segunda-feira, 1 de outubro de 2007

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

A contabilidade do Teatro
Raul Cortez é um mistério

As vidraças da Biblioteca Leonel Brizola, alvo de bandidos em dezembro último, continuam a exibir as marcas da violência, pois a ex-Secretária Carmem Migueles tentou trocá-las, mas o custo, em torno de R$ 100 mil, foi considerado muito alto pelo prefeito Washington Reis. (Foto: Beto Dias).

Administrado desde a sua inauguração, em 2006, pela Fundação Euclides da Cunha, uma entidade vinculada à UFF – Universidade Federal Fluminense – o Teatro Municipal Raul Cortez tem tudo para ser o calcanhar de Aquiles da administração municipal, que criou cargos de direção, mas esqueceu de dar uma estrutura organizacional ao novo órgão da Secretaria de Cultura. Como lembrou o diretor Amir Hadad, o Raul Cortez tem um diferencial importante em relação aos demais teatros do mundo: não tem bilheteria. Apesar desse “esquecimento” dos responsáveis pelo projeto de engenharia (o arquiteto foi Oscar Niemeyer, que não se prende muito a dinheiro), a direção do Raul Cortez cobra ingressos, cuja destinação o vereador agora quer saber. Para isso, ele enviou um requerimento à Secretária Dalva Lazaroni, onde pede explicações sobre a administração do teatro e a destinação dos recursos gerados pelos espetáculos, lembrando que a prefeitura só dispõe de um documento para receber fundos: o DAM – Documento de Arrecadação Municipal – que só pode ser pago em bancos. O edil também requer cópia do convênio firmado pelo Município com a Fundação Euclides da Cunha, que recebia R$ 50 mil por mês para promover cursos de formação de Agente de Cultura, uma profissão que não é reconhecida pelo Ministério do Trabalho. Como ex-integrante da Câmara de Vereadores do município, a Secretária de Cultura sabe que não pode sonegar as informações solicitadas pelo vereador.

• O novo comandante do 15º BPM, Tenente-Coronel Luis Antonio Corso da Costa, visitou sexta-feira, à tarde, a Câmara Municipal, onde se reuniu, a portas fechadas, com os vereadores aos quais revelou as linhas gerais da sua atuação para resgatar a credibilidade do Batalhão junto à opinião pública, muito abalada depois da prisão de 10% de seu efetivo sob acusação de envolvimento com as quadrilhas que controlam o tráfico de drogas nas favelas de Santa Lúcia e Parada Angélica, no 3º Distrito.
• Em dezembro do ano passado, o prédio do legislativo municipal foi metralhado por bandidos, mas a câmera do batalhão, instalada em frente a uma agência bancária e à Câmara, não pode ajudar nas investigações pois, segundo informação do comando do 15º BPM à época, o sistema passava por problemas técnicos.
• O deputado Zito também esteve sexta-feira, à tarde, na Câmara de Vereadores. Ele fez questão de agradecer, pessoalmente, a cada vereador pela aprovação, por unanimidade, das contas relativas ao exercício de 2004, seu último ano de governo.
• Na visita ao Legislativo Municipal, que ele presidiu por quatro anos, Zito voltou a negar a existência de qualquer acordo com Washington Reis para deixar o atual prefeito disputar, sem concorrentes, a reeleição. Zito reafirmou que tem aproveitado os fins de semana para manter contado com eleitores nos quatro distritos e fazer comparações entre o seu Governo e o atual, do seu ex-vice-prefeito
• Ainda em relação aos problemas da Secretaria de Cultura, Ito também pediu informações detalhadas sobre a frustrada viagem do ônibus da Secretaria a Minas Gerais, levando um grupo de estudantes das escolas oficias de Xerém, quando o veículo foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal quando chegava a Barbacena.
• O vereador do bloco de Zito quer saber quem autorizou a viagem, se o motorista é funcionário do município ou terceirizado, bem como a documentação apresentada pela Prefeitura para a liberação do veículo. As informações disponíveis são no sentido de que a apreensão foi feita em função da não apresentação, pelo condutor, de documentos de porte obrigatório.
• A denúncia do blog sobre a proliferação de inferninhos no Mercado Municipal (já são quatro), onde mulheres são oferecidas por apenas R$ 9,99, trouxe à tona diversas outras irregularidades no que deveria ser um mercado atacadista no centro de Caxias. Com instalações elétricas precárias, falta de limpeza e higiene, o local mais se parece um pardieiro perdido numa cidade fantasma.
• Vai até sexta-feira, dia 5, a exposição “Todo tempo tem seu tempo”, no Salão de Exposições do Instituto Histórico da Câmara Municipal e com entrada franca, que reúne 46 telas do artista plástico Wanderley Caramba. A exposição tem apoio da Associação dos Amigos do Instituto Histórico
• Wanderley Caramba nasceu no Morro do São Carlos, no Rio, e veio para Duque de Caxias em 1959, onde vive até hoje. Seus trabalhos já foram expostos em 53 países. O artista também atua na área musical, fazendo parte da ala de compositores da Estácio de Sá.

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