabe, até hoje, quem matou Vilson Macedo, ex-presidente do PMDB e da própria Câmara, ou os vereadores Tião do Táxi e Beto 100% Amigo, esses dois já na atual legislatura e com a Câmara sob o comando de Junior Reis.
• Se você é eleitor em Duque de Caxias, tente enviar um e-mail para o vereador em que você votou. Terá uma resposta surpreendente!
• As chuvas de verão e a falta de conservação estão acabando com as principais vias de ligação o centro com os bairros de Duque de Caxias. As Avenidas Itatiaia, Manoel Reis, Nilo Peçanha e Dr. Laureano, por mero exemplo, estão intransitáveis, exceto para jipes e carros 4 x 4
• O ex-vereador Neuber Dutra já está em casa, em franca recuperação depois de ser submetido a uma cirurgia de emergência num hospital da Zona Norte do Rio.
• A auto-denominada esquerda continua sem projeto para o Brasil enfrentar os novos tempos da economia e da política mundial. Movimentos surgem em torno de nomes, como o nati-morto Idéia Viva, ao invés de faze-lo em favor de uma idéia. Nascido de um sentimento anti-Zito, abraçou a candidatura de Washington Reis sem maiores discussões. Vencida a eleição, a vontade de alguns, de ocuparem CCs vagos com a derrota de Zito, superou os “princípios de independência” e o movimento foi para o limbo.
• O fato se repete com o movimento pela candidatura própria do PT. Duque de Caxias, assim como Lula, é maior do que o PT, que nem vereador elegeu na última campanha por falta de objetivos claros. Um movimento de massa não pode partir de uma pré-candidatura, o que inviabiliza no nascedouro a adesão de outras lideranças que, legitimamente, também aspiram disputar a Prefeitura. O PT tem que buscar no velho PSD de Minas Gerais a receita de sucesso: primeiro, discute-se o assunto; decisão tomada, convoca-se a turma para a aclamação. Com candidato já lançado, estreita-se a área de manobra para uma necessária coalizão (palavra detestada pelos petistas).
• Num folheto de propaganda do Governo distribuído em dezembro, o prefeito Washington Reis garante que desde o ano passado haviam sido iniciadas as obras do futuro Hospital Municipal, num terreno cedido pelo Vasco na Rodovia Washington Luis. Ocorre que a doação foi anulada pelo Tribunal de Contas da União no início do 2006 e a única obra feita pela prefeitura no local foi cercar o Centro de Treinamento do clube de São Januário, ao lado da área que seria ocupada pelo hospital.
• Aliás, a Assessoria de Imprensa da prefeitura de Duque de Caxias deverá ser tema de discussão de um dos mais badalados cursos de Comunicação do País. Aquele órgão, que já foi Secretaria de Comunicação e, por falta de dinheiro (?), virou Coordenadoria, produziu um “jornal de campanha” em que o expediente relaciona um “ex-Secretário de Comunicação” como responsável pelo “jornal”. É caso único no mundo um veículo de comunicação ostentar em seu Expediente um ex-diretor como responsável pela publicação.
• O fato tem sido motivo de piadas na Praça Roberto Silveira. Há quem justifique a gafe pelo fato do ex-Secretário de Comunicação que aparece no expediente não ser jornalista Na verdade, ele é corretor de seguros. Em Niterói.
• A ninguenzada da área cultural de Duque de Caxias (direitos autorais do neologismo para o impagável Joelmir Betting) está uma fera com a promessa do ex-vice de Rosinha, Luis Paulo Conde, de patrocinar, com dinheiro do Estado, espetáculos no Teatro Municipal Raul Cortez, ainda virgem como tal, com artistas de renome internacional, como Fernanda Montenegro e Diogo Vilela, esquecendo que Duque de Caxias tem um movimento cultural próprio e já conquistou prêmio internacional de teatro com um grupo amador, o Grupo TAL – Teatro de Abertura Lúdica – ganhador do Prêmio Air France, dado pela extinta estatal francesa de aviação.
• Desculpa-se a gafe do Secretário de Cultura do Estado por dois motivos: como ex-prefeito do Rio, Conde nunca atravessou as pontes sobre o Rio Meriti, que ligam a Capital à Baixada; a Secretária de Cultura de Duque de Caxias, por outro lado, foi importada da Zona Sul do Rio de Janeiro e não sabe onde fica o “Ponto de Briga”, nem quem foram Armando Melo ou Barboza Leite.
• Aliás, em seu currículo como arquiteto e prefeito do Rio, Luis Paulo Conde é o autor e produtor de um espetáculo imperdível na engenharia civil mundial: ele construiu um viaduto que liga nada a lugar nenhum. É aquele esqueleto em concreto que começa no final da Rua Bulhões Marcial, em Vigário Geral, cruza os trilhos da antiga Leopoldina, mas foi interrompido, do outro lado, pelos traficantes da área. Nem o próprio Conde conseguiu inaugurar tão majestosa obra.
• A pergunta que não quer calar: qual prefeito do Rio mandou fechar o Circo Voador, na Lapa?

3 comentários:

Anônimo disse...

BATALHA PERDIDA
Não e somente no Centro, mas, tambem por aqui,em Xerém, a devastação do verde faz lembrar as hordas de gafanhotos das narrativas biblicas e, para dar lugar a novos projetos, não ficam arvores sob árvores.
O fato mais recente foi no entorno do Colégio Estadual Barão de Mauá, quando, num sábado pela manhã,dezenas de árvores foram abaixo e, segundo se comenta por aqui, desrespeitando as decisoes do IBAMA.
a Marcia Catita, da Folha de Xerém, tem fotos e está preparando matéria sobre o assunto.
Pastor Paulo Feijolli

Anônimo disse...

DILÚVIO EM CAXIAS
Sábado, dia 20, tivemos, por volta das 16.30 horas,um verdeiro dilúvio. Nossa loja, como tantas outras no centro comercial,tiveram que cerrar suas portas para a agua não entrar mais.
As Avenidas Nilo Peçanha, Presidente Kennedy, Plinio Casado sofreram por demais. Já até pensamos em fazer como as lojas da Av.Duque de Caxias,que construíra diques de aço nas suas porta, pois estes comerciantes já estão acostumados.
Você deve está perguntando então se o segretário de muitas obras não o atendeu e continua na mesma. Está é a resposta: todo o comércio teve que fechar por muita água e falta de luz. Perto do Banco do Brasil, deu água para cobrir os carros.
Pergunto onde estão as nossas autoritades de muitas obras? .....
Você vem relatanto a cultura, o teatro, que estes homens vêem como forma de fazer política de aparências,mas limpar uma galeria de esgotos eles não fazem.
Será porque?...
Luis Carlos de Campos

Anônimo disse...

DESPERDÍCIO OU INCOMPETÊNCIA?
Nada como uma prefeitura rica.
A maioria das lampadas da Praça Roberto Silveira, no Centro de Caxias e em frene à antiga Prefeitura, continuam acessas durante o dia. Hoje (29/01)pude comprovar, mais uma vez, às 11,30, lá estavam elas, iluminando o nada.
Paulo Feijolli