segunda-feira, 14 de maio de 2007

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

A EDUCACÃO REPROVADA

Foto: BETO DIAS

O matagal que “esconde” o CIEP Vilson Macedo, em S. Bento, em frente ao campus da FEUDUC, no 2º Distrito de Duque de Caxias, revela com toda nitidez o pouco caso com que a Educação é tratada por nossas autoridades, fato provado e comprovado pelas baixas notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (INDEB) divulgado pelo Ministério da Educação, com base nos dados fornecidos pelas Secretarias de Educação de Estados e Municípios em 2005

OS PROFESSORES DE CAXIAS
REJEITAM REAJUSTE DE 3,5 %

A semana começa agitada para os servidores municipais de Duque de Caxias, cuja data-base é 1º de maio. Os professores, merendeiras e pessoal de apoio das 156 escolas municipais, que atendem a mais de 100 mil alunos, estão se mobilizando para uma greve de advertência, paralisando as atividades por 48 horas. O magistério rejeitou a proposta do prefeito Washington Reis, de apenas 3,5% de reajuste salarial, que seria estendido a todos os 14,5 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas. O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação reivindica 9,32% de reajuste, que corresponderia ao índice de crescimento econômico do município, que tem o segundo PIB do País, vindo logo depois da capital paulista. Os professores de Duque de Caxias ganham menos de dois salários-mínimos e querem, além do reajuste, a incorporação do abono que vem sendo pago há mais de 10 anos, mas não entra no cômputo do salário para efeito de licença para tratamento de saúde ou aposentadoria.
Nesta terça (15/05), a direção do Sindicato, vinculada ao PSOL, e os profissionais da educação percorrerão as escolas para mobilizar a categoria. No quarta (16/05), o SEPE fará um ato de protesto na Praça Roberto Silveira conta a irrisória proposta do Governo, e, depois, seguirá em passeata até Clube dos Quinhentos, local da assembléia geral, que será realizada a partir das 13 horas, para discutir os próximos passos da categoria, não estando afastada a possibilidade de uma greve geral. O SEPE sempre foi controlado pelo PT mas, como o Partido dos Trabalhadores renunciou à defesa da categoria para usufruir das benesses do Poder (em Caxias, embora não tenha eleito um só vereador, o PT tem uma Secretaria), a militância do PSOL assumiu o comando do Sindicato e promete infernizar a vida do prefeito!

● Para Eugênio Sciammarella, pesquisador da História da Baixada Fluminense, é uma calamidade o modo que a matéria é tratada no Brasil. O comentário foi feito a propósito da nota sobre o abandono da Estrada de Ferro de Petrópolis, construída pelo Barão de Mauá e inaugurada por D. Pedro II. Quanto `s estação de Guia de Pacobaíba, localizada no 5º distrito de Magé (Mauá), o historiador afirma que a situação é pior do que o imaginável, pois a área está sendo invadida, não só por posseiros, mas também por políticos, que se servem da situação de miséria da população para falsas promessas de campanha.
● “Não sei o que o Ministério Público resolveu das várias solicitações nossas para uma cabível providência quanto a questão das invasões que se sucedem, não só no local como em vários trechos da antiga Estrada de Ferro Petrópolis. O que sei é que, se medidas urgentes não acontecerem, a estrada de ferro, como outros atrativos mageenses, estarão irremediavelmente perdidos“ – desabafa o pesquisador.
● Desde 2006, a empresa Única/Fácil, que explora (no sentido amplo do termo) os passageiros da linha Caxias-Petrópolis, suprimiu alguns horários que passavam por Xerém, sem que, até hoje, o DETRO/RJ tenha adotado qualquer providência em favor dos passageiros do 4º Distrito, obrigados a caminhar alguns quilômetros até a BR-040 para embarcar em direção a Petrópolis. Desde a construção da FNM, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas, os moradores de Xerém se acostumaram a fazer compras em Petrópolis, pela facilidade de acesso (os ônibus eram fornecidos pela estatal) e a variedade do comércio local.
● A Federação das Indústrias do Estado do Rio e o Instituto Ethos fizeram quarta-feira, (09/05), o lançamento do Pacto Empresarial pela Integridade Contra a Corrupção. No estado, 20 empresas já são signatárias, além de duas entidades – a própria Firjan e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). Em todo o país, já são 327 empresas e 73 entidades no pacto.
● Os signatários concordam em combater a corrupção, a improbidade administrativa, as fraudes e os crimes contra a ordem econômica, mantendo essa postura em todas as relações com fornecedores, governos e funcionários. Para isso, as empresas deverão observar seis compromissos: fazer a lei ser conhecida internamente; divulgar, orientar e responder sobre os princípios legais de sua atividade; proibir subornos; esclarecer e seguir os meios legais de doação para campanhas políticas; propagar a cultura anticorrupção; e investigar todo e qualquer desvio.
● O pacto já foi lançado nos estados do Amazonas, Paraná, Minas Gerais e Espírito Santo. Depois do Rio, o próximo lançamento será no Rio Grande do Sul, dia 22 de junho e a minuta do Pacto foi escrita a partir da Convenção da ONU contra a Corrupção e de diretrizes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico – OCDE.
● O coordenador do Pacto, Caio Magri, do Ethos, anunciou que está em andamento uma articulação para integrar o pacto brasileiro ao pacto do Fórum Econômico Mundial e mostrou os selos “Empresa Limpa”, que os signatários poderão exibir em seus produtos. O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, destacou a importância do Pacto e chamou a atenção para os crimes que a corrupção carrega: “O caminho da corrupção no Brasil é o mesmo que traz as armas, munições e drogas”.
● O crescimento e a ocupação desordenada nos municípios cortados pelo Arco Metropolitano a partir de sua construção, foram as principais preocupações levantadas durante a audiência pública realizada quinta-feira (10/05), pela Comissão Especial da Assembléia Legislativa destinada a acompanhar a implementação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no estado. No encontro, parlamentares, prefeitos e secretários de estado reafirmaram a importância da construção do arco para o desenvolvimento da Região Metropolitana.
●“O arco vai transformar nosso estado em uma potência da logística porque vai ligar o Porto de Itaguaí, no Sul Fluminense, ao Complexo Petroquímico de Itaboraí, no Leste Fluminense. Portanto, é uma demanda e uma exigência inadiáveis, já que ele é fundamental para a expansão dos empreendimentos econômicos e industriais previstos para a região”, declarou o presidente da comissão, deputado Rodrigo Neves (PT).
● Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno, o Estado do Rio vai receber um grande volume de investimentos nos próximos anos. “Serão investidos nos próximos cinco anos entre 25 e 28 bilhões de dólares em exploração e produção de petróleo. Deste montante, 20 bilhões de dólares serão investimentos apenas pela Petrobras. O maior problema que enfrentaremos é transformar estes investimentos em desenvolvimento econômico. Precisamos também melhorar a infra-estrutura no estado para possibilitar o desenvolvimento do estado e do País”, disse Bueno.
● O prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, do PT, declarou-se otimista em relação ao Arco Metropolitano, que vai representar um salto de desenvolvimento econômico para a região. Mas declarou, também, a sua preocupação com a ocupação desordenada da cidade. “Na região onde o Arco Metropolitano vai passar, quase 50% da população vive com esgoto a céu aberto e sem água. Não há nada comparado a isso no Brasil. Que o arco é uma maravilha não tenho dúvidas, mas não podemos deixar de falar de alguns problemas, como o caso da ocupação desordenada. A história da Baixada Fluminense mostra que a linha do trem trouxe o desenvolvimento e a ocupação desordenada. Não podemos deixar que o arco traga isso novamente”, afirmou o prefeito iguaçuano.
● O vice-governador e secretário estadual de Obras, Luiz Fernando Pezão, assegurou o início das obras para novembro e afirmou que o empreendimento é a grande oportunidade de virada para a Região Metropolitana, pois gerará emprego e renda para a população. “Vamos iniciar essa obra de dentro para fora, deixando um canteiro central gramado para futuras expansões, evitando assim a ocupação desordenada”, informou Pezão
● Uma pergunta que não quer calar: o empresário Getúlio Gonçalves, presidente da Associação Comercial, sabia que o gabarito da rua Ana Nery, no 25 de Agosto, passara de 8 para 16 pavimentos antes de vender a sua mansão, que será demolida nos próximos meses, para a construção de três edifícios de alto luxo, com o novo gabarito?

Nenhum comentário: