terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

1,5 MIL FAMÍLIAS VIVEM SOB RISCO
DEBAIXO DAS TORRES DE FURNAS


Cerca de 1.500 famílias, que vivem na Vila Fraternidade, no Gramacho, em Duque de Caxias, estão sob constante tensão, pois ocupam um terreno alagadiço às margens do rio Sarapuí, que por isso não pode ser dragado, e sob as torres e alta tensão de Furnas, que liga a Termelétrica de Campos Elíseos à Subestação do Parque São José, em Belford Roxo. A favela surgiu nos anos 80, quando foi desativada a Estação Rádio-Transmissora dos Correios, inaugurada em 1955 pelo Presidente JK. No Governo Moreira Franco, a SERLA propôs a remoção dos barracos construídos às margens do rio, depois dos temporais que alagaram diversos bairros do Município, mas os moradores da favela, com apoio do PT e de ONGs, não concordaram com a mudança, que seria feita para um conjunto, que a CEHAB/RJ iria construir num terreno em frente à FEUDUC, onde o Governo Brizola acabou construindo depois o CIEP Vilson Macedo. No Governo Zito, a UERJ chegou a elaborar um projeto para a urbanização do local, inclusive com o remanejamento das famílias que vivem em barracos sobre palafitas fincadas no leito do rio, que hoje recebe os esgotos de São João de Meriti e Belford Roxo. Por problemas políticos, o Governo Federal não liberou os recursos pedidos pela Prefeitura, cerca de R$ 25 milhões, para o projeto de urbanização do terreno sob as torres de Furnas.

• O presidente Lula, que vem ao Rio nesta terça-feira (06/02) garantiu que o projeto para a construção do Arco Rodoviário do Rio de Janeiro deve ficar pronto até junho. Lula e o governador Sérgio Cabral firmam convênio hoje (06/02), no Palácio das Laranjeiras, para a execução da obra, que terá 145 quilômetros e ligará a cidade de Itaboraí, onde a Petrobrás está construindo uma Refinaria, ao Porto de Sepetiba, em Itaguaí, passando pela Baixada Fluminense.
• Segundo o Presidente, o arco aproveitará o antigo traçado da RJ-109 e vai desafogar o trânsito na Av. Brasil e facilitará o transporte da produção agrícola de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo ao Porto de Sepetiba. “É uma obra muito difícil, numa área virgem ainda. Não tem estudo ainda do Ibama Eu penso que o projeto poderá ficar pronto até o mês de junho para, depois então, a gente fazer licitação e começar essa obra”, afirmou.
• O arco faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A FIRJAN – Federação das Indústrias o Rio de Janeiro – chegou a financiar os estudos de viabilidade econômica da RJ-109, entregues à governadora Rosinha Garotinho e que, partindo do porto de Sepetiba, cruzará as rodovias Rio-São Paulo (a antiga e a nova), Rio-Belo Horizonte (BR-040) e a Rio-Campos (BR-101), na altura de Manilha, facilitando o escoamento industrial da Baixada em direção ao porto de Sepetiba, além de retirar de circulação pela Av. Brasil milhares de caminhão que fazem o transporte Baixada-Sepetiba, tanto na importação de insumos, como na exportação de produtos acabados.
• O deputado estadual Marcelo Freixo (PSol) vai propor hoje (05/02), na abertura dos trabalhos da ALERJ, a criação de uma CPI para investigar a ação das milícias e do tráfico nas favelas cariocas. Ele entrará com pedido de investigação das milícias, juntamente com o deputado Alessandro Molon (PT), atual presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos: “Não é possível que um grupo criminoso, formado por policiais, seja alternativa ao tráfico de drogas. Isso é inaceitável, temos que exigir que o estado esteja presente nas comunidades”.
• Neste fim de semana, dois policiais militares morreram e outros dois ficaram feridos em tiroteios ocorridos em duas favelas do Rio: Cidade Alta, em Cordovil, zona norte, e morro do Barbante, na Ilha do Governador.
• O assessor de comunicação da Polícia Militar, coronel Rogério Seabra, informou que só um policial estava de serviço e os outros três, de folga. Ele disse que as circunstâncias das mortes dos policiais, bem como os motivos da presença deles nos locais dos conflitos, serão investigadas. O coronel declarou que, oficialmente, não existem milícias para a PM, que não faria distinção entre traficantes e milicianos. “Para nós, não há diferença. São grupos criminosos, usam armas ilegais e atuam de forma clandestina. A orientação é intervir sempre que houver conflitos entre milícias e bandidos, a fim de preservar a população”.
• Para o deputado Marcelo Freixo, integrante da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Alerj, o Rio vivencia um avanço das milícias. Segundo ele, são grupos formados por policiais, ex-policiais, agentes penitenciários e bombeiros, que lutam e expulsam o tráfico das comunidades e passam a ter domínio do território. “Eles lucram com a extorsão de moradores para manter a segurança e com a venda de serviços, como TV a cabo ou transporte alternativo”, explica Freixo.
• A proposta do deputado do PSOL já enfrenta resistência da AMAE - Associação dos Militares Auxiliares e Especialistas - entidade que congrega PMs do Rio de Janeiro. Em Nota distribuída na tarde desta segunda-feira, a entidade tornou público o seu repúdio pela forma como alguns deputados da ALERJ têm se posicionado em relação aos Policiais Militares.
• A Nota, assinada pelo Tenente Melquisedec Nascimento, presidente da AMAE, estranha a rapidez dos deputados em apurar a ação das milícias e chama a atenção para o descaso da mesma Comissão para com o pedido de abertura de CPI, protocolado pela associação em agosto de 2004, “a fim de se apurar o porquê de no Rio de janeiro morrerem mais policiais do que na Colômbia. Ressalte-se que o pedido foi reiterado em dezembro daquele ano, porém jamais qualquer deputado membro da alusiva comissão sequer se deu ao trabalho de responder à nossa solicitação”.
• A AMAE estranhou a celeridade dos dois deputados em investigar as milícias, “quando comparada à lerdeza com que tratam as mortes de 500 PMs nos últimos cinco anos no Rio, números assombrosos, pois Nova York levou 150 anos(1854-2005) para atingir tal patamar. Ademais, em vez de apurarem esse verdadeiro holocausto policial no Rio, em um ato de tamanha desfaçatez, assistimos deputados querendo a abertura de CPI para investigar o Ministério Público, quando deveriam apurar o enriquecimento ílícito de alguns deputados da ALERJ”.
• O presidente da Associação dos Prefeitos da Baixada, Washington Reis, promove uma reunião nesta terça-feira (06/02), com prefeitos e Secretários de Obras da região e representantes da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos). No encontro, serão discutidos projetos de saneamento para os municípios da Baixada Fluminense que serão contemplados com investimentos da Funasa. O encontro acontecerá às 15h, na nova sede da Associação, que ocupa o 2º andar da antiga sede da Secretaria da Baixada, em Nova Iguaçu. (Rodovia Presidente Dutra, Km15 - Jardim Esplanada – Nova Iguaçu.
• O CoralL NICC - Nova Iguaçu Country Club - retorna às suas atividades nesta terça-feira, (06/02) com vagas abertas para novos cantores. Os ensaios são às terças feiras às 20:00 horas no anexo do salão nobre do Nova Iguaçu Country Club. Não é preciso ser sócio do clube para participar do coral.

Um comentário:

Anônimo disse...

APROVEITADORES NA VILA CANAÃ
Bastou a Prefeitura e Furnas tratarem dos problemas ligados a invasão,uma nova leva de casas começa a surgir no morro fronteiriço.
Elas estão sendo erguidas na rua de subida para o salão de reuniões do Vale do Amanhecer,inclusive com a derrubada da mata terciária existente no local, que protege os morros adjacentes.

Pastor Feijolli