terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

BAIXADA URGENTE

“MAROLINHA” DE LULA DERRUBOU
A PRODUÇÃO INDUSTRIAL EM 12,4%


Em dezembro, a produção industrial recuou 12,4% frente a novembro de 2008, na série com ajuste sazonal. Foi a redução mais baixa da série histórica – iniciada em 1991 – e também o terceiro ano consecutivo, nessa comparação, com resultado negativo. Em relação ao mesmo mês de 2007, a queda foi de 14,5% . Esse foi o resultado da “marolinha” de Lula, que jurou que a crise mundial não atravessaria para o Atlântico Sul. Pelos dados da pesquisa do IBGE divulgadas ontem (3), o setor automobilístico registrou a maior retração, de quase 40%. A produção industrial acumulou 3,1% em 2008, crescimento inferior ao acumulado em 2007 (6,0%). A produção no último trimestre de 2008 também recuou (9,4%) na comparação com o período. As informações constam da pesquisa Produção Industrial Mensal, divulgada ontem (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com exceção de celulose e papel (0,4%) e outros equipamentos de transporte (6,7%), os demais 27 ramos pesquisados registram desempenho negativo. A indústria de veículos automotores teve queda de 39,7%, e representou o maior impacto negativo no índice global, seguido por máquinas e equipamentos (-19,2%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (-48,8%), metalurgia básica (-18,3%), borracha e plástico (-20,1%), indústria extrativa (-11,8%) e outros produtos químicos (-9,0%). O estudo aponta que os setores mais prejudicados foram justamente aqueles mais sensíveis à restrição de crédito e à queda das exportações de commodities.

ELLE VOLTOU
O destino do País está entregue nas mãos dos senadores Renan Calheiros, Gim Argelo e Fernando Collor, o trio que garantiu a volta de José Sarney à presidência do Senado e à linha de sucessão de Lula. Gim Argelo era suplente do senador Joaquim Roriz, ex-governador de Brasília, que renunciou ao mandato para não ser cassado. Roriz era acusado de quebra de decoro após a divulgação de conversas telefônicas que mostraram o ex-senador negociando a partilha de R$ 2,2 milhões com o ex-presidente do BRB (Banco de Brasília), Tarcísio Franklin de Moura. A partilha seria feita no escritório do empresário Nenê Constantino, presidente do Conselho de Administração da Gol. As gravações
foram realizadas durante a "Operação Aquarela", comandada pela Polícia Civil do Distrito Federal, que desbaratou um esquema de desvio de dinheiro do BRB. O senador de Brasília está sendo processado pelo STF.
Com a sua eleição para presidir o Senado, o senador pelo Ámapá (onde só vai a cada 8 anos para renovar o mandato) terá mais força para ajudar um dos filhos a se safar de um processo, na Justiça Federal, sobre o destino de R$ 1,34 milhão encontrado pela Polícia Federal no escritório de uma empresa da também senadora Roseana Sarney, às véspera do lançamento de sua candidatura à sucessão de FHC em 2002. Até hoje, Sarney credita à banda tucana da Polícia Federal a responsabilidade pela apreensão do dinheiro, que estava num cofre, na sede da empresa de Roseana e do marido, Jorge Murad.

RÁPIDAS
• O Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou ontem (3) um aumento de 194.344 no total de vagas ofertadas, no ensino superior, durante 2007 em relação a 2006. A sinopse da instituição, entretanto, indica que os números não geraram um aumento proporcional na quantidade de pessoas que ingressaram na graduação e que quase a metade das vagas ofertadas no período não foram preenchidas.
• Dados do Censo da Educação Superior 2007 mostram que, do total de 2.823.942 vagas ofertadas em 2007, 1.341.987 ficaram ociosas, o que leva a um percentual de 47,7%. O maior grau de ociosidade, segundo a sinopse, foi registrado em instituições privadas de ensino superior – um total de 1.311.218. Isto é, mais de 1,3 milhão de vagas nas universidades ficaram ociosas em 2007.
• O Inep destacou que as instituições privadas foram as principais responsáveis pelo aumento no número de vagas, respondendo por 196.189 do total. As instituições públicas estaduais e municipais, por outro lado, diminuíram o número de vagas oferecidas.
• A maioria dos quase 5 milhões de estudantes brasileiros identificados pelo censo está matriculada em universidades – um total de 2.644.187 alunos. As faculdades, de acordo com o Inep, aparecem em segundo lugar no ranking, com 1.555.256 matrículas, seguidas dos centros universitários, com 680.938.
• Entre as causas do abandono das salas de aulas está a crise econômica, que se agravou a partir de setembro último, embora o Governo Federal continue insistido na tese da “marolinha”. E por conta dessa crise, muitos alunos desistiram dos estudos nas escolas particulares ou se transferiram para os colégios oficiais, apesar da reconhecida queda de qualidade no ensino oficial.
• No caso das universidades e faculdades particulares, os alunos têm um elemento a mais para desistirem dos estudos: o desemprego e a queda de renda das famílias. Com isso, aumentaram os claros nas salas de aula e a inadimplência alcançou números inéditos.
• A conseqüência natural da queda do número de alunos é a redução de turmas e a demissão de professores. Só uma universidade da Baixada cortou mais de 100 vagas de professor em diversas disciplinas em dezembro e o fantasma do desemprego continua rondando os lares de professores e alunos.
• Desde o início deste ano, mais de R$ 110 bilhões foram arrecadados em
tributos pelos governos municipais, estaduais e pelo governo federal. A contabilização é do Sistema Permanente de Acompanhamento das Receitas Tributárias, o IMPOSTÔMETRO, que divulga publicamente seus registros na internet e em painéis eletrônicos espalhados em algumas cidades do país.
• “As receitas divulgam mensalmente sua arrecadação. Compilamos esses dados em um sistema, o IMPOSTÔMETRO. Com isso, projetamos a arrecadação de maneira a dar às pessoas uma visão da quantidade de dinheiro que ingressa nos cofres públicos”, explicou o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto Luiz do Amaral, em entrevista, ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
• O impostômetro foi criado pela Associação Comercial de São Paulo e pelo IBPT com o objetivo de coletar dados da arrecadação de impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e correção monetária das três esferas do governo e depois divulgar essas informações gratuitamente à população.
• Segundo cálculos do instituto, a página do sistema na internet recebe mais de 1 milhão de acessos ao mês. “É uma ferramenta que hoje está fazendo parte do material escolar. Universidades também têm adotado visitas ao site”, conta o presidente do IBPT.
• O sistema também faz estimativas das próximas arrecadações. “Qualquer cidadão de qualquer parte do mundo pode acessá-lo pela internet, inclusive ter dados de projeções para o futuro ou ainda saber quanto o país arrecadou em outros anos”, informou Amaral.
• Em média, mais de R$ 3 bilhões são arrecadados diariamente, de acordo com o impostômetro. Para o presidente do IBPT, o valor é alto e mostra que o total de tributos encaminhados aos cofres públicos não são devidamente utilizados em benefício do cidadão.
•“É importante que o cidadão veja que há muito dinheiro e que parte dele, infelizmente, é mal aplicado e não chega aonde deveria ter chegado. O impostômetro possibilita ao cidadão consciente cobrar de seu governante a melhor aplicação e a solução dos problemas do serviço público”, justificou.
• Para reforçar essa fiscalização, Amaral revelou que em breve será implantado o gastômetro. A idéia é divulgar os gastos do governo. “Ele vai indicar em que lugar todo esse dinheiro arrecadado está sendo aplicado pelas diversas esferas do governo”, afirmou.
• O impostômetro pode ser acessado por meio do site
www.impostometro.com.br. O presidente do IBPT pede para que a população acompanhe os dados e cobre das esferas competentes. “Se o cidadão cobrar do governo, sem dúvida alguma a qualidade do serviço público no país vai melhorar e muito”, acredita.
• Num teste feito nesta terça-feira (3), às 16:30, por um internauta, a arrecadação da prefeitura de Duque de Caxias já havia superado a cada dos R$ 125 milhões, para um orçamento que deverá ultrapassar a casa de R$ 1,2 bilhão até dezembro, se a “marolinha” do Lula não atrapalhar.
• A legalização de novas empresas será feita de um a dez dias. O projeto Câmara de Desenvolvimento Empresarial de Duque de Caxias, que tem por objetivo fomentar o desenvolvimento através do atendimento centralizado e simplificado aos empresários, foi apresentado nesta terça-feira (03) ao prefeito José Camilo Zito e a 120 empresários da cidade e investidores internacionais.
• A previsão da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Abastecimento é que a Central
Fácil esteja em operação no segundo semestre deste ano. Para facilitar a vida do empresário, a Prefeitura vai disponibilizar unidades volantes, fará atendimento via Internet e prestará toda assistência ao investidor. "O empresário entra com a documentação em um único local e obtém o alvará de forma rápida. È uma nova forma de relação do poder público com o cidadão", resumiu Antonio Borges.
• Segundo o prefeito, a cidade vive um novo momento e busca a ordem e o desenvolvimento. "O Centro de Caxias será revitalizado e o empresário é um parceiro que queremos em nosso governo", ressaltou Zito. E disse que vai facilitar a vida do investidor na cidade. "Queremos gerar emprego e atrair indústrias, para isso vamos oferecer todas as garantias", disse Zito, para uma platéia (foto) formada por representantes da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China e norte-americanos.
• Ao abrir uma empresa em até dez dias, a Prefeitura reduz os custos para os empresários, incentiva a legalidade, promove atendimento exclusivo ao empresário, além de gerar mais postos de trabalho na cidade.

A DESORDEM URBANA
ESTÁ MAIS ORGANIZADA

O prefeito prometeu um choque de ordem nas primeiras horas do seu Governo. Ele cumpriu a sua parte, mas setores do próprio governo vem “amaciando” a determinação de Zito, contrariando o solene compromisso do prefeito ao tomar posse: cumprir e fazer cumprir a lei. No caso das moto-táxis, o município ainda não tem um regulamento para esse tipo de transporte público, o que coloca em risco não só o passageiro, mas também o próprio taxista, pois o passageiro não tem cobertura de seguro, nem utiliza equipamento obrigatório, como capacete e proteção nos braços e pernas. Além de não regulamentar o serviço, a Secretaria de Serviço Público acaba ajudando a desordem, ao estabelecer ponto de moto-táxis na rampa de acesso à Biblioteca Municipal Governador Leonel Brizola. Até o dia em que ocorrer uma tragédia com uma moto-táxis e o governo precisar achar um culpado, como o Secretário de Saúde do estado acaba de fazer quando a imprensa noticiou a queima de roupas e brinquedos doados pela população para as vítimas das enchentes de dezembro.

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